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Documento Científico

Departamento Científico de Cardiologia


e Imunizações da SBP (gestão 2022-2024) e
Departamento de Cardiopatias Congênitas
e Cardiologia Pediátrica da SBC Nº 79, 06 de Julho de 2023

Imunização da
Criança com Cardiopatia

Departamento Científico de Cardiologia (Gestão 2022-2024)


Presidente: Jorge Yussef Afiune (Relator)
Secretário: Márcio Miranda Brito (Revisor)
Conselho Científico: Cristiane Nogueira Binnoto, Gustavo Foronda,
João Luiz Langer Manica, Klebia Magalhães Pereira Castello Branco,
Maria de Fátima Monteiro P. Leite, Maurício Laerte Silva,
Patrícia Guedes Souza

Departamento Científico de Imunizações (Gestão 2022-2024)


Presidente: Renato de Ávila Kfouri (Revisor)
Secretário: Eduardo Jorge da Fonseca Lima
Conselho Científico: Analíria Moraes Pimentel, Euzanete Maria Coser, Helena Keico Sato,
Isabella de Assis M. Ballalai, Jocileide Sales Campos, Juarez Cunha,
Melissa Palmieri, Normeide Pedreira dos Santos,
Ricardo Queiroz Gurgel, Sonia Maria de Faria

Departamento de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica - Sociedade Brasileira


de Cardiologia
Presidente: Cristiane Nunes Martins (Revisora)
Diretora Científica: Ana Paula Damiano (Relatora)
Diretora de comunicação: Sandra de Jesus Pereira
Diretora Administrativa: Mirna de Sousa

Colaboradora: Adriana Gut Lopes Riccetto

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Imunização da Criança com Cardiopatia

ções (SBIm) recomendam um calendário básico


O Esquema Vacinal Básico
de vacinação para crianças e adolescentes sendo
que na figura 1 podemos observar as principais
recomendações de imunização nessa faixa etá-
A criança cardiopata apresenta risco aumen-
ria.1,2 O Sistema Único de Saúde (SUS) e o Pro-
tado para adquirir infecções o que, por sua vez,
grama Nacional de Imunizações do Ministério da
podem provocar descompensação clínica e agre-
Saúde (PNI) possibilitam à população brasileira
gar maiores taxas de complicações nos procedi-
ter acesso à grande maioria das vacinas neces-
mentos terapêuticos necessários. O aumento de
sárias para uma adequada proteção da criança
fluxo de sangue para os pulmões, a menor taxa
cardiopata.3 O SUS também disponibiliza vaci-
de oxigenação sanguínea (hipoxemia), deficiên-
nas adicionais, indicadas para pacientes de risco,
cias nutricionais e outras condições associadas,
como os cardiopatas, nos Centros de Referência
tais como síndromes genéticas, pneumopatias e
dos Imunobiológicos Especiais (CRIE).
imunodeficiências, também são fatores associa-
dos a um maior risco. Muitas doenças infeccio-
sas comuns nesta faixa etária podem ser preve- Particularidades da imunização
nidas ou amenizadas pela vacinação adequada. em crianças com cardiopatia:
Cabe lembrar também que, como qualquer outra
criança, o paciente com cardiopatia congênita Imunização contra o vírus sincical respiratório
passa pela fase da imaturidade fisiológica do
sistema imunológico, que vai do nascimento até O vírus sincicial respiratório (VSR) é o agente
o início da adolescência. Nesta fase, todo indi- causador mais frequente de infecções respira-
víduo necessita adquirir habilidades para uma tórias agudas de vias aéreas inferiores em lac-
resposta imune adequada, pelo enfrentamento tentes, e sua manifestação clínica mais comum
de agentes infecciosos, como vírus e bactérias. é a bronquiolite. O pico de incidência da doença
ocorre entre os 2 e 6 meses de idade, havendo
As vacinas são constituídas de microrganis- maior morbimortalidade em bebês prematuros,
mos atenuados, inativados ou por apenas pe- em pacientes com doenças pulmonares crônicas
quenas partes deles, com o intuito de promover ou com cardiopatias congênitas com repercus-
a imunidade contra determinada(s) doença(s). são hemodinâmica, sendo estas infecções mais
Esse tipo de imunização é chamado de imuniza- prevalentes nos períodos de outono e inverno.
ção ativa e em geral perdura por vários anos e, às
Infecções respiratórias causadas pelo VSR
vezes, por toda vida. Outra forma de imunização
geralmente apresentam maior gravidade clíni-
é pela administração de anticorpos, tais como as
ca quando ocorrem em lactentes com cardiopa-
imunoglobulinas contra um agente específico,
tias congênitas com repercussão hemodinâmica.
sendo esta denominada de imunização passiva e
A presença de sinais de insuficiência cardíaca,
tem curta duração.
hipóxia ou hipertensão pulmonar aumenta o ris-
A manutenção de um calendário vacinal com- co de descompensação hemodinâmica durante o
pleto e atualizado, observando-se as peculiari- período de infecção respiratória pelo VSR.
dades da criança com cardiopatia, é um aspecto
Até o momento não foi desenvolvida uma
fundamental para o bom desenvolvimento da
vacina eficaz contra o VSR, entretanto, o uso da
criança. Vale a pena ressaltar que todas as vaci-
imunização passiva, com anticorpos monoclo-
nas podem ocasionar eventos adversos, em geral
nais, mostrou-se altamente efetivo na redução
leves e transitórios, e que devem ser informados
das formas graves da doença, principalmente nos
à família.
grupos de alto risco para esta infecção. O palivi-
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), zumabe é um anticorpo monoclonal humanizado
bem como a Sociedade Brasileira de Imuniza- da classe IgG1 cujo mecanismo de ação é neu-

