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A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO DENTRO DA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA

FAMÍLIA

Anamélia Damasceno de Macêdo 1


Eliane Alves Eufrázio 2
3
Ellen Kethelle Soares de Araújo
4
Geovana Viana Maia Alves
Jadyelly Hilery Santana Nunes 5
João Victor Pereira Nunes 6
Nome completo do orientador/a

RESUMO: O resumo deve conter no mínimo 250 palavras e no máximo 300


palavras, com espaçamento 1,0, fonte Arial e tamanho 12. Deve conter
informações relacionadas a temática, objetivos, metodologia, resultados e
conclusão do estudo. Objetivo: Analisar através da literatura existente, a
prevalência e os fatores associados à saúde mental dos jovens. Como objetivo
especifico buscou identificar o perfil sociodemográfico da população jovem
acometida por transtornos mentais; descrever as condições de vida desses
sujeitos e os impacto para sua saúde mental. Método: Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica do tipo revisão de literatura integrativa, realizada por
meio da busca de materiais bibliográficos publicados nas bases de dados,
SciELO, LILACS e MEDLINE, onde se estruturou por meio da associação dos
descritores “SAUDE MENTAL AND CUIDADO AND JOVENS”. Foram incluídos
dez estudos nesta pesquisa, onde houve prevalência de publicações nos anos
de 2018, 2016 e 2014 dos quais 7 (70%) foram publicações no idioma
português e 3 (30%) na língua inglesa. Resultados: As prevalências
encontradas transtornos mentais graves foi 15,1% e 4,3%; transtornos mentais
leves de 44,3% e 25,7%; moderado de 21,7% e 6,9%, já as condições
socioeconômicas revelaram que a maioria dos jovens eram do sexo feminino,
maiores de 18, que residiam com até 4 moradores no lar. Conclusão: Conclui-
se que população jovem se encontra vulnerável no tocante a sua saúde mental,
principalmente aqueles que apresenta transtornos mentais em níveis mais
graves e que as condições socioeconômicas são os fatores mais presentes
nesses casos. Existe a necessidade de desenvolvimento de políticas públicas
voltadas para essa população como, um maior investimento no âmbito saúde
mental no município.
Palavras-chaves: Saúde Mental. Jovens. Transtornos Mentais.

INTRODUÇÃO
As décadas de 70 e 80 representaram marcos importantes para a
construção da saúde em nosso país. Com a Ditadura Militar chegando ao fim, e
a estrutura brasileira estremecida, surgiram vários movimentos sociais que
lutavam por melhores condições de vida. Entre eles, podemos destacar a
Reforma Sanitária Brasileira em conjunto com a Reforma Psiquiátrica, que
impactaram significativamente o posicionamento do Estado.

Em 1986, com a realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde, foram


levantados diversos debates sobre a definição do Sistema Nacional de Saúde,
onde a saúde passou a ser vista e exigida como dever do Estado e direito do
cidadão, e não mais como um acesso privatizado. Com a criação da
Constituição Federal de 1988 o SUS finalmente foi efetivado e outras questões
importantes para o benefício da população foram criadas.

O SUS possui como princípios a universalização, a equidade, e a


integralidade, princípios essenciais para a expansão do serviço assistencial
dentro da saúde. Esse acolhimento universal, equânime e integral, foi
consolidado com o surgimento do Programa de Saúde da Família em 1991,
que recebeu uma nova denominação, sendo chamado atualmente de
Estratégia de Saúde da Família. A ESF chegou como uma porta de entrada do
indivíduo ao sistema, reforçando os princípios do SUS, e sendo responsável
pela APS (Atenção Primária à Saúde).

Com todos esses avanços da saúde em nosso país, a Psicologia


começa a ganhar espaço dentro de outros serviços de saúde além da
tradicional atuação clínica. Porém, dentro da ESF, sua atuação só foi efetivada
em 2008 com o surgimento do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). O
NASF foi um importante instrumento para o fortalecimento do atendimento na
Atenção Básica, pois trouxe importantes questões para a atuação dos
profissionais dentro da ESF e da atuação do psicólogo em conjunto com os
demais para a promoção da saúde, prevenção e reabilitação dos pacientes.
A promoção da saúde no âmbito da Atenção Primária é algo essencial
para a atuação do Psicólogo, pois a visão da Psicologia em relação ao
indivíduo e à definição de saúde dentro de um contexto mais abrangente - que
ultrapasse o conceito de saúde física - é essencial para que a ESF tenha um
maior progresso no decorrer do seu funcionamento. Portanto, é importante
analisar os desafios e a atuação do psicólogo nesse programa em conjunto
com a equipe, indivíduo, família e a comunidade, destacando também o
princípio da integralidade através de uma reflexão sobre seu conceito e o olhar
da Psicologia.

