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TEA E ATIVIDADE FÍSICA: UMA REVISÃO ACERCA DOS

BENEFICIOS NO TRATAMENTO.

Adriano Rodrigues Wittzoreki¹


Andrea Mianes²
Matheus Henrique Escandiel Coimbra³
Tamires Jacques Nascente 4

Resumo
O autismo é um transtorno característico com a perda de contato com o
mundo real ocorre na infância, gerando isolamento social, comportamento atípico,
hiperatividade e, em alguns casos, agressividade. O TEA pode gerar dificuldades ao
longo da vida da pessoa que possui esse transtorno se não tratado da forma correta,
portanto, faz se necessário a realização de atividades físicas prescritas como
natação, equitação e caminhada para diminuir o risco de obesidade e reduzir outros
sintomas típicos do TEA assim como trabalhar a parte social dos indivíduos. Sobre o
comportamento geralmente se dá pelo indivíduo com uma rotina fixa sem que a
mesma seja quebrada pois em alguns casos pode gerar agressividade algo que
pode ser utilizado a intervenção medicamentosa no tratamento. Existem casos que o
indivíduo é totalmente dependente de realizar suas tarefas básicas como em outros
casos, os indivíduos são mais independentes onde realizam tarefas normais, A
atividade física prescrita tem como objetivo reduzir esses sintomas desde que seja
mantido em uma rotina contínua para evitar o retrocesso às condições sintomáticas
típicas, contudo é necessário que o profissional de educação física esteja preparado
para receber esse aluno em seu plano de trabalho.

Palavras - Chave: autismo, TEA, treinamento; Educação Física

¹ Graduando do curso de Educação Física - Bacharelado


² Estudante do curso de Educação Física - Bacharelado
³ Estudante do curso de Educação Física - Bacharelado
4
Estudante do curso de Educação Física - Bacharelado
Introdução

Este trabalho tem por objetivo mostrar o quanto as atividades físicas são
importantes para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois são
através destas atividades que a criança se desenvolve melhor e evolui para a vida
adulta de forma mais social e comunicativa.

Apesar de todas as inovações e progressos advindos no século XXI, é


possível notar que esse assunto só foi abordado nos últimos tempos e por isso,
seguimos em uma pesquisa constante sobre os diagnósticos, sintomas e maneiras
de amenizar e tornar cada indivíduo mais independente.

Importante que, o tratamento oportuno com estímulos, a identificação de


atrasos no desenvolvimento, o encaminhamento para intervenções, o apoio
educacional e dos pais, gera um melhor e mais antecipado diagnóstico facilitando
assim, o contato com a criança com TEA.

Apesar de muitos estudos e pesquisas indicarem que as atividades físicas


agem beneficamente para crianças com TEA, precisa ser levado em consideração
que muitas delas não possuem habilidade motora ideal para a idade, possuem
comportamentos agitados e algumas vezes agressivos, também requerem uma
maior supervisão. Por isso, atividades simples com bola; dança; natação;
caminhada; atividades coletivas, saltar e adaptações de atividades de força de
maneira que possa trabalhar a musculatura do corpo, são melhores opções dentro
da Educação Física.

As atividades físicas auxiliam no desenvolvimento da criança com TEA,


porque facilitam a interação delas com outras pessoas, como familiares, colegas e
outros indivíduos. Além de serem atividades socioemocionais elas também são
valiosas para o desenvolvimento cognitivo ajudando na coordenação motora e na
comunicação (na fala).

Desenvolvimento
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser caracterizado como uma
condição de diversos sintomas que interferem no neurodesenvolvimento e
consequentemente no desenvolvimento motor, sendo observado desde os primeiros
anos da infância e tem seu tratamento por meio de intervenções precoce em
múltiplas modalidades e esferas, indo desde fármacos a acompanhamentos
psicossociais de especialistas nas áreas da psicologia, psiquiatria e também de
profissionais que atuam na cultura do corpo na área da Educação Física.
(Nascimento. Maria: TEA, TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA.).

De acordo com PEREIRA E BAUMAN (2017, págs., 178 a 183) é observado


que o isolamento social é relacionado com a intensidade do transtorno e o
comprometimento cognitivo, sendo necessário que as abordagens atuem nas mais
diversas esferas o que trouxe de forma recente o papel da Educação Física que
entrou como tema importante na discussão das abordagens integradas ao TEA.
Ainda de acordo com os autores não há um tratamento totalmente eficaz, mas as
intervenções baseadas em atividades físicas se mostraram extremamente positivas
onde pessoas submetidas a planos de intervenção baseados em atividades físicas
conseguem de forma satisfatória apresentar melhora nos aspectos da consciência
corporal e habilidades sociais, porém não fora observada progressão após o término
dos estudos o que indica a necessidade das atividades físicas de forma continua
com estímulos sociais e motores em progressão de forma a amenizar os sintomas
apresentados pelos pacientes do estudo.

