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A importância dos exercícios físicos durante a pandemia:

relação entre sedentarismo e pandemia


Autor: Marinalva de Aráujo Silva
Tutor externo: Joselina Rosário da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Educação Física (BEF) – Estágio Curricular Supervisionado
13/07/2021

RESUMO

O trabalho foi feito com o objetivo de analisar os efeitos que o sedentarismo


tem causada nas pessoas, principalmente em jovens e adolescentes. O
sedentarismo pode ser definido como a falta de atividades física e que faz com
que as pessoas tenham um gasto calórico reduzido e isso resulta,
consequentemente, num gasto calórico reduzido. São inúmeras as atividades
que propiciam ao agravamento do sedentarismo no Brasil, tais como fazer uso
de carro quando desnecessário, consumo exagerado de alimentos
industrializados. O trabalho apresenta dois grandes fatores que são totalmente
contribuintes ao sedentarismo que é a cultura do consumo e o uso excessivo
das tecnologias. O método utilizado para esse trabalho foi a pesquisa de
campo e o método qualitativo, onde buscou-se verificar como tem sido o estilo
de vida dos alunos desde quando foi decretado a pandemia, em Março do ano
passado até agora. Importante lembrar, e damos ênfase a isso nesse trabalho
que o sedentarismo afeta não só crianças e adolescentes, pode atingir
qualquer idade, até mesmo idoso, porém destacamos que é a partir da infância
que os pais precisam estimular aos filhos a necessidade e importância de
manter hábitos saudáveis e praticar atividades físicas.

Palavras-chave: Sedentarismo. Atividade Física. Pandemia.

1 INTRODUÇÃO

Como estudante de Educação Física, resolvi pesquisar sobre o sedentarismo


nesse período que estamos vivendo da pandemia. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) elevou, no dia 11 de Março de 2020, para o estado de pandemia
de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Essa
pandemia acentuou ainda mais o quadro de sedentarismo dos brasileiros. Se
por um lado, as pessoas estão mais em casa, protegendo-se do novo
coronavírus, por outro lado, as pessoas estão cada vez mais sedentárias por
conta da pandemia. Esse trabalho tem como objetivo mostrar a importância da
prática de Educação Física pode coexistir de maneira equilibrada e sensata
mesmo em períodos de distanciamento social.
Abordando aspectos da Educação Física no que diz respeito às dimensões
físicas, cognitivas, afetivas e sociais, falaremos sobre a importância da
prática de Educação Física no período da pandemia e como ela pode ser
feita. Esse trabalho tem como objetivo geral mostrar a relevância que as
práticas de Educação Física têm no período da pandemia. Até na própria
cidade de Wuhan, China, cidade que foi epicentro da doença as pessoas
foram recomendadas práticas regulares de atividade física que podem ser
feitas dentro de casa, observa-se que essa prática foi muito difundida após a
pandemia, e foi veiculado pelas redes sociais, principalmente páginas
veiculadas ao Instagram.

Visando os estudos de Metodologias e Estratégias de Ensino e


Aprendizagem na área da Educação a Distância, procuramos analisar as
práticas de atividades físicas que podem ser feitas em casa como por
exemplo, alcançar os dedos dos pés; abdominal supra; exercícios na escada;
pular corda, entre outros. Interessante é observarmos que, aqui na cidade
onde eu moro, no ano passado, as academias ficaram aproximadamente 5
meses fechadas, depois de muitas reivindicações que foram abertas.

O período em que as academias ficaram fechadas favoreceu a


sedentarismo. Isso levou as pessoas, que queria praticar exercícios físicos, a
caminhar nos fins de tarde ou pela manhã bem cedo, a fazer atividades
físicas dentro de casa com a vassoura, tudo isso para tentar suprir a
necessidade da academia, ou seja, fizeram de suas casas uma academia.
Nesse trabalho mostraremos que as atividades físicas que são feitas em
casa, podem ser válidas para amenizar os impactos do de uma vida
sedentária que foram ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