Esse trabalho tem como objetivo dar visibilidade ao exercício da


Psicologia dentro da Estratégia de Saúde da Família, dando destaque à
importância do NASF na efetivação desse serviço dentro da Atenção Básica.
Ademais é importante analisar como a Psicologia exerce o seu papel dentro da
ESF, operando na presença de possíveis obstáculos nesse programa, para que
seja levantada uma reflexão sobre a postura desses profissionais como
agentes de intervenção nesse meio.

REVISÃO DA LITERATURA/ APORTE TEÓRICO

A saúde pública é um dos principais pontos no que diz respeito à


promoção de uma sociedade mais justa, uma vez que os índices de
desigualdade afetam diretamente o nível de acesso da população a esta. Para
além do direito à saúde, previsto na Constituição, o acesso à saúde pública de
qualidade também é de grande importância na prevenção e tratamento de
doenças. Os alarmantes níveis de pobreza e a baixa escolaridade são fatores
negativos às boas práticas de promoção da saúde. Almeida e Silva (2019)

Por ser um país extenso em território e também extenso em


discrepâncias sociais e econômicas, determinada parcela da população, que
mora distante dos grandes centros e não dispõe de recursos financeiros que
custeiam o seu deslocamento, acaba por representar um problema, de modo
que o acesso à saúde e aos programas do Sistema Único de Saúde fiquem
comprometidos. Almeida e Silva (2019) Giacomozzi (2012, p. 301) aponta:

A universalização garante o acesso à saúde a todas as


pessoas. A equidade é um processo de justiça social,
procurando tratar de maneira específica cada território, com o
objetivo de diminuir as desigualdades, levando em conta as
diferenças de necessidades e investindo mais onde a carência
é maior. A integralidade consiste em considerar a pessoa como
um todo, reconhecendo aspectos biológicos, psicológicos,
sociais e os contextos de vida, integrando ações de promoção
à saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação.

A criação da Estratégia Saúde da Família (ESF) buscou atingir os


determinados objetivos: a assistência integral de saúde nas residências e nas
unidades básicas, a criação de vínculos entre a saúde e a população, e o
acesso a conhecimentos relacionados à saúde como um direito básico do
cidadão. Brasil (1997).

A ESF é uma área interdisciplinar uma vez que profissionais diversos


participam dos atendimentos. A respeito disto, Giacomozzi (2012 p.299)
acrescenta:

(...) interdisciplinaridade se coloca como uma estratégia de


ação que pode possibilitar um entendimento mais profícuo das
necessidades locais, possibilitando às equipes atuarem de
forma mais abrangente e diversificada, e contribuindo para a
construção de um olhar voltado ao usuário dos serviços de
saúde pautado nos princípios da integralidade, da equidade e
da territorialidade postulados pelo SUS.

Médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, fisioterapeutas,


dentre outros profissionais atuam neste segmento da saúde pública. A
importância desta variedade de profissionais diz respeito às demandas que
surgem diariamente nas Unidades de Saúde. Assim, convém tecer uma
reflexão sobre a atuação do psicólogo dentro da Estratégia Saúde da Família.

A necessidade do psicólogo dentro da ESF é inegável, uma vez que


psicopatologias como a depressão e a ansiedade tem se tornado cada vez
mais comuns nas UBS e disso resulta a necessidade de acompanhamento com
estes profissionais. Hirata (2015) A demanda por profissionais psicólogos
também é uma resposta às mudanças no mundo, haja vista o aumento no fluxo
das informações, pressões exercidas pelo mercado de trabalho, e mudanças
sociais que tendem a piorar os níveis de estresse e ansiedade da população.
(FERNANDES et al., 2018).

O Sistema Único de Saúde, com o estabelecimento de programas como


o ESF abriram espaço para se pudesse ter a saúde pública como espaço de
atuação, pelos profissionais da psicologia. De fato, existem críticas que foram
previamente estabelecidas à atuação do psicólogo na ESF, que vão desde o
atendimento atrelado à clínica tradicional e questões que colocam em conflito
teoria e prática. Cabe mencionar também que a atuação do psicólogo não diz
respeito apenas ao tratamento dessas patologias, mas também a promoção da
saúde mental. Assim, Giacomozzi (2012 p.305) afirma que “(...) a psicologia
tem um importante papel a desempenhar na saúde pública, com relação à
promoção e educação para a saúde, centradas na saúde positiva.”

Ainda segundo Giacomozzi (2012) a atuação do psicólogo pode se


tornar ainda mais importante uma vez que, com sua formação, o psicólogo
pode auxiliar na construção de uma equipe mais unida, de modo que as
práticas sejam cada vez mais interdisciplinares, favorecendo a atuação
conjunta e a modificação no próprio funcionamento do sistema de saúde a nível
comunitário.

