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DIDÁTICA

RECURSOS DE ENSINO E AVALIAÇÃO


QUEM SÃO NOSSOS ALUNOS?
Homo Sapiens? Homo “Zapiens”?
QUEM SÃO NOSSOS ALUNOS?
Homo “Zapiens”
Aqueles que aprendem brincando;
Geração Multi-Tarefa

Estudam;
Escutam música;
Falam ao telefone;
Assistem TV;
Conversas paralelas;
Navegam pela internet
....
E NÓS, QUE TIPO DE PROFESSORES SOMOS?
Professor 1: Utiliza Estratégias Tradicionais
Lição de casa,
Fundamentos
trabalhos e
(Princípios científicos e Deduções Exemplos
projetos
métodos analíticos)

Professor 2: Utiliza Metodologias Ativas


Desafios, Perguntas, Define Ensino Encontra e
Problemas, Estudos de problemas e (princípios e discute
Caso, Observações, Dados necessidades métodos) soluções

Professor Aluno
O que são recursos de ensino?

São componentes do ambiente da aprendizagem


que dão origem à estimulação para o aluno.
Sua função
• Auxiliar o aluno pensar;
• Possibilitando o desenvolvimento de sua imaginação
• Possibilita a capacidade de estabelecer analogias
• Aproximar o aluno da realidade e auxiliá-lo a tirar dela o
que contribui para a sua aprendizagem.
Exemplos de alguns dos recursos de ensino
• Quadro Negro, ou branco / Giz, ou canetão / Apagador;
• Jornais, cartazes, revistas e livros;
• Textos manuais;
• Televisão
• Aparelho de Som
• Aparelho DVD
• Filmes em DVD
• Filmadora (caso necessite realizar algumas gravações)
• Máquina Fotográfica Digital
• Computador com projetor
• Instrumentos didáticos conforme a disciplina (Ex: química – tubos de ensaio,
biologia – microscópio entre outros…)
São muitíssimo importantes porque aproximam
o aluno à realidade, facilitam a percepção e
compreensão dos conteúdos e tornam o ensino mais
ativo e concreto.

O ensino sem os meios de ensino-


aprendizagem pode ser “cego” e insignificante,
principalmente para os alunos das classes iniciais.
Classificação dos meios de ensino-aprendizagem
Outra classificação dos Recursos de ensino
• Recursos visuais: impressionam apenas o sentido da visão e incluem
quadro de giz, quadro magnético, quadro mural, flanelógrafo,
diapositivos (slides), transparências e outros recursos visuais tais
como ilustrações, gravuras, fotografias, desenhos e símbolos visuais.
Recursos auditivos: Impressionam o sentido da audição, incluindo
fitas de áudio, discos e símbolos verbais.
Recursos audiovisuais: impressionam os dois sentidos acima referidos
e incluem filmes sonoros e monitores de vídeo.
Recursos múltiplos: impressionam também os outros sentidos dos
alunos, onde se incluem as experiências que colocam os interessados
em contato com fatos reais ou simulados.
Critérios e princípios para a utilização dos
meios de ensino-aprendizagem
• Ao selecionar um meio de ensino-aprendizagem, deve-se ter em vista os
objetivos a serem alcançados. Nunca utilizar um recurso didático só porque
está na moda.
• Nunca se deve utilizar um recurso que não seja suficientemente conhecido,
de forma a poder empregá-lo corretamente.
• A eficácia dos recursos dependerá da interação entre eles e os alunos. Por
isso, devemos estimular nos alunos certas atitudes que aumentem a sua
receptividade, tais como, a atenção, a percepção, o interesse, a sua
participação ativa, etc.
• A eficácia depende, também, das características dos próprios recursos com
relação às funções que podem exercer no PEA. A função do cartaz, por
exemplo é diferente da função de um álbum seriado
• Na escolha dos recursos didáticos, deve-se levar em conta a natureza da
matéria a ser aprendida. Algumas matérias exigem maior utilização de
recursos audiovisuais que outras. Por exemplo, as ciências exigem mais
recursos audiovisuais do que a Matemática.
• As condições ambientais podem facilitar ou dificultar a utilização de certos
recursos. A falta de corrente eléctrica, por exemplo, exclui a possibilidade
de utilização de retroprojetor, projetor de slides ou filmes.
• O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado.
• A preparação e utilização dos recursos didáticos exige determinado tempo
e, muitas vezes, a busca de outras alternativas, tais como: utilizar recursos
que exigem menos tempo; solicitar a ajuda dos alunos para preparar os
recursos; solicitar a ajuda ou colaboração de outros profissionais, etc.
• Não levar os meios de ensino em mão, porque isso pode distrair os
alunos.
• Não expor os meios que não estão a ser utilizados, porque despertam
a curiosidade nos alunos. Deve-se colocar à vista dos alunos os meios
serem utilizados.
• Verificar se os meios a serem utilizados estão todos arrumados na
pasta, para evitar sair da sala à procura de meios auxiliares ou, na pior
das hipóteses, mandar os alunos procurarem durante a aula.
• Para o uso de aparelhos, é importante experimentar, sempre, antes de
estar na sala de aulas, para evitar esforços em vão.
Estudos mostram que:
• Aprendemos: • Retemos:
10% do que lemos;
1% através do gosto; 20% do que escutamos;
1,5 % através do tato; 30% do vemos;
3,5% através do olfato; 50% do que vemos e
11% através da audição; escutamos;
83% através da visão. 70% do que ouvimos e logo
discutimos;
90% do que ouvimos e logo
realizamos.
PRATICANDO
1. Os recursos didáticos tradicionais e os recursos tecnológicos são instrumentos indispensáveis no
Processo de Ensino e Aprendizagem, e suas corretas utilizações é um assunto muito discutido no Meio
Educacional.

Acerca desse tema, julgue as afirmativas a seguir:

I. Para que a aprendizagem ocorra é necessário que a escola, representado pelo corpo docente, leve em
consideração as mais diversas formas de aprender dos alunos.
II. A aprendizagem é um ato complexo, por isso, deve-se ter um conhecimento amplo dos recursos
didáticos tendo em vista que estes são limitados.
III. Deve haver sensibilidade na escolha dos materiais a serem utilizados em sala de aula, atendendo às
necessidades dos seres que estão inseridos no processo de aprendizagem.
IV. É necessário que haja também uma cuidadosa reflexão para saber até em que ponto a tecnologia
inserida no processo pedagógico pode contribuir para a formação de indivíduos críticos, conscientes e
preparados para suas realidades.

