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PROPOSTA DE REDAÇÃO SEMANAL – MARÇO/02 – 1ºANO

Professor Rogger
TEXTO 1
Desnutrição aumenta no Brasil; índice é maior entre meninos negros
Índice de desnutrição de crianças cresceu entre 2015 e 2021
Publicado em 26/07/2022 - 20:34 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A desnutrição entre crianças de 0 a 19 anos cresceu, no Brasil, entre os anos de 2015 e 2021, afetando de forma mais
grave os meninos negros. De acordo com o Panorama da Obesidade de Crianças e Adolescentes, divulgado hoje (26), pelo
Instituto Desiderata, há um crescimento da fome nos últimos anos, levando à desnutrição em todos os grupos etários, de 0 a
19 anos de idade.
De acordo com o levantamento, o índice de desnutrição caiu de 5,2%, em 2015, para 4,8%, em 2018, aumentando a
partir daquele ano em todos os grupos etários acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, essa taxa subiu
para 5,6%, atingindo 5,3%, em 2021.
A desnutrição entre meninos negros (pretos e pardos), entretanto, foi dois pontos percentuais acima do valor
observado entre meninos brancos, ampliando a diferença a partir de 2018. O ápice foi observado em 2019 (7,5%). Em 2020,
o percentual foi 7,2% e, em 2021, 7,4%.
Já entre os meninos brancos, a curva foi inversa, com redução do percentual da desnutrição a partir de 2019, quanto
atingiu 5,1%, passando para 5%, em 2020, e para 4,9%, em 2021.
“Os meninos negros estão sendo mais afetados pela fome, pela desnutrição. A gente pode atribuir isso à desigualdade
racial e de renda no Brasil. A gente sabe que a população negra ocupa as camadas mais pobres da sociedade, em detrimento
da população branca, que ocupa outros grupos, como a classe média e classes mais altas”, apontou o gestor de Projetos de
Obesidade Infantil do Instituto Desiderata, Raphael Barreto, doutorando em saúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz).
Elaborado a partir de dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério da Saúde, gerados
pelas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), o Panorama mostra aumento da insegurança alimentar de 2015 a 2021,
aumentando as incidências de desnutrição e também de obesidade
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-07/desnutricao-no-brasil-e-maior-entre-meninos-negros-aponta-
pesquisa#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20levantamento,%2C3%25%2C%20em%202021 .
TEXTO 2
A desnutrição infantil é uma condição clínica decorrente de uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um
ou mais nutrientes essenciais, segundo definição do Ministério da Saúde. Ela pode ser causada por ingestão insuficiente de
alimentos ou por má alimentação, ou seja, consumir produtos não saudáveis.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a desnutrição é uma desordem tanto de natureza médica
como social: os problemas médicos da criança resultam, em parte, dos problemas sociais do domicílio em que ela vive. Eles
podem vir de dificuldades financeiras, dificuldade de acesso a alimentos saudáveis, falta de atenção e cuidado por parte de
pais ou responsáveis, desconhecimento sobre alimentação saudável, entre outros cenários.
O desmame precoce, a higienização inadequada de alimentos e a incidência repetida de infecções intestinais causadas
pela falta de saneamento básico também têm grande influência na ocorrência de desnutrição infantil.
O principal sintoma da desnutrição é a dificuldade para ganhar peso. Quando o peso não aumenta ou regride na curva
de crescimento, a criança pode estar desnutrida. Esse sintoma pode ser acompanhado por falta de força e energia, além de
dificuldade de concentração e crescimento atrofiado. Em casos graves, podem ocorrer inchaços no estômago, face e pernas,
além da mudança na pigmentação da pele.
A fase de maior atenção é a que vai até os 2 anos. Bebês desnutridos têm o sistema imunológico enfraquecido e são
menos resistentes às doenças comuns da infância. Resfriados e diarreias, por exemplo, podem ser fatais.
13,78% era a porcentagem de crianças brasileiras de até 5 anos atendidas nos serviços da atenção primária no SUS
(Sistema Único de Saúde) com peso inadequado entre janeiro e setembro de 2021
Das cerca de três milhões de crianças brasileiras de até cinco anos com peso inadequado atendidas nos serviços da
atenção primária no SUS (Sistema Único de Saúde) entre janeiro e setembro de 2021, 310.169 estavam acima do peso,
88.220 tinham peso baixo e 48.169 peso muito baixo.
Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/explicado/2022/02/02/Desnutri%C3%A7%C3%A3o-infantil-um-problema-para-
a-vida-toda
TEXTO 3
Um estudo da Fiocruz mostra que, em 2021, o Brasil teve a pior taxa de internação de bebês por desnutrição dos
últimos 14 anos. Foram oito crianças de até um ano de idade levadas ao hospital todos os dias por falta de comida.
O levantamento é do Observa Infância, que reúne pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz e da Unifase. Os dados
são do Ministério da Saúde.
Em números absolutos, 2.939 crianças de até 1 ano precisaram de internação no ano passado. Isso representa uma
taxa de 113 internações por 100 mil nascimentos, quase 11% a mais do registrado em 2008, primeiro ano do período
analisado pela pesquisa.
De janeiro a agosto de 2022, o número de internações aumentou 7%. Por dia, são quase nove crianças levadas ao
hospital porque têm fome.
A situação mais complexa é registrada no Nordeste, onde o número de hospitalizações está 51% maior do que a taxa
nacional. Mas o coordenador da pesquisa, Cristiano Boccolini, diz que o problema é grave em todo o país.
“A gente vê uma concentração também desses casos de hospitalização por desnutrição nas capitais, indicando que
aqui mesmo no Rio de Janeiro, em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, grandes centros urbanos a gente tem bolsões de
pobreza, bolsões de crianças que estão invisíveis ao sistema público, que sofrem desnutrição e estão sendo internadas por
causa disso”, afirma Cristiano Boccolini, coordenador da Observa Infância.
O atendimento médico no SUS tem evitado o pior. Apesar do aumento das internações, a mortalidade infantil não cresceu.
Mas a nutricionista da USP Ana Paula Bortoletto alerta sobre os prejuízos ao desenvolvimento de crianças com meses de vida
que ficam sem ter o que comer.

