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Obesidade infantil: o que é e como se desenvolve?

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura


no corpo, acúmulo esse responsável por uma série de problemas de saúde. Essa
doença afeta tanto crianças quanto adultos, sendo importante destacar que crianças
obesas apresentam mais chances de tornarem-se adultos obesos.

Nesse sentido, a obesidade infantil é resultado


de uma série complexa de fatores genéticos,
comportamentais e ambientais que atuam em vários
contextos: familiar, escolar e social. É motivada por
fatores que podem ocorrer na gestação, como a
nutrição inadequada da mãe e o excesso de peso.
Também pode envolver um aleitamento materno de
curta duração e introdução de alimentos de forma
inadequada. Além disso, dois dos principais fatores que contribuem para o
desenvolvimento da

Crianças com obesidade correm riscos de desenvolverem doenças nas


articulações e nos ossos, diabetes e doenças cardíacas. Segundo dados divulgados
no site do Governo Federal, a estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham
excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já tenham evoluído para obesidade. 

Dados nacionais mostram que 3 a cada 10 crianças de 5 a 9 anos estão acima


do peso no país¹. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade e a Organização Mundial da
Saúde (OMS), o Brasil estará na 5º posição no ranking de países com o maior número
de crianças e adolescentes com obesidade em 2030, com apenas 2% de chance de
reverter essa situação se nada for feito. A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9
anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde.

Além disso, a pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve


impacto no aumento do sedentarismo em crianças e adolescentes. A interrupção
significativa na rotina das crianças pode gerar impacto negativo na saúde mental e
bem-estar, o que pode provocar um índice ainda maior de jovens com excesso de
peso no futuro.

Fonte: Ministério da saúde, ATLAS DA OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL.


Os riscos da obesidade para a saúde das crianças

Considerando os riscos a curto e longo prazo para a saúde, alguns problemas são:

 Obesidade mórbida;  Acne;


 Doenças respiratórias;  Assaduras e dermatites;
 Doenças ortopédicas;  Enxaqueca;
 Dores nas articulações;  Depressão;
 Disfunções do fígado, em  Isolamento social;
função do acúmulo de  Solidão;
gordura;  Bullying;
 Colesterol alto;  Disfunções alimentares,
 Diabetes; como bulimia ou anorexia;
 Hipertensão arterial;  Baixa autoestima.
 Complicações metabólicas;

Fonte: https://www.unimed.coop.br/viver-bem/pais-e-filhos/obesidade-infantil

Abaixo, é possível observar o panorama da obesidade infantil por estado


brasileiro e os hábitos alimentares das crianças:

Gráfico 1 – Obesidade por estado no Brasil (crianças de 5 a 9 anos)


Fonte: Ministério da saúde, ATLAS DA OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL.

Gráfico 2 – Panorama da obesidade no Brasil (crianças de 5 a 9 anos)

Gráfico 3 – Marcadores do consumo alimentar


Fonte: Ministério da saúde, ATLAS DA OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL.

Alimentação saudável: o melhor caminho para a prevenção à obesidade e


promoção da qualidade de vida

Alguns cuidados são essenciais para a prevenção da obesidade em crianças e


adolescentes, afinal, uma boa saúde é construída ainda na infância e os cuidados
devem ser constantes e seguidos durante toda a vida. Veja abaixo algumas formas:

 Cuidados ainda na gestação: a gestante deve optar por alimentos saudáveis


e evitar o consumo de comidas processadas;
 Introdução alimentar: o processo deve ser feito no período correto (a partir
dos seis meses, depois do aleitamento materno) e com os alimentos
balanceados. Se esse período não tiver o cuidado e atenção, as crianças
ficarão expostas cada vez mais cedo aos alimentos industrializados;
 Alimentação saudável: os salgadinhos, refrigerantes, biscoitos recheados
devem sair de cena e dar mais espaço aos alimentos que já conhecemos bem,
como arroz, feijão, legumes e frutas.
 Atividade física: as crianças devem ser incentivadas a praticarem exercícios
físicos desde pequenas. A prática, além de ser fundamental para o
desenvolvimento infantil, auxilia na prevenção e tratamento da obesidade.

Dengue: uma ameaça à saúde pública do Brasil


A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos. Nos últimos anos, se
espalhou rapidamente por todas as regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da
espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Esses
mosquitos também transmitem chikungunya e zika. A dengue é generalizada ao longo
dos trópicos, com variações locais de risco influenciadas pela precipitação,
temperatura e rápida urbanização não planejada. Nas Américas, o principal vetor da
dengue é o mosquito Aedes aegypti.

Existem quatro distintos, porém intimamente relacionados, sorotipos do vírus


que causam a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A recuperação da
infecção fornece imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido. Entretanto, a
imunidade cruzada para os outros sorotipos após a recuperação é apenas parcial e
temporária. Infecções subsequentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue
grave.

Transmissão

O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor da dengue. O vírus é transmitido


para humanos por meio da picada de mosquitos fêmea infectados. Após o período de
incubação (4-10 dias), um mosquito infectado é capaz de transmitir o vírus pelo resto
de sua vida.

Humanos infectados, sintomáticos ou assintomáticos, são os principais


portadores e multiplicadores do vírus, servindo como uma fonte para mosquitos não
infectados. Pacientes que já foram infectados com o vírus da dengue podem transmitir
a infecção (por 4 a 5 dias, 12 dias no máximo) via Aedes após o aparecimento dos
primeiros sintomas.

O mosquito Aedes aegypti vive em habitats urbanos e se reproduz


principalmente em recipientes artificiais. Ao contrário de outros mosquitos, o prefere se
alimentar durante o dia; os picos de atividade são no início da manhã e antes do
anoitecer. O mosquito fêmea pica diversas pessoas durante cada período de
alimentação.

Fonte: https://www.paho.org/pt/topicos/dengue

Observe abaixo o número de casos da dengue nas regiões brasileiras em 2018


e 2019:

Infográfico 4 – Casos de dengue no país


Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-09/em-um-ano-incidencia-da-
dengue-no-pais-aumenta-600

Prevenção

A principal forma de prevenção a dengue é combater o mosquito Aedes aegypti.


Veja algumas soluções simples e eficazes:

 Eliminar focos de água parada: seja cobrindo, esvaziando e limpando


semanalmente recipientes domésticos que possam armazenar água;
 Aplicar larvicidas e inseticidas: inseticidas apropriados para recipientes de
armazenamento de água ao ar livre e inseticida como espaço de pulverização
durante os surtos, como medida de emergência para controle de vetores;
 Protegendo-se individualmente e protegendo a própria casa: usando telas
nas janelas, roupas de mangas compridas e materiais tratados com inseticidas;
 Fazendo o monitoramento das medidas de prevenção: praticando a
vigilância dos vetores para determinar a eficácia das intervenções de controle.

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