Está (ão) CORRETO (S) a (s) afirmativa (s):


a) Apenas III e IV.
b) Apenas I, III e IV.
c) Apenas I, II e III.
d) Apenas II, III e IV.
2. O livro didático representa, na educação brasileira, o material mais
utilizado em salas de aula das instituições de Ensino Básico. O recurso é
tão difundido que hoje é considerado fundamental na educação.
Esse papel importante justifica-se principalmente:
a) Por ser útil para auxiliar exclusivamente o aluno na aquisição de
conhecimentos, focado no ensino e exposição de conteúdo.
b) Por ser uma fonte de informações totalmente segura para os
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
c) Por ser o material de cunho pedagógico mais eficaz, quando
comparado a outros instrumentos escolares, como quadro, livros
literários e projetor.
d) Por se tratar de um material facilitador da aprendizagem,
funcionando como um instrumento de suporte à prática pedagógica.
3. Os cuidados para a conservação do material pedagógico deveria ser
uma preocupação de todos os profissionais de uma escola, devendo ser
passada até mesmo para os alunos, mas muitas vezes isso não acontece.
Qual das opções abaixo NÃO cita uma consequência da má conservação
destes materiais?
a) Comprometimento da estrutura física da escola.
b) Dificuldade em oferecer ao estudante aulas mais atrativas.
c) Dificuldade para se alcançar os objetivos traçados para a aprendizagem
do estudante.
d) Problemas com a organização e execução do planejamento.
4. Os recursos didáticos podem auxiliar e mediar o desenvolvimento de diferentes
atividades em sala de aula. É necessário conhecer e selecionar o material a ser
utilizado adequando ao conteúdo, ao público e aos objetivos a serem alcançados
(BORGES, 2000).

Considerando as abordagens do trecho acima, marque a alternativa CORRETA em


relação ao uso dos recursos didáticos:
a) O Livro Didático deve ser o único recurso utilizado, pois já traz todos os conteúdos
previstos no currículo escolar.
b) Os recursos didáticos são ferramentas que auxiliam no processo pedagógico, porém
não influenciam na forma como o aluno aprende.
c) Por meio da utilização de recursos didáticos diferentes é possível tornar as aulas
mais dinâmicas, possibilitando que os alunos desenvolvam maiores competências e
habilidades.
d) Apesar dos avanços e da diversificação de recursos didáticos a modalidade
tradicionalista de ensino tem que prevalecer, devendo o professor atuar de forma
ativa e o aluno receber os conhecimentos de forma passiva.
5. Sobre a utilização de recursos didáticos para a promoção de
acessibilidade nas atividades de leitura e escrita, é considerado recurso
óptico e não óptico, respectivamente:
a) caneta de ponta grossa e lupa manual
b) lupa manual e lápis adaptado
c) caderno de pauta dupla e lápis adaptado
d) caneta de ponta grossa e lupa eletrônica
• A nossa sociedade passa por momentos de transformações.

• Estas mudanças ocorrem devido às novas tecnologias de


informação e comunicação, que aos poucos, vão se
interligando a atividade educativa.

• Cada vez mais a tecnologia se faz presente na escola e no


aprendizado do aluno, seja pelo uso de equipamentos
tecnológicos seja por meio de projetos envolvendo educação
e tecnologia.
A anexação do computador e da Internet na vida dos alunos,
trouxe uma avalanche de informações que as escolas e os
professores muitas vezes, não estão preparados para absorver.

A adaptação das escolas ao uso das Tecnologias da Informação e


Comunicação (TIC), ainda é um desafio para alguns educadores,
pois muitos não possuem domínio das ferramentas tecnológicas.

E a utilização de recursos tecnológicos no processo de ensino, é


cada vez mas necessária, pois torna a aula mais atrativa,
proporcionando aos alunos uma forma diferenciada de ensino.
A forma de ensinar e aprender podem ser beneficiados
por essas tecnologias, como por exemplo, a Internet,
que traz uma diversidade de informações, mídias e
softwares, que auxiliam nessa aprendizagem.

Precisamos então começar a pensar no que realmente


pode ser feito a partir da utilização dessas novas
tecnologias, particularmente da Internet, no processo
educativo.
As Tecnologias da Informação e Comunicação
referidas como TIC são consideradas como
sinônimo das tecnologias da informação (TI).

A Informática trouxe, além de inúmeros


recursos tecnológicos, a esperança de melhorias
no processo de ensino e aprendizagem.
• As TIC quando são utilizadas, melhoraram o processo de
ensino, pois criam ambientes virtuais de aprendizagem,
colaborando com o aluno na assimilação dos conteúdos.

• O computador e a Internet atrai a atenção dos alunos


desenvolvendo neles, habilidades para captar a informação.

• Essa informação manifesta-se de forma cada vez mais


interativa e cada vez mais depressa, que os envolvidos no
processo de ensino, muitas vezes, não conseguem assimilar.
Salas de aula HOJE
• A principal dificuldade de se incorporar as TIC no processo de
ensino, é o fato de o professor ser ainda apontado, o detentor
de todo conhecimento.

• Hoje, diante das tecnologias apresentadas aos alunos, o


professor tem o papel de interventor dessa nova forma de
ensino, dando o suporte necessário ao uso adequado e
responsável dos recursos tecnológicos

• O professor deve buscar, ainda em sua formação, se atualizar


não só dentro de sua especialidade, mas também, dentro das
tecnologias que possam auxiliar em suas práticas pedagógicas.
• Para que o uso das TIC signifique uma transformação
educativa que se transforme em melhora, muitas coisas
terão que mudar. Muitas estão nas mãos dos próprios
professores, que terão que redesenhar seu papel e sua
responsabilidade na escola atual. Mas outras tantas
escapam de seu controle e se inscrevem na esfera da
direção da escola, da administração e da própria
sociedade.
• As escolas devem fazer uso das TIC como novos meios de
aprendizagem em todos os aspectos do currículo. Hoje as
TIC são utilizadas em trabalhos extracurriculares, ou em
disciplinas como complemento didático.

• Precisamos então começar a pensar no que realmente


pode ser feito a partir da utilização dessas novas
tecnologias, particularmente da Internet, no processo
educativo.
AS TIC’s NA APRENDIZAGEM DO ALUNO
• A inserção das TICs no cotidiano escolar anima o
desenvolvimento do pensamento critico criativo e a
aprendizagem cooperativa, uma vez que torna possível a
realização de atividades interativas.

