Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Não existe um conceito estrito e universal sobre o que é e o que não é um recurso
didático. Basicamente porque tudo pode ser, desde que cumpra a função de facilitar a
aprendizagem ou adaptá-la às necessidades específicas de um determinado tipo de
aluno.
Por exemplo, alguns recursos permitirão uma aprendizagem significativa, com alta
participação dos alunos, enquanto outros servirão mais como suporte comunicativo
ao professor , ou simplesmente como material de reforço.
Embora não haja concordância quanto à nomenclatura desses elementos, alguns autores
preferem estabelecer a diferença entre:
Recursos de ensino
Segundo Karling (1991: 245), os recursos de ensino são recursos humanos e materiais que o
professor utiliza para auxiliar e facilitar a aprendizagem. São também chamados de recursos
didácticos, meios auxiliares, meios didácticos, materiais didácticos, recursos audiovisuais,
multimeios ou material institucional. Preferimos, porém, “recursos de ensino”, por ser mais
abrangente.
Por outro lado, tendem a incorporar ao ensino recursos técnicos e tecnológicos mais
modernos, o que permite a atualização do ensino, possibilitando novas dinâmicas e
experiências acadêmicas.
Material de trabalho permanente. Tudo o que se usa diariamente no ensino, seja para
manter um registro, ilustrar o que foi dito ou permitir outros tipos de operações.
Material informativo. Aqueles materiais nos quais as informações estão contidas e que
são usados como fonte de conhecimento.
Material ilustrativo. Tudo o que pode ser utilizado para acompanhar, valorizar e
exemplificar o conteúdo ministrado, seja visual, audiovisual ou interativo.
Material experimental. Aquele que permite aos alunos verificar através da prática e da
experimentação direta os conhecimentos ministrados nas aulas.
Estratégias de ensino-aprendizagem
Seminários: os alunos são divididos em grupos, que deverão apresentar trabalhos sobre
um determinado tema. O professor, nesse contexto, atua na orientação de como a
pesquisa poderá ser realizada e na organização do ambiente escolar para a apresentação
dos seminários.
Técnica de Phillips 66: consiste em dividir a sala em grupos de seis alunos, os quais
irão discutir, durante 6 minutos, sobre um determinado tema. No final desse período, os
alunos devem ter produzido uma síntese do assunto ou ter chegado a uma solução para o
problema.
Muitas vezes, termos como “recurso didático”, “material didático”, “recurso educativo”,
“material concreto” e “material manipulável” são usados pelos professores para
descrever os instrumentos utilizados como facilitadores da aprendizagem.
Pelas definições elencadas, entende-se que os recursos didáticos podem ser variados e
vão desde uma simples embalagem, um livro até jogos, vídeos, calculadoras,
computadores, entre outros. Essa variedade faz com que se concorde com a visão
de Sadovsky (2010) quanto à ingenuidade ao utilizar como recurso didático algo que
não colabore com o processo de aprendizagem. Isso porque a falta de critérios na
escolha e utilização desses recursos pode ir contra o propósito e as relações a serem
estabelecidas entre o material utilizado e o conhecimento a ser assimilado pelos
discentes.
Considera-se que apenas o uso de recursos didáticos não garante que a aprendizagem
seja significativa, pois, segundo Lorenzato (2009, p. 21), para haver significado, “faz-se
necessária também a atividade mental, por parte do aluno”. Essa ação intelectual deve
ser instigada, e o uso de recursos pedagógicos é uma das formas. A escolha desses
recursos não deve ser aleatória, mas de acordo com os objetivos do professor. Para isso,
Sendo assim, cabe ao professor ponderar sobre quais recursos didáticos deverão ser
usados e/ou confeccionados pelos próprios discentes e, até mesmo, se realmente são
necessários. Para isso, as escolhas devem ser pautadas em minucioso planejamento dos
processos e das possíveis situações que poderão ocorrer na abordagem dos conteúdos e
nos objetivos almejados, inclusive em relação à motivação esperada por parte dos
alunos.
