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HIV NA
GESTAÇÃO
OBSTETRÍCIA 1
HIV NA GESTAÇÃO
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SUMÁRIO
TRAMISSÃO ................................................................................................................ 7
PRÉ-NATAL ................................................................................................................. 9
PARTO....................................................................................................................... 11
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REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 19
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A gestante deve ser orientada sobre a in- • Na pele: dermatite seborreica, foli-
fecção pelo HIV e outras infecções sexual- culite, micose cutânea, molusco
mente transmissíveis. Deve-se apresentar contagioso e sarcoma de Kaposi.
as respostas sobre dúvidas comuns sobre • À ectoscopia: avaliação do estado
a infecção e deixar a paciente à vontade nutricional.
para expressar suas próprias dúvidas e re- • Na cavidade oral: pesquisar candi-
ceios. Deve-se conscientizar a paciente so- díase oral e leucoplasia pilosa na
bre a importância do pré-natal e do uso da orofaringe.
terapia antirretroviral (TARV), que diminui • Nos linfonodos: investigar linfade-
expressivamente o risco de transmissão de nomegalia.
HIV para o feto. • No abdome: avaliar presença de he-
patomegalia, esplenomegalia e/ou
A paciente deve ser orientada sobre os
massas palpáveis.
significados dos exames LT-CD4+ e carga
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Maternos
Obstétricos
Fetais
Virais
Taxa de replicação viral Maior carga viral aumenta o risco de transmissão vertical.
Pós-natais
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Evitar uso de drogas e exposição tentar realizar o parto com o bebê empeli-
sexual desprotegida cado, ou seja, sem o rompimento da bolsa
amniótica. No entanto, a amniorrexe es-
Risco de múltiplas infecções pelo HIV de
pontânea pode ocorrer durante o procedi-
genótipos distintos, associado a pior con-
mento e estará associada ao maior risco
trole pela TARV por desenvolvimento de
de transmissão vertical apenas quando
resistência farmacológica.
ocorrer exposição por tempo prolongado,
a partir de intervalo de tempo maior que
PARTO
4 horas.
Definir via de parto adequada
Clampeamento precoce do cordão
A via de parto deve ser definida a partir umbilical
do resultado da carga viral dosado na 34ª
Apesar dos benefícios à saúde do feto e ao
semana gestacional. Pacientes que apre-
vínculo afetivo mãe-filho associados ao
sentem carga viral menor que 1000 có-
clampeamento tardio do cordão umbilical,
pias/ml podem realizar parto por via vagi-
nos partos de mães PV-HIV deve ser re-
nal, enquanto o parto cesariana está indi-
alizado o clampeamento do cordão umbi-
cado para pacientes que apresentem >
lical imediatamente após o parto, mesmo
1000 cópias/ ml.
em casos de carga viral indetectável, vi-
Administração de zidovudina (azt) sando à redução da transmissão vertical.
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Indicação habitual de ultrassonografia: no início da gestação para diagnóstico e datação gestacional; entre
11 e 14 semanas para avaliação de ducto venoso, osso nasal e transluscência nucal; entre 20 e 24 sema-
nas: ultrassom morfológico. Outras ultrassonografias a critério médico.
Coombs indireto – 1ª consulta, se negativo realizar mensalmente após a 28ª semana de gestação (realizar
se paciente Rh negativo e pai Rh positivo ou desconhecido).
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Provas de função hepática – 1ª consulta e ao redor da 30ª semana gestacional. Quando uso de Raltegravir
dosar na introdução e de rotina.
VDRL – 1ª consulta, 30ª semana e na admissão para o parto. Oferecer a qualquer momento em casos de
violência sexual ou exposição de risco.
Anti-HCV – 1ª consulta.
Anti-HAV– 1ª consulta.
Sorologia para toxoplasmose (IgM e IgG) – 1ª consulta e trimestral, caso não reagente inicialmente.
Carga viral (CV- HIV) – 1ª consulta. 2 a 4 semanas após início ou alteração do TARV. 34ª semana de ges-
tação.
Gestantes em uso de TARV com CV detectável – avaliar adesão ao tratamento.
Contagem de linfócitos T-CD4+ – solicitados na primeira consulta e trimestralmente. Nos casos de uso de
TARV e CV indetectável deve ser realizado apenas no 1º trimestre e na 34ª semana.
Swab vaginal e anal para pesquisa de estreptococo do grupo B – Indicar a partir da 34 ª semana de gesta-
ção.