• As tecnologias proporcionam que os alunos construam seus


saberes a partir da comunicabilidade e interações com um
mundo de pluralidades, no qual não há limitações
geográficas, culturais e a troca de conhecimentos e
experiências é constante.
• É preciso compreender que a ferramenta tecnológica não é ponto
principal no processo de ensino e aprendizagem, mas um dispositivo
que proporcionaliza a mediação entre educador, educando e saberes
escolares.

• É essencial que se supere o velho modelo pedagógico é preciso ir


além de incorporar o novo (tecnologia) ao velho.

• a inserção das TICS no ambiente educacional, depende


primeiramente da formação do professor em uma perspectiva
que procure desenvolver uma proposta que permita transformar
o processo de ensino em algo dinâmico e desafiador com o
suporte das tecnologias.
Para que os recursos tecnológicos façam parte da vida escolar é preciso que alunos e
professores o utilizem de forma correta, e um componente substancial é a formação e
atualização de professores, de modo que a tecnologia seja de fato incorporada no
currículo escolar, e não vista apenas como um complemento ou aparato marginal.

É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de forma definitiva.

Em seguida, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem


todo o potencial dessas tecnologias.
• A implantação da informática como auxiliar do processo de
construção do conhecimento implica mudanças na escola que
vão além da formação do professor.
• É necessário que todos os segmentos da escola – alunos,
professores, administradores e comunidades de pais –
estejam preparados 82 e suportem as mudanças educacionais
necessárias para a formação de um novo profissional.
• Nesse sentido, a informática é um dos elementos que
deverão fazer parte da mudança, porém essa mudança é mais
profunda do que simplesmente montar laboratórios de
computadores na escola e formar professores para utilização
dos mesmos
NOVAS TECNOLOGIAS E NOVAS FORMAS DE
APRENDER
• A escola é um ambiente privilegiado de interação social,
mas este deve interligar-se e integrar-se aos demais
espaços de conhecimento hoje existentes e incorporar os
recursos tecnológicos e a comunicação, concedendo fazer
as pontes entre conhecimentos e se tornando um novo
elemento de cooperação e transformação.

• A formação de professores para essa nova realidade tem


sido crítica e não tem sido priorizada de maneira efetiva
pelas políticas públicas em educação nem pelas escolas.
FERRAMENTAS
Língua Inglesa
Matemática
Ciências e Biologia
Dificuldades no uso das TIC
• IES não estão formando docentes para práticas com TIC e
não integram estas nos currículos e práticas desenvolvidas
na formação.
• Atividades com TIC mais usadas estão centradas no
docente, sem interação com os recursos (power point)
• Problemas: falta de tempo e disponibilidade para
formação; resistência em inserir TIC nas aulas.
Professores Excluídos Digitais
• Sem acesso pleno as TIC.
• Falta desenvolvimento de cultura tecnológica que promova
a atuação dos professores em AVA.
• Falta de atividades que favoreçam os que não dominam e
não usam as TIC no cotidiano
• Não tem desenvolvimento da fluência tecnológica para
participar de atividades online.
“A desconexão entre a forma como os estudantes
aprendem e a forma como os professores ensinam
é fácil de compreender quando consideramos que o
sistema escolar atual foi projetado para um mundo
agrário e de manufatura. Entretanto, o mundo
mudou e continua a mudar rapidamente. Os alunos
multitarefa de hoje estão melhor equipados para
esta mudança do que muitos adultos ...”
Desafios das TIC na Educação
• Preparação das novas gerações para o conhecimento tecnológico.

• Aprender a usar e integrar TIC ao currículo e a prática pedagógica.