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tralizar e inibir a atividade de fusão das cepas A significativa a taxa de hospitalização decorren-
e B do VSR nas células do epitélio respiratório. te de infecção por VSR em crianças com idade
Em estudo randomizado, duplo cego, placebo- menor de 2 anos com cardiopatia congênita com
-controlado, Feltes e colaboradores observaram repercussão hemodinâmica (9,3% x 5,3% redu-
que o uso de palivizumabe reduziu de forma ção relativa de 45%).4

Figura 1. Calendário de Vacinação (Recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria - 2022)

meses anos
Ao
nascer
2 3 4 5 6 7-11 12 15 18 4a6 10 11-12 13-15 16-19

BCG ID única

Adolescentes não vacinados


Hepatite B 1ª 2ª 3ª 4ª
deverão receber 3 doses

Rotavírus 1ª 2ª

Tríplice bacteriana
1ª 2ª 3ª Reforço Reforço
(DPTw/DPTacelular)

Tríplice bacteriana tipo adulto


Reforço
(dT/dTpa)

Haemophilus influenzae b
1ª 2ª 3ª Reforço
(Hib)

Poliomielite oral (virus


Reforço Reforço
inativado-VIP)/(virus 1ª 2ª 3ª
(VOP) (VOP)
atenuado)

Pneumocócica conjugada
1ª 2ª 3ª Reforço
(VP10 ou VP13)

Meningocócica conjugada Reforço Reforço


1ª 2ª Reforço
(C e ACWY) (ACWY) (ACWY)

Meningocócica B Adolescentes não vacinados


1ª 2ª Reforço
recombinante devem receber 2 doses

Influenza A partir dos 6 meses de idade (1 dose anual)

SCR (tríplice viral) + Varicela 2ª (entre Adolescentes não vacinados



ou Tetra viral (SCRV) 18m e 4 anos) devem receber 2 doses

Adolescentes não vacinados


Hepatite A 1ª 2ª
devem receber 2 doses

A partir de 9 anos de idade


HPV
(meninos e meninas) - 2 doses

Febre Amarela 1ª 2ª 1 dose para não vacinados anteriormente

Vacinação para crianças e adolescentes


COVID-19
de acordo com as recomendações vigentes

A partir de 9 anos de idade


Dengue
com infecção prévia confirmada

Fonte: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/setembro/23/23625e-DC_Calendario_Vacinacao_-_
Atualizacao_2022.pdf

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Imunização da Criança com Cardiopatia

No Brasil, o Ministério da Saúde regulamen- • Crianças submetidas a cirurgia cardíaca cor-


tou, pela Portaria Conjunta SAS-SCTIE/MS n°23 retiva e que ainda necessitam de medicações
de 23/10/18, a imunoprofilaxia com palivizu- para controlar os sinais de insuficiência cardía-
mabe para crianças menores de 2 anos de idade ca, ou que tenham sido submetidas a tratamen-
com cardiopatia congênita com repercussão he- to cirúrgico paliativo.
modinâmica. As aplicações devem ser realizadas
No caso dos pacientes submetidos a cirur-
em doses mensais subsequentes de 15 mg/kg,
gia cardíaca com circulação extracorpórea (CEC)
via intramuscular, durante o período de maior
recomenda-se que seja realizada uma dose ex-
circulação do VSR, com até 5 doses consecuti-
tra de palivizumabe durante o período pós-ope-
vas.5 Essa sazonalidade é variável nas diferen-
tes regiões do Brasil sendo que a primeira dose ratório tão logo o paciente esteja clinicamente
deve ser administrada um mês antes do início do estável. Isso se deve ao fato de que o uso da
período de sazonalidade do vírus (tabela 1). CEC reduz em cerca de 60% o nível sérico de
palivizumabe, aumentando a vulnerabilidade à
infecção pelo VSR nesta fase.6
Tabela 1. Sazonalidade do vírus sincicial
respiratório (VSR) e períodos de aplicação Imunização nas Heterotaxias
do palivizumabe no Brasil, por regiões (Disfunção esplênica)
geográficas
Crianças cardiopatas com alterações fun-
PERÍODO DE cionais ou numéricas do sistema imunulógico
REGIÃO SAZONALIDADE
APLICAÇÃO podem apresentar capacidade diminuída de
NORTE Fevereiro a junho Janeiro a junho resposta a estímulos antigênicos/ infecciosos e
maior susceptibilidade para infecções recorren-
NORDESTE Março a julho Fevereiro a julho
tes e graves. Nesse sentido, algumas situações
CENTRO-OESTE Março a julho Fevereiro a julho devem ser avaliadas cuidadosamente:

