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Pobreza, fome e desigualdade social: impactos na educação do Brasil


A pobreza e a fome vêm crescendo nos últimos anos no Brasil. Conheça dados sobre essa realidade no nosso país, como ela atinge
crianças e adolescentes e se relaciona à não garantia do direito à educação e à manutenção das desigualdades.

Introdução
O Brasil passou por um aumento expressivo nos níveis de pobreza e insegurança alimentar, especialmente com
o início da pandemia de Covid-19. Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua), divulgados pela Folha de S. Paulo, 47,3 milhões de brasileiros terminaram o ano de 2021 na pobreza,
o equivalente a 22,3% da população total. Um resultado alarmante dessa pesquisa é o da pobreza infantil: são
19 milhões de crianças e adolescentes (de zero a 17 anos), cuja continuidade nos estudos e aprendizado, e o
consequente desenvolvimento pleno como cidadãos, ficarão comprometidos.
A falta de condições mínimas e dignas de sobrevivência representa uma primeira camada urgente e essencial
que impacta diretamente outros direitos, como a educação, e perpetua o ciclo de desigualdades, uma vez que
os domicílios mais atingidos pela pobreza e a insegurança alimentar são aqueles em que os responsáveis têm
10 poucos anos de estudo. Ou seja, esse é um cenário que se reproduz de forma cíclica. É nesse contexto que a
garantia do direito à educação e, mais do que isso, as políticas públicas que tenham como foco a diminuição das
desigualdades que interferem no sucesso escolar, ganham ainda mais relevância.
Assegurar esses direitos por meio de medidas de proteção social é obrigação do poder público. Estados e
municípios devem receber recursos da União para oferecer serviços como o da merenda escolar, por exemplo.
Isso porque na Constituição Federal não só a educação é reconhecida como um direito social, como também a
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer e a segurança.

Como a pobreza está relacionada à evasão escolar


Se antes o país vinha seguindo uma trajetória de redução da pobreza, saindo do mapa da fome em 2014, em
2021 cerca de 11 milhões de pessoas ficaram abaixo da linha de corte adotada pelo Banco Mundial (ou seja,
20 renda diária per capita de US$ 1,90 – aproximadamente R $10). Diante da não proteção do Estado, a fome e a
insegurança alimentar são consequências que levam ao abandono e à evasão escolar. A falta de recursos nesses
lares obriga a procura por fontes de renda, muitas vezes precarizadas, pelos estudantes.
O estudo da Rede PENSSAN (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional)
mostra a relação entre escolaridade e nível de insegurança alimentar. Os resultados demonstram que, entre as
famílias mais afetadas pela carência de alimentos, na maior parte os responsáveis pela renda possuem menos
de 4 anos de estudo (22,3%), seguidas por aquelas com pessoas que possuem entre 5 e 8 anos de estudo (19,1%)
– ou seja, não completaram os dois ciclos do ensino básico.
Esse quadro é acentuado nas gerações seguintes nessas famílias. Isso porque os filhos de pais com baixa
escolaridade são, muitas vezes, compelidos a seguir o mesmo caminho. No relatório da Rede PENSSAN, estima-

