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OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE

FÍSICA EM IDOSOS

Eliane dos Santos Desterro¹


Flordinice Arandhiba Muniz1
Jennifer Prates Fonseca1
Ylana Leocádio Vieira1
Tutor Externo²

RESUMO

Esse trabalho foi elaborado com base numa pesquisa bibliográfica e qualitativa onde procurou-se analisar a importância
da prática de atividades físicas praticada por idosos. Levando em consideração o aumento do número de idosos no país,
é importante levar em consideração estudos voltados para os idosos, bem-estar e qualidade de vida na terceira idade. O
presente trabalho tem como objetivo geral destacar a importância da prática de atividade física para idosos. Como
objetivos específicos podemos destacar: 1-Relatar as melhorias percebidas em idosos após começarem a praticar
atividades físicas; 2-Relacionar atividade física com bem-estar e qualidade de vida para idosos. O trabalho foi feito com
base numa pesquisa bibliográfica. utilizando esse método, buscamos, no período de mais ou menos duas semanas,
fundamentar e embasar a pesquisa através de uma pesquisa em aproximadamente cinco artigos publicados em revistas
científicas voltados para saúde e Educação Física publicados entre os anos de 2002 e 2010 e em um livro de Okuma
publicado em 1998 pela Editora Papirus intitulado O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Convém
lembrar também que essa pesquisa segue a metodologia qualitativa.

Palavras-chave: Atividade Física. Terceira Idade. Benefícios.

1. INTRODUÇÃO

Uma das etapas muito importante da velhice, também chamada por alguns como a terceira
idade ou a melhor idade. A terceira idade deve ser vista como uma fase de renovação; como o fim
da vida, mas sim o início de uma nova fase a surgir. Essa fase, assim como todas as outras,
precisam ser respeitadas.
Uma das formas de cuidar bem e preservar a essa fase, é através da prática de exercícios
físicos. Através de atividades físicas na terceira idade, diz respeito à redução da pressão arterial, ao
controle da diabetes, manter a mente saudável, entre outras séries de fatores. É muito comum na
terceira idade o aparecimento de doenças crônicas, a baixa imunidade, relatos de negligência
familiar, abandono, solidão, entre outros fatores característicos à fase da velhice.
Levando em consideração o fato de que existe uma carência muito grande de informações e
projetos de atividade física para idosos, buscamos realizar um estudo prático e teórico voltado para
as atividades físicas voltada para idosos. Achamos que esse conteúdo será de extrema importância
não apenas para a comunidade acadêmica, mas também para futuro pesquisadores. Atualmente
encontramos muitos idosos procurarem a academia para melhorar sua saúde física. Percebe-se que a
procura tem aumentado gradativamente de idosos que estão à procura de fortalecer a musculatura,

