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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE- UFS CAMPUS PROFESSOR

ANTÔNIO GARCIA FILHO DEPARTAMENTO DE TERAPIA


OCUPACIONAL DE LAGARTO- DTOL ANO LETIVO 2022

Vitória Silva Fonseca

Gabriela Araújo

Crianças com autismo, entendendo como a Terapia Ocupacional e as políticas públicas


se unem para ajudá-las na reabilitação psicossocial.

Lagarto-SE, 2022
Vitória Silva Fonseca

Gabriela Araújo

Crianças com autismo, entendendo como a Terapia Ocupacional e as políticas públicas


se unem para ajudá-las na reabilitação psicossocial.

Projeto de pesquisa submetido à Prof.ª Drª. Tais

Bracher da graduação de Terapia Ocupacional da

Universidade Federal de Sergipe Campus Antônio Garcia Filho

Orientadora Prof.ª Drª: Tais Bracher

Lagarto-SE, 2022
Tema: Reabilitação psicossocial em crianças com TEA na sociedade brasileira.

Título: Crianças com autismo, entendendo como a Terapia Ocupacional e as políticas


públicas se unem para ajudá-las na reabilitação psicossocial.

Introdução:

O presente estudo tem o intuito de buscar entender como crianças com TEA (Transtorno
do Espectro Autista) são atendidas na rede pública de saúde na sociedade brasileira e
como a reabilitação psicossocial traz um dos principais pontos a serem analisados
dentro desse atendimento.

É importante que a priori possamos entender o que é o TEA, segundo o


Ministério da Saúde, é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por
desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na
interação social, além de padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados
podendo fazer com que a criança apresente um repertório restrito de interesses e
atividades. É um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento
atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social,
padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um
repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta do TEA na criança podem ser percebidos nos primeiros meses de
vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência
é maior no sexo masculino. A identificação de atrasos no desenvolvimento, o
diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e
apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a
longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral. Ressalta-se que o tratamento
oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita
de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação
diagnóstica.

Os sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos


durante os primeiros meses de vida, o diagnóstico de TEA é unicamente clínico, feito a
partir de observações das crianças, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos
específicos, a prevalência do transtorno é maior no sexo masculino. A etiologia do
transtorno do espectro autista permanece desconhecida, evidências científicas apontam
que não há apenas um fator, mas sim interação de fatores genéticos e ambientais.

Por conseguinte, podemos destacar a importância de profissionais e serviços que


possam oferecer intervenções e estímulos para que a vida não só da criança, mas de toda
família fique ainda mais fácil. Nesse sentido uma das intervenções que poderia ser
abordada por Terapeutas Ocupacionais por exemplo, seria a reabilitação psicossocial
visto que tem como objetivo a melhoria das condições de vida, além de adaptações
psíquicas no âmbito social e familiar.

Referencial teórico: De acordo com Marli Marlene, “Para atender todas as


necessidades que o autismo implica, as famílias dependerão da existência de Políticas
públicas efetivas e eficientes, as quais servirão de importantes ferramentas para a
realização do exercício da cidadania”. (COSTA, Marli Marlene Moraes da;
FERNANDES, Paulo Vanessa.)

Segundo Cavalcante (apud BRUNO DINIZ CASTRO DE OLIVEIRA, 2017, p. 708)


“No Brasil, por diferentes motivos, as iniciativas governamentais propriamente
direcionadas ao acolhimento das pessoas com diagnóstico de autismo desenvolveramse
de maneira tardia. Até o surgimento de uma política pública para saúde mental de
crianças e adolescentes, no início do século XXI, esta população encontrava
atendimento apenas em instituições filantrópicas, como a Associação Pestalozzi e a
Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), ou em instituições não
governamentais”.

Problema de pesquisa: Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA): Como a


terapia ocupacional e o Sistema Único de Saúde (SUS) podem ajudá-las na reabilitação
psicossocial?

