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Prevenção da obesidade
Segundo Belizzi (2002), no mundo todo, estimados 22 milhões de crianças com menos
de 5 anos são obesas. À medida que as comidas de lanchonete e industrializadas se
espalham para o mundo em desenvolvimento, cerca de 20 a 25% de crianças de 4 anos
de idade em alguns países, como Egito, Marrocos, e Zâmbia, são obesas – uma
proporção maior do que as que são desnutridas.
Uma tendência à obesidade pode ser hereditária, mas os principais fatores que levam a
obesidade são ambientais (AAP, 2004). O ganho de peso excessivo deve-se à ingestão
calórica e à falta de exercício (AAP Committee on Nutrition, 2003).
A prevenção da obesidade nos primeiros anos de vida é crítica. Crianças acima do peso
tendem a tornar-se adultos obesos, e o excesso de massa corporal é uma ameaça à
saúde. Sendo assim, a segunda infância é considerada um momento adequado para tratar
o sobrepeso, quando a dieta da criança ainda está sujeita à influência dos pais.
Uma solução para prevenir a obesidade pode ser garantir que sejam servidas porções
adequadas às crianças em idade escolar mais velhas – e não forçá-las a limpar seus
pratos.
Subnutrição
A subnutrição é uma causa subjacente em mais da metade de todas as mortes antes dos 5
anos de idade. Dados da pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE mostram que, no
Brasil, a baixa renda familiar está diretamente relacionada à prevalência da desnutrição
infantil. Segundo Monteiro, a pobreza não deve ser considerada a causa da desnutrição,
mas é certo que há uma estreita ligação entre ambas.
Sabe-se que uma alimentação saudável passa inevitavelmente pela renda familiar; por
isso, a realidade da pobreza e da desigualdade social, que há longos anos perdura no
Brasil, tem sido apontada como uma das causas mais relevantes na gênese da
desnutrição, levando-a a ser entendida como uma questão de saúde pública. Outros
fatores como desnutrição intrauterina e pós-natal, partos prematuros, rápido abandono
do leite materno, doenças, infecções repetidas, ingestão insuficiente de alimentos
capazes de suprir as necessidades da criança, tanto de energia quanto de proteína, falta
de conhecimentos básicos sobre higiene, desemprego, proles numerosas e o vínculo
mãe/filho enfraquecido também podem ser considerados como relevantes na origem da
desnutrição.
Alergias alimentares
Algumas crianças têm mais doenças que outras devido aos fatores genéticos e condições
médicas. Entretanto, fatores ambientais também desempenham papéis importantes no
aumento de doenças na fase infantil.
Quanto mais baixo o nível socioeconômico (NSE) de uma família, maiores os riscos de
a criança enfrentar doenças, lesões e morte. As crianças pobres têm mais probabilidade
do que outras de terem condições crônicas e limitações de atividade, de não terem
planos de saúde e de não terem suas necessidades médicas e dentárias atendidas.
Nos Estados Unidos, em 1997, o governo federal criou o State Children’s Health
Insurance Program (SCHIP) para ajudar os estados a estender a cobertura de cuidados
de saúde a crianças não seguradas de famílias pobres e quase pobres. Agora conhecida
simplesmente como CHIP, a lei aprovada em 2009 expandiu o programa e estendeu a
cobertura de 7 milhões para 11 milhões de crianças.
2. Falta de moradia:
Muitas crianças sem moradia passam seus primeiros anos em ambientes instáveis,
inseguros e frequentemente anti-higiênicos. Elas podem não ter fácil acesso a
tratamento médico e educação. Essas crianças sofrem de mais problemas de saúde do
que as crianças pobres que têm moradia, e têm mais probabilidade de morrer na
infância. As crianças sem moradia também tendem a sofrer de depressão e ansiedade e a
ter problemas acadêmicos e de comportamento.
O dano potencial causado pela exposição ao tabaco é maior durante os primeiros anos
de vida, quando os corpos das crianças ainda estão se desenvolvendo. Crianças expostas
ao tabagismo dos pais ou responsáveis têm um risco aumentado de infecções
respiratórias como bronquite e pneumonia, problemas de ouvido, agravamento da asma
e desenvolvimento pulmonar retardado.
As crianças são mais vulneráveis que os adultos ao dano crônico causado por pesticidas.
A exposição a pesticidas é maior entre crianças de famílias de agricultores e de famílias
pobres.