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Sífilis Gestacional dos meios e recursos disponíveis

mais adequados a cada caso.

Pré- natal
Quais exames são solicitados na
primeira consulta de pré-natal?

• Detecção de sífilis na gestação é


realizada durante a assistência de
• Hemograma
pré-natal;
• Fator Rh
• As consultas de pré-natal são de
extrema importância para prevenção • Glicemia em Jejum
ou detecção o precoce de doenças • Urocultura
maternas e fetais, permitindo, assim,
• VDRL
o desenvolvimento saudável do
bebê e a redução dos riscos da • Toxoplamose (Igg e Igm)
gestante;
• Testes Rápidos (HIV; Siflis;
Hepatite B)

Unidade Básica de Saúde (UBS) • Exame de secreção vaginal se


necessário

• Porta de entrada preferencial da


gestante no sistema de saúde Cuidados da Criança com HIV
pública.

• A UBS deve proporcionar o


• A infecção pelo HIV causa uma
acompanhamento longitudinal e
condição que gera medo e
continuado dessa população
insegurança. Como membros da
específica.
sociedade, os enfermeiros tendem a
• Nesse espaço, a assistência ao pré- compartilhar os temores e as
natal deve ser organizada de modo a interpretações, que podem ou não
atender às reais necessidades das estar equivocadas, dos outros
gestantes, mediante a utilização de membros que compõem essa
conhecimentos técnico-científicos e sociedade.
• Os enfermeiros devem compreender • Constatou-se também a existência
o alcance da AIDS e a forma pela de bebês com a doença, porque suas
qual o HIV é transmitido. Esse é o mães haviam sido infectadas. Esse
primeiro passo para se tornarem fato indicava que a AIDS podia ser
profissionais bem informados e transmitida por via perinatal;
devidamente capacitados para
Com o desenvolvimento dos estudos
compreender a problemática que
científicos ficou evidente que
envolve a assistência de pessoas
somente pessoas sexualmente
infectadas pelo HIV.
ativas, ou que haviam
• A enfermidade que hoje chamamos compartilhado agulhas, seringas,
AIDS foi reconhecida pela primeira etc, ou que haviam sido
vez em países desenvolvidos hemotransfundidas e ainda as que
(Estados Unidos e França), entre haviam nascido de mães infectadas,
homossexuais do sexo masculino, desenvolviam a doença.
no início da década de 80.

• Por terem constatado que a doença


O HIV pode ser transmitido
estava afetando indivíduos
sexualmente ativos, os cientistas
chegaram à conclusão de que sua • Sexualmente, por relações sexuais
provável causa era um ou por contato com sangue, sêmen
microorganismo transmitido pela ou fluidos vaginais infectados. Essa
via sexual; é a modalidade mais frequente de

• À medida que os cientistas transmissão;

aprofundaram seus estudos sobre a • O HIV pode ser transmitido por


doença, observou-se também a qualquer pessoa infectada ao seu
ocorrência de muitos casos entre: parceiro ou parceira sexual: o
homem pode transmití-lo à mulher,
a mulher ao homem, o homem ao
I. Pessoas hemotransfundidas
homem e, com menor
II. Crianças e adultos hemofílicos probabilidade, a mulher à mulher;

III. Usuários de drogas injetáveis


• Durante transfusões de sangue ou de
produtos sangüíneos obtidos de
• A AIDS é provocada por um vírus
doadores infectados pelo HIV;
chamado Vírus da Imunodeficiência
• De uma mãe infectada pelo HIV a Humana (HIV).
seu filho, durante a gravidez, no
• As pessoas infectadas pelo HIV
parto ou após parto, pelo
frequentemente não apresentam
aleitamento materno.
qualquer sintoma de doença por
muitos anos e podem, portanto,
infectar outras pessoas sem perceber
O Hiv não é transmitido
que elas próprias estão infectadas.

• Embora muitas das doenças


• Pela tosse ou coriza; oportunistas possam ser tratadas ou

• Por aperto de mão; controladas, ainda não há cura


disponível para a AIDS. De acordo
• Por picadas de insetos;
com nossos conhecimentos atuais, a
• Por contato no trabalho ou na maioria das pessoas com AIDS
escola; morrerá em decorrência da doença.