Justificativa:
A reflexão acerca da reabilitação psicossocial é muito pertinente visto que consiste em
estratégias que são capazes de resgatar a autonomia e independência do indivíduo.
Crianças com TEA, necessitam da reabilitação psicossocial já que esse transtorno é
marcado principalmente pelo comprometimento nas habilidades de comunicação social
e pela presença de padrões de comportamento estereotipados, repetitivos e restritos. A
escassez de pesquisas que envolvem a terapia ocupacional e as políticas públicas
entorno da reabilitação psicossocial em crianças de 6 anos de idade com TEA no Brasil,
faz com que seja pertinente a iniciação deste projeto de pesquisa. Outrossim, tendo em
vista que a reabilitação psicossocial está ligada à terapia ocupacional por meio de ações
que promovam o bem-estar do indivíduo, é válido ressaltar que tais objetivos precisam
ser analisados e revisados. Nesse contexto, o projeto de pesquisa irá apontar como a
terapia ocupacional inserida na esfera de políticas públicas podem agir e ajudar na
reabilitação psicossocial de crianças a partir de 6 anos de idade no Brasil.

Hipóteses: A terapia ocupacional é de grande importância para o indivíduo, pois, está


inserida em vários aspectos da vida, como por exemplo na reabilitação psicossocial.
Diversos estudos apontam que o cuidado com crianças com TEA (Transtorno do
Espectro Autista) requer um acompanhamento multiprofissional. A terapia ocupacional
seria de grande importância não só para a ajuda relacionada a reabilitação física, mas
também com o psíquico, o social e com o contexto familiar. A criação de centros e
clínicas em que esses profissionais possam trabalhar de forma gratuita para a população
por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), seria primordial para pessoas que não
tenham acesso a tais profissionais e recursos. Implantações de medidas e políticas em
torno de indivíduos com esse transtorno se faz necessário nos dias de hoje.

Objetivos:

Objetivo geral:

Verificar no Brasil a importância da reabilitação psicossocial em crianças com TEA


dentro dos serviços públicos de saúde.

Objetivos específicos:

Identificar em quais serviços de saúde a reabilitação psicossocial é utilizada, verificar a


quantidade de crianças que dependem desse serviço, analisar quais políticas públicas
estão inseridas nesse contexto e comparar os atendimentos de crianças com TEA no
serviço público e privado.

Referências:

ARAUJO, Jeane AMR; VERAS, André B.; VARELLA, André AB. Breves
considerações sobre a atenção à pessoa com transtorno do espectro
autista na rede pública de saúde. Revista Psicologia e Saúde, v. 11, n. 1, p.
89-98, 2019.

DA COSTA, Marli Marlene Moraes; FERNANDES, Paula Vanessa. Autismo,


cidadania e políticas públicas: as contradições entre igualdade formal e
igualdade material. Revista do Direito Público, v. 13, n. 2, p. 195-229, 2018.

OLIVEIRA, Bruno Diniz Castro de et al. Políticas para o autismo no Brasil:


entre a atenção psicossocial e a reabilitação1. Physis: Revista de Saúde
Coletiva, v. 27, p. 707-726, 2017.

ONZI, Franciele Zanella; DE FIGUEIREDO GOMES, Roberta. Transtorno do


Espectro Autista: a importância do diagnóstico e reabilitação. Revista
Caderno Pedagógico, v. 12, n. 3, 2015.

PEREIRA, Cássia et al. Construções e comentários sobre os documentos


Linha de Cuidado para a Atenção das Pessoas com Espectro Autista e
suas Famílias na Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de
Saúde/SUS e Diretrizes de Atenção à Reabilitação de pessoas com
Transtorno do Espectro do Autista (TEA). Analytica: Revista de Psicanálise,
v. 5, n. 9, p. 31-40, 2016.

ROCHA, Carla Cecília et al. O perfil da população infantil com suspeita de


diagnóstico de transtorno do espectro autista atendida por um Centro
Especializado em Reabilitação de uma cidade do Sul do Brasil. Physis:
Revista de Saúde Coletiva, v. 29, 2019

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