• Criação de projetos de intervenção, concebidos como campo de


criação de metodologias inovadoras para a formação de
professores e de vivências significativas para os professores e
alunos.
Aulas com TIC
• Novos espaços educativos – aula online
• Currículo usando TIC
• Hipertexto/hipermídia: não-linearidade, interatividade,
pluritextualidade, hiperleitor, leito-autor
• Recursos e canais comunicativos:
• – TIC
• – Ambientes Virtuais de Aprendizagem
• – Objetos Digitais de Aprendizagem
• – Autoria Coletiva e colaborativa
• – Mundos virtuais
Professor e as TIC
• Papel chave nas mudanças vivenciadas na educação com a
introdução das TIC
• Ainda não desenvolveram competências para utilizar as TIC -
agrava a exclusão digital
• Alunos vivenciam cotidianamente transformações trazidas pelas
TIC, adquirem familiaridade e domínio dessas tecnologias que
muitas vezes superam o conhecimento do professor a respeito
das mídias
• Professores despreparados - necessidade de qualificação e
desenvolvimento de práticas que respondam a essas carências de
sua formação inicial
Competências do Professor no Currículo com
TIC
• Autoria com mídias
• Ferramentas de interação
• Mediação pedagógica
• Produção de conhecimento colaborativo
• Experiências como fonte de aprendizagem.
• Metodologias centradas em atividades que exigem
participação, iniciativa, cooperação na solução de problemas
• Novos letramentos: digital, visual, sonoro e informacional
Inclusão Digital do Professor
• Inseguranças nos professores quanto aos conteúdos que devem
ser ensinados e à metodologia a ser utilizada.
• Aumento das obrigações e responsabilidades.
• Recursos tecnológicos exigem tempo do professor para
compreender e explorar corretamente essas ferramentas,
procedendo às alterações necessárias.
• Inclusão digital do professor seja realidade - necessita
alfabetização digital, na qual passa a desenvolver capacidades e
habilidades necessárias para lidar com as diversas possibilidades
didáticas que as TIC oferecem e possibilitam.
• Há alguns anos, os sites eram disponíveis como livros: as
pessoas acessavam, liam e viam o que era de seu interesse;
• Hoje os sites fornecem experiência de conteúdo para seus
usuário;
• Este conteúdo é dinâmico e aberto à participação de
qualquer pessoa que queira contribuir.
• Tecnicamente, a Web 2.0 significa uma nova arquitetura de
linkagem que transforma a internet por viabilizar outro
uso;
• Ao invés de ser apenas um gigantesco arquivo de páginas
ela passa a funcionar como plataforma para
desenvolvimento de aplicativos e conteúdos.
• O termo “Web 2.0” anuncia uma nova direção da
cibercultura, ou seja, 2.0 marca a ruptura com a dinâmica
dos conteúdos empacotados pelos portais, rumo à
democracia de uma rede em que os usuários têm voz.
• E está com uma integração cada vez maior de diferentes
sites e serviços,
que se misturam como se fossem um só;
• Proporciona a troca de informações e colaboração entre os
internautas, com sites e serviços virtuais;
• Constante interatividade.
• "Web 2.0 é a mudança para uma internet como
plataforma, e um entendimento das regras para
obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a
regra mais importante é desenvolver aplicativos que
aproveitem os efeitos de rede para se tornarem
melhores quanto mais são usados pelas pessoas,
aproveitando a inteligência coletiva."
Possibilidades Curriculares com TIC na Sala de Aula
• Pesquisa Colaborativa
• Aulas Pesquisa em Bibliotecas Virtuais
• Pesquisa Orientada – Webquest
• Mapas Conceituais
• Objetos Virtuais de Aprendizagem
• Mapas Online
• Viagens Virtuais
• Jogos Online
• Aulas Visuais – You Tube
• Simulações no Second Life
• Jornais e Revistas Online
• Autoria Coletiva – Ambientes Wiki
• Wikipédia
• Aula em Comunidade - Orkut
Metodologias Ativas Centradas nos Alunos
• Foco da aprendizagem: busca da informação significativa,
pesquisa e desenvolvimento de projetos
• Acesso instantâneo a informação.
• Atividades que exigem participação, iniciativa., cooperação na
solução de problemas.
• Currículo aberto e flexível
• Professor pesquisador junto com os alunos como: articulador
de aprendizagens ativas, conselheiro de pessoas diferentes e
avaliador dos resultados.
Dificuldades no uso das TIC
• Infraestrutura de apoio limitada ou precária
• Problemas técnicos e de conexão
• Atitudes dos professores frente as TIC: falta de tempo, habilidades
computacionais, escassa integração com o currículo, resistência
• Falta de incentivos
• Falta de visão integrada de TIC
• Inexistência de políticas para fomentar o uso das TIC na docência.
• Universidades não estão formando professores para práticas com TIC e
não integram estas nos currículos e práticas desenvolvidas na formação.
Superações Docentes
• Inclusão digital do professor: conscientização da importância do uso das TIC.
• Conhecimento dos recursos das TIC e AVA.
• Vivencia de experiências concretas de atividades e projetos colaborativos nas
próprias TIC e AVA.
• Introdução de novos paradigmas baseados na interação, colaboração e
cooperação.
• Desenvolvimento de práticas de autoria com TIC, centradas nos alunos.
• Treinamento intensivo para produção de material didático impresso e digital
(vídeos, oficinas de voz e postura).
• Desenvolvimento da fluência digital que permita comunicar-se com os alunos
nos espaços com TIC
PRATICANDO
1. Sobre os aspectos relacionados ao uso das tecnologias da informação e
comunicação (TICs) na prática pedagógica e a qualidade para o processo ensino-
aprendizagem, podemos afirmar que
a) o docente necessita ter consciência que é a tecnologia o meio e a ferramenta
do fazer pedagógico, porque as TICs são o mais importante centro da ação.
b) as atividades educacionais com apoio tecnológico diminuem o tempo de
planejamento do trabalho do professor e requerem menor capacidade de
criação, já que muitos programas trazem tudo pronto para ser usado em sala.
c) a formação docente em nada precisa ser alterada, pois as tecnologias são
instrumentos coadjuvantes à prática docente (tanto tecnicamente, quanto
pedagogicamente) e perceba quando integrá-las a sua prática pedagógica.
d) o emprego das tecnologias da informação e comunicação não impõe
mudanças nos métodos de trabalho dos professores, gera apenas modificações
no funcionamento das instituições e no sistema educativo.
e) um melhor desempenho educacional não acontecesse com o uso de melhores
instrumentos de ensino, é necessário um professor “bem formado” que os
utilize.
Avaliação
Por que avaliar?

•Avaliamos para acompanhar mudanças que os sistemas sofrem (e


por outras razões)
•A sociedade, escola, pais, alunos e professores se interessem pela
avaliação da aprendizagem
• tarefa didática necessária e permanente
• acompanhar passo a passo o processo ensino aprendizagem
• comparar os resultados obtidos com os objetivos propostos
• constatar progressos, dificuldades e reorientações do trabalho
• reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho
• sua finalidade é um aspecto crucial

o que avaliar, critérios, instrumentos e


situação temporal

• atividade complexa, que não se resume à realização de provas e


atribuição de notas
• os tipos de avaliação usados e a natureza das decisões adotadas
dependem do referencial teórico do professor e do projeto político
pedagógico (ppp) da escola
Avaliação e abordagens educacionais

Abordagem Avaliação
Tradicional Quantidade e exatidão na reprodução do
conteúdo comunicado nas aulas.
Comportamentalista Objetivos de mudança de comportamento.
Antes, durante e depois. Parte da
aprendizagem.
Humanista Auto-avaliação.
Cognitivista Qualitativa, sem pressão no sentido de
desempenhos padronizados.
Sócio-cultural Auto-avaliação e avaliação mútua da
prática educativa por prof. e alunos.
Uma definição de avaliação escolar

• apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo


ensino-aprendizagem
• auxilia o professor e a escola a tomarem decisões sobre suas
práticas
• auxilia o aluno e a família a refletirem sobre seu
envolvimento no processo
“A avaliação é da prática educativa e
não um pedaço dela” (Paulo Freire)
Tipos e funções da avaliação
De uma maneira geral, há 3 tipos de avaliação associadas à suas
funções
DIAGNÓSTICA

FORMATIVA

SOMATIVA
AVALIAÇÃO

ANTES DURANTE DEPOIS


do ensino o ensino do ensino

INICIAL FORMATIVA SOMATIVA


Coletiva: Interativa Retroativa Final do processo
prognóstico Pró-ativa
Atribuição de
Diferenciada:
notas
diagnóstico
Diagnóstica

 determinar capacidades (aptidões, conhecimentos prévios,


potencial de aprendizagem, desejos, etc), causas subjacentes a
dificuldades de aprendizagem
 ponto de partida para organização e seqüenciação do ensino
 aplicada no início de uma unidade, bimestre ou ano letivo
 finalidade prognóstica
 fornecer ‘feedbacks’ para o professor e aluno
 localizar falhas e dificuldades
Formativa
 aplicada durante a instrução
 comportamentos cognitivos X aprendizagem do
conteúdo
 padrão individual de desempenho

