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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

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PRIMEIRA PARTE DO TG: introdução e fundamentação teórica

Autor (acadêmico) Eliane


Prof. Orientador Ricardo Luz Ferreira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Educação Física (TURMA) – Estágio VIII
15/09/2022

1 INTRODUÇÃO

Levando em consideração que o sedentarismo é doença que tem atingido


milhares de pessoas no Brasil e no mundo e que tem desencadeado uma série de
outros fatores, o presente trabalho traz uma análise a cerca das causas que levam
ao sedentarismo e fazer uma reflexão, com base em livros e periódicos, encontrados
no google acadêmico e scielo em busca com palavras como sedentarismo,
qualidade de vida, atividade física e grupos especiais.
Esse trabalho foi construído com base numa revisão de literatura, buscando
analisar o que tem levado as pessoas a viverem uma vida sedentária, principalmente
os grupos especiais. Diante dos estudos feitos observa-se que os inúmeros casos
de sedentarismo estão associados aos cansaços, não apenas físico, mas mental,
que muitas pessoas sentem. Algumas pessoas já acordam cansadas, como se não
tivesse tido um boa noite de sono. O sedentarismo, muitas vezes, está relacionado
também ao uso excessivo de carros sendo que se pode optar, em algumas ocasiões
ao uso da bicicleta ou até mesmo ir a pé. Importante mencionar a vida rotineira que
muitas pessoas têm achado que ir e voltar ao trabalho ou até mesmo a função que
ele exerce já é uma prática de exercício físico.
É importante diferenciar atividade física de exercício físico no que diz respeito ao
entendimento sobre o estudo do sedentarismo. Enquanto a atividade física está
ligada aos movimentos que fazemos com o corpo, movimentos que se fazem de
forma intencional no dia a dia, o exercício físico é um exemplo de atividade física,
porém é feita, geralmente, num ambiente apropriado como nas academias, clubes,
no período da pandemia, foram muitos exercícios físicos em casa, que são feitas da
maneira estruturada e planejada, geralmente com acompanhamento de um instrutor
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ou educador físico, seguindo uma série de regras e métodos a serem aplicados. Há


de se destacar tanto os exercícios físicos como as atividades físicas visando a
saúde mental e física.
Muitas evidências científicas têm demonstrado, cada vez mais, que o hábito
da prática de atividade física se constitui não apenas como instrumento
fundamental em programas voltados à promoção da saúde inibindo o
aparecimento de muita das alterações orgânicas que se associam ao
processo degenerativo, mas também na reabilitação de determinadas
patologias que atualmente contribuem para o aumento dos índices de
morbidade e mortalidade (MACEDO, 2003, p.20).

É extremamente importante a prática de atividades físicas constante e


diariamente sendo esse, talvez, o melhor remédio para o sedentarismo. Por essa
razão esse trabalho tem como objetivo geral analisar as causas e consequências do
sedentarismo em crianças adolescentes através de uma pesquisa bibliográfica em
pesquisas feitas, principalmente em periódicos nas áreas de Educação Física e
Enfermagem que estão disponibilizados através do google acadêmico. Quanta à
coleta de dados, esse trabalho segue a metodologia quantitativa. Os objetivos
específicos desse trabalho têm como ponto de partida três vertentes: 1-Investigar
quais são as consequências que o sedentarismo traz sobre as pessoas; 2-
Relacionar os impactos do uso excessivo da tecnologia com o sedentarismo na
sociedade contemporânea; 3-Mostrar quais caminhos e alternativas para não viver
uma vida sedentária.
A questão a se colocar é quais são as causas que levam as crianças e
adolescentes a optarem por uma vida sedentária? Percebe-se que uma das
principais razões que tem motivado as pessoas a criarem uma vida sedentária são
os usos constantes da tecnologia. De acordo com Alves (2007, p.3) “o avanço
tecnológico vem tomando espaço na sociedade moderna. É comum dizer que
atualmente se vive na era tecnológica, onde todo conhecimento pode ser propagado
através da internet, máquinas de alta tecnologia, entre outros”. A cada dia se
percebe a tecnologia tomando o espaço até mesmo do trabalho do homem. Para
alguns historiadores, isso é decorrente da globalização e das revoluções industriais
existentes na sociedade.
Alves (2007) ainda reforça que a comodidade excessiva na qual a maioria das
pessoas vivem hoje em dia é um dos grandes fatores que contribuem para o
sedentarismo. Até aqui pudemos evidenciar dois fatores relacionados ao
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sedentarismo: o excesso no uso das tecnologias e o excesso da comodidade


vivenciada pelas pessoas. No que diz respeito aos grupos especiais, de acordo com
Da Silva Filho (2016) “a faixa etária que representam as crianças e adolescentes é
considerada como um grupo especial”. Ainda de acordo o mesmo autor, outro grupo
que faz parte dos grupos especiais são os idosos, que fazem parte de um grande
grupo de pessoas dessa faixa etária no qual vivem no sedentarismo, no entanto,
nosso estudo se baseará em crianças e adolescentes.

Mais de metade da população com 18 ou mais anos (4,5 milhões) apresenta excesso
de peso (36,4%) ou obesidade (16,4%), sabendo-se que existe uma relação forte
entre o excesso de peso/obesidade com todas as causas de morte prematura e estados
mórbidos. Deste modo, atualmente existe uma grande preocupação para a saúde
pública relacionada com a elevada prevalência de excesso de peso/obesidade,
constituindo-se como um importante fator de risco para diversas outras patologias
tais como as doenças cardiometabólicas, demência, doença do rim, cancro, doença
respiratórias, osteoartrite, a diabetes, doenças cardiovasculares, apneia do sono,
doença hepática gordurosa não alcoólica, déficit de atenção/hiperatividade,
transtorno em termos de conduta, depressão, dificuldades de aprendizagem, atraso
no desenvolvimento das crianças, problemas ósseos/articulares/ musculares, asma,
alergias, dores de cabeça e outras; pelo que está associada a custos de saúde
significantes (BRAVO, MALTA e RAIMUNDO, 2019, p.8).