1
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/pobreza-fome-e-desigualdade-social-
impactos-na-educacao-do-brasil
30 se que em 55,2% dos domicílios em situação de insegurança alimentar grave ou moderada houve a pausa nos
estudos por um dos membros da família para complementar a renda – muitas vezes por meio de trabalhos
informais
Entre os jovens que conseguem terminar o ensino básico e ingressar no superior, mesmo diante de tantas
adversidades, o recrudescimento das condições de vida e a falta de apoio acabam gerando abandono. Casos em
que o irmão mais velho tranca a matrícula na universidade, mesmo com o apoio de programas de permanência
estudantil, para ajudar a sustentar os irmãos mais novos aumentaram durante a pandemia de Covid-19. Em
2020 e 2021 as taxas de evasão das universidades privadas, por exemplo, foram as maiores da série histórica,
segundo dados do Instituto Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino
Superior no Estado de São Paulo) – de 30,7% em 2019 para 33,7% em 2021 em instituições de ensino presencial,
40 e de 35,4% em 2019 para 43,3% em 2021 no ensino à distância.
Insegurança alimentar: a fome afeta o rendimento escolar?
Junto ao cenário de pobreza citado, as tendências apontam para o aumento acentuado na insegurança alimentar
no Brasil nos últimos anos. Nos resultados divulgados com base na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
(EBIA) são usadas quatro categorias: segurança alimentar, insegurança alimentar leve, insegurança alimentar
moderada e insegurança alimentar grave. A projeção de 2021/2022 mostra que mais da metade da população
do país vive com algum grau de insegurança alimentar, sendo 33,1 milhões na categoria grave.
Em vista dos dados sobre insegurança alimentar, a relação entre fome, desnutrição infantil e rendimento escolar
já foi objeto de diversos estudos. Compreender tal relação é importante, pois ela serve de base para orientar
diferentes propostas de políticas públicas e educacionais.
50 Primeiro é necessário enfrentar o problema imediato da fome – ou insegurança alimentar grave, como
denominada pelos especialistas. Essa é a necessidade básica de alimento que, quando não satisfeita, diminui a
disponibilidade da pessoa para as atividades cotidianas, incluindo as intelectuais. Se a fome persistir por
intervalos maiores e mais intensos, podem ocorrer casos de desnutrição – nesta situação, o suprimento
energético do organismo fica prejudicado e, portanto, a taxa de crescimento diminui, assim como o
desenvolvimento cognitivo.
Nas pesquisas sobre desnutrição, o que se observa é, de um lado, uma perspectiva que trata os casos de crianças
e adolescentes individualmente, e outra que enfoca os aspectos sociais. No primeiro tipo, a atenção se volta
para os efeitos da desnutrição crônica no desempenho da função cerebral e no desenvolvimento
neuropsicomotor. Um estudo de Ana Guardiola, Cristiane Egewarth e Newra Rotta mostra que, para as crianças
60 com os índices mais baixos de nutrição, as funções mais atingidas são o equilíbrio estático, o equilíbrio dinâmico,
a coordenação apendicular, sensibilidade e gnosias, a linguagem e a coordenação tronco-membros. Existe
também uma perspectiva mais ampla, que pensa o entorno da criança afetada pela fome, uma vez que a
desnutrição nunca ocorre de maneira isolada, mas vem acompanhada de outros fatores de risco. Nesse sentido,
não se recomenda que os profissionais da saúde e da educação pensem nessas crianças apenas de um ponto de
vista biológico, que atrapalha o desempenho escolar, mas sim que recorram a programas sociais e outras
medidas acessíveis. Por exemplo, nos casos mais agudos, o Ministério Público ou as secretarias de assistência
social podem ser acionados. Além disso, a comunidade escolar pode sugerir a arrecadação de cestas básicas ou
buscar outras formas de complementar a alimentação das crianças provenientes das famílias mais vulneráveis.
O cerne da questão ainda é a fome, um problema extremo que merece atenção imediata. Priorizar o combate a
70 ela e à desnutrição infantil de forma pontual face a um cenário mais complexo de desigualdade social pode não
parecer suficiente, mas ainda se mostra urgente.

A desnutrição e o desenvolvimento escolar


Claudio Serfaty, professor titular da Universidade Federal Fluminense que pesquisa sobre dieta e
desenvolvimento, afirma que a falta de dois nutrientes, o triptofano e os ácidos graxos ômega-3, interfere em
mecanismos de conexão e reorganização do cérebro. O triptofano é um aminoácido essencial obtido por meio
de proteínas de alto valor biológico, como frango, carnes, ovos e leite. Os ácidos graxos ômega-3 são
encontrados principalmente em frutos do mar, peixes e castanhas.
A carência dos dois na alimentação durante o crescimento pode provocar um enorme atraso no processo de
eliminação de sinapses, além de um fenômeno de células inflamatórias no cérebro, o que representa um
problema para a cognição e, portanto, para o desenvolvimento escolar. Por se tratar de fontes proteicas
80 encontradas em alimentos caros, pouco disponíveis para a população de baixa renda, o quadro foi prejudicado
ainda mais durante a pandemia. Em reportagem publicada pelo Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em
Educação, Cultura e Ação Comunitária), o professor Serfaty alerta: “Em um país em que as pessoas mal estão
conseguindo comer pé de galinha e ficam na fila do osso, isso vira claramente um problema de saúde pública”.