O sedentarismo pode ser definido como a falta de atividades físicas, que


faz com que a pessoa tenha um gasto calórico reduzido. Dois estudos
seccionais e longitudinais, o de Malina (2001) e o de Janz (2000), nos
chamaram a atenção nesta temática, pois indicam que a prática da atividade
física geralmente declina de 1% a 20% por ano. Em relação ao avanço do
sedentarismo, faz-se extremamente necessário a atuação do profissional da
Educação Física seja nas Escolas, seja nas Academias. Mesmo tento aulas
online o profissional de Educação Física nas Escolas pode e deve orientar aos
seus alunos a terem uma vida de atividades físicas rotineiras dentro e fora de
casa com todos os cuidados necessários que são preciso para evitar a
disseminação do vírus.
O levantamento feito pelo IBGE (2020) aponta 40,3% dos adultos são
considerados sedentários no Brasil. Segundo o IBGE (2019) 47,5% das
mulheres eram pouco ativas em 2019. Essa porcentagem de adultos
sedentários mostra uma realidade de pessoas que são insuficientemente
ativos, ou seja, não praticaram atividades físicas por menos que 150 minutos
semanais. Esse estudo mostra a triste realidade dos brasileiros relacionado ao
Sedentarismo. É importante destacar que esse levantamento foi feito em
período anterior à pandemia e no período da pandemia só foi acentuado como
mostra a pesquisa. Uma das coisas mais surpreendentes é que muitas vezes o
sedentarismo está ligado ao consumo de álcool e a má alimentação. Diante do
conceito de sedentário, Eshed et al., 2010; Marlowe, 2005 dizem o seguinte.

O termo sedentário ou sedentarismo, em que pese atualmente


aparecer corriqueiramente associado à prática de exercícios físicos e
suas relações com a saúde, quase sempre esteve ligado ao trabalho
do homem. E, muitas vezes, de forma paradoxal! Diferentes estudos
têm apontado que a questão do sedentarismo nos primeiros
hominídeos diz respeito ao momento em que esses seres começaram
a se fixar em uma área para explorá-la com a agricultura, ao contrário
de seguir na condição de caçador/coletor (Eshed et al., 2010;
Marlowe, 2005).

Se nó formos procurar um aspecto positivo do sedentarismo, não


encontraremos nenhum. Np entanto, se falarmos dos aspectos negativos
veremos que o sedentarismo pode causar, entre outros fatores, doenças
cardiovasculares, osteoporose, diabetes, hipertensão, em outras palavras, o
sedentarismo afeta diretamente na qualidade de vida das pessoas. No estudo
de Lutsky17, tal associação com melhor qualidade de vida foi observada
principalmente quando os exercícios, estes de diferentes tipos, eram realizados
regularmente pelos indivíduos. No estudo de Brown et al. 18 foi observado que
a qualidade de vida teve uma pior percepção subjetiva em indivíduos
sedentários do que naqueles que praticavam exercícios regularmente.

O sedentarismo não tem faixa etária, pode atingir de crianças a idosos.


No entanto, nosso foco nesse trabalho será mais as crianças e adolescentes,
afinal de contas elas é que ficaram mais em casa do que os adultos, pois
alguns ainda saem para trabalhar. Já foi comprovado e podemos observar nas
literaturas de Educação Física relacionado a saúde, bem-estar e qualidade de
vida que a atividade física na infância pode afastar o risco de doenças
cardiovasculares e sedentarismo na idade adulta. Para tanto, é preciso que
haja políticas públicas que incentive a práticas de atividades físicas, é preciso
garantir investimentos que promova oportunidades para que as pessoas
tenham onde se exercitar, muitos não o fazem por condições financeiras. Em
relação a difundir a atividade física na perspectiva de promoção da saúde,
Ferreira e Najar (2005) enfatizam a importância das intervenções na área de
políticas públicas, uma vez que a possibilidade de o exercício físico contribuir
positivamente para a saúde deve promover suporte a iniciativas que visam
engajar populações em uma vida fisicamente ativa.

Um outro problema que propicia ao sedentarismo e que está contido no


e-book isole o sedentarismo: vencendo o monstro sofá-bomba que está contido
no Roteiro de Observação Virtual, é o uso excessivo das tecnologias, e
acrescendo um outro fator também crucial, que é a cultura do consumo. Por
isso, Serra e Santos (2003) salientam esse poder que os meios de informação
e produção têm sobretudo em crianças e jovens, por meio de propagandas e
comerciais. Os comerciais e programas infantis são direcionados às crianças
com fins e objetivos que indiretamente convidam-nas adentrarem ao mundo do
consumo, como a tese de doutorado de Pereira (2003) comprova.