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa
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socializar; conhecer novas pessoas, sair da solidão e do sedentarismo, afinal de contas a prática de
atividade física não é boa apenas para o corpo, mas também para a mente.
Acredita-se que não haja idade certa para se começar a praticar atividades físicas. As
atividades físicas podem ser feitas a qualquer idade, qualquer momento, qualquer hora, tendo o
acompanhamento de um profissional habilitado para instruir. Por essa razão, esse trabalho tem
como objetivo geral destacar a importância da prática de atividade física para idosos. Como
objetivos específicos podemos destacar: 1-Relatar as melhorias percebidas em idosos após
começarem a praticar atividades físicas; 2-Relacionar atividade física com bem-estar e qualidade de
vida para idosos.
A pergunta norteadora para elaboração desse trabalho é a seguinte: Qual a importância da
prática de atividades físicas para idosos? Diante dos relatos vivenciados na prática e nas pesquisas
feitas observa-se que a prática de atividades físicas auxilia na melhora do equilíbrio, melhora a
velocidade, dá vigor, controla a pressão. Alguns idosos antes de começarem a prática das atividades
se sentiam muito desmotivados, muito desanimados. A quantidade de idosos tem aumentado
consideravelmente em todo o mundo, principalmente no Brasil. A expectativa de vida no Brasil tem
aumentado nas últimas décadas, mas é importante observar que há alguns aspectos negativos em
relação ao crescimento da expectativa de vida no Brasil, pois não adianta um crescimento da
população de idosos no Brasil se eles não envelhecerem com qualidade e com saúde. Por essa razão
foram feitas pesquisas no google acadêmico através da leitura do livro de OKUMA (1998) O idoso
e a atividade física: fundamentos e pesquisa publicados pela Editora Papirus. Também foram
pesquisados artigos revistas científicas que serviram para subsidiar a construção desse trabalho,
fazendo com que optássemos pela pesquisa bibliográfica e qualitativa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A cada dia pode-se perceber a expectativa de vida aumentando pelo mundo. A expectativa de
vida, também chamada de esperança de vida, diz respeito ao número de anos, em média, na qual a
população de um país viverá. Em países desenvolvidos, os chamados países de primeiro mundo, a
expectativa de vida populacional ultrapassa a casa dos 80 anos, já em países subdesenvolvidos e
uma boa parte dos países africanos a expectativa não ultrapassa aos 60 anos de idade. Alguns
fatores estão ligados ao aumento da expectativa de vida de uma nação, como por exemplo a
qualidade no saneamento básico, alimentação de qualidade, poluição, serviços de saúde, a baixa
taxa de criminalidade, acessa a educação e um dos fatores muito importante que é a prática de
atividade física.
Entre os benefícios proporcionados pela prática de atividade física podemos citar o
melhoramento do funcionamento dos pulmões e coração, fortalece os músculos, fortalece os ossos e
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ajuda no funcionamento das articulações. Se por um lado tem aumentado o número de idosos no
país, por outro é preciso levar em consideração que o ato de envelhecer deve vir acompanhado do
bem-estar e da qualidade vida, afinal de contas de nada adianta envelhecer sem saúde.
O prolongamento dos anos de vida é algo natural e que a maioria das pessoas deseja ter. No
entanto, esse acréscimo na expectativa de vida da população deve vir acompanhado de políticas
públicas voltada para os idosos que proporcione saúde, bem-estar e qualidade de vida. A prática de
atividades físicas de pessoas idosas serve para prevenir doenças que são oriundas do sedentarismo
como o diabetes, as doenças cardiovasculares, a osteoporose, sem falar as doenças mentais. É
importante lembrar que os avanços tecnológicos, a comodidade proporcionada pela
contemporaneidade, tem proporcionado ao sedentarismo e a falta de atividade física até mesmo nos
idosos. É preciso levar em consideração também a falta de lugares públicos ao ar livre para os
idosos se exercitarem com mais comodidade.
Convém lembrar que os programas de exercícios físicos voltado para a idosos são programas
que devem valorizar fortalecer a musculatura, a busca pelo aumento da massa muscular. Médicos,
fisioterapeutas, endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos têm recomendado a prática de
atividades físicas na terceira idade como um fator que combate à hipertensão arterial, ao diabetes
mellitus tipo 2 entre outras doenças crônicas. Entre as atividades que podem ser praticadas por
idosos recomenda-se a prática de atividades recreativas; atividades que envolva a sociabilização;
algumas atividades moderadas e progressivas; atividades também que envolva a força, resistência,
flexibilidade e equilíbrio, entre outras atividades.
É importante destacar que o número de idosos no Brasil tem crescido proporcionalmente
fazendo com que haja uma certa preocupação por parte dos governantes acerca das políticas de
assistencialismo voltado para a terceira idade. De fato, uma grande quantidade de idosos acabam
gerando um gasto excessivo para os cofres públicos. A questão não é envelhecer, a questão é
envelhecer com saúde e qualidade de vida. A atividade física praticada por idosos tem sido uma
forma de socialização, pois muitos já quase não tem mais o apoio familiar, ou se tem, é de maneira
escassa e esporádica. Muitos idosos se sentem sós, o que pode acarretar problemas como a
depressão. Mas através das atividades físicas, além dos idosos exercitarem o corpo, também
exercitarão a mente; se socializando e conhecendo novas pessoas.

Citação direta curta


“A falta de definição nas políticas públicas e de programas para a promoção do envelhecimento
ativo e saudável faz com que frequentemente os profissionais da área gerontológica desenvolvam
estratégias paliativas e descontinuadas [...]” (SALIN, 2011, p.198).
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Citação direta longa

O aumento da população idosa está associado à prevalência elevada de doenças crônico-


degenerativas, dentre elas aquelas que comprometem o funcionamento do sistema nervoso
central, como as enfermidades neuropsiquiátricas, particularmente a depressão. No entanto,
embora o envelhecimento normal possa apresentar uma lentificação dos processos mentais,
isto não representa perda de funções cognitivas (STELLA, 2002, p.92).

Citação Indireta

De acordo com Oliveira (2010) a qualidade de vida na velhice esta relacionada com a sensação de
bem-estar bem com suas realizações na vida e seu grau de satisfação concernente às suas
realizações.

Citação direta curta-livro

De acordo com Okuma (1998, p.14) “a análise da velhice a partir de uma perspectiva pessoal
mostra que, como toda situação humana, ela tem uma dimensão existencial, que modifica a relação
do indivíduo consigo mesmo, com o outro, com o mundo e com o tempo.”

Citação direta longa-livro

Segundo Okuma (1998, p.66):

Os maiores impactos de um programa regular de força recaem sobre grupos musculares


cujas funções dependem de quadros clínicos importantes para a manutenção da
independência, da autonomia e da qualidade de vida dos idosos. Estamos nos referindo à
instabilidade articular, particularmente dos joelhos, à dependência final e à osteoporose.