SUDESTE Março a julho Fevereiro a julho

SUL Abril a agosto Março a agosto Cardiopatias com heterotaxias


Fonte: Relatório de recomendação da Comissão associadas (Disfunção esplênica)
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS –
CONITEC – Brasília: Ministério da Saúde; 2018 As heterotaxias (ex.: isomerismo atrial direito
e isomerismo atrial esquerdo) cursam frequen-
temente com disfunção esplênica, seja por au-
A imunoprofilaxia com palivizumabe está sência anatômica (asplenia) ou funcional (polies-
indicada para as crianças cardiopatas com até plenia) do baço e, com frequência, apresentam
2 anos de idade e que tenham cardiopatia alterações qualitativas e quantitativas da res-
com repercussão hemodinâmica, sendo que os posta imunológica. Mesmo sem resposta imune
grupos de doenças que se enquadram nessa robusta, esses indivíduos podem se beneficiar da
classificação são os seguintes: imunização, devendo esta ser realizada de ma-
• Cardiopatias congênitas acianóticas com sinais neira completa, incluindo algumas adicionais.
de insuficiência cardíaca e que estejam em
A alteração da função esplênica está associa-
uso de medicações para tratamento desta insu-
da a maior suscetibilidade a infecções por bacté-
ficiência cardíaca;
rias encapsuladas tais como Streptococcus pneu-
• Cardiopatias congênitas cianóticas; moniae, Haemophilus influenzae, Escherichia coli
• Cardiopatias congênitas (cianóticas ou acianó- e Neisseria meningitides. Para esse grupo de pa-
ticas) que apresentam sinais de hipertensão cientes, a utilização de profilaxia antimicrobiana
pulmonar moderada ou acentuada; com sulfametoxazol/trimetropim, penicilina ou

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amoxacilina é benéfica, especialmente quando Cardiopatias associadas a imunodeficiências


da realização de procedimentos médicos invasi-
Diferentes erros inatos da imunidade (EII)
vos, ou procedimentos dentários.7
podem estar associados às cardiopatias congê-
Segundo as Recomendações da SBIm (2022- nitas. Dentre eles, os que afetam especialmente
2023) para pacientes especiais, no asplênico a linhagem linfocitária T são relativamente fre-
anatômico ou funcional, devem ser consideradas quentes e podem interferir no calendário vaci-
especialmente as seguintes vacinas:8 nal.9 Por outro lado, a realização de timectomia
concomitantemente a uma cirurgia cardíaca tam-
• Vacina para influenza a partir dos 6 meses de
bém pode trazer consequências semelhantes.
idade (a versão trivalente está disponível no
SUS; se possível, aplicar preferencialmente a O timo é um órgão linfoide primário, respon-
versão tetravalente, disponível somente nas sável pela produção de linfócitos T näive que,
clínicas privadas); após sofrerem ativação, darão origem a diferen-
• Vacinas pneumocócicas conjugadas (VPC10 ou tes linhagens de linfócitos T reativos, regula-
VPC13), a partir de 2 meses de idade, segundo dores e de memória. A ação coordenada desses
o esquema de vacinação básico. Para crianças linfócitos com os demais elementos do sistema
adequadamente vacinas com VPC10, recomen- imunológico propicia a resposta a diferentes pa-
da-se duas doses VPC13 a partir dos 12 meses tógenos, assim como a adequada regulação e to-
de idade, com intervalo de dois meses entre as lerância, evitando assim a autoagressão. O timo
apresenta seu maior volume durante o período
doses. Para pacientes acima de dois anos, uma
neonatal e ao longo do primeiro ano de vida,
dose de VPC13;
sendo este o período de sua maior atividade.
• Vacina pneumocócica polissacarídica 23 va-
lente (VPP23): a partir de dois anos de idade Dentre os EII já descritos, destaca-se a sín-
aplicar duas doses com intervalos de 5 anos; drome de DiGeorge, causada pela deleção
acrescenta-se uma terceira dose para pacien- 22q11, onde pode ocorrer aplasia tímica total ou
tes com mais de 60 anos. Há particularidades parcial. Em decorrência disso, observa-se linfo-
de interação entre VCP13 e VPP23 e os CRIEs penia às custas dos linfócitos T, podendo haver
estão aptos a esta orientação; diminuição das subpopulações T auxiliar (TCD4)
e T citotóxico (TCD8), entre outras. Esse tipo de
• Vacina para Haemophilus influenzae tipo B
EII é chamado de imunodeficiência combinada.
– para menores de 5 anos, seguir o esquema
Esta e outras imunodeficiências combinadas,
vacinal básico; para crianças, adolescentes e
onde há diminuição de linfócitos T, podem ser
adultos sem essa vacinação, duas doses com
triadas pelo Teste do Pezinho com pesquisa de
intervalos de dois meses.
TREC (T-Cell Receptor Excision Circles). Os TRECS
• Vacinas meningocócicas conjugadas (MenC estarão diminuídos nessas condições e, em con-
ou MenACWY – esta preferentemente) – reco- sequência, levarão à necessidade de investiga-
menda-se seguir o calendário vacinal básico, e, ção completa, precoce e confirmatória desses
para crianças, adolescentes e adultos não vaci- pacientes. O Teste do Pezinho com pesquisa de
nados, duas doses com intervalo de 2 meses, e TREC, bem como a pesquisa KREC (Kappa-dele-
reforço a cada 5 anos. ting Recombination Excision Circles), para avaliar
linfócitos B (ex.: agamaglobulinemia congênita)
• As vacinas Hepatite A e tríplice bacteriana
estão em fase de implantação pelo SUS. Uma vez
também são importantes para esses pacien-
instituída a triagem neonatal ampliada para EII, a
tes, seguindo o calendário vacinal básico. Para
aplicação da vacina BCG deve ser postergada até
a tríplice bacteriana, recomenda-se preferen-
o recebimento do resultado.
cialmente a forma acelular, para pacientes com
maior risco de descompensação cardíaca devi- Essas alterações imunológicas descritas an-
do a febre como reação vacinal. teriormente também podem ocorrer em crian-

