Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nomes:
Ana Tomás
Eguinesse Paulo
Capítulo I.................................................................................................................................1
1. Introdução...........................................................................................................................1
CAPÍTULO II.........................................................................................................................2
2. Conceitos gerais..................................................................................................................2
Capítulo III............................................................................................................................14
3. Conclusão..........................................................................................................................14
4. Referência bibliográfica....................................................................................................15
Capítulo I
1. Introdução
Apesar dos benefícios da terapêutica anti-retroviral, ela deve ser usada criteriosamente. Do
contrário, pode-se incorrer no risco da indução de resistência e, consequentemente, no
esgotamento precoce do arsenal anti-retroviral disponível. Além disso, efeitos adversos
importantes e frequentes já estão bem caracterizados.
1
CAPÍTULO II
2. Conceitos gerais
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é uma infecção viral que
destrói progressivamente certos glóbulos brancos do sangue e torna a pessoa mais
vulnerável a outras infecções e alguns Cáceres e pode causar a síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS).
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é causada pelo vírus HIV
que pode ser transmitido através do contacto sexual, transfusão de sangue e, em
crianças pequenas, é normalmente adquirida da mãe no momento do nascimento.
Gestantes com infecção pelo HIV podem prevenir a infecção de seus recém-
nascidos usando a terapia anti-retroviral, alimentando seus filhos com leite de
fórmula ao invés de leite materno e, para algumas mulheres, fazendo parto
cesariano.
2
Os testes rápidos para HIV podem ser feitos usando sangue ou saliva em mulheres em
trabalho de parto e na sala de parto no hospital. Esses exames podem disponibilizar os
resultados em minutos ou até horas
No contexto de saúde em Moçambique considera-se criança aos indivíduos com idade entre
os 0 - 14 anos.
O diagnóstico de HIV nesta faixa etária e feito usando os testes serológicos. O rastreio da
elegibilidade para oferta do teste e feito com base no seguinte algoritmo:
Toda a criança dos 0 – 14 anos com seroestado desconhecido para HIV, que procura a US
ou que e encontrada na comunidade deve ser rastreada seguindo este algoritmo.
Considera-se infectada a criança que apresentar resultado positivo em duas amostras
testadas pelos seguintes métodos:
Cultivo de vírus;
Quantificação de RNA viral plasmático (ver fluxograma da Figura 1);
Detecção do DNA pró-viral ou
Antigenemia p24 após dissociação ácida de imunocomplexos.
Em crianças com idade igual ou maior que 18 meses, o diagnóstico será confirmado por
meio de dois resultados reagentes em duas amostras de sangue colectadas em momentos
diferentes, para realização de testes serológicos de triagem para detecção de HIV-1 e HIV-2
o
e pelo menos um teste confirmatório, de acordo com a Portaria n. 59/03, do Ministério da
Saúde.
Todos os lactentes com estado serológico desconhecido têm que ter confirmação da
exposição ao HIV no primeiro contacto com a unidade sanitária, na altura em que a mãe
recebe o cartão de saúde da criança na maternidade ou na primeira consulta pós parto nos
casos de parto fora da maternidade.
3
Trata-se de um desafio que representa uma oportunidade para o acesso a cuidados e
tratamento a crianças infectadas. Portanto, esta oportunidade não deve descurar os aspectos
éticos da prática clínica.
O diagnóstico do HIV deve ser feito para as crianças de forma a permitir-lhes receber
cuidados e tratamento adequados e atempados sempre que possível; por isso, devem ser
aconselhadas e testadas crianças que apresentam sinais ou sintomas sugestivos para
doenças relacionadas ao HIV.
Às vezes, as crianças que não estão recebendo tratamento apresentam episódios repetidos
de infecções bacterianas, tais como infecção do ouvido médio (otite média), sinusite,
bactérias no sangue (bacteremia) ou pneumonia. Cerca de um terço das crianças com
infecção não tratada por HIV desenvolve inflamação pulmonar (pneumonias intersticial
linfoide) com tosse e dificuldade para respirar. Uma variedade de outros sintomas e
complicações pode surgir à medida que o sistema imunológico da criança se deteriora.
