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A importância dos exercícios físico: relação entre

sedentarismo e o pós-pandemia
Autor: Jonas Trindade dos Santos
Tutor externo: Renan Lobato
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Educação Física (BEF4507) – Estágio Curricular
Supervisionado III
27/03/2024

RESUMO

O trabalho foi feito com o objetivo de analisar os efeitos que o sedentarismo tem causada nas
pessoas, principalmente em jovens e adolescentes. O sedentarismo pode ser definido como a
falta de atividades física e que faz com que as pessoas tenham um gasto calórico reduzido e
isso resulta, consequentemente, num gasto calórico reduzido. São inúmeras as atividades que
propiciam ao agravamento do sedentarismo no Brasil, tais como fazer uso de carro quando
desnecessário, consumo exagerado de alimentos industrializados. O trabalho apresenta dois
grandes fatores que são totalmente contribuintes ao sedentarismo que é a cultura do consumo
e o uso excessivo das tecnologias. O método utilizado para esse trabalho foi a pesquisa de
campo e o método qualitativo, onde buscou-se verificar como é o estilo de vida das pessoas
mesmo frequentando academias e praticando exercícios físicos. Importante lembrar, e damos
ênfase a isso nesse trabalho que o sedentarismo afeta não só crianças e adolescentes, pode
atingir qualquer idade, até mesmo idoso, porém destacamos que é a partir da infância que os
pais precisam estimular aos filhos a necessidade e importância de manter hábitos saudáveis e
praticar atividades físicas.

Palavras-chave: Sedentarismo. Atividade Física.

1 INTRODUÇÃO

Como estudante de Educação Física, resolvi pesquisar sobre o


sedentarismo. Importante destacar que até um tempo atrás, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) elevou, no dia 11 de março de 2020, para o estado
de pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-
2). Essa pandemia acentuou ainda mais o quadro de sedentarismo dos
brasileiros. Se por um lado, as pessoas ficarão mais tempo em casa,
protegendo-se do novo coronavírus, por outro lado, as pessoas estão cada vez
mais sedentárias por uma infinidade de fatores. Esse trabalho tem como
objetivo mostrar a importância da prática de Educação Física pode coexistir de
maneira equilibrada e sensata mesmo em períodos de distanciamento social.
Abordando aspectos da Educação Física no que diz respeito às dimensões
físicas, cognitivas, afetivas e sociais, falaremos sobre a importância da
prática de Educação Física e como ela pode ser feita. Esse trabalho tem
como objetivo geral mostrar a relevância que as práticas de Educação Física
têm na vida das pessoas, independente da faixa etária. Até na própria cidade
de Wuhan, China, cidade que foi epicentro da doença as pessoas foram
recomendadas práticas regulares de atividade física que podem ser feitas
dentro de casa, observa-se que essa prática foi muito difundida após a
pandemia, e foi veiculado pelas redes sociais, principalmente páginas
veiculadas ao Instagram.
Visando os estudos de Metodologias e Estratégias de Ensino e
Aprendizagem na área da Educação a Distância, procuramos analisar as
práticas de atividades físicas que podem ser feitas em casa como por
exemplo, alcançar os dedos dos pés; abdominal supra; exercícios na escada;
pular corda, entre outros. Interessante é observarmos que, aqui na cidade
onde eu moro, no ano passado, as academias ficaram aproximadamente 5
meses fechadas, depois de muitas reivindicações que foram abertas.
O período em que as academias ficaram fechadas favoreceu a
sedentarismo. Isso levou as pessoas, que queria praticar exercícios físicos, a
caminhar nos fins de tarde ou pela manhã bem cedo, a fazer atividades
físicas dentro de casa com a vassoura, tudo isso para tentar suprir a
necessidade da academia, ou seja, fizeram de suas casas uma academia.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

O sedentarismo pode ser definido como a falta de atividades físicas, que


faz com que a pessoa tenha um gasto calórico reduzido. Dois estudos
seccionais e longitudinais, o de Malina (2001) e o de Janz (2000), nos
chamaram a atenção nesta temática, pois indicam que a prática da atividade
física geralmente declina de 1% a 20% por ano. Em relação ao avanço do
sedentarismo, faz-se extremamente necessário a atuação do profissional da
Educação Física nas Academias. Mesmo lutando com o sedentarismo que se
sobrepõe em alguns praticantes de uma academia, o profissional de Educação
Física pode e deve orientar aos seus alunos a terem uma vida de atividades
físicas que combatam ao sedentarismo.
O levantamento feito pelo IBGE (2020) aponta 40,3% dos adultos são
considerados sedentários no Brasil. Segundo o IBGE (2019) 47,5% das
mulheres eram pouco ativas em 2019. Essa porcentagem de adultos
sedentários mostra uma realidade de pessoas que são insuficientemente
ativos, ou seja, não praticaram atividades físicas por menos que 150 minutos
semanais. Esse estudo mostra a triste realidade dos brasileiros relacionado ao
Sedentarismo. É importante destacar que esse levantamento foi feito em
período anterior à pandemia e no período da pandemia só foi acentuado como
mostra a pesquisa. Agora com alguns anos que se passaram a pandemia, é
possível observar que algumas pessoas criaram um hábito de serem
sedentárias e assim permaneceram. Uma das coisas mais surpreendentes é
que muitas vezes o sedentarismo está ligado ao consumo de álcool e a má
alimentação. Diante do conceito de sedentário, Eshed et al., 2010; Marlowe,
2005 dizem o seguinte.