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Imunização da Criança com Cardiopatia

ças que foram submetidas a timectomia cirúrgi- são contraindicadas as vacinas de agentes vivos
ca. Recém-nascidos e lactentes jovens que são atenuados, sendo elas a BCG, rotavírus, pólio
submetidos à cirurgia cardíaca por esternotomia oral, febre amarela, varicela, sarampo-caxumba-
mediana, são frequentemente submetidos a ti- -rubéola (SCR), varicela, SCR-V e dengue. Em
mectomia. Este procedimento geralmente é ne- especial devemos nos lembrar que pacientes
cessário, pois o timo apresenta grandes dimen- submetidos à timectomia total não devem, a
sões nessa faixa etária e pode trazer dificuldades princípio, receber a vacina da febre amarela, em
técnicas para a realização da cirurgia cardíaca. função da alteração da imunidade celular com
Alguns estudos mostraram que crianças que re- maior risco de desenvolvimento de evento ad-
alizaram timectomia total durante cirurgia cardí- verso grave pós-vacinação (viscerotropismo).
aca no período neonatal apresentaram redução Entretanto, algumas crianças que foram subme-
dos níveis de linfócitos T, além de um maior nú- tidas a timectomia parcial ou com síndrome de
mero de infecções no decorrer da infância.10 En- DiGeorge podem apresentar apenas um grau
tretanto, tais alterações não foram descritas para leve de imunodeficiência, sendo que já existem
os pacientes que realizaram timectomia parcial. alguns estudos demonstrando que essas crian-
Portanto, é recomendável que o cirurgião cardí- ças não apresentaram reações adversas graves
aco tente preservar uma parte do tecido tímico, ao receber as vacinas de vírus vivo12.
evitando-se assim, a possibilidade de complica-
Vale ressaltar que existem mais de 400 ti-
ções futuras relacionadas ao sistema imune.11
pos de EII descritos e que uma só orientação não
Em relação à imunização, a orientação para os pode ser adequada a todos eles. Sendo assim,
pacientes com EII em geral é semelhante àquela para avaliar o grau de imunossupressão, inclusi-
descrita anteriormente para as crianças com dis- ve para pacientes com Síndrome de Di George ou
função esplênica, acrescentando-se as seguintes timectomia cirúrgica, recomenda-se que seja re-
recomendações: alizada uma avaliação imunológica com um pro-
• Vacina para Hepatite B: Quatro doses (0, 1, 2 e fissional especializado. Este profissional saberá
6 meses). Caso a sorologia Anti-HBsAg colhida indicar e interpretar adequadamente os exames
entre 30 e 60 dias após a última dose seja in- necessários, inclusive aqueles de maior custo e
ferior a 10 mUI/ml, devemos repetir o esquema de difícil execução, tais como a quantificação de
vacinal; subtipos de linfócitos. A contagem da subpopu-
lação de linfócitos TCD4 (linfócitos T auxiliares)
• Vacina HPV: três doses, a partir dos 9 anos de
é particularmente importante para a indicação
idade (0, 2, 6 meses como intervalo), em meni-
das vacinas de vírus vivo atenuado. Segundo a
nos e meninas;
SBIm, o grau de imunodeficiência secundária
• Vacina Pólio Inativada: deverá substituir a
pode ser classificado de acordo com os mesmos
pólio oral no esquema da vacinação básica.
critérios utilizados para as imunodeficiências
Segundo recomendação da SBIm, para pa- primárias que afetam os linfócitos T e B, como
cientes imunodeprimidos, de uma forma geral, pode ser visto na tabela 2.8

