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Introdução
As doenças de origem alimentar são um dos principais factores que contribuem para a
ocorrência de problemas de saúde devido a causas que podem ser evitadas. Para
muitas vítimas isto pode resultar em desconforto e/ou ausência ao trabalho. Para
outras, especialmente crianças, idosos ou imunodeprimidos, as consequências podem
ser mais sérias e podem resultar mesmo em morte.
Acredita-se que ofertar e garantir uma nutrição adequada é um dos pilares essenciais
para o crescimento e desenvolvimento populacional. O acto de se alimentar é uma
necessidade fisiológica básica e já na infância é imprescindível estimular a formação de
práticas alimentares saudáveis, visto que modificações, perturbações ou desajustes nos
primeiros anos de vida podem gerar consequências a longo prazo para as funções fisiológicas,
além do estabelecimento de diversas patologias.
Erro alimentar
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Considera-se um padrão alimentar saudável ter uma dieta constituída por alimentos
com uma boa quantidade de minerais, vitaminas, fibras e proteínas, e com baixo teor de
gorduras e açúcares (BOGEA EG, et al., 2019). A mudança no padrão alimentar da sociedade
actual que ocorreu nas últimas décadas mostra uma alimentação rica em produtos
hipercalóricos, processados/ultraprocessados e pobre em alimentos in natura ou minimamente
processados.
O erro alimentar é, hoje, uma das principais causas de morte no mundo, na frente,
inclusive, do cigarro e da hipertensão arterial. Além disso, uma alimentação inadequada
também está relacionada ao desenvolvimento de doenças e problemas de saúde, como
obesidade e sobrepeso, doenças cardiovasculares, câncer e diabetes tipo 2.
Cuidar melhor daquilo que consumimos diariamente deve ser uma preocupação cada
vez maior, especialmente depois de ser comprovado que uma má alimentação causa mais
mortes pelo mundo do que o cigarro e a hipertensão arterial actualmente, problemas que antes
sempre vinham liderando pesquisas sobre o assunto.
Isso significa dizer que, naquele ano, a alimentação desequilibrada e inadequada foi
responsável por 1 em cada 5 óbitos no mundo inteiro.
Para ter uma noção, o Brasil ficou na 50ª posição no ranking dos países que registraram mais
casos de morte relacionados com a alimentação não saudável (foram 195 países avaliados no
total).
Na tentativa de indicar que algo não está certo, o corpo geralmente envia uma
variedade de sinais de alerta. Geralmente acontece, quando comemos algo não saudável, pode
ocorrer uma sensação de peso e inchaço no estômago.
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Por outro lado, não comer alimentos suficientes também pode ter um impacto negativo na
sua saúde. Comer de forma não saudável ao longo do tempo pode se tornar aparente por meio
desses sinais e sintomas, como:
Mal hálito
Cabelo ralo
Imunidade Baixa
Constipação
Baixa energia / cansaço
Diarreia
Apatia ou irritabilidade
Falta de apetite
Essa constatação veio do comparativo que o levantamento fez entre a comida saudável
ingerida pela população de cada país e a comida não saudável consumida. Nesse cenário, as
questões que falamos acima foram os pontos em comum entre os países associados com
alimentação não saudável.
Porém, a pesquisa concluiu que o consumo de gorduras e açúcares, por exemplo, tem
menos influência na questão. O que foi mais determinante para o aumento dos casos de morte
por alimentação inadequada foi o consumo insuficiente dos alimentos saudáveis para o corpo.
Embora seja muito importante manter uma boa ingestão de alimentos saudáveis diariamente,
isso não significa que você não possa comer alimentos gordurosos uma vez ou outra.
O mais importante é que você desenvolva hábitos alimentares saudáveis para mudar
de vida, tornando o consumo de alimentos industrializados, com excesso de açúcar, sódio ou
gordura, uma exceição.
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Para ter uma alimentação saudável, não basta conhecer os nutrientes e o valor
nutritivo dos alimentos. É necessário saber a melhor maneira de escolher, preparar, conservar
e rotular todos os alimentos que vão ser consumidos. Os cuidados com a higiene pessoal, do
ambiente e dos próprios alimentos também são essenciais. Todas essas informações são
muito importantes para a nossa saúde e precisam ser usadas no nosso dia-a-dia.
Higiene é a ciência que tem como objectivo preservar a saúde e prevenir doenças
através de práticas de limpeza ou higienização. Existem diversos tipos de higiene, mas as de
importância relacionadas com os alimentos são a higiene pessoal, ambiental e, claro, dos
alimentos.