Exame especular com teste de pH e teste de aminas – Sempre que existirem sinais ou sintomas de vagini-
tes ou vaginose bacterina.
Tabela adaptada com dados de Ministério da Saúde, PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
PARA PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV, SÍFILIS E HEPATITES VIRAIS, 2019.
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Imunoglobulina para vírus da varicela- Gestantes suscetíveis (anti-VZV negativas), vacinação após ex-
zoster (VZV) posição à infecção ativa.
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Parto cesariano
ASSISTÊNCIA AO PARTO
• Confirmar idade gestacional, a fim
Parto vaginal de evitar prematuridade iatrogê-
nica.
• Evitar procedimentos invasivos, como
• Cesária eletiva deve ser realizada a
amniocentese, cordocentese, amnioto-
partir de 38 semanas. Dessa forma,
mia.
evita-se prematuridade iatrogênica,
• Evitar parto instrumentalizado, fórceps
condição associada à taquipneia
ou vácuo extrator. Em casos de uso ine-
transitória do recém-nascido.
vitável, priorizar o uso de fórceps.
• Deve ser realizada a administração
• Deve ser realizada a administração de
de zidovudina por, pelo menos, três
zidovudina intravenosa desde o início
horas anteriores ao parto, que deve
do trabalho de parto até o clampea-
ser mantido até o clampeamento do
mento do cordão umbilical.
cordão umbilical.
• Zidovudina: Solução 0.1mg/ml.
Administração de Zidovudina: Solução
Dose de ataque: 2mg/kg/h; Dose de
0.1mg/ml. Dose de ataque: 2mg/kg/h;
manutenção: 1 mg/kg/h.
Dose de manutenção: 1 mg/kg/h.
• Se possível, realizar parto empeli-
• A evolução normal do parto é prefe- cado.
rível à indução do parto, na medida • Deve ser realizado clampeamento
do possível. precoce do cordão umbilical.
• Evitar toques repetitivos e desne- • Antibiótico profilático: cefazolina 2g
cessários, com uso de partograma*; por via endovenosa. Recomendada
evitar bolsa rota prolongado, am- para todos os partos cesarianos,
niotomia artificial; clampeamento não restrito a partos cesáreos de
precoce do cordão umbilical; PV-HIV.
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• Paciente deve ser operada fora de única administração será suficiente para
trabalho de parto, para diminuição inibir a produção de leite materno.
do risco de transmissão vertical.
A mãe deverá substituir o leite materno por
fórmula láctea até 6 meses de idade do re-
Indicaçõs de zidovudina (azt) intra-parto
cém-nascido. Certos casos, como recém
Carga viral desconhecida ou detectável nascidos pré-termo ou de baixo peso ao
na 34ª semana: Cesariana eletiva, bebê nascer, poderão receber leite humano pas-
empelicado, a partir de 38 semanas gesta- teurizado proveniente de banco de leite
cionais com administração obrigatória de credenciado pelo Ministério da Saúde.
AZT intraparto.
A paciente deve ser orientada sobre os
Cagar viral detectável < 1000 cópias/ml métodos contraceptivos adequados a sua
na 34ª semana gestacional: via de parto condição clínica. Deve ser desestimulada
obstétrica, podendo ser realizado o parto nova gestação precoce, sendo ideal um in-
vaginal com administração obrigatória de tervalo de 18 a 24 meses entre o fim da
AZT intraparto. gestação e o início de outra gestação. A
paciente deve ser orientada sobre o uso de
Carga viral indetectável na 34ª semana: preservativos durante as relações sexuais.
via de parto obstétrica, sendo o parto va-
ginal preferível. Não há necessidade de ad- Os recém nascidos expostos ao HIV deve
ministração de AZT, podendo ser utilizado receber quimioprofilaxia (AZT solução
segundo julgamento clínico. Deve-se ad- oral) ao nascer, mantendo a administração
ministrar o TARV habitual via oral. Não é por 4 semanas. O uso concomitante de ne-
necessário o uso de AZT profilático por via virapina está indicado para recém-nasci-
intravenosa em gestantes com CV-HIV in- dos filhos de mães com carga viral > 1000
detectável após 34 semanas, que apresen- ou desconhecida, devendo ser iniciada até
tem boa adesão ao tratamento com TARV. 48 horas após o parto. As crianças devem
ser acompanhadas em SAE em HIV/aids e
na Atenção Básica.
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REFERÊNCIAS
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