Tabela 2. Classificação do grau de imunodeficiência de acordo


com a faixa etária e os níveis de linfócitos T CD4+
Contagem de TCD4+ (células por mm3)
< 1ano 1 a 5 anos 6 a 12 anos > 12 anos
Normal > 1500 >1000 >500 >350
Imunodeficiência moderada 750-1500 500-1000 200-500 200-350
Imunodeficiência grave <750 <500 <200 <200
Adaptado de SBIm 2022 – 2023

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e Departamento de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica • Sociedade Brasileira de Cardiologia

Segundo esses valores, estariam contrain- rio vacinal básico em até quatro semanas antes
dicados para os pacientes classificados como do início da imunossupressão sendo que durante
imunodeficientes graves, as vacinas BCG, rota- a imunossupressão devem ser suspensas as va-
vírus, pólio oral, febre amarela, SCR e varicela cinas de vírus vivo atenuado. Em situações de
e SCR-V. Para os pacientes considerados imu- imunossupressão temporária, a retomada da va-
nodeficientes moderados, deve ser avaliado cinação para cada faixa etária deve acontecer de
o risco benefício, especialmente para a vacina um até seis meses após o término da imunossu-
de febre amarela (risco de exposição à febre pressão, de acordo com o fármaco e dose utiliza-
amarela por viagem ou moradia em área de cir- do para imunossupressão.2
culação viral, áreas de epizootia). De qualquer
forma é importante saber que os CRIEs disponi-
bilizam as vacinas influenza, varicela e SCR para Esquema vacinal após realização
os contactantes saudáveis (imunocompetentes) de cirurgia cardíaca:
de pacientes com Síndrome de DiGeorge e/ou
Grande parte das cirurgias cardíacas são re-
timectomia, mesmo quando estes estão ainda
alizadas com o uso de circulação extracorpórea
em investigação.
(CEC) que pode reduzir a resposta imunológica
humoral e celular da criança. Entretanto, estu-
dos seriados demonstraram que estas alterações
imunológicas são transitórias e o perfil imuno-
lógico de crianças e lactentes submetidos a ci-
Imunizaçao e Cirurgia Cardíaca
rúrgica cardíaca com CEC voltam aos limites da
normalidade geralmente após 4 semanas. Sen-
Grande parte das crianças com cardiopatia do assim, a retomada do esquema vacinal pode
congênita será submetida a alguma cirurgia car- ser feita de forma segura após 4 semanas da
díaca ao longo dos primeiros anos de vida. Por- realização de uma cirurgia cardíaca com uso de
tanto, é necessário que se faça uma adequação CEC.13 Além disso, é importante ressaltar que os
do calendário vacinal da criança e o momento títulos de anticorpos das vacinas recebidas an-
da realização da cirurgia cardíaca de forma a se tes de uma cirurgia cardíaca são pouco afetados
conseguir manter a criança bem protegida com pela CEC, não sendo necessária realizar qualquer
as vacinas sem incrementar riscos ao procedi- modificação significativa no esquema vacinal
mento cirúrgico. habitual de crianças que realizaram cirurgia car-
díaca.14

Esquema vacinal antes da cirurgia cardíaca:

Em relação às crianças que serão submetidas


a cirurgia cardíaca, o esquema vacinal deve ser Imunização de Crianças que
seguido de forma habitual, sendo sugerido ape- Receberam Imunoglobulinas
nas que a vacinação seja feita em até 14 dias an- ou Hemoderivados
tes da data da cirurgia. Algumas vacinas podem
causar eventos adversos que geralmente ocor-
rem nos primeiros dias após a vacinação e que Imunoglobulinas (IG) para Imunização Passiva
poderiam atrapalhar o planejamento cirúrgico
Com relação às medicações com imunoglo-
programado.
bulinas, nos referimos primeiramente aqui aos
Para os pacientes que iniciarão uma imunos- imunobiológicos produzidos especificamente
supressão programada, como por exemplo trans- para a imunização passiva contra determinadas
plante cardíaco, sugere-se regularizar o calendá- doenças. Segundo as orientações do Manual

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Imunização da Criança com Cardiopatia

dos Centros de Referência para Imunobiológicos quer uma dessas imunoglobulinas e as vacinas
Especiais do Ministério da Saúde (2019) deve vivas atenuadas para o mesmo vírus específico,
haver um intervalo entre o recebimento de qual- conforme pode ser visto na tabela 3.15