4
A confidencialidade da condição de infectado pelo HIV deve ser assegurada em todas as
esferas de convivência da criança. Dessa forma, a revelação do diagnóstico no contexto da
escola deve se dar apenas quando houver benefício para a criança. A adopção universal das
normas-padrão de biossegurança garante a protecção dos contactastes.
o
18 e 24 meses de idade, conforme Portaria n. 59/03/MS. Caso a criança tenha sido
amamentada, o presente algoritmo deve ser iniciado 2 meses após a suspensão do
aleitamento materno, visando minimizar a ocorrência de resultados falsos-negativos.
2. Este fluxograma foi elaborado para o uso de testes de detecção quantitativa de RNA e o
resultado do exame deve expressar o valor de carga viral encontrado na amostra. Valores
5
até 10.000 cópias/mL sugerem resultados falso-positivos e devem ser cuidadosamente
analisados dentro do contexto clínico, demandando nova determinação em um intervalo de
4 semanas.
3. Avaliar a necessidade de tratamento, considerando os parâmetros clínicos e laboratoriais,
de acordo com as recomendações estabelecidas em secção específica do texto.
(a) Nas crianças menores de 1 ano de idade, classificadas como B2, deve-se considerar com
cuidado a escolha do regime terapêutico, na medida em que nesta faixa etária, esta
categoria configura gravidade na evolução, justificando a opção pela terapia tríplice.
Crianças maiores, com 4 a 5 anos de idade, classificadas como A1, A2 ou B1 e,
evolutivamente, apresentam-se como B2, entende-se que é progressão lenta e a conduta é
terapia dupla.
(b) Quanto aos esquemas alternativos para terapia dupla, deve-se considerar que precisam
ser poupadas drogas que terão utilidade na composição da terapia tríplice quando esta for
necessária, especialmente a lamivudina (3TC), em virtude de características de seu perfil,
ou seja, indução rápida de resistência quando associado ao AZT.
(c) O uso do abacavir para compor o esquema duplo baseia-se em suas características de
boa penetração em sistema nervoso central, potência anti-viral, menor indução de
resistência, administração em duas tomadas diárias e disponibilidade de solução oral.
Apesar da escassez de dados da literatura, comum a muitas das drogas citadas e indicadas
neste consenso, os resultados do estudo PENTA V demonstram a eficácia desta droga
associada a outro inibidor de transcriptase reversa análogo de nucleosídeo (AZT ou 3TC).
6
(f) O LPV/r está indicado como componente da terapia tríplice inicial em crianças menores
de 2 anos de idade com progressão rápida da doença.
Critérios clínicos
• Deterioração neurológica;
Critérios imunológicos
• Mudança de categoria imunológica;
+
• Para criança na categoria imunológica 3 (LT-CD4 <15%), decréscimo persistente igual
ou maior que 5% (por exemplo: de 15% para 10%, ou de 10% para 5%);
+
• Redução de> 20% na contagem absoluta ou percentual de LT-CD4 , em pelo menos duas
determinações seriadas.
Critérios virológicos
• A variabilidade deve ser considerada na interpretação da carga viral. Desse modo,
somente alterações maiores de 5 vezes (0,7 log) em crianças menores de 2 anos, e de
7
pelo menos 3 vezes (0,5 log) nas maiores de 2 anos de idade, depois de testes
confirmados em 2ª determinação, reflectirão alteração com relevância clínica e
biológica.
a) Crianças em uso de 2 ITRN + 1 IP, 2 ITRN + 1 ITRNN ou 3 ITRN: redução <1,0 log em
relação ao nível inicial;
c) Aumento persistente da carga viral depois do início do tratamento:> 0,7 log em crianças
menores de 2 anos, e> 0,5 log em crianças com 2 anos ou mais.
8
1. Preparação/administração dos medicamentos
2. Adesão
Adesão é tomar os medicamentos de acordo com as instruções. É extremamente
importante aderir aos horários de administração da TAR. Se as crianças tomarem
medicamentos da TAR em frequência menor do que a necessária, o HIV em seu sistema
pode ficar rapidamente resistente, de forma permanente, a um ou mais dos medicamentos.
Ainda assim, pode ser difícil para os pais e as crianças seguirem e aderirem a regimes
farmacológicos complicados, o que pode limitar a eficácia da terapia. Para simplificar os
regimes e melhorar a adesão, é possível administrar comprimidos contendo três ou mais
medicamentos. Esses comprimidos podem ter que ser tomados somente uma ou duas
vezes ao dia. Hoje em dia, as formas líquidas dos medicamentos têm melhor sabor, o que
melhora a adesão.
A decisão para que uma criança inicie o TARV cabe ao clínico capacitado neste domínio.