Já para NASCIMENTO (2021, pág., 56) os periódicos em sua maioria não se


atentam as progressões das comunicações verbais o que gera questionamentos
sobre as possíveis lacunas que os periódicos apresentam, porém ainda de acordo
com o autor todas as modalidades de atividade física usadas como objeto de estudo
mostraram benefícios para os praticantes portadores de TEA, apresentando ganhos
nas esferas motoras e sociais em qualquer modalidade praticada.

Metodologia
O processo de desenvolvimento metodológico se deu por meio da pesquisa
bibliográfica, proveniente de plataformas como o Google Acadêmico, Scielo e outros,
bem como a utilização de artigos disponibilizados em revistas do meio científico.
Para reunir artigos considerados uteis foram realizados filtros de busca na
plataforma google acadêmico com os termos “Atividade Física e Autismo”,
“Protocolos de Tratamento TEA”, “Esporte e autismo”, desses termos filtrados foram
separados 10 artigos que detinham títulos acerca do assunto, após a leitura dos
resumos foram descartados 7 periódicos, pois os mesmos não apresentaram dados
conclusivos ou aprofundados para o estudo. Para complementar o conteúdo
bibliográfico e expandir nossa concepção acerca do assunto, também fora utilizado
um periódico disponibilizado em uma revista do meio científico, pois as informações
contidas no periódico traziam novas discussões e perspectivas sobre o tema. Sendo
assim nossa pesquisa bibliográfica reuniu 4 trabalhos primários para a execução
deste artigo bibliográfico, não descartando, porém, a concepção de que vários
outros periódicos foram analisados durante a formação deste trabalho.

Resultados/Discussão
Para o estudo desse trabalhado colhemos informações em diferentes artigos
e buscamos projetos e ideias de desenvolvimentos com portadores de TEA. Após o
levantamento desses meios, referenciamos a importância das atividades físicas e
psicossociais desde os primeiros anos de vida. Isso mostra também, o papel
fundamental não só dos pais nesse momento e durante a iniciativa, mas também
dos profissionais para a preparação das atividades, já que nem todos os indivíduos
mostram as mesmas características.

Os objetivos dos artigos e de projetos como a ACTIVITY HEALTH, são


evidenciar que atividades físicas como por exemplo, jogos coletivos, caminhada,
natação, lutas e tratamentos psicossociais com psicólogos e psiquiatras e também
fármaco, quando contínuos e quanto mais precoce, melhoram as capacidades
físicas, habilidades motoras e aspectos sociais das pessoas. BANDEIRA, 2022
afirma em seu blog que mesmo com as intervenções não é possível que a criança
saia do espectro autista, mas é importante mostrar essas amplas abordagens, que
fazem com que ela se desenvolva melhor dentro das suas possibilidades.

O que também identificamos através de alguns pesquisadores são que


esportes coletivos possuem maior impacto em relação a esportes individuas, em
crianças portadores de TEA, e isso se dá ao fato de os indivíduos possuírem entre
suas características a dificuldade na interação e na comunicação social, e com
essas atividades há uma maior interatividade e contato, mostrando serem mais
benéficos para elas. Portanto, conclui se que a atividade física é de extrema
importância para os portadores de TEA, pois esta melhora os aspectos sociais,
emocionais, psicológicos, físicos e cognitivo. Mostra se a importância da prática da
atividade física de forma regular aos portadores de TEA, tais como, natação,
equitação e esportes coletivos trazendo desta forma uma forma melhor de
socialização e bem-estar aos portadores de TEA e seus familiares.

Bibliografia
DE AGUIAR, Renata Pereira; PEREIRA, Fabiane Silva; BAUMAN, Claudiana
Donato. Importância da prática de atividade física para as pessoas com
autismo. Journal of Health & Biological Sciences, v. 5, n. 2, p. 178-183, 2017.

DO NASCIMENTO, Maria Rita Drula. TEA, TRANSTORNO DO ESPECTRO


AUTISTA. Transtorno do Espectro Autista (TEA), v. 1, 2019.

DO NASCIMENTO, Joilson Antônio Cardoso et al. ATIVIDADE FÍSICA E SEUS


BENEFÍCIOS NA VIDA DE PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA. Ciência Atual–Revista Científica Multidisciplinar do Centro
Universitário São José, v. 17, n. 1, 2021.

BANDEIRA, Gabriela. Autismo tem cura. Genial Care, 2022. Disponível em:
<https://genialcare.com.br/blog/autismo-tem-cura/>. Acesso em: 15 de outubro de 2022

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