Tabela 3. Imunoglobulinas (IG) humanas específicas administradas por via intramuscular


e o intervalo sugerido para administração das vacinas com vírus vivo atenuado

Imunobiológico Dose habitual Intervalo

Imunoglobulina humana antitetânica 250 UI (10mg/kg de IG) 3 meses

Imunoglobulina humana anti-hepatite B 0,06 ml/kg (10mg/kg de IG) 3 meses

Imunoglobulina humana antirrábica 20 UI/kg (22mg/kg de IG) 4 meses

Imunoglobulina humana antivaricela-zoster 125 UI / 10kg (máximo 625 UI) 5 meses

Fonte: Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais/Ministério da Saúde, 2019

Imunoglobulinas para terapia não se aplica. Apesar de não haver orientação


aguda ou de reposição: formal, os imunologistas pediátricos costumam
aplicar as vacinas recomendadas para cada
O uso de imunoglobulina (IG) humana usa- tipo de imunodeficiência, na segunda metade
da para o tratamento em forma de pulsoterapia do tempo entre os intervalos de infusão da IG
terapêutica para algumas doenças (ex.: Doença para reposição, para atenuar a inativação delas.
de Kawasaki, miocardite aguda) ou na forma de Entretanto, sabemos que a reposta vacinal nas
reposição mensal (ex.: imunodeficiências primá- crianças com imunodeficiência é, via de regra,
rias), pode reduzir a eficácia das vacinas feitas incompleta e muitas vezes ausente, sendo mui-
com vírus vivo atenuado. Vários estudos já de- to importante vacinar adequadamente os adul-
monstraram que a administração de IG humana tos contactantes.
em dose elevada (1,5 a 2g/kg) inibe a resposta
imune à vacina do sarampo em até 11 meses do
momento da aplicação. O intervalo de tempo en- Uso de hemoderivados
tre a administração de IG e o momento para se
Produtos sanguíneos são frequentemen-
poder receber as vacinas vivas atenuadas pode
te utilizados durante o tratamento cirúrgico e
variar de acordo com a dose e o tipo de IG utili-
intensivo de crianças com cardiopatias. Estes
zada. O uso de IG não interfere de forma signifi-
produtos carregam quantidades variáveis de IG
cativa na resposta imune induzida pelas vacinas
o que faz com que tenhamos as mesmas preo-
inativas, que devem ser mantidas de acordo com
cupações para o uso das vacinas com vírus vivo
o calendário vacinal.15
atenuado. Levando-se em consideração a quan-
Cabe ressaltar que, segundo essa orienta- tidade de IG em cada produto, sugere-se que a
ção, pacientes cardiopatas em uso de imunoglo- aplicação de vacinas com vírus vivo atenuado
bulina endovenosa para reposição (ou seja, em injetáveis seja realizada com intervalo de 5
esquema mensal) deveriam aguardar 8 meses meses após uso de concentrado de hemácias
até receberem suas vacinas. Como se trata de e 7 meses após uso de plasma ou plaquetas
condição crônica, na prática, tal recomendação (tabela 4).15

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Departamento Científico de Cardiologia e Imunizações (Gestão 2022-2024) • Sociedade Brasileira de Pediatria
e Departamento de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica • Sociedade Brasileira de Cardiologia

Tabela 4. Hemoderivados e imunoglobulinas (IG) utilizados na criança cardiopata e o intervalo


sugerido para administração das vacinas com vírus vivo atenuado

Produto Dose habitual Intervalo

Hemácias lavadas 10ml/kg (quase sem IG) 0 meses

Concentrado de hemácias 10ml/kg (20-60mg/kg de IG) 5 meses

Sangue total 10ml/kg (80-100mg/kg de IG) 6 meses

Plasma ou plaquetas 10ml/kg (160mg/kg de IG) 7 meses

Imunoglobulina (reposição) 300 a 400 mg/kg de IG 8 meses

Imunoglobulina (terapêutica) 1000 mg/kg de IG 10 meses

Imunoglobulina (terapêutica) 1600 a 2000 mg/kg de IG 11 meses

Imunoglobulina intramuscular (profilática) 0,6 ml/kg 6 meses

Fonte: Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais/Ministério da Saúde, 2019