A fim de definir critérios para escolha e uso mais adequado dos recursos didáticos,
torna-se imprescindível que o professor tenha uma formação consistente, tanto na
metodologia quanto no conteúdo específico da disciplina. Portanto, o papel da formação
profissional, da experiência e dos saberes docentes é fundamental pelo fato de o
professor estar diretamente relacionado ao aluno, pois “[...] se este professor não estiver
bem preparado pode haver um desequilíbrio no processo de ensino e de aprendizagem,
prejudicando, assim, a aquisição do conhecimento de seu aluno” (Souza, 2007, p. 111).
Para tornar a aula mais dinâmica e atrativa, existem diversos recursos que podem ser
utilizados pelos professores, contribuindo para a aprendizagem e motivação dos alunos.
Souza (2007, p. 110) ressalta que:
Para que os alunos demonstrem maior interesse pelas aulas, todo e qualquer recurso ou
método diferente do habitual utilizado pelo professor é de grande valia, servindo como
apoio para as aulas. Assim, “recurso didático é todo material utilizado como auxílio no
ensino aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus
alunos” (Souza, 2007, p. 111).
Para que isso ocorra, faz-se necessário que o material que será aplicado para os alunos
esteja em consonância com o que vai ser ou já foi estudado, e assim, é necessário um
planejamento crítico, para que o professor saiba e consiga usar de forma que seus
objetivos sejam alcançados e o aluno consiga atrelar teoria e prática.
São inúmeros os recursos que podem ser utilizados no ensino de ciências e biologia.
Esses recursos podem se tornar ferramentas fundamentais no processo de ensino e
aprendizagem. Cavalcante e Silva (2008, p. 1) ressaltam que O quadro negro e o livro
didático são recursos utilizados com frequência nas aulas.
Já o livro didático pode ser usado na forma de “guia” para o professor, onde ele pode
determinar o conteúdo a ser trabalhado bem como a metodologia que será utilizada.
Para Krasilchik (2008, p. 65),
[...] o vídeo só deve ser utilizado como estratégia quando for adequado,
quando puder contribuir significativamente para o desenvolvimento do
trabalho. Nesse sentido, nem todos os temas e conteúdos escolares podem
e devem ser explorados a partir da linguagem audiovisual.
Através das aulas práticas o professor consegue fazer com que os alunos despertem seus
interesses. Com esse tipo de atividade é possível desenvolver diversos pontos
importantes, sendo por meio da visualização, da construção de objetos, manipulação de
experimentos com o auxílio do professor, enfim todas as explorações possíveis aos
alunos e professores.
O importante é deixar que o aluno manipule os materiais, produza algo ou mesmo
observe por si próprio um fenômeno, uma experiência etc. e não que o professor leve
tudo pronto para o aluno.
Para Justi (2006, p. 175, tradução nossa) “o modelo reproduz os principais aspectos
visuais ou a estrutura da “coisa” que está sendo modelada, convertendo-se neste modo
em uma “cópia da realidade””. Independentemente do tipo de recurso, qualquer um
deles exige do professor planejamento e clareza nos objetivos a serem alcançados, ou
seja, o que se quer e quais conhecimentos podem ser construídos e/ou ampliados a partir
da utilização destes recursos.
O quadro expositor – como meio auxiliar do professor, este quadro apresenta, entre
outras, as seguintes vantagens:
a) Possibilidade de exposição permanente ou temporária;
b) Possibilidade de exposição do material que vai sendo executado pelos alunos para
consolidação a aprendizagem;
b) Possibilidade de exposição do material utilizado pelo professor para a aprendizagem
da leitura, no campo das frases-chave e das palavras-chave;
c) Possibilidade de exposição de outro material que o professor considere pertinente,
nomeadamente material relacionado com outras áreas curriculares.
O manual do aluno – como meio auxiliar, tanto do professor como do aluno, o manual
apresenta, entre outras as seguintes vantagens:
a) É um instrumento de trabalho que permite uma melhor exploração e consolidação dos
conteúdos;
b) É uma base de aquisição das competências linguísticas e de comunicação, pelo
aluno, no domínio da compreensão escrita;
c) Tem uma função motivadora para aprendizagem.
Na opinião do mesmo autor o professor não deve descorar dos recursos de ensino tendo
em conta a sua importância para a concretização da aula. Esses recursos devem ser
usados para facilitar, acelerar e intensificar a aprendizagem e não para poupar o trabalho
do professor e simplificar o trabalho do aluno.
Referências bibliográficas