• Por toques ou abraços;

• Pelo vaso sanitário; Aspectos clínicos

• Pela água ou pelos alimentos;

• Pelo telefone; • A evolução clínica da infecção pelo


HIV pode ser dividida em 03 fases:
• Por beijos;
infecção aguda, infecção
• Nas piscinas; assintomática e AIDS.
• Por lavatórios ou banhos públicos; I. Infecção Aguda:
• Por xícaras, copos, pratos e outros Algumas semanas ou meses após a
utensílios de comer ou beber infecção pelo HIV pode surgir uma
síndrome viral aguda (infecção
aguda), cujos sintomas incluem
Fatos importantes
febre, calafrios, sudorese, mialgia,
cefaléia, distúrbios candidíase e da meningite por
gastrointestinais, dor de garganta, criptococos. Tumores pouco
linfoadenopatia generalizada e freqüentes em indivíduos
erupções cutâneas. Esses sintomas, imunocompetentes, podem surgir.
em geral, desaparecem em 2 a 3
semanas. Essa síndrome muitas
vezes passa desapercebida ou é Sinais Indicativos de Aids em
diagnosticada como infecção viral Crianças
autolimitada. Sinais Maiores:

• Candidíase oral resistente ao


II. Infecção assintomática tratamento habitual
• Aumento crônico da parótida
• Passada a fase de infecção aguda, o • Doença diarréica crônica ou
cliente atravessa um período de recorrente
tempo variável durante o qual não • Herpes Zoster
apresenta nenhum sintoma. Esse • Tuberculose
período pode durar de alguns meses • Otite/sinusite crônica ou de
a alguns anos. Em média 10 anos repetição
(período de incubação). • Hepatomegalia e/ou
esplenomegalia
III. AIDS: • Miocardiopatia
• Dermatite crônica
• AIDS desenvolve-se à medida em • Febre > = 38º C > = 1 mês ou
que há baixa imunidade, com recorrente
sintomas e sinais iniciais de febre • Perda de peso > 10% do peso
prolongada, diarréia, perda de peso anterior ou alteração na curva de
importante, sudorese noturna, crescimento de 2 percentisa
astenia e andenomegalia. Doenças • Anemia e/ou linfopenia e/ou
que normalmente são controladas trombocitopenia
pelo sistema imunológico começam
a ocorrer ou recidivar, como no caso Caso confirmado de Aids
da tuberculose e da pneumonia,
toxoplasmose cerebral, da
Para efeito de notificação ao Ministério • Evite manipular
da Saúde será considerado caso de AIDS: desnecessariamente instrumentos
cortantes e ponteagudos
• Toda criança menor de 13 anos de
contaminados.
idade que apresente evidência
laboratorial de infecção pelo HIV e:
• A. Pelo menos 02 sinais maiores ou
Prevenção da Transmissão do
1 sinal maior associado com 2 sinais
HIV por Instrumentos
menores, segundo o critério de
Contaminados
classificação de sinais indicativos de
AIDS na criança estabelecido pelo
Ministério da Saúde (anexo 1)
• Independentemente do processo a
• B. Pelo menos 01 doença indicativa
ser submetido, todos os
de AIDS (anexo II: critério CDC
instrumentos reutilizáveis devem
modificado).
ser considerados como
“contaminados” após o uso, sem
levar em consideração o grau de
PRECAUÇÕES PARA EVITAR
sujidade presente.
TRANSMISSÃO DO HIV EM
• Os passos seqüenciais do
SERVIÇOS DE SAÚDE
processamento de instrumentos
devem ser: limpeza ou
• Nunca tente desentortar, quebrar ou
descontaminação, desinfecção ou
recolocar a tampa em agulhas
esterelização.
descartáveis, pois elas devem ser
descartadas imediatamente após
serem usadas, juntamente com a
Diagnóstico
seringa, numa caixa de papelão
grosso, vidro ou plástico ou num
recipiente de meta.
• Será considerada infectada a criança
• Coloque os instrumentos cortantes e
que apresentar resultado positivo em
ponteagudos descartáveis em
duas amostras testadas pelos
recipientes rígidos e reforçados
métodos: detectação de RNA
imediatamente após seu uso;
HIV na Adolescência afetividade. Segundo os
profissionais, os adolescentes
precisam de um espaço particular
• Esta fase é considerada uma fase de para falar sobre coisas que não
dúvidas, questionamentos, conseguem compartilhar, devido o
conflitos, insegurança, descobertas sigilo que a doença demanda,
e mudanças, psicológicas e necessitando de uma abordagem
corporais, que interferem diferenciada, considerando sua
diretamente na continuidade do singularidade, com foco no
tratamento, sendo está caracterizada estreitamento do vínculo e
pela tomada de decisão do desenvolvimento de laços afetivos
adolescente. Assim, percebe-se a • A realidade social que esse
preocupação dos profissionais em adolescente vivencia, resultado de
relação à adesão ao tratamento e a uma doença estigmatizada,