disso, podemos dizer que não há contraindica-


Imunizaçao e Uso de
ção para imunização com a vacina contra vari-
Ácido Acetilsalicílico
cela em crianças que estejam em uso de AAS
na dose antitrombótica, não havendo neces-
Há relatos de que a infecção natural pelo sidade de se suspender o AAS no período de
vírus da varicela aliada ao uso de ácido acetil imunização.
salicílico (AAS) em doses elevadas (ex.: dose
anti-inflamatória de 100mg/kg/dia) possa ter
associação com a ocorrência de síndrome de
Reye. Essa associação fez com que alguns pro-
Conclusões
fissionais da área de saúde tivessem o receio
que de que crianças que estivessem em uso de
AAS e que fossem vacinadas contra varicela pu- O esquema vacinal da criança cardiopata
dessem ter alguma complicação semelhante. deve ser adaptado, e contemplar a profilaxia de
Muitas crianças com cardiopatia usam de modo diversas doenças imunopreveníveis, garantindo
crônico o AAS em doses anti-trombóticas (3- uma redução na morbimortalidade por infecções
5mg/kg/dia), entretanto, até o momento, não na infância. A vacinação de conviventes e con-
existe evidência científica suficiente de que tactantes, incluindo os profissionais da saúde, é
este uso tenha associação com qualquer com- estratégia adicional que deve ser incorporada na
plicação com a vacina contra varicela. Diante assistência à criança com cardiopatia.

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Imunização da Criança com Cardiopatia

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Departamento Científico de Cardiologia e Imunizações (Gestão 2022-2024) • Sociedade Brasileira de Pediatria
e Departamento de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica • Sociedade Brasileira de Cardiologia