O termo sedentário ou sedentarismo, em que pese atualmente


aparecer corriqueiramente associado à prática de exercícios físicos e
suas relações com a saúde, quase sempre esteve ligado ao trabalho
do homem. E, muitas vezes, de forma paradoxal! Diferentes estudos
têm apontado que a questão do sedentarismo nos primeiros
hominídeos diz respeito ao momento em que esses seres começaram
a se fixar em uma área para explorá-la com a agricultura, ao contrário
de seguir na condição de caçador/coletor (Eshed et al., 2010;
Marlowe, 2005).

Se nó formos procurar um aspecto positivo do sedentarismo, não


encontraremos nenhum. Np entanto, se falarmos dos aspectos negativos
veremos que o sedentarismo pode causar, entre outros fatores, doenças
cardiovasculares, osteoporose, diabetes, hipertensão, em outras palavras, o
sedentarismo afeta diretamente na qualidade de vida das pessoas. No estudo
de Lutsky17, tal associação com melhor qualidade de vida foi observada
principalmente quando os exercícios, estes de diferentes tipos, eram realizados
regularmente pelos indivíduos. No estudo de Brown et al. 18 foi observado que
a qualidade de vida teve uma pior percepção subjetiva em indivíduos
sedentários do que naqueles que praticavam exercícios regularmente.
O sedentarismo não tem faixa etária, pode atingir de crianças a idosos.
No entanto, nosso foco nesse trabalho será mais as crianças e adolescentes,
afinal de contas elas é que ficaram mais em casa do que os adultos, pois
alguns ainda saem para trabalhar. Já foi comprovado e podemos observar nas
literaturas de Educação Física relacionado a saúde, bem-estar e qualidade de
vida que a atividade física na infância pode afastar o risco de doenças
cardiovasculares e sedentarismo na idade adulta. Para tanto, é preciso que
haja políticas públicas que incentive a práticas de atividades físicas, é preciso
garantir investimentos que promova oportunidades para que as pessoas
tenham onde se exercitar, muitos não o fazem por condições financeiras. Em
relação a difundir a atividade física na perspectiva de promoção da saúde,
Ferreira e Najar (2005) enfatizam a importância das intervenções na área de
políticas públicas, uma vez que a possibilidade de o exercício físico contribuir
positivamente para a saúde deve promover suporte a iniciativas que visam
engajar populações em uma vida fisicamente ativa.
Um outro problema que propicia ao sedentarismo e que está contido no
e-book isole o sedentarismo: vencendo o monstro sofá-bomba que está contido
no Roteiro de Observação Virtual, é o uso excessivo das tecnologias, e
acrescendo um outro fator também crucial, que é a cultura do consumo. Por
isso, Serra e Santos (2003) salientam esse poder que os meios de informação
e produção têm sobretudo em crianças e jovens, por meio de propagandas e
comerciais. Os comerciais e programas infantis são direcionados às crianças
com fins e objetivos que indiretamente convidam-nas adentrarem ao mundo do
consumo, como a tese de doutorado de Pereira (2003) comprova.

Entenda os riscos e saiba como evitar o sedentarismo infantil


Crianças que não praticam atividades físicas podem tornar-se adultos
com problemas de saúde. Para prevenir, pais devem orientar hábitos
dos filhos O sedentarismo infantil costuma ser a causa de sérios
danos à saúde, que podem se refletir na vida adulta. Os dados sobre
obesidade infantil são alarmantes. Um estudo apresentado no 5º
Congresso Internacional de Atividade Física e Saúde Pública, em
2015, mostrou que, em média, 39% das crianças estão acima do
peso no mundo inteiro. Um alerta para os pais e familiares. De acordo
com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), já é
considerada sedentária uma criança na faixa etária entre 6 e 17 anos
que pratique menos de 300 minutos de atividade física
semanalmente. Ou seja, o equivalente a uma hora por dia de
exercícios, cinco dias por semana. Causas do sedentarismo infantil
ao se deparar com este quadro, logo vem à mente a seguinte
questão: o que leva uma criança a não mais brincar em movimento?
Principalmente para as gerações anteriores, que não contavam com
muitos concorrentes às brincadeiras antigas no quintal ou nas ruas,
parece não fazer muito sentido. Mas as repostas (sic) não dependem
de nenhum tratado científico e estão bem mais perto do que se
acredita. Entre as causas do sedentarismo infantil encontram-se: • o
(mau) exemplo dos pais que também não fazem atividade física; • a
falta de incentivo da família, responsáveis e até de professores na
escola; • os avanços tecnológicos e a comodidade dos brinquedos
eletrônicos. (RESENDE, 2017, s.p.).