• Caracterização dinâmica da situação educativa  professor pesquisador


e ‘tomador’ de decisões
• Dessa maneira, assegura-se a ‘recuperação’ do aluno durante o processo
 objetivo mais genérico que a formativa
 determinar resultados alcançados ao final
de uma unidade ou de um curso
 atribuição de conceitos, notas, etc.
Somativa
 suas principais características são
• nem tanto sua periodicidade, mas sim
estar no final de uma etapa
• sua maior abrangência
 a maneira de entendê-la e colocá-la em prática depende do ppp e do
marco teórico do professor
Avaliação continuada X avaliação pontual
(periodicidade)

Diagnóstica e formativa
(processo)
Avaliação continuada
Somativa
(produto)

Somativa
(produto)
Avaliação pontual

Diagnóstica e formativa
(processo)
Instrumentos de avaliação

• as escolhas dependem dos objetivos a serem medidos, das


condições em que são usados
• se o desempenho não for satisfatório, crie motivações,
exercícios e atividades que permitam o alcance dos objetivos
• o professor pode ser “construtivista” e usar provas bem
como ser ‘tradicional’ e usar auto-avaliação
Avaliação Dissertativa

definição Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer


relações, resumir, analisar e julgar

função Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair


fatos, formular idéias e redigi-las

vantagens O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando


habilidades de organização, interpretação e expressão

análise Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos a clareza das


idéias, para a capacidade de argumentação e conclusão e a apresentação da
prova
Resolução de Problemas

definição Questões baseadas em situações reais ou idealizadas que


exijam aplicação formal do conteúdo.

função Verificar a capacidade de aplicação de conceitos e leis científicas,


seleção das variáveis relevantes, abstrair fatos, interpretar e elaborar
gráficos, discutir relações de proporcionalidade.

vantagens Facilita a atribuição de notas, elaboração relativamente fácil


para o professor. Possibilita ao aluno a formalização dos conhecimentos.

análise Defina o valor de cada problema e atribua valores à conquista de


cada objetivo individualmente
Seminário

definição Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais


de apoio adequados ao assunto

função Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de


forma eficaz

vantagens Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige


pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a oralidade
em público

análise Atribua pesos à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais


utilizados e à conclusão. Estimule a classe a fazer perguntas e emitir opiniões,
respeite as características individuais
Trabalho em grupo

definição Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal etc) realizadas
coletivamente

função Desenvolver o espírito colaborativo e a socialização

vantagens Possibilita o trabalho organizado em classes numerosas e a abrangência de


diversos conteúdos em caso de escassez de tempo

análise Observe se houve participação de todos e colaboração entre os colegas,


atribua valores às diversas etapas do processo e ao produto final

como utilizar Em caso de haver problemas de socialização, organize jogos e atividades


em que a colaboração seja o elemento principal
Etapas da avaliação
1. Formular os objetivos do ensino
• Especificar a situação que permite determinar se os objetivos foram atingidos
• especificar um nível mínimo de desempenho

2. Estabelecer os critérios de avaliação


• As expectativas devem ser coerentes com o desenvolvimento dos alunos
• estabelecer ‘graus’ de desempenho (notas, conceitos, etc)

3. Aferir os resultados de cada aluno e interpretá-los

• A atitude tomada pelo professor depende da função atribuída à avaliação


em sua prática pedagógica e do ppp
• avaliação normativa e criterial
• compartilhar os resultados com alunos, escola e família
Considerações
Entendendo a avaliação como um recurso de aprimoramento de
indivíduos em diversos aspectos e da prática pedagógica, ela deixa de
ser uma imposição e passa a ser um ato compartilhado.
Por que avaliar? Estimular uma reflexão crítica, planejamento e
correção de rumos
Para quem avaliar? Para o próprio indivíduo (do ponto de vista
pessoal, moral e intelectual) e para a sociedade
O que avaliar? Competências, habilidades e conteúdos
Quem avalia? Todos
Como avaliar? Múltiplos instrumentos
Por que a avaliação na escola
ocupa tanto tempo das reuniões
pedagógicas, encontros de
professores, seminários, etc?

• Influências que a avaliação pode ter na vida da pessoa, dentro e fora da esfera
escolar e no processo educativo
• muitas vezes os professores sentem-se frustados com os resultados de suas
avaliações. As explicações que encontram vão desde “os alunos não querem nada
com os estudos” até “a culpa é toda minha, não consegui fazê-los aprender”
• A avaliação é parte de um processo amplo, que envolve responsabilidades de
todos os atores envolvidos
• Porque há muitas controvérsias sobre temas fundamentais
como, por exemplo, atribuição de notas, aprovação/retenção,
inclusão/exclusão, progressão continuada, e muito mais!
•Além disso, há muitas questões envolvidas no processo de
ensino/aprendizagem que estão além do alcance do professor
como, por exemplo, violência, desagregação familiar,
pobreza, e muito mais!
• Apesar de todas as dificuldades, o professor tem que ser
crítico e reflexivo sobre sua prática e não aceitar
passivamente nenhuma fórmula pronta.
• A avaliação da aprendizagem no ensino fundamental não deve
seguir modelos ou haver mecanismos seletivos nem
classificatórios.

• A seleção constitui-se como um ato de violência e a negação de


seus direitos.

• É comum a atribuição de notas ou menções nas avaliações dos


alunos.

• Esta prática muitas vezes tem representado um problema e vem


se agravando causando recuos no processo ensino-aprendizagem.
• A avaliação não é um fim, mas um meio, que permite verificar até
que ponto os objetivos estão sendo alcançados, identificando os
alunos que necessitam de atenção individual e reformular o
trabalho com a adoção de procedimentos que possibilitam somar
as deficiências identificadas.

• Não é necessário medir apenas para dar nota, mas sim, para
verificar o índice da aprendizagem.

• A avaliação é um processo abrangente da existência humana


implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar
os avanços, resistências, dificuldades e possibilitando uma
tomada de decisão e soluções para superação dos obstáculos.
• Lamentavelmente alguns profissionais que atuam no 1º, 2º, 3º,
4º ou 5º ano dos Anos Iniciais em qualquer atividade de estudo
como em: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Estudos
Sociais entendem que, a avaliação se resume, a provas,
exercícios, testes e trabalhos, entre outros.