Diretoria Plena
Triênio 2022/2024

PRESIDENTE: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Anamaria Cavalcante e Silva (CE) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETOR: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Camila dos Santos Salomão
1º VICE-PRESIDENTE: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA ADJUNTA: Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Ana Luiza Velloso da Paz Matos
2º VICE-PRESIDENTE: Sidnei Ferreira (RJ) Claudio Hoineff (RJ) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Anamaria Cavalcante e Silva
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL
SECRETÁRIO GERAL: MEMBROS: Donizetti Dimer Giambernardino (PR)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Gilberto Pascolat (PR) Renata Belém Pessoa de Melo Seixas
1º SECRETÁRIO: Paulo Tadeu Falanghe (SP) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) À DISTÂNCIA Carolina Strauss Estevez Gadelha
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA
2º SECRETÁRIO:
Anenisia Coelho de Andrade (PI) Edson Ferreira Liberal (RJ) Valéria Granieri de Oliveira Araújo
Rodrigo Aboudib Ferreira (ES)
Isabel Rey Madeira (RJ) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
3º SECRETÁRIO: Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) DO MARANHÃO
Fábio Ancona Lopez (SP)
Claudio Hoineff (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) Marynea Silva do Vale
DIRETORIA FINANCEIRA: Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA
Sidnei Ferreira (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) COORDENAÇÃO: Márcia Gomes Penido Machado
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Renato Soibelmann Procianoy (RS) MS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO DO SUL
DIRETORIA CIENTÍFICA
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) MEMBROS: Carmen Lúcia de Almeida Santos
DIRETOR: Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Dirceu Solé (SP) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA
Donizetti Dimer Giambernardino (PR) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Paula Helena de Almeida Gattass Bumlai
DIRETORIA CIENTÍFICA - ADJUNTA João Guilherme Bezerra Alves (PE)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Luciana Rodrigues Silva (BA) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS: Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA
Dirceu Solé (SP)
COORDENADORES REGIONAIS Dirceu Solé (SP) Maria do Socorro Ferreira Martins
Luciana Rodrigues Silva (BA)
NORTE: Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO
GRUPOS DE TRABALHO Alexsandra Ferreira da Costa Coelho
Adelma Alves de Figueiredo (RR) EDITORES REVISTA
Dirceu Solé (SP)
NORDESTE: Residência Pediátrica PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Marynea Silva do Vale (MA) Ramon Nunes Santos
MÍDIAS EDUCACIONAIS EDITORES CIENTÍFICOS:
SUDESTE: PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
Marisa Lages Ribeiro (MG) Victor Horácio de Souza Costa Junior
Edson Ferreira Liberal (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
SUL: Rosana Alves (ES) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EDITORA ADJUNTA: Cláudio Hoineff
Cristina Targa Ferreira (RS) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (ES) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO-OESTE: PROGRAMAS NACIONAIS DE ATUALIZAÇÃO CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
Renata Belem Pessoa de Melo Seixas (DF) Sidnei Ferreira (RJ)
PEDIATRIA - PRONAP RO - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA
Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira (SP) EDITORES ASSOCIADOS: Wilmerson Vieira da Silva
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Tulio Konstantyner (SP) Danilo Blank (RS) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA
TITULARES: Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ)
Jose Hugo Lins Pessoa (SP) Claudia Bezerra Almeida (SP) Mareny Damasceno Pereira
Renata Dejtiar Waksman (SP)
Marisa Lages Ribeiro (MG) NEONATOLOGIA - PRORN RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL
Renato Soibelmann Procianoy (RS) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Sérgio Luis Amantéa
Marynea Silva do Vale (MA) Angelica Maria Bicudo (SP)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Clea Rodrigues Leone (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza (PA) TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA - PROTIPED COORDENAÇÃO DE PESQUISA Nilza Maria Medeiros Perin
Werther Bronow de Carvalho (SP) Cláudio Leone (SP) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA
SUPLENTES:
Analiria Moraes Pimentel (PE) TERAPÊUTICA PEDIÁTRICA - PROPED COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Ana Jovina Barreto Bispo
Dolores Fernanadez Fernandez (BA) Claudio Leone (SP) COORDENAÇÃO: SP - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO
Rosana Alves (ES) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Rosana Fiorini Puccini (SP) Renata Dejtiar Waksman
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA - PROEMPED MEMBROS: TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA
Sulim Abramovici (SP) Hany Simon Júnior (SP) Rosana Alves (ES) Ana Mackartney de Souza Marinho
Gilberto Pascolat (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS: DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Lucia Ferreira (RJ)
COORDENAÇÃO: • Aleitamento Materno
Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Alergia
Dirceu Solé (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
• Bioética
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Luciana Rodrigues Silva (BA) • Cardiologia
COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PUBLICAÇÕES COORDENAÇÃO: • Dermatologia
PROFISSIONAL TRATADO DE PEDIATRIA Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) • Emergência
Edson Ferreira Liberal (RJ) Fábio Ancona Lopes (SP) MEMBROS: • Endocrinologia
José Hugo de Lins Pessoa (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) • Gastroenterologia
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) Dirceu Solé (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) • Genética Clínica
Clovis Artur Almeida da Silva (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR) • Hematologia
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO • Hepatologia
Sidnei Ferreira (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Edson Ferreira Liberal (RJ) Tânia Denise Resener (RS) • Imunizações
COORDENAÇÃO DO CEXTEP (COMISSÃO EXECUTIVA DO Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) • Imunologia Clínica
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) • Infectologia
OUTROS LIVROS • Medicina da Dor e Cuidados Paliativos
COORDENAÇÃO: Fábio Ancona Lopes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS)
Sérgio Luís Amantéa (RS) • Medicina do Adolescente
Hélcio Villaça Simões (RJ) Dirceu Solé (SP) • Medicina Intensiva Pediátrica
Clóvis Francisco Constantino (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
COORDENAÇÃO ADJUNTA: • Nefrologia
Aurimery Gomes Chermont (PA)
Ricardo do Rego Barros (RJ) • Neonatologia
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Silvia Regina Marques (SP)
MEMBROS: Claudio Barssanti (SP) • Neurologia
DIRETORA:
Clovis Francisco Constantino (SP) - Licenciado Marynea Silva do Vale (MA) • Nutrologia
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Liana de Paula Medeiros de A. Cavalcante (PE) • Oncologia
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) MEMBROS: • Otorrinolaringologia
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES • Pediatria Ambulatorial
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Paulo César Guimarães (RJ) • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
COORDENADOR:
Sidnei Ferreira (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) • Pneumologia
Lelia Cardamone Gouveia (SP)
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Paulo Tadeu de Mattos Prereira Poggiali (MG) • Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas
MUSEU DA PEDIATRIA na Infância e Adolescência
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA OBTENÇÃO DO COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL
(MEMORIAL DA PEDIATRIA BRASILEIRA) • Reumatologia
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
COORDENAÇÃO: • Saúde Escolar
SERIADA Ruth Guinsburg (SP)
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Sono
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO MEMBROS: • Suporte Nutricional
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Mario Santoro Junior (SP) • Toxicologia e Saúde Ambiental
Luciana Cordeiro Souza (PE) Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Sidnei Ferreira (RJ) GRUPOS DE TRABALHO
MEMBROS: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Jeferson Pedro Piva (RS) • Atividade física
João Carlos Batista Santana (RS)
COORDENAÇÃO GERAL: • Cirurgia pediátrica
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Criança, adolescente e natureza
Ricardo Mendes Pereira (SP) COORDENAÇÃO:
COORDENAÇÃO OPERACIONAL: • Doença inflamatória intestinal
Mara Morelo Rocha Felix (RJ) Claudio Barsanti (SP) • Doenças raras
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Nilza Maria Medeiros Perin (SC)
Renata Dejtiar Waksman (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Drogas e violência na adolescência
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Educação é Saúde
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS MEMBROS: Paulo Tadeu Falanghe (SP) • Imunobiológicos em pediatria
Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Sergio Augusto Cabral (RJ) • Metodologia científica
Marcia de Freitas (SP) AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA • Oftalmologia pediátrica
Nelson Grisard (SC) Ana Isabel Coelho Montero
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA • Ortopedia pediátrica
Normeide Pedreira dos Santos Franca (BA) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA
Ricardo do Rego Barros (RJ) • Pediatria e humanidades
PORTAL SBP Marcos Reis Gonçalves • Políticas públicas para neonatologia
INTERCÂMBIO COM OS PAÍSES DA LÍNGUA PORTUGUESA Clovis Francisco Constantino (SP) AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA • Saúde mental
Marcela Damasio Ribeiro de Castro (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Adriana Távora de Albuquerque Taveira • Saúde digital

www.sbp.com.br
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