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INTRODUÇÃO

A desnutrição é definida como um desequilíbrio entre o suprimento de nutrientes e


energia e a demanda corporal e do inadequado aproveitamento biológico dos alimentos
ingeridos, devido à má absorção ou por infestação de parasitas (Martins, 2008). Embora
ela possa atingir grupos de todas as idades, a desnutrição afecta principalmente crianças,
gestantes e lactantes e está envolvida em mais de 50 % de todas as mortes de crianças
menores de 5 anos em países subdesenvolvidos. As consequências da desnutrição para o
organismo são variadas, entretanto, desde as formas leves às mais severas, é constante o
comprometimento do crescimento (Douglas, 2012).
A desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou de absorção de
nutrientes. O problema pode ser observado com base na aparência, na altura e no peso
da pessoa. Em alguns casos, os ossos ficam salientes, a pele fica seca e sem elasticidade
e os cabelos caem com facilidade. Entretanto, em alguns casos, a desnutrição também
pode ser leve e sem qualquer registro de sintomas, como resultado de uma dieta
inadequada (BORGES, 2015).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a desnutrição contribui com mais de
um terço das mortes de crianças no mundo, apesar de raramente ser listada como a
principal causa. A falta de acesso a alimentos com alto valor nutritivo é apontada como
a grande causadora de desnutrição, especialmente em países subdesenvolvidos.
A desnutrição nas crianças em Angola contribui significativamente para mortalidade
infantil e pode causar danos permanentes ao desenvolvimento cognitivo de crianças. Em
Angola, 38% das crianças menores de 5 anos sofrem de desnutrição crónica. A
amamentação exclusiva até aos 6 meses e continuada até aos 23 meses, por si só,
proporciona ás crianças o inicio de vida mais saudável, estimula o desenvolvimento
cerebral e actua como a primeira vacina do bebé.
Outros factores que contribuem para a desnutrição são os hábitos alimentares pobres,
como realizar dietas não balanceadas, ingerir alimentos de baixo teor nutritivo e até
mesmo a amamentação inadequada de recém-nascidos. Infecções frequentes ou
persistentes, como diarreia, pneumonia e malária, também são determinantes para o
surgimento da desnutrição (IDEM, 2017).
Segundo o Ministério da Saúde (2005), afirma que um bom estado nutricional de uma
pessoa refletido pela manutenção dos processos vitais de sobrevivência,
desenvolvimento e actividades física, e que qualquer desvio do estado nutricional
óptimo resulta em distúrbios nutricionais referidos como malnutrição.
Kodak (2006), dia que a desnutrição é uma condição clínica decorrente de uma
deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais, ou por
outra, é uma doença de natureza clínico-social multifatorial cujas raízes se encontram na
pobreza. Segundo Monteiro (2003), as causas mais comuns de desnutrição, na infância,
são o desmame precoce, a higienização deficiente na preparação dos alimentos, a falta
de vitaminas e minerais na dieta e a incidência repetida de infecções, em particular, das
doenças diarreicas e parasitoses intestinais. Aliado a tudo isso, está a pobreza que torna
mais frequente a presença da desnutrição na criança.
PROBLEMA DE PESQUISA
A Desnutrição é uma doença de natureza clínico-social multifatorial cujas raízes se
encontram na pobreza. A desnutrição grave acomete todos os órgãos da criança,
tornando-se crônica e levando a óbito, caso não seja tratada adequadamente. Pode
começar precocemente na vida intrauterina (baixo peso ao nascer) e frequentemente
cedo na infância, em decorrência da interrupção precoce do aleitamento materno
exclusivo e da alimentação complementar inadequada nos primeiros 2 anos de vida,
associada, muitas vezes, à privação alimentar ao longo da vida e à ocorrência de
repetidos episódios de doenças infecciosas (diarreias e respiratórias). Isso gera a
desnutrição primária. Outros fatores de risco na gênese da desnutrição incluem
problemas familiares relacionados com a situação socioeconómica, precário
conhecimento das mães sobre os cuidados com a criança pequena (alimentação, higiene
e cuidados com a saúde de modo geral) e o fraco vínculo mãe e filho.
Sendo um dos grandes problemas em crianças atendidas no CNT do hospital Geral do
Uíge. Tal que se formulou a seguinte pergunta científica:
 Qual é o perfil de uma criança com Desnutrição atendida no CNT do Hospital
Geral do Uíge?

JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DO TEMA


A escolha por este tema, surgiu das constatações feita durante a minha estadia no
Hospital Geral do Uíge, sobre o aumento do número de casos de Desnutrição. Foi triste
viver de perto a angústia estampada nos rostos das crianças e dos familiares que
enfrentavam juntos este mal. A desnutrição continua a ser uma das causas de morbidade
e mortalidade mais comuns entre crianças de todo mundo. Nos países subdesenvolvidos
como Angola, as crianças são as mais afectadas pela desnutrição aguda.
OBJECTIVOS DO TRABALHO
Geral: Avaliar as Intervenção de Enfermagem a Uma Criança com Desnutrição no
Centro nutricional Terapêutico do Hospital Geral do Uíge.
Específicos
 Conhecer o nome, a faixa etária e o género do paciente;
 Conhecer o peso do paciente;
 Identificar os sinais e sintomas apresentado pelo paciente;
 Conhecer o tratamento e as complicações;
 Conhecer o conceito da desnutrição;
 Descrever as causas da desnutrição;
 Verificar as intervenções de Enfermagem Específica;
 Conhecer a evolução clínica.

HIPÓSTESES
Trata-se de uma afirmação hipotética cuja afirmação da veracidade obtém-se ao longo
da investigação do fenómeno. No presente trabalho formulou-se as seguintes:
 É provável que os sinais e sintomas de uma criança com desnutrição sejam: diarreia,
perda de peso corporal, falta de apetite;
 É possível que a maioria das crianças com desnutrição atendidas no CNT, do
Hospital Geral do Uíge sejam de baixa renda;
CAPÍTULO I-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. Definição de termos e Conceitos

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