• Ao tratar a avaliação como mera verificação da aprendizagem


afasta-se de seus objetivos e propósitos na relação entre o
ensino-aprendizagem e a formação de indivíduos para atuarem
conscientemente e criticamente na sociedade.
PRATICANDO
1. Antunes afirma que a avaliação da aprendizagem constitui um
conjunto de observações sobre a prática do ensino e da aprendizagem
aplicadas em sala de aula. Dessa forma, uma avaliação proveitosa deve
ocorrer quando há observação contínua ao longo do período escolar e
não concentradas, apenas em momentos de:
(A) revisão.
(B) trabalho em grupo.
(C) de provas.
(D) leitura compartilhada.
2. “Apresenta indicações sobre conhecimentos, aptidões, interesses (ou
outras qualidades do aluno). Determina a posição dos alunos no início
de uma unidade de ensino, período ou ano, além das causas subjacentes
de dificuldade de aprendizagem”.
O tipo de avaliação descrito acima é o seguinte:
(A) Diagnóstica.
(B) Incongruente.
(C) Simétrica por comparação.
(D) Cooperativa.
(E) Crítica.
• As práticas pedagógicas são culturais, históricas e
evoluem em função das necessidades sociais
emergentes e do acervo de conhecimento disponível.
• A alfabetização passa a ser entendida como um instrumento
eficaz de aprendizagem da leitura e escrita.
• Passa-se a entender, de que a alfabetização comporta a
APRENDIZAGEM COLETIVA e SIMULTÂNEA DA LEITURA E DA
ESCRITA.
• O processo de alfabetização é essencial na formação do aluno

influência direta no seu processo de


escolarização

• A inserção da criança, no mundo da escrita, ocorre antes da sua


entrada na escola (SOCIEDADE GRAFOCÊNTRICA)
• Alfabetização: aprendizado do alfabeto, domínio e
apreensão da forma escrita, utilizada em duas funções que
se inter-relacionam: ler e escrever;
• Letramento: relaciona-se diretamente ao ato de ler e
escrever, ampliando-se, à medida que se faz uso dessas
funções na vida social, utilizando-os num processo mais
amplo do que o decodificação de palavras, ou o registro
delas.
• É no ensino fundamental que ocorre o processo de
alfabetização. (base para todo o processo de aprendizagem
que o aluno irá passar)
• Atualmente, além de ler e escrever, é primordial entender e
compreender o que se está lendo.
• O letramento é a alfabetização mais aprimorada para que
as crianças possam crescer sabendo realizar a compreensão
de um determinado assunto através da leitura e conseguindo
assim desenvolver uma redação com mais facilidade.
• A criança para se alfabetizar terá que interagir com outras
pessoas, ter contato com muitos textos de diferentes
gêneros disponíveis na sociedade e, principalmente,
produzir seus próprios textos.
• O acesso ao mundo da escrita é em grande parte
responsabilidade da escola.
• Há a necessidade de entender a alfabetização como um
conhecimento complexo.
• E cabe aos professores trabalharem as múltiplas
possibilidades de uso da leitura e escrita na sociedade.
• Nos primeiros anos, as crianças são estimuladas através de
atividades, lúdicas, jogos, leituras, imagens e sons,
principalmente no primeiro nível

• Nas séries iniciais, apesar do aluno ainda ser muito novo, o


tempo de recreio, parque e brincadeiras começam a diminuir
e começam a introduzir um pouco daquilo que conhecemos
de escola tipo “normais”.
• O Ensino Fundamental é organizado com cinco anos iniciais para
crianças de seis a dez anos e, com quatro anos finais, para
adolescentes de onze a catorze anos.
• o primeiro ano do Ensino Fundamental deverá manter sua
identidade pedagógica e de instalações.
• A entrada no novo fundamental não pode representar uma
ruptura com o processo anterior, vivido pelas crianças em casa ou
na instituição de Educação Infantil, mas sim uma forma de dar
continuidade as suas experiências para que elas, gradativamente,
sistematizem os conhecimentos. (MEC)
• A alfabetização é um processo
de natureza complexa.
• Trata-se de um fenômeno de
múltiplas facetas, que fazem
dele um objeto de estudo de
várias ciências.
• O problema da alfabetização
não está apenas na sua
característica interdisciplinar, é
preciso considerar, ainda, os
aspectos sociais e políticos que
condicionam a aprendizagem,
na escola, da leitura e da
escrita
Contribuições de Paulo Freire
• A Alfabetização tem um caráter político, havendo a
necessidade da mesma considerar a compreensão de mundo
das relações políticas, econômicas e sociais . Aprende-se a ler
e a escrever para poder participar nesta e desta sociedade
como sujeito de direitos.

• A alfabetização é trabalhada em uma perspectiva do


letramento (embora ele nunca tenha se referido a esta
terminologia), e isso é uma opção política.
Alfabetizar sob uma nova perspectiva

• Fim da visão reducionista de que alfabetizar é somente


trabalhar com o código alfabético.

• A alfabetização já não é mais tarefa exclusiva de único


professor, mas é compromisso de toda a escola e também
da própria sociedade.
A criança com APENAS idade de 6 anos já deve
passar pelo processo de alfabetização?

• Iniciar aos seis ou sete anos, não é problema, o problema


está nas metodologias que estão adequadas ao modo da
criança aprender.
• Os professores precisam com a experiência profissional e as
formações continuadas, proporcionar um ensino de
qualidade na busca de uma alfabetização esperada,
desenvolvendo diferentes metodologias que instiguem a
criança a desvelar/ se apropriar das diferentes linguagens.
Qual seria o melhor método para se trabalhar e
alcançar os objetivos de uma alfabetização eficaz e
eficiente?

• Não existe apenas um método utilizado para se


alfabetizar, pelo contrário, o educador pode se fazer
valer de várias técnicas para alcançar o seu objetivo, o
que vale de fato é o seu discernimento na hora de usar
dos métodos, decidindo por aquele que se adeque a
cada aluno ou a cada turma.
Níveis de alfabetização
• A construção do conhecimento da leitura e da escrita
tem uma lógica individual, embora aberta à interação
social, na escola ou fora dela.

