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Impactos Do Sedentarismo No Brasil - 31 DE MARÇO DE 2023

A CADA 6 BRASILEIROS, 10 SÃO SEDENTÁRIOS. O SEDENTARISMO É UM DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA O
DIABETES E A OBESIDADE.
Em primeiro lugar, quando foi a última vez que você praticou alguma atividade física? O sedentarismo no Brasil vem
crescendo ao longo dos anos. De acordo com a pesquisa da Ipsos, mais de um terço dos brasileiros são sedentários, ou
seja, não praticam nenhum exercício numa semana normal.

Com os avanços da tecnologia, as pessoas começaram a executar diferentes tarefas por meio das telas. Ir ao mercado,
à loja, à farmácia ou ao banco não é mais necessário, tudo pode ser resolvido no conforto da sua casa. Praticidade e
facilidade total. No entanto, com o isolamento social, devido à pandemia de COVID-19, tornamo-nos ainda mais
dependentes dessas telas.

Na pandemia, ficamos mais em casa e, consequentemente, muitos começaram a trabalhar homeoffice. Conforme a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: PNAD COVID-19, mais de 7,3 milhões de brasileiros trabalhavam
remotamente em 2020.

Dessa forma, passamos a ficar mais sentados. Além disso, muitas pessoas, começaram a consumir mais alimentos
ultraprocessados, que, na maioria das vezes, são mais fáceis de preparar, porém, menos nutritivos.

Esses fatores são favoráveis à obesidade, doença que vitimiza cerca de 300 mil pessoas todo ano. Por isso, o
sedentarismo é um assunto que não pode ser deixado para depois. Este artigo possui como objetivo informar sobre o
sedentarismo no país e conscientizar sobre as causas, os riscos e as formas de prevenção.

O QUE É SEDENTARISMO?
O sedentarismo acontece quando as atividades físicas realizadas não proporcionam gasto de calorias. Pode-se
considerar sedentário a pessoa que gasta menos de 2200 calorias por semana.

O nosso corpo necessita de energia para realizar a suas atividades. Nesse sentido, a energia pode ser obtida através do
consumo de alimentos, sejam eles in natura, processados ou ultraprocessados.

Entretanto, o organismo utiliza apenas uma parte do que consumimos. Então, caso não gastemos essa energia em
forma de calorias, ela pode se acumular nas células adiposas – ou seja, as células de gordura – e ocasionar a obesidade.

Dessa forma, a falta de atividade física e o consumo de alimentos ricos em calorias podem ser prejudiciais. No próximo
tópico, explicaremos os impactos do consumo de álcool e a má alimentação.

CONSUMO DE ÁLCOOL
A pesquisa Convid, realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de
Campinas, divulgada em 2021, possui como objetivo verificar como a pandemia afetou a vida de adolescentes e
adultos. Os dados foram coletados entre abril e maio de 2020.

Conforme a pesquisa, 17,6% dos entrevistados relataram o consumo de bebidas alcoólica durante a pandemia. Um dos
fatores associados a esse aumento foi a frequência com que as pessoas se sentem tristes ou deprimidas. A pandemia
foi um período de grandes mudanças, incertezas e perdas.

Entretanto, o consumo de bebidas alcoólicas já era alto antes da Covid-19. De acordo com a Pesquisa Nacional de
Saúde, em 2019, cerca de 26,40% dos indivíduos maiores de 18 anos ou mais costumavam consumir alguma bebida
alcoólica pelo menos 1 dia na semana.

ALIMENTAÇÃO
Ainda segundo a Convid, o consumo de alimentos, verduras, frutas e feijão diminuiu durante a pandemia. No entanto,
o consumo de alimentos não saudáveis cresceu entre adultos e adolescentes. Destaque para o crescimento do
consumo de biscoitos, chocolates, doces e tortas e alimentos embutidos.