Com a implementação de projetos de proteção social, como o extinto “Bolsa Família”, programa de transferência
de renda condicionada, é possível perceber uma relação direta entre quantidade de famílias beneficiadas e
diminuição da evasão escolar – reflexo não apenas da eficácia do auxílio no combate à pobreza e à fome, mas
também de uma das condicionalidades para recebê-lo. Isso porque para que sejam atendidas pelo programa, as
famílias assumem alguns compromissos, entre eles o de que as crianças frequentem a escola. Em artigo
90 publicado na Revista de Administração Pública, Marcelo Neri e Manuel Camillo Osorio reuniram dados de 2004
a 2006, período em que o programa teve expansão de 67%, e observaram que houve aumento de alguns dos
índices associados à permanência estudantil nos grupos elegíveis ao benefício: de 6 a 15 anos, crescimento de
9% nas matrículas e 22% na frequência escolar; para os estudantes com 16 anos ou mais ainda elegíveis, os
números são de 62% e 8%, respectivamente.
Os desdobramentos da pobreza: desigualdades que afetam o desempenho escolar
De acordo com o Panorama da Obesidade de Crianças e Adolescentes, divulgado pelo Instituto Desiderata, o
índice de desnutrição aumentou nos últimos anos em todos os grupos etários, de 0 a 19 anos. Em 2019 a taxa
subiu para 5,6% e em 2021 atingiu 5,3%. Apesar de ter aumentado em todos os grupos étnicos, entre meninos
negros (pretos e pardos) ficou dois pontos percentuais acima do valor para meninos brancos, que teve redução
da desnutrição em 2019 – ou seja, a diferença entre os dois grupos aumentou de 2018 em diante.
(...)
Desigualdade racial
100 A população negra é a mais afetada pela pobreza nos últimos anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua - PNAD: 73% do total de brasileiros que ficaram abaixo da linha de corte em 2021. Dados
da mesma pesquisa mostram a distribuição desigual entre brancos e negros no acesso às escolas – 41% contra
51,9%, respectivamente, estão fora da escola.
(...)
Desigualdade de gênero2
Um levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostrou
que quase 16 milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca irão à escola – o dobro do número de meninos, em
comparação. Embora esse seja um dado de 2016, o tema se reflete como um dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da ONU, o nº 5: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
Segundo pesquisa sobre evasão escolar feita pelo Ministério da Educação e parceiras, questões familiares,
trabalho e gravidez são os três principais elementos que afastam as jovens brasileiras dos estudos – 18,1% das

2
Para saber mais, confira o artigo “Desigualdade de gênero: a mácula do século XXI” e a fala de Bernardette Gatti, vice-presidente
da Fundação Carlos Chagas, no nosso guia completo sobre o assunto. Play: Vídeo do YouTube https://youtu.be/q-I7Mnaknmk
110 meninas saem por causa da gravidez, contra 1,3% dos meninos que se tornam pais. Esses dados se relacionam
diretamente com os papéis tradicionais de gênero e como eles determinam as tarefas atribuídas às meninas em
casa ou a escolha da família nos casos de mães adolescentes e jovens casadas.

O que é a pobreza menstrual e quais seus desafios


Desde 2014 a ONU reconhece essa pauta como questão de saúde pública e de direitos humanos, e recomenda
a utilização do termo “saúde menstrual” – nesse sentido, a menstruação e a ciclicidade são vistas como sinais
de saúde, e não mais como tabu. Para adolescentes, a pobreza menstrual acompanha a vulnerabilidade social,
uma vez que a falta de acesso a itens de higiene menstrual e a serviços de saneamento básico faz com que
corram riscos de saúde e parem de ir à escola, além da questão emocional e psicológica que acompanha o
quadro. Isso acarreta possibilidades de desenvolvimento escolar limitado.
Outro dado que merece destaque é a intersecção entre pobreza menstrual e raça. Conforme dados do relatório
120 “Livre para Menstruar” (Girl Up Brasil), as mulheres negras são mais afetadas. No Brasil, estima-se que 17,5%
das pardas e 15,7% das pretas não recebem água encanada regularmente, sendo esses os dois grupos étnicos
com acesso inferior à média geral de 13,2% da população. Assim, o papel das políticas públicas para garantir a
distribuição de absorventes e os serviços de saneamento é fundamental para melhorar a situação. A Lei nº
14.214, de 6 de outubro de 2021, instituiu o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, alterando
a Lei nº 11.346, para determinar que as cestas básicas entregues no âmbito do Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (Sisan) contenham como item essencial o absorvente higiênico feminino. A norma se
destina a estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias.