• No processo, a criança passa por etapas, com avanços


e recuos, até se apossar do código linguístico e
dominá-lo.
A teoria da Psicogênese da língua e
da escrita de Emilia Ferreiro
• Apresenta um suporte teórico construtivista, no qual o
conhecimento aparece como algo a ser produzido pelo indivíduo,
que passa a ser visto como sujeito e não como objeto do processo
de aprendizagem.
• O analfabetismo e o fracasso escolar são problemas de dimensões
sociais e não consequências de vontades individuais.
• Os métodos de alfabetização partiam de uma concepção
psicológica, em que a aprendizagem da leitura e da escrita é
realizada de forma mecânica: aquisição de técnica para decifrar o
texto; resposta sonora a estímulos gráficos.
• Em vez de indagar como se deve ensinar a escrever, ela
perguntou como alguém aprende a ler e escrever,
independente do ensino?
• Ela considerou uma coisa que todos sabiam: que muitas
crianças chegam à escola, antes do ensino oficial, já
alfabetizadas. As crianças leem, mas não estão socialmente
autorizadas a fazer isso, antes do professor ensinar.
• Ferreiro concebe a teoria de Piaget como uma teoria geral
dos processos de aquisição do conhecimento, que é
resultado da atividade do próprio sujeito e não de métodos
ou pessoas, ou seja, o sujeito é produtor do seu próprio
conhecimento.
Toda criança passa por quatro fases até que
esteja alfabetizada
• Pré-silábico
• a criança começa perceber que a escrita representa
aquilo que é falado.
• Ela tenta se aventurar pela escrita e por meio da
reprodução de rabiscos e desenhos.
• Ainda não consegue relacionar as letras, com os sons
da língua falada.
• NÍVEL I
• Pictórica - Normalmente, a criança que vive em um
ambiente urbano, com estimulação linguística e
disponibilidade de material gráfico (papel e lápis)
começa a rabiscar e experimentar símbolos muito cedo
(por volta dos dois anos). Muitas vezes, ela já usa a
linearidade, mostrando uma consciência sobre as
características da escrita.
• Grafismo Primitivo - símbolos e pseudoletras,
misturadas com letras e números. Linearidade e utiliza o
que conhece do meio ambiente para escrever (bolinhas,
riscos, pedaços de letras).
• NÍVEL II
• Escreve diversas letras para representar palavras.;
• Ela percebe que para escrever precisa de letras;
• Sua escrita não tem relação com a sonoridade;
• A ordem das letras não tem importância;
• Para ela a escrita não pode conter menos que três ou quatro
letras;
• Sua leitura é global;
• Nesta fase pode ocorrer o “Realismo Nominal”, ou seja, associa o
tamanho da palavra ao tamanho do objeto. Exemplo: A criança
acredita que para escrever “ELEFENTE” ela precisa de muitas
letras, por que o elefante é grande, e para escrever “FORMIGA”
ela precisa de poucas letras, por que a formiga é pequena;
• Fase Silábica
• A criança se sente confiante porque descobre
que pode escrever com lógica.
• Ela conta os “pedaços sonoros”, isto é, as
sílabas, e coloca um símbolo (letras) para cada
pedaço (sílaba).
• Essa noção de que cada silaba corresponde a
uma letra pode acontecer com ou sem valor
sonoro convencional.
• Fase Silábica Alfabética
• Acriança está a um passo da escrita alfabética.
• Ao professor cabe o trabalho de refletir com ela
sobre o sistema linguístico a partir da observação
da escrita alfabética e da reconstrução do código.
• É o momento em que o valor sonoro torna-se
imperioso e a criança começa a acrescentar letras
principalmente na primeira sílaba.
• Fase Alfabética
• A criança reconstrói o sistema linguístico e compreende
a sua organização.
• Ela transpõe a porta do mundo e das coisas escritas,
conseguindo ler e expressar graficamente o que pensa
ou fala.
• A criança escreve foneticamente (faz a relação entre
som e letra), mas não ortograficamente.
• O desafio agora é caminhar em direção à
convencionalidade, em direção à correção ortográfica e
gramatical.
Alfabetização X letramento
• ALFABETIZAR LETRANDO - Levar os alunos a
apropriarem-se do sistema alfabético ao mesmo tempo
em que desenvolvem a capacidade de fazer uso da
leitura e escrita de forma competente e autônoma,
tendo como referência práticas autênticas de uso dos
diversos tipos de material escrito presentes na
sociedade.
• A alfabetização e o letramento são práticas distintas,
porém, indissociáveis, interdependentes e simultâneas.
• Os problemas não estão apenas no processo de alfabetização
(ato de ler e escrever), mas principalmente, quando se exige a
interpretação e raciocínio do que se lê e se escreve.
• O que acontece é a ausência do letramento no processo de
alfabetização.
• É preciso ter o cuidado em não privilegiar um processo ou
outro, pois os dois são importantes, sendo processos
diferentes, porém, indissociáveis e simultâneos.
• Um processo complementa o outro, e nem a alfabetização,
nem o letramento são eficientes e eficazes sozinhos, porém, o
que parece estar acontecendo é o detrimento da alfabetização
a favor do letramento.
Como o letramento é praticado para alfabetizar?

• Sabe ler a pessoa que gosta de ler, não a pessoa que ler
corretamente em um exame.
• Sabe ler a pessoa que usa linguagem escrita de modo
correto, não o que, quando vai prestar o serviço militar,
sabe escrever diante do oficial: “Sou um cidadão italiano”,
como se fazia na Itália para demonstrar que se estava
alfabetizado
• Para o letramento dá certo para se alfabetizar, se faz
relevante ensinar a ler e escrever dentro de um contexto
onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da
vida do aluno.
• As práticas de letramento devem ocorrer de forma reflexiva
a partir da apresentação de situações problemas, em que, as
crianças revelem espontaneamente as suas hipóteses e
sejam levados a pensar sobre a escrita, participar, ler e
escrever com função social, utilizar textos significativos,
interagir com a escrita, utilizar textos reais, que circulam na
sociedade, utilizar a leitura e a escrita como forma de
interação.
• Alfabetizar Letrando não constitui um novo método de
alfabetização, consiste na utilização de textos variados
no ambiente escolar, melhorando assim a prática de
somente alfabetizar, sendo essa uma perspectiva
pedagógica com metodologias relacionadas à
aquisição da leitura e da escrita.
• No Brasil, os conceitos de alfabetização e letramento
se mesclam, se sobrepõem e frequentemente se
confundem: Isso não é bom, pois os processos de
alfabetizar e letrar, são específicos. Alfabetizar é
ensinar o código alfabético, letrar é familiarizar o
aprendiz com os diversos usos sociais da leitura e da
escrita
1. Dentre os conceitos a seguir, assinale a alternativa que apresenta o
conceito de letramento (SOARES, 2004):
a) Significa o domínio de uma técnica, ou seja, da mecânica da língua
escrita.
b) Em seu sentido restrito, refere-se ao processo de aquisição do
código escrito.
c) Trata-se da aprendizagem das habilidades de leitura e de escrita,
especificamente.
d) Habilidade de codificar a língua oral em escrita e de decodificara
língua escrita em oral.
e) Designa o estado ou a condição de domínio das práticas sociais de
uso da língua escrita.
2. Analise a escrita a seguir, na qual foi solicitado à criança para
escrever: amigo, Eduardo, passarinho, jardim e só, segundo os
níveis da psicogênese da alfabetização (FERREIRO, 1985), e
assinale a alternativa que corresponde ao nível em que a criança
se encontra.
a) Pré-silábico 1
b) Pré-silábico 2
c) Silábico
d) Silábico-alfabético
e) Alfabético
3. Segundo Emilia Ferreiro (1993), ao se alfabetizar, a criança se
apropria do sistema de representação da escrita percorrendo níveis
de conceitualização. Diante disso, analise a escrita abaixo, na qual
foi solicitado ao aprendiz que escrevesse: ;BORBOLETA, CAVALO,
SAPO e assinale a alternativa que corresponde ao nível da
psicogênese da escrita que o aprendiz se encontra.
a) Pré-silábico 1
b) Pré-silábico 2
c) Silábico
d) Silábico-alfabético
e) Alfabético
4. Sobre o conceito de letramento (ROJO, 2006), marque a alternativa
CORRETA.
a) Aquisição da linguagem falada pela criança de modo natural em
contexto familiar.
b) Método de ensino escolar que leva a criança a se apropriar da
técnica da escrita.
c) Domínio do sistema de escrita alfabética pela criança no contexto
da sala de aula.
d) Apropriação das práticas e conhecimentos ligados à escrita em uso
na sociedade.
e) Aprendizagem da leitura e da escrita pela criança mediante o
processo de escolarização.
5. Utilizando a tabela de referência abaixo preencha
corretamente as lacunas.