Em 2019, menos de 45% dos adultos consumiam alimentos saudáveis. Já em adolescentes, menos de 60%. O fácil
acesso e a praticidade fazem muitas pessoas consumirem esses alimentos processados e ultraprocessados.
Conforme o Ministério da Saúde, os alimentos processados são alimentos produzidos pela indústria, onde são
adicionados sal, açúcar ou outra substância aos alimentos in natura para torná-los duráveis. Em relação aos alimentos
ultraprocessados, são alimentos fabricados a partir de substâncias como óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas, e
também produtos sintetizadas em laboratórios, como corantes e aromatizantes.

Por exemplo, podemos citar os embutidos (presunto, salsicha, linguiça, hambúrguer); pratos congelados (pizzas,
lasanhas); salgadinhos de pacote; chocolates e doces; achocolato e refrigerantes.

TEMPO EM FRENTE ÀS TELAS


Se a ingestão de alimentos não saudáveis aumentou durante a pandemia, o tempo diante das telas, também. Como
falamos no início do artigo, com o isolamento social, passamos a estudar, trabalhar, comprar, pagar boletos, colocar o
papo em dia, tudo on-line, e o off-line foi perdendo espaço.

Você pode resolver a sua vida sentado no conforto da sua casa, entretanto, estamos nos deslocando e nos exercitando
menos e isso é preocupante. De acordo com a pesquisa Convid, durante a pandemia, os adolescentes passaram mais
de 5 horas sentados, seja no celular, computador, tablet, assistindo tv, ou jogando videogame.

Entre os adultos, o tempo médio (horas por dia) usando no tablet ou computador, aumentou de 3h49min antes da
pandemia, para cerca de 5h18min durante a pandemia. Além disso, 16,7% dos adultos afirmaram assistir 6 horas ou
mais de TV por dia. A média foi de 3h19min.

RISCOS E PREVENÇÃO
O consumo exagerado de alimentos, principalmente processados e ultraprocessados, e a inatividade física, isto é, mais
tempo sentado, como falamos anteriormente, podem favorecer o desenvolvimento de diversas doenças, como a
obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, pressão alta e até a morte.

Entretanto, para que isso não aconteça, adotar hábitos saudáveis é fundamental. Mas não é para você correr para a
academia e ficar horas na esteira, ou adotar uma mudança radical na alimentação. Não é de uma hora para outra. É
preciso começar gradualmente e, claro, com acompanhamento médico.

Conforme a pesquisa Ipsos, um dos principais obstáculos para os brasileiros não realizarem atividades físicas é a falta
de tempo. Hoje em dia, realizamos diversas atividades simultaneamente, uma correria e loucura total. Ao final do dia,
percebemos que o dia foi pouco e ainda faltam coisas.

Orientações De Atividades Físicas:


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as atividades físicas proporcionam diversos benefícios: melhoram a
aptidão física, a saúde mental e a qualidade do sono, também diminuem a pressão arterial, a glicose e a incidência de
se desenvolver diabetes, hipertensão e câncer.

Dessa forma, a OMS recomenda a:

Crianças e adolescentes (5 a 17 anos): média de 60 minutos por dia de atividade física de intensidade moderada a
intensa;
Atividades aeróbicas de intensidade vigorosa, pelo menos 3 dias por semana.
Adultos (18 a 64 anos): média de 150 a 300 minutos por dia de atividades físicas de intensidade moderada ou 75 a 150
minutos de atividades física de intensidade vigorosa;
Pelo menos 2 dias da semana de exercícios físicos para o fortalecimento muscular.
Idosos (65 anos ou mais): média de 150 a 300 minutos por dia de atividades físicas de intensidade moderada ou 75 a
150 minutos de atividades física de intensidade vigorosa;
Pelo menos 2 dias da semana de exercícios físicos para o fortalecimento muscular.
Lembrando que as atividades físicas podem ser se deslocar até o mercado ou a uma padaria; passear com o pet; brincar
com os filhos, pedalar, dançar ou praticar alguma atividade que faça você se movimentar e gastar calorias. Isso fará
bem para você e para o seu corpo.
Então, vamos mudar nossos hábitos e nos tornarmos mais ativos?
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