sexualidade, considerando que além relacionada ao empobrecimento, a
de ter que conviver com as questões marginalidade e a vulnerabilidade
próprias da adolescência, esse social é apontada como uma das
adolescente precisa compreender principais dificuldades para a gestão
sua condição de saúde, pois possui do cuidado. Segundo os relatos, o
uma doença crônica estigmatizada, adolescente com HIV/AIDS, em
permeada por preconceitos e que geral, é órfão, convive com uma
exige atitudes de auto cuidado desestruturação familiar e apresenta
• Frente a tais particularidades a dificuldades para referenciar um
formação de vínculo com o cuidador. Questões que influenciam
adolescente foi citado como um na adesão e continuidade no
processo delicado e por vezes tardio, tratamento.
fato relacionado muitas vezes ao
histórico de vida do adolescente então a gente faz um trabalho com
permeado por perdas afetivas as famílias para que eles consigam
relacionadas à doença e condição falar isso [o diagnóstico] e,
socioeconômica. Neste contexto, o também, depois no próprio
vínculo é considerado essencial para momento da revelação, muitas
gestão do cuidado, envolvendo famílias pedem que a gente
confiança, intimidade, empatia e participe junto [...] mas,
infelizmente, muitas famílias estão objetivando preservar o adolescente
deixando este momento se e manter o sigilo em relação ao
prolongar muito [...] diagnóstico evita o atendimento
multiprofissional ou
• De acordo com os profissionais encaminhamento. A situação revela
conhecer o diagnóstico é um direito que as relações entre os membros da
do adolescente, no entanto, a equipe multiprofissional precisam
revelação do diagnóstico é um ser trabalhadas, no sentido de
desafio, considerando a resistência favorecer uma maior interação,
que muitos pais apresentam, discussão e busca por alternativas
refletindo a culpa pela transmissão para o serviço.
do vírus ao filho. Os profissionais
buscam encorajar a família a revelar
o diagnóstico e defendem ser ” Eu me arrependo de ter feito
necessária uma relação de enfermagem, deveria ter feito outra
transparência entre os membros da coisa. A gente é muito
família, para que o adolescente desvalorizado, tem que botar a mão
tenha conhecimento da sua doença na massa, se não, não é boa "
e, dessa forma, possa participar,
ativamente, no seu tratamento. • Os sentimentos revelados pelo
enfermeiro em relação à profissão
também aparecem como obstáculo
“ Enfrentando conflitos na relação com os demais
interpessoais dentro da equipe de profissionais da equipe de saúde e
saúde" na sua atuação como gestor do
cuidado ao adolescente com
• Revela a presença de conflitos no HIV/AIDS por transmissão vertical.
âmbito da equipe de saúde, os quais A sensação de despreparo em
refletem na gestão do cuidado ao relação à temática do HIV, assim
adolescente com HIV/AIDS por como de inferioridade e
transmissão vertical. Os desvalorização profissional,
profissionais discutem a desencadeia sentimentos de
centralização do atendimento no frustração e descontentamento com
profissional médico, o qual o trabalho interferindo na produção
de novos modelos de cuidado a esse processo de transição e
acompanhamento do adolescente
público específico.
nos serviços de referência. Percebe-
se em especial a dificuldade na
formação de vínculo e a pouca
experiência do enfermeiro com o
"Atuando frente à família e
adolescente que vive com
adolescente com HIV/AIDS por HIV/AIDS. Por vezes, o enfermeiro
transmissão vertical" parece desconhecer sua importância
no processo de transição desse
adolescente resultando na baixa
• As consultas de enfermagem no visibilidade das ações que
desenvolve.
serviço infantil, em geral,
acontecem acompanhadas pelo
psicólogo e assistente social. São
realizadas ainda, busca ativa dos
pacientes faltosos e abordagem das
famílias quanto à revelação do
diagnóstico ao adolescente. A
atuação do enfermeiro no serviço
infantil é favorecida pela
constituição de uma equipe
multiprofissional como suporte,
apesar da necessidade de trabalhar
questões de relacionamento
interpessoal, como citado
anteriormente, a equipe busca
comtemplar às necessidades do
adolescente e família em suas
múltiplas dimensões.

"Percebendo as lacunas na
atuação do enfermeiro frente à
família e adolescente com
HIV/AIDS por transmissão
vertical"

• Os espaços de atuação a serem


ocupados pelo enfermeiro durante o

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