(1) Níveis pré-silábico


(2) Nível silábico
(3) Nível silábico-alfabético
(4) Nível alfabético
• ( ) A partir do momento em que as crianças a
prestar atenção às propriedades sonoras das
palavras um novo tipo de hipótese começa a ser
construído. Elas passam a estabelecer
correspondência entre partes da palavra falada e
partes da palavra escrita. De acordo com ela, cada
marca ou letra corresponde ao registro de uma
silaba oral. A criança escreve fazendo
corresponder a quantidade de sinais gráficos e de
silabas da palavra falada.
• ( ) A distinção básica entre desenhar (modo de
representação ligado ás características físicas e as
formas dos objetos) e escrever vai sendo construída
pela criança, tanto nas situações da escrita quando
nas situações de leitura. Ela traça linhas onduladas
ou em ziguezague. Essas marcas não têm relação
com o registro sonoro da palavra e não se diferencia
entre si somente a própria criança consegue
interpretá-las e o faz de modo instável.
• ( ) Este nível marca a final da evolução. A criança já
franqueou a barreira do código: compreendeu que
cada um dos caracteres da escrita corresponde a
valores sonoros menores do que a silaba e realiza
sistematicamente uma análise sonora dos fonemas nas
palavras que vai escrever. Isto não quer dizer que todas
as dificuldades tenham sido superadas, a partir deste
momento, a criança se defrontará com as dificuldades
próprias da ortografia, mas terá, mas não terá mais
problemas de escrita, no sentido restrito.
• ( ) Não é mais apenas a letra inicial que tem valor
sonoro, mas a palavra toda. A escrita representa aos
sons da fala. É está ligada a linguagem enquanto
pauta sonora, com propriedades específicas,
diferentes do objetivo referido. A quantidade de
letras necessárias dentro de uma palavra é levada
em consideração. A hipótese básica do nível silábico
é a correspondência de cada sílaba oral com um
sinal gráfico.
6. De acordo com as características da escrita da criança abaixo, assinale a
alternativa com o nível de conceitualização da língua escrita correspondente
à escrita da criança (GROSSI, 1990).

BRIGA (briga)
BAGUSA (bagunça)
MADUGADA (madrugada)
TOU (Tom)
TATIANANÃOGOSTADEBRIGA (Tatiana não gosta de briga.)

a) Pré-silábico 1. b) Pré-silábico 2. c) Silábico. d) Silábico-alfabético.


e) Alfabético.
7. Leia os dois trechos seguintes e assinale a alternativa
correta sobre alfabetização e letramento (LEAL et al, 2007).

Trecho I
Corresponde ao processo pelo qual se aprende a escrita
alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e para
escrever. Envolve conhecimentos e destrezas variados,
como compreender o funcionamento do alfabeto,
memorizar as convenções letra-som e dominar seu
traçado, usando instrumentos como lápis, papel ou outros
que os substituam.
Trecho II
Relaciona-se ao exercício efetivo e competente da
tecnologia da escrita, nas situações em que se precisa
ler e produzir textos reais no contexto das práticas
sociais de uso da língua, mediante as atividades de
leitura e de escrita de diferentes gêneros textuais tais
quais são utilizados socialmente.
a) O Trecho I conceitua letramento e o Trecho II,
alfabetização.
b) O Trecho I conceitua alfabetização e o Trecho II,
letramento.
c) Os Trechos I e II não conceituam nem alfabetização
nem letramento.
d) O Trecho I não conceitua alfabetização e o Trecho II
conceitua letramento.
e) O Trecho I conceitua alfabetização e o Trecho II não
conceitua letramento.
8. Analise a escrita da criança, no quadro a seguir, em relação
ao o que sua professora ditou (entre parênteses), e aponte o
nível de conceitualização da escrita que ela se encontra, de
acordo com Ferreiro (1990).

a) Silábico.
b) Alfabético.
c) Ortográfico.
d) Pré-silábico.
e) Silábico-alfabético.
9. No que diz respeito ao conceito de alfabetização e letramento (SANTOS, 2007),
identifique a palavra que completa as lacunas e marque a alternativa correta.

I - ______________ é um termo que nomeia o conjunto de práticas sociais de uso


da escrita em diversos contextos socioculturais.
II- ______________ refere-se ao domínio da técnica da escrita tanto no processo
de codificação quanto de decodificação.

a) Apalavra da lacuna em I é alfabetização, e a palavra da lacuna em II é


letramento.
b) A palavra da lacuna em I é letramento, e a palavra da lacuna em II é
alfabetização.
c) Letramento ou alfabetização não completam nenhuma das duas lacunas.
d) Apalavra que completa as lacunas I e II é alfabetização.
e) Apalavra que completa as lacunas I e II é letramento.

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