Políticas de enfrentamento e a função do Estado


As ações encabeçadas pelos diferentes órgãos para proteção à população mais vulnerável e o acesso a bens
básicos devem vir acompanhadas de projetos de longo prazo para a diminuição das diferenças sociais. Nesse
130 sentido, é necessário reconhecer que tais diferenças, que acompanham a qualidade de ensino disponível a essa
parcela da sociedade, fazem parte de um quadro muito mais complexo. Por esse motivo, a atuação
governamental precisa ocorrer sempre em duas frentes contínuas – combate à fome e à desnutrição e, de forma
sistemática e a longo prazo, às desigualdades.

Programa Nacional de Alimentação Escolar e a merenda


A função do Estado no enfrentamento à fome é crucial para mudar o cenário atual. O Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE) é um projeto do governo federal que repassa cerca de R$ 4 bilhões aos 27 estados
e 5.570 municípios brasileiros, permitindo o atendimento de cerca de 41 milhões de estudantes de todas as
etapas da educação básica pública. Ele é fiscalizado diretamente pela sociedade e o valor repassado por dia
letivo para cada aluno depende da etapa e modalidade de ensino, sendo as maiores quantias para o ensino
integral e as creches.
140 O programa também incentiva a agricultura familiar, pois a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, que o
regulamenta, garante que 30% do valor repassado pelo PNAE seja investido na compra direta de produtos desse
setor, medida que traz geração de renda e estimula o desenvolvimento econômico e sustentável das
comunidades. No entanto, para que o programa viabilize a alimentação dos estudantes, é necessário que haja
disponibilidade orçamentária. Retomar investimentos públicos é uma estratégia para impedir o retrocesso e a
descontinuação desses projetos.
(...)
Com o objetivo de atender às necessidades alimentares dos estudantes, o Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE), na Resolução 26, de 17 de junho de 2013, dispõe sobre os padrões nutricionais a serem
seguidos nas refeições escolares. Conforme lista a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), no Brasil se estabeleceu um mínimo de calorias supridas por faixa etária e tipo de ensino. Nas
150 escolas de tempo integral, com três refeições diárias, para as crianças de 6 a 10 anos são 1.000 kcal e, para a
faixa de 11 a 15 anos, 1.500 kcal. Esses valores correspondem ao percentual de 70% da quantidade energética
necessária.

A necessidade de investimentos na educação


Como aponta Sandra Sawaya no artigo “Desnutrição e baixo rendimento escolar: contribuições críticas”,
associada à desnutrição encontra-se a exclusão social:
“A maioria das crianças com desnutrição vive em condição de miséria, e não tem acesso aos bens culturais e aos
benefícios da sociedade. Desse modo, já não é mais possível separar os efeitos da desnutrição no organismo das
crianças dos efeitos negativos produzidos pela precariedade de vida em que estão imersas.”
As condições desiguais de acesso ao conhecimento deveriam ser tratadas como verdadeiro motivo do baixo
desempenho escolar e não a suposta incapacidade associada a crianças com notas baixas ou formação precária.
160 Segundo o mesmo estudo, quando se investiga as causas de um elevado contingente de crianças ser
encaminhado a serviços de atendimento psicológico, os problemas de alimentação e estrutura familiar
aparecem em primeiro plano, enquanto a repercussão das “causas intraescolares” no desenvolvimento infantil
fica como motivo secundário. Não é possível avaliar o fracasso escolar sem considerar questões como o
investimento no ensino público e outros processos escolares criadores de dificuldades.
As iniciativas governamentais são relevantes para a melhoria do ensino. Exemplos de políticas públicas
instituídas são as reformas educacionais e o estabelecimento de currículos integrativos (como a BNCC), além da
ampliação do acesso dos estudantes a recursos tecnológicos que facilitem o aprendizado e, em tempos de
educação à distância, a dispositivos móveis e redes de internet.
Se antes da pandemia já havia pelo menos 10 milhões de pessoas passando fome, em 2020 o que se encontra é
170 um país sem preparo para lidar com o problema em decorrência da suspensão de investimentos em políticas
sociais fundamentais. Houve, além disso, a interrupção do Auxílio Emergencial no começo de 2021, o que
prejudicou ainda mais o quadro. Embora estes sejam dados relativos ao aumento da pobreza e não ao índice de
alunos frequentando a escola, a relação entre os dois fatores é inseparável.