Entenda os riscos e saiba como evitar o sedentarismo infantil


Crianças que não praticam atividades físicas podem tornar-se adultos
com problemas de saúde. Para prevenir, pais devem orientar hábitos
dos filhos O sedentarismo infantil costuma ser a causa de sérios
danos à saúde, que podem se refletir na vida adulta. Os dados sobre
obesidade infantil são alarmantes. Um estudo apresentado no 5º
Congresso Internacional de Atividade Física e Saúde Pública, em
2015, mostrou que, em média, 39% das crianças estão acima do
peso no mundo inteiro. Um alerta para os pais e familiares. De acordo
com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), já é
considerada sedentária uma criança na faixa etária entre 6 e 17 anos
que pratique menos de 300 minutos de atividade física
semanalmente. Ou seja, o equivalente a uma hora por dia de
exercícios, cinco dias por semana. Causas do sedentarismo infantil
Ao se deparar com este quadro, logo vem à mente a seguinte
questão: o que leva uma criança a não mais brincar em movimento?
Principalmente para as gerações anteriores, que não contavam com
muitos concorrentes às brincadeiras antigas no quintal ou nas ruas,
parece não fazer muito sentido. Mas as repostas (sic) não dependem
de nenhum tratado científico e estão bem mais perto do que se
acredita. Entre as causas do sedentarismo infantil encontram-se: • o
(mau) exemplo dos pais que também não fazem atividade física; • a
falta de incentivo da família, responsáveis e até de professores na
escola; • os avanços tecnológicos e a comodidade dos brinquedos
eletrônicos. (RESENDE, 2017, s.p.).

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Estagiar não é uma tarefa fácil. O estágio constitui-se como um alicerce para
que o acadêmico possa reconhecer seu progresso futuro atuando na área
desejada. Esse estágio foi muito gratificante, pois tive uma experiência, virtual,
com alguns alunos do Fundamental II, faixa etária que compreende entra 12 a
15 anos. De acordo com (Souza e Gonçalves, 2012, p.03) “não basta apenas o
aluno estagiário realizar práticas no estágio supervisionado, também é
necessário momentos de reflexão dos diagnósticos e das vivências
experimentadas durante o período do estágio”

O programa de extensão escolhido foi o de Metodologias e Estratégias de


Ensino/Aprendizagem na Área de Educação a Distância por entender que a
Educação não pode parar independente da pandemia, mesmo com
distanciamento social e mantendo todos os cuidados necessários, precisamos
dar continuidade a construção do aprendizado, e traçar métodos es estratégias
para que esse ensino aconteça de maneira efetiva. O Projeto de Extensão foi
baseado nas práticas pedagógicas na Educação Básica em Tempos de Ensino
a Distância, esse Projeto consolida o Programa.

Durante o Estágio pudemos tirar algumas dúvidas dos alunos concernentes


ao sedentarismo. Observamos que muitos alunos têm algumas dúvidas
relacionada a prática de atividade física, tais como se as atividades físicas em
casa resolvem mesmo ou não; como praticar atividades físicas em casa; quem
teve coronavírus quando voltará a praticar exercícios físicos, são inúmeras as
perguntas que os alunos fazem.

O Estágio serviu como uma reflexão pedagógica e para a construção da


identidade profissional. É um campo de conhecimento no qual o estagiário se
aproxima da sua futura profissão. É importante observar que para toda ação
deve haver planejamento, pois é através do planejamento que existe a
realização das atividades. De acordo com Libâneo (1994) “o planejamento
escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos de organização e coordenação em fase dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de
ensino”.

O produto virtual escolhido foi uma videoaula, por conta da incompatibilidade


de horário com as aulas, foi gravada uma videoaula e enviada para o professor
titula da turma, Professor Carlos, ele é professor de Educação Física do
Colégio Imperial COOPEVA no município de Valença-Ba, onde o professor
colocou a videoaula para os alunos assistirem. O tema da aula foi baseado no
título do Estágio: A importância da prática de atividade física em tempos de
pandemia. O vídeo será enviado via e-mail para a tutora da turma e por
aplicativo via WhatsApp.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O Estágio foi muito gratificante, pois foi enriquecedor na construção de


aprendizado concernente ao sedentarismo. Os objetivos do Estágio foram
ressaltar a importância da atividade física no período da pandemia, seja em
casa, ou seja, fora de casa, com todos os cuidados necessários. A leitura dos
livros, charges, e-books, foram muito significativas para a construção desse
estágio; todo o material está disponível na Etapa II do Estágio.