É importante destacar como o psicólogo tem um papel essencial na


promoção e prevenção da saúde dentro da ESF. Tendo em vista esse aspecto,
pode-se evidenciar o conceito de integralidade e sua relação com a atuação do
psicólogo, pois ambos enxergam o indivíduo de forma mais ampliada. De
acordo com COSTA DE SOUZA et al. (2015), a integralidade busca oferecer
ao indivíduo uma assistência que vá além da prática curativa, considerando o
indivíduo em um contexto social, familiar e cultural em todos os níveis de
atenção. Com isso, é possível observar como o olhar da Psicologia dentro da
Saúde Pública, confrontou o modelo biomédico tradicional.

Esse contraste entre o modelo Biomédico e o modelo Psicossocial, traz


certos impasses para a atuação do Psicólogo na ESF, tendo em vista que sua
atuação veio a ser determinada anos depois que as demais profissões como
médicos e enfermeiros. Porém, com o aumento da visibilidade da saúde mental
num contexto mais abrangente, o modelo biomédico foi perdendo forças e uma
nova reinvenção na saúde foi surgindo.

Como proposição geral, a Psicologia Social da Saúde, ao


contribuir para a superação do modelo biomédico, objetiva
trabalhar dentro de um modelo mais integrado, reconhece a
saúde como um fenômeno multidimensional em que interagem
aspectos biológicos, psicológicos e sociais e caminha para uma
compreensão mais holística do processo saúde-doença
cuidado. (CAMARGO-BORGES; CARDOSO, 2005, p.29)

MÉTODO
O presente projeto de pesquisa trata-se de uma pesquisa com
característica descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa, através da
revisão bibliográfica de artigos nacionais. Esta pesquisa foi desenvolvida para
possibilitar a síntese e análise das publicações existentes sobre a “Atuação do
Psicólogo na Estratégia de Saúde da Família”. Esse levantamento tem
perpassado toda a sua elaboração, com o propósito de compreender e explorar
sobre a realidade desses profissionais dentro da ESF, além do
desenvolvimento de ações voltadas para compreensão mais aprofundada
sobre o tema.

Salientamos que as análises têm ocorrido em conformidade com as


ideias basilares apresentadas por estudiosos da área, com vistas a analisar os
elementos que compõem as particularidades dessas ferramentas, isto é, de
que forma se constituem. Foram selecionados alguns textos datados dos
últimos dez anos para organizar de maneira coerente os artigos de maior
relevância até os de menor relevância. A pesquisa foi realizada na base de
dados SciELO e em outras publicações encontradas através da plataforma
Google Acadêmico. Foram utilizados os descritores “psicólogo na ESF” ,
“psicólogo no NASF” e “integralidade na ESF”.

Como critérios de inclusão foram utilizados: artigos com versão online


gratuita, artigos com texto completo e produções nacionais. Como critérios para
exclusão de artigos, temos: textos incompletos, artigos pagos ou que após a
leitura dos resumos não condizem com a temática.

Posteriormente, foram selecionados os trabalhos mais relevantes para a


pesquisa e foi optado pela análise em formato de texto sobre as principais
características encontradas em relação à atuação do Psicólogo dentro da
Estratégia de Saúde da Família e de suas intervenções em conjunto com a
equipe multiprofissional que atua na AB.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
As considerações e a conclusão à qual o pesquisador chegou. Depois
de ter realizado o estudo o que se pode constatar? 1 lauda.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Deve seguir as normas da ABNT, média de 1 a 2 laudas

referências do referencial:

GIACOMOZZI, Andréia Isabel. A Inserção do Psicólogo na Estratégia de Saúde da Família e a


Transição de Paradigma em Saúde. Psico, v. 43, n. 3, 2012.

ALMEIDA, Nathalia dos Santos Silva; DA SILVA, Roberta Barbosa. O psicólogo na Estratégia
Saúde da Família: possibilidades de atuação e desafios. Revista Mosaico, v. 10, n. 1, 2019.

HIRATA, E.S. Estigma e depressão. Revista Brasileira de Medicina, v.71, p.3-15, 2015.

FERNANDES, M.A.; RIBEIRO, H.K.P.; SANTOS, J.D.M.; MONTEIRO, C.F.S.; COSTA, R.S.;
SOARES, R.F.S. Prevalência dos transtornos de ansiedade como causa de afastamento de
trabalhadores. Revista Brasileira de Enfermagem, v.71, n.5, p.2213-2220, 2018
BRASIL. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial.
Brasília. Ministério da Saúde, 1997. 36p.
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