Citação indireta

De acordo com Okuma (1998) os maiores impactos de um programa regular de força irão recair
sobre os grupos musculares que dependerão da manutenção da independência, do bem-estar e da
qualidade de vida dos idosos.

Citação indireta-periódicos

De acordo Maciel (2010) com o que se percebe em relação à atividade física voltada para o idoso é
que há a necessidade de serem criadas estratégias de intervenção para que essa população possa
praticar atividades físicas, no entanto, é preciso levar em consideração aspectos sociodemográficos
e fatores ambientais.

Citação direta longa-periódico

Nesse sentido, tanto os países desenvolvidos quanto aqueles em desenvolvimento têm


aprovado leis e criado estratégias de ações que asseguram um envelhecimento saudável e
com dignidade, com uma diferença: nos países em desenvolvimento a existência destas leis
não garante que elas sejam cumpridas (BENEDETTI; GONÇALVES; MOTA, 2007,
p.388).
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3. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho seguiu a metodologia bibliográfica. De acordo com Oliveira (2002), a


pesquisa bibliográfica pode ser feita mediante a consultas em bibliotecas virtuais. Utilizando esse
método, buscamos, no período de mais ou menos duas semanas, fundamentar e embasar a pesquisa
através de uma pesquisa em aproximadamente cinco artigos publicados em revistas científicas
voltados para saúde e Educação Física publicados entre os anos de 2002 e 2010 e em um livro de
Okuma publicado em 1998 pela Editora Papirus intitulado O idoso e a atividade física:
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fundamentos e pesquisa. Convém lembrar também que essa pesquisa segue a metodologia
qualitativa.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante das pesquisas teóricas e da vivência com a prática de atividade física para idosos, o
que se percebe é que as atividades físicas contribuíram para que os idosos ficassem mais alegres e
ao verem seu progresso a cada dia. Foi muito estimulante e revigorante não só para eles, mas
também para nós, instrutores. Pôde-se perceber a melhora no sistema imunológico na, na
coordenação motora, na flexibilidade, melhora a pressão arterial e no condicionamento físico do
idoso.
O que se percebeu também é que a prática de atividade física contribui como um agente de
sociabilização entre os idosos. Também se percebeu uma nítida sensação de alegria, bem-estar e
revigor proporcionado entre os participantes. A cada dia tem aumentado o número de idosos que
tem procurado a academia. Através da prática da atividade físicas se pode perceber uma melhora na
autoestima dos praticantes, foi uma melhora também significativa na saúde mental deles, muitos
passaram a se socializar mais, conversar, rir, se sentir jovem mais uma vez.
A experiencia foi gratificante tanto para os instrutores como para os idosos. Essa é uma fase
que requer muita atenção, cuidado e respeito. Através das atividades físicas laços foram criados
onde as pessoas puderam ser criados e se pôde perceber as melhorias tanto no corpo como na mente
das pessoas.

5. CONCLUSÃO

Diante do exposto, infere-se que a atividade física para idosos deve ser acompanhada de
políticas públicas voltada para os idosos. Campanhas de incentivo a participação dos idosos em
programas de atividades físicas voltado para a terceira idade. Os números de idosos no Brasil tem
aumentado consideravelmente, no entanto existe um lado negativo desse avanço, um deles, afeta
diretamente a economia, pois com o avanço dos números de idosos, também cresce o número de
aposentados.
A questão a se colocar é que envelhecer não precisa ser sinônimo de envelhecer adoecendo
e causando problemas para a família, pois alguns idosos sentem-se frustrados como se fosse um
fardo para sua família. Mas essa realidade pode ser modificada através da prática de atividades
físicas na terceira idade, pois se for para envelhecer que seja com saúde.
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REFERÊNCIAS

BENEDETTI, Tânia Rosane Bertoldo; GONÇALVES, Lúcia Hisako Takase; MOTA, Jorge Agusto
Pinto da Silva. Uma proposta de política pública de atividade física para idosos. Texto &
Contexto-Enfermagem, v. 16, p. 387-398, 2007.

MACIEL, Marcos Gonçalves. Atividade física e funcionalidade do idoso. Motriz: Revista de


Educação Física, v. 16, p. 1024-1032, 2010.

OKUMA, Silene Sumire. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Papirus Editora,
1998.

OLIVEIRA, Aldalan Cunha de et al. Qualidade de vida em idosos que praticam atividade física-
uma revisão sistemática. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, v. 13, p. 301-312, 2010.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Metodologia científica aplicada ao direito. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.

SALIN, Mauren da Silva et al. Atividade física para idosos: diretrizes para implantação de
programas e ações. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 14, p. 197-208, 2011.

STELLA, Florindo et al. Depressão no idoso: diagnóstico, tratamento e benefícios da atividade


física. Motriz. Journal of Physical Education. UNESP, p. 90-98, 2002.

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