Os critérios para início do TARV têm carácter obrigatório e são de natureza clínica,
biológica e psicológica.
Note-se que, em geral, o início do TARV não é uma urgência. Assim sendo, e, devido ao
facto de ser um tratamento para toda a vida, e ainda, por ter numerosos efeitos secundários,
é de primordial importância a preparação dos doentes e seus acompanhantes para garantir
uma boa adesão ao tratamento. Os critérios para o início do TARV em crianças por grupo
etário são apresentados no Capitulo V deste manual.
9
1. Nível primário: identificação dos casos suspeitos na consulta de CCR, de triagem
seguindo as normas AIDI.
e. Referência das crianças de casos graves e/ou suspeita de falência terapêutica para
consulta médica ou consulta de SIDA da Área de Saúde
As necessidades, percepções, respostas e reacções das crianças são diferentes das dos
adultos. Assim, enquanto se é aberto e honesto durante o aconselhamento, os métodos, a
linguagem e a informação usada deve ser especificamente apropriados para a idade e nível
de desenvolvimento da criança em questão.
10
Pelo Provedor (ATIP) no contexto clínico. São procedimentos e padrões do aconselhamento
e testagem do HIV para crianças.
A. O aconselhamento à criança
• Lidar com as emoções e desafios que enfrenta quando é directamente afectada pelo HIV
ou SIDA, ou indirectamente através de um membro da família.
• Optar por escolhas correctas e quando possível participar na tomada de decisões para o
prolongamento e melhoria da sua qualidade de vida.
C. Processo de aconselhamento
Existem razões que podem inibir as crianças a não comunicar sobre algo.
11
Assim o processo de aconselhamento deve privilegiar a reunião com as crianças, criando
boas relações com elas logo no início, ao cumprimenta-la de forma afável e introduzir
temas de fácil abordagem para elas, como a escola, as suas relações de amizade.
As crianças dos 0-5 anos idade a avaliação nutricional e feita de acordo com o sexo, peso,
idade, altura/comprimento e verificação do PB e do edema bilateral.
Dos 5 aos 18 anos de idade avaliação nutricional e feita através do Peso/altura e idade
Nota importante:
Estádio I
12
Estádio III
Candidíase oral (após os primeiros 6 meses de Doença pulmonar crônica associada ao HIV
idade) (inclui bronquiectasias)
Leucoplasia oral Pilosa TB ganglionar e TB Pulmonar
Anemia ( <8g/dL) ou neutropenia (< 500/mm3) ou trombocitopenia crônica (<50000/mm3)
inexplicadas
Estádio IV
Malnutrição grave, ou perda de peso severa Infecções bacterianas graves recorrentes -
inexplicada empiema, piomiosite, infecção óssea ou
articular, meningite (>2 episodios nos últimos 6
meses)
Pneumonia por Pneumocistis Jirovecii (PPC) Encefalopatia por HIV
Toxoplasmose do Sistema nervosa central Infecção crónica por Herpes simples (oral ou
cutânea> 1 mês de duração ou visceral em
qualquer sítio)
Linfoma não-Hodgkin Candidíase esofágica (ou da traquéia, brônquios
ou pulmões)
Infecção por micobactérias não tuberculosa Criptococcose extrapulmonar
disseminada
TB extrapulmonar disseminada Criptosporidiose crónica (com diarreia)
Sarcoma de Kaposi Isosporiose crónica
Infecção por CMV Leucoencefalopatia multifocal progressive
(LMP)
Nefropatia sintomática associada ao HIV Micose disseminada (coccidiomicose,
histoplasmose, peniciliose)
Cardiomiopatia sintomática associada ao HIV
13
Capítulo III
3. Conclusão
Conclui que o tratamento de crianças infectadas pelo HIV desafia o pediatra frente à doença
até o momento incurável. Impõem-se com frequência decisões delicadas, como a
manutenção ou suspensão de um esquema de tratamento mal tolerado pelo paciente,
quando este demonstra não se beneficiar mais, por apresentar sinais clínicos, imunológicos
ou virológicos de irreversibilidade. Não há critérios precisos para caracterizar tal
irreversibilidade, sendo necessário o uso da experiência e de bom senso pelos membros da
equipe de saúde.
14
4. Referência bibliográfica
Http://www.aids.gov.br/final/biblioteca/hiv_tuberculose/hiv_tuberculose.htm, 2001.
15