Percebe-se a grande quantidade de patologias que são adquiridas através de


hábitos sedentários. Convém lembrar que o sedentarismo está diretamente ligado a
outras doenças e atualmente, o sedentarismo se tornou não uma questão de
estética, de moda ou de estilo de vida, mas se tornou uma questão de saúde
pública. O sedentarismo já é considerado como uma doença do século, assim com a
ansiedade e a depressão. Importante destacar que, em alguns casos, a ansiedade e
a depressão também são características de pessoas sedentárias. Por essa razão,
MINGHELLI (2013) afirma que um programa regular de exercícios pode melhorar o
desempenho de um idoso. É preciso considerar e criar alternativas que incentivem à
prática de atividades e exercícios físicos contribuindo para o bem-estar e qualidade
de vida da população.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A etimologia da palavra sedentarismo, que tem sua origem no latim, está ligado,
literalmente, de acordo com o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa escrito
por Cunha em 2019, está ligado a uma estátua que que representa uma pessoa
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sentada. E de fato, esse é o sentido da palavra sedentário, dá uma conotação de


algo estático, de algo que não se move, não sai de lugar. A cada dia vários
pesquisadores se põem a questionar e pesquisar sobre os impactos do
sedentarismo na vida das pessoas, principalmente as crianças e adolescentes.
É importante observar que são diversos os fatores que levam a uma pessoa ao
sedentarismo. Não é para menos, a sociedade contemporânea facilitou e muito a
vida das pessoas, um dos clássicos exemplos é a invenção do controle remoto,
onde as pessoas nem ao menos se levantam para mudar de canal, praticidade ou
elevação do sedentarismo? Para alguns teóricos, o sedentarismo pode ainda ser
considerado como a prática cultural de um povo e um fenômeno que dialoga com
outras disciplinas além da Educação Física.
O sedentarismo se constitui como uma das características mais marcantes e
presentes na sociedade contemporânea. Ele está associado ao uso que as pessoas
fazem de carros mesmo podendo ir a pé ou utilizando uma bicicleta; associa-se
também ao uso constante que muitas pessoas têm de elevadores e/ou escadas
rolantes; e não só isso, mas aos fast food, a uma diversidade de alimentos
industrializados, entre outros fatores. O sedentarismo a cada dia que passa tem
atingido mais pessoas, fazendo com que, de acordo com a OMS, em uma pesquisa
feita no final do ano de 2021, mostrasse um dado alarmante do Brasil.
Não é de hoje que muitos educadores físicos e pesquisadores tem feito diversas
pesquisas acerca das causas do sedentarismo. Pode-se inferir que com o avanço da
globalização e dos recursos tecnológicos e outro fator determinante foi a pandemia
ocasionado pelo novo coronavírus que trouxe um outro agravante preocupante para
a saúde física que foi o tempo prolongado em que as pessoas ficaram muito tempo
em isolamento social. Pode-se analisar e verificar diversos fatores que propiciam ao
sedentarismo, principalmente se tratando de adolescentes e jovens.
Convém lembrar que apesar dos fatores que levam ao sedentarismo serem bem
estudados e verificados, deve-se lembrar também dos efeitos que o sedentarismo
traz as pessoas. A obesidade é um dos problemas clássicos ocasionados pelo
sedentarismo que atinge principalmente adolescentes e jovens. Observa-se também
as doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, entre outras doenças.
Recomenda-se o uso de atividades físicas diariamente e sair da monotonia. O
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aconselhável é fazer uma atividade física que seja preferencial à pessoa, procurar
uma academia com excelentes profissionais e cuidar da sua saúde.

REFERÊNCIAS

ALVES, Ubiratan Silva. Não ao sedentarismo, sim à saúde: contribuições da


Educação Física escolar e dos esportes. O Mundo da Saúde, v. 31, n. 4, p. 464-
469, 2007.

Barros Neto, T. L. (1997). Exercício, Saúde e Desempenho Físico. São Paulo:


Atheneu.

BRAVO, Jorge; MALTA, João; RAIMUNDO, Armando. O problema do


sedentarismo: benefícios da prática de atividade física e exercício. Évora.
Universidade de Évora, 2019.

DA CUNHA, Antonio Geraldo. Dicionário etimológico da língua portuguesa.


Lexikon Editora, 2019.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.

GUALANO, Bruno; TINUCCI, Taís. Sedentarismo, exercício físico e doenças


crônicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 25, p. 37-43, 2011.

MACEDO, Christiane de Souza Guerino et al. Benefícios do exercício físico para a


qualidade de vida. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 8, n. 2, p.
19-27, 2003.

MINGHELLI, Beatriz et al. Comparação dos níveis de ansiedade e depressão entre


idosos ativos e sedentários. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 40, p.
71-76, 2013.

NAHAS, Markus Vinicius; GARCIA, Leandro Martin Totaro. Um pouco de história,


desenvolvimentos recentes e perspectivas para a pesquisa em atividade física e
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saúde no Brasil. Revista brasileira de educação física e esporte, v. 24, p. 135-


148, 2010.

OEHLSCHLAEGER, Maria Helena Klee et al. Prevalência e fatores associados ao


sedentarismo em adolescentes de área urbana. Revista de Saúde Pública, v. 38, p.
157-163, 2004.

ORTI, Natália Pinheiro; CARRARA, Kester. Educação física escolar e sedentarismo


infantil: uma análise comportamental. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 64, n.
3, p. 35-56, 2012.

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