Como aponta a BBC, no Brasil e no mundo as vítimas da pandemia de Covid-19 acompanham as desigualdades
racial e social: o vírus mata mais pessoas negras e pobres. São quase 55% da população entre pretos e pardos
contra 38% de pessoas brancas e, além disso, a letalidade é maior para pessoas com baixo ou nenhum nível de
escolaridade, 71,3%, em comparação a 22,5% de pessoas que possuem nível superior de ensino. Nesse contexto,
a importância dos serviços de proteção social no Brasil aumenta, principalmente nos trabalhos de assistência
social e saúde.

(...)

Texto adaptado por la docente para uso pedagógico.


GUIA DE ATIVIDADES DO TEXTO – SIMULAPARA O PARCIAL INTEGRADOR
Pobreza, fome e desigualdade social: impactos na educação do Brasil
PARATEXTOS
1- Analise os paratextos presentes no texto.
a) Elabore uma hipótese de leitura;
b) Comente sobre as condições de produção do texto e a opinião presente no paratexto;
c) Identifique o suporte do texto e justifique.

SUBJETIVIDADE E TIPOLOGIA TEXTUAL


2- Qual é a tipologia predominante do texto? Justifique indicando sua estrutura e selecionando uma tipologia
de tipo argumentativa.
3- Identificar as tipologias presentes no fragmento abaixo:
“Com o objetivo de atender às necessidades alimentares dos estudantes, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), na Resolução 26, de 17 de junho de 2013, dispõe sobre os padrões nutricionais a serem seguidos nas refeições
escolares. Conforme lista a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), no Brasil se estabeleceu
um mínimo de calorias supridas por faixa etária e tipo de ensino. Nas escolas de tempo integral, com três refeições diárias,
para as crianças de 6 a 10 anos são 1.000 kcal e, para a faixa de 11 a 15 anos, 1.500 kcal. Esses valores correspondem ao
percentual de 70% da quantidade energética necessária.”
4- Explique, com suas palavras, qual é o tema do texto, a opinião do autor e indique quais são os tipos de
argumentos e onde se encontram.
5- Depois de indicar e identificar os modalizadores e as dêixis presentes no fragmento, justifique a relação
entre a subjetividade, predominante, do texto e seu género textual, dando exemplos de modalizadores.
L.157 “As condições desiguais de acesso ao conhecimento deveriam ser tratadas como verdadeiro motivo do baixo
desempenho escolar e não a suposta incapacidade associada a crianças com notas baixas ou formação precária. Segundo
o mesmo estudo, quando se investiga as causas de um elevado contingente de crianças ser encaminhado a serviços de
atendimento psicológico, os problemas de alimentação e estrutura familiar aparecem em primeiro plano, enquanto a
repercussão das “causas intraescolares” no desenvolvimento infantil fica como motivo secundário. Não é possível avaliar
o fracasso escolar sem considerar questões como o investimento no ensino público e outros processos escolares criadores
de dificuldades.”

COESÃO E COERÊNCIA
6- Qual é o referente, linha e como se classificam os seguintes termos, abaixo:
a. L.10 nesse contexto - d. L.65. recorram -
b. L.43. quatro categorias – e. L.106. o nº 5
c. L.51. Essa - f. L.116. corram –
7- Identifique o sentido e as ideias relacionadas pelos conectores abaixo:
a. L. 52 Se c. L.142 para que
b. L. 121 Assim d. L.105 Embora
8- Indique os sujeitos e os tempos verbais dos verbos indicados:
LINHA E VERBO SUJEITOS VERBAIS TEMPO E MODO VERBAL INFINITIVO
a) L.11 - tenham
b) L.167 - facilitem
c) L. 88- frequentem
d) L. 116 - parem

9- Resuma o texto em 10 linhas máximas respeitando seu gênero textual.

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