TEXTO 4
Prevenção e Controle da Desnutrição
A elaboração de fluxos e procedimentos para o acolhimento adequado às demandas espontâneas e aos casos
identificados por busca ativa, no âmbito da atenção básica e em articulação com os demais pontos de atenção, que
contemplem a identificação das causas, avaliação e classificação do risco, estabelecimento de Projeto Terapêutico Singular e
de articulação com outros setores e políticas sociais, é fundamental para o cuidado integral e resolutivo dessa população
vulnerável.
Além disso, outras ações já comprovadas e fundamentais para prevenção e controle da desnutrição, apoiadas pela
CGAN/MS e que podem ser implantadas e incorporadas aos fluxos e procedimentos estabelecidos para a atenção às crianças
desnutridas em seu município, incluem:
- A promoção ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e da alimentação complementar saudável, com
continuidade do aleitamento materno até os 2 anos, fortalecida pela Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil;
- A prevenção de deficiências nutricionais específicas, com a Suplementação de Ferro e Ácido Fólico e Vitamina A;
- O acompanhamento do estado nutricional de crianças menores de cinco anos, com a utilização do SISVAN, com
especial atenção às crianças pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família;
- A promoção e implantação de ações intersetoriais, por meio da Articulação Intersetorial, tendo em vista a
determinação multifatorial da desnutrição.
Para informações sobre a atenção à criança com desnutrição grave em hospitais, conheça nosso manual de atendimento
da criança com desnutrição grave em nível hospitalar.
Disponível em:
https://aps.saude.gov.br/ape/pcan/desnutricao#:~:text=De%20acordo%20com%20dados%20do,um%20total%20de%2022.194%20crian%C
3%A7as.. Acesso em: 5 de mar. de 2023.

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Desnutrição infantil no Brasil,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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