Os microorganismos
Como qualquer outro ser vivo, eles se reproduzem, se multiplicam. A diferença é que
os micróbios são muitíssimo mais rápidos que o homem e esse é o grande problema. A
maioria das bactérias, em quantidades pequenas, não faz mal ao homem. Mas em grandes
quantidades, ou seja, quando se multiplicam várias vezes, elas provocam doenças e podem
até matar! Existem bactérias que até mesmo em pouquíssimas quantidades podem prejudicar
o homem...
Os microorganismos são encontrados por toda parte: no ar, na água, na terra, no nosso
corpo, mãos, pés, unhas, nariz, cabelos, olhos, barba... Para viverem, eles precisam de água e
de alimentos, além de tempo e temperatura ideal para se multiplicarem. As bactérias se
reproduzem com maior facilidade em temperaturas entre 15o C e 70o C. Ou seja, a
temperatura ambiente e as temperaturas dos alimentos frios ou mornos são ideais para que
elas se
multipliquem.
próprio alimento.
Higiene pessoal
A máscara deve ser usada por funcionário que prepara alimentos servidos crus e por
funcionário resfriado, gripado ou com alguma doença do nariz ou da boca. As luvas devem
ser usadas por funcionário que prepara alimentos servidos crus ou quando está em contacto
próximo com alimentos já preparados. Devem ser colocadas quando as mãos estiverem
limpas. O uso de luvas NÃO dispensa adequada higienização das mãos! As luvas devem ser
trocadas sempre que se reiniciar o trabalho. A pessoa que está preparando os alimentos deve
tirar as luvas ao sair da cozinha, antes de atender o telefone e de fazer qualquer outra
actividade não relacionada com o preparo do alimento. Não se deve tocar em alimentos crus e
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cozidos com a mesma luva. Quando temos bons hábitos de higiene pessoal, as quantidades de
bactérias presentes são bem menores e o risco de acontecer algum problema também!
Higiene ambiental
A higiene dos alimentos depende de muitos factores, tais como higiene pessoal e do
ambiente; características dos alimentos; condições de conservação e de preparo, entre outros.
As pessoas que trabalham com o preparo de alimentos, isto é, os manipuladores de alimentos,
estão diariamente em contacto com outras pessoas que podem apresentar microorganismos
causadores de doenças. Podem ser doenças de forma aparente, como a gripe, ou de forma
inaparente, como em portadores de febre tifóide. Por isso mesmo, os manipuladores precisam
se proteger mantendo activa a resistência normal de seu organismo através de medidas
preventivas e hábitos higiénicos. Os microorganismos causadores de doenças aproveitam as
situações de falhas sanitárias no manuseio de alimentos para determinarem doença no
homem. Assim, quando se tem o cuidado de tomar uma série de medidas higiénicas, é
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O lixo despejado a céu aberto atrai micróbios, insectos e roedores, que podem
provocar uma série de doenças no homem, contaminar alimentos, animais e meio ambiente.
Quando o lixo é despejado na água (rio, mar, etc), ele contamina os animais e plantas
aquáticos. Pior: polui a própria água, podendo contaminar os alimentos e também o homem.
É um terrível ciclo
vicioso!
Os restos de alimentos têm lugar certo! O ideal seria que não existissem sobras de
alimentos, mas como isso é inevitável, alguns cuidados devem ser tomados para que o lixo
não prejudique o meio ambiente:
Mais uma coisa: para te ajudar a ter uma alimentação saudável e equilibrada, consulte-se
com um nutricionista para que ele monte um cardápio personalizado, de acordo com suas
necessidades e preferências.
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Conclusão
Com as pesquisas feitas o grupo chegou a conclusão de que os erros alimentares esta
relacionado no baixo consumo de frutas, verduras e legumes afectam negativamente a
qualidade de vida das crianças, afinal, esses alimentos são fontes de fibra alimentar e têm
impacto positivo sobre a massa corporal, níveis glicémicos e concentrações dos lipídios
sanguíneos, além de prevenir a constipação intestinal e serem excelentes fontes de vitaminas
e minerais.
O erro alimentar traz consequências que interferem directamente na qualidade de vida
ao aumentar a prevalência de sobrepeso/obesidade, doenças crónicas não transmissíveis como
diabetes e hipertensão, cáries, subnutrição/desnutrição, deficits cognitivos e físicos,
depressão, infecções e óbito precoce. Factores socio económicos, alimentação, grande
exposição a alimentos não saudáveis através da mídia e fast foods aumentam a prevalência do
erro alimentar nessa população. Dessa forma, é imprescindível a necessidade de garantir
políticas intersectoriais pelos governantes para o fortalecimento de acções na perspectiva do
desenvolvimento integral. Importante salientar que os pais, profissionais e educadores
priorizem e contribuam na educação nutricional nas escolas e famílias, construindo ambientes
que favoreçam o consumo de alimentos saudáveis.
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BIBLIOGRAFIA