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Estagiar não é uma tarefa fácil. O estágio constitui-se como um alicerce


para que o acadêmico possa reconhecer seu progresso futuro atuando na área
desejada. Esse estágio foi muito gratificante, pois tive uma experiência, virtual,
com alguns alunos do Fundamental II, faixa etária que compreende entra 12 a
15 anos. De acordo com (Souza e Gonçalves, 2012, p.03) “não basta apenas o
aluno estagiário realizar práticas no estágio supervisionado, também é
necessário momento de reflexão dos diagnósticos e das vivências
experimentadas durante o período do estágio”
Durante o Estágio pudemos tirar algumas dúvidas dos alunos e
frequentantes da academia concernentes ao sedentarismo. Observamos que
muitos alunos têm algumas dúvidas relacionada a prática de atividade física,
tais como se as atividades físicas em casa resolvem mesmo ou não; como
praticar atividades físicas em casa; quem teve coronavírus quando voltará a
praticar exercícios físicos, são inúmeras as perguntas que os alunos fazem.
O Estágio serviu como uma reflexão pedagógica e para a construção da
identidade profissional. É um campo de conhecimento no qual o estagiário se
aproxima da sua futura profissão. É importante observar que para toda ação
deve haver planejamento, pois é através do planejamento que existe a
realização das atividades.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O Estágio foi muito gratificante, pois foi enriquecedor na construção de


aprendizado concernente ao sedentarismo. Os objetivos do Estágio foram
ressaltar a importância da atividade física, seja em casa, ou seja, fora de casa,
com todos os cuidados necessários. A leitura dos livros, charges, e-books,
foram muito significativas para a construção desse estágio; todo o material está
disponível na Etapa II do Estágio.
Pode-se inferir diante do exposto que o sedentarismo tem afetado de uma
maneira assombrosa aos adolescentes e até mesmo idosos. Muitas crianças
adquiriram crise de ansiedade, nervosismo, depressão, estresses, por
passaram tanto tempo em casa, assistindo as aulas online, e ainda tendo de
enfrentar, algumas vezes, a perda de um ente querido, ou até mesmo ser
afetado pelo novo coronavírus. Esse trabalho foi determinante para acentuar e
despertar nos alunos a curiosidade no que diz respeito ao sedentarismo.
O nível de exercícios físicos tem caído na vida de muitos adolescentes e
quando chegam na fase adulta muitos adquirem hipertensão, diabetes, entre
outras doenças, e foi bem acentuado com o fechamento das academias no ano
de 2020, o que implicou em consequências nos anos posteriores. Devido à
falta de práticas de exercícios físicos, muitas pessoas adquirem síndrome do
pânico, fobia social, depressão, crises de ansiedade, imagine todos esses
impactos na mente das crianças e adolescentes.
REFERÊNCIAS

Brown DW et al. Associations between physical activity dose and health-


related quality of life. Medicine Science Sport Exercise 2004;36;890-896.

CAMPOS, Ana Cristina. 40,3% dos adultos são considerados sedentários


no país. 2020. Disponível
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Marlowe, F.W. Hunter-gatherers and human evolution. Evolutionary


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PEREIRA, Rita Marisa Ribes. Nossos comerciais, por favor! Infância,
televisão e publicidade. Tese de doutorado. Departamento de Educação.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2003.

SERRA, GianeMoliari Amaral; SANTOS, Elizabeth Moreira dos. Saúde e


mídia na construção da obesidade e do corpo perfeito. Ciência e saúde
coletiva. v.8. n.3. p.691-701. 2003.

SOUZA, Maria Darliane Araújo de. GONÇALVES, Antônia Evangelina


Custódio. Relato de Experiências vivenciadas durante o Estágio
Supervisionado no ensino de Ciências em uma Escola de educação
básica em Itapipoca-CE. Disponível em:
<http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/4e0cb6fb5fb446d1c9
2ede2ed8780 188.pdf>. Acesso em 27 de mar. 2024.

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