Pode-se inferir diante do exposto que o sedentarismo tem afetado de uma


maneira assombrosa aos adolescentes devido a pandemia. Muitas crianças
estão adquirindo crise de ansiedade, nervosismo, depressão, estresses, por
passaram tanto tempo em casa, assistindo as aulas online, e ainda tendo de
enfrentar, algumas vezes, a perda de um ente querido, ou até mesmo ser
afetado pelo novo coronavírus. Esse trabalho foi determinante para acentuar e
despertar nos alunos a curiosidade no que diz respeito ao sedentarismo.

O nível de exercícios físicos caiu drasticamente durante essa pandemia, e foi


bem acentuado com o fechamento das academias no ano de 2020. Durante
essa pandemia muitas pessoas adquiram síndrome do pânico, fobia social,
depressão, crises de ansiedade, imagine todos esses impactos na mente das
crianças e adolescentes.
REFERÊNCIAS

Brown DW et al. Associations between physical activity dose and health-


related quality of life. Medicine Science Sport Exercise 2004;36;890-896.

CAMPOS, Ana Cristina. 40,3% dos adultos são considerados sedentários


no país. 2020. Disponível
em<https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-11/ibge-403-dos-
adultos-sao-considerados-sedentarios-no-brasil>. Acesso em 13 jun. 2021.

Eshed, V. et al. Paleopathology and the origin of agriculture in the levant.


American Journal of Physical Anthropology, Hoboken, v. 143, p. 121-133,
set. 2010.

Ferreira, M. S., & Najar, A. L. (2005). Programas e campanhas de promoção


da atividade física. Ciência e Saúde coletiva, 10,207-219.

Jansz KF, Dawson JD, Mahoney LT.. Tracking physical fitness and physical
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Sports Exer. 2000; 32: 1250-7.

LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo, Cortez, 1994.

Lustyk MKB. Physical activity and quality of life: assessing the influence of
activity frequency, intensity, volume and motives. Behavior Medicine
2004;30:124- 131.

Malina RM. Physical activity and fitness: pathways from childhood to


adulthood. Am J Hum Bio. 2001; 13:162-72.

Marlowe, F.W. Hunter-gatherers and human evolution. Evolutionary


Anthropology, Boschstrasse, v. 14, n. 2, p. 54-67, mar. 2005.

PEREIRA, Rita Marisa Ribes. Nossos comerciais, por favor! Infância,


televisão e publicidade. Tese de doutorado. Departamento de Educação.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2003.

SERRA, GianeMoliari Amaral; SANTOS, Elizabeth Moreira dos. Saúde e


mídia na construção da obesidade e do corpo perfeito. Ciência e saúde
coletiva. v.8. n.3. p.691-701. 2003.
SOUZA, Maria Darliane Araújo de. GONÇALVES, Antônia Evangelina
Custódio. Relato de Experiências vivenciadas durante o Estágio
Supervisionado no ensino de Ciências em uma Escola de educação
básica em Itapipoca-CE. Disponível em:
<http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/4e0cb6fb5fb446d1c9
2ede2ed8780 188.pdf>. Acesso em 14 de agosto. 2017.
ANEXO I

O Slide da videoaula foi postada em Estágio Curricular Obrigatório I-Produção


Acadêmica.
A videoaula foi encaminhada para o e-mail da tutora externa.
ANEXO II

Inserir o TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE MATERIAL


DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO, preenchido e
assinado por você.

TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE


MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE
EXTENSÃO

Eu, Marinalva de Araújo Silva, acadêmica do curso de Bacharelado em Educação


Física ( BEF ), matrícula 1871222, CPF 44466064334, da turma BEF 0272/2, autorizo
a divulgação do produto virtual, realizado para atender o Projeto de Extensão,
intitulado de: , de acordo com critérios abaixo relacionados:

a) O produto virtual é de minha autoria, desenvolvido com materiais de


diferentes fontes pesquisa (vídeos, imagens, links de textos para
pesquisa, links para visitas virtuais, dicas de filmes, livros, etc.)
devidamente referenciados, conforme as Regras da ABNT.
b) Tenho ciência de que o material por mim cedido à UNIASSELVI é isento
de plágio, seguindo a Legislação brasileira vigente.
c) Estou ciente de que o material ficará disponível para consulta pública à
comunidade interna e externa, desde que aprovado pelos
coordenadores, professores e tutores da UNIASSELVI.

Número de telefone fixo/celular: (75) 98878-7045

Dar o aceite.
Marinalva de Araújo Silva
Valença, 07 de Julho de 2021.

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