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UNIVERSIDADE TIRADENTES

PSICOLOGIA

CLÉCIA SILVA SANTOS


FRANCIELLE DA SILVA BRAZ
MARIANA ANDRELLI GONZAGA VIEIRA
TIMÓTEO LEVI TAVARES SILVA

ANÁLISE DO ESTRESSE OCUPACIONAL NA SAÚDE MENTAL DA EQUIPE


MULTIDISCIPLINAR
PROJETO DE PESQUISA

Aracaju SE
2019
CLÉCIA SILVA SANTOS
FRANCIELLE DA SILVA BRAZ
MARIANA ANDRELLI GONZAGA VIEIRA
TIMÓTEO LEVI TAVARES SILVA

ANÁLISE DO ESTRESSE OCUPACIONAL NA SAÚDE MENTAL DE EQUIPE


MULTIDISCIPLINAR
PROJETO DE PESQUISA

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso


Psicologia da Unit - Universidade Tiradentes,
para a disciplina Práticas de Pesquisa na Área
de Saúde, orientado pela Professora Doutora
Jamile Santana Teles.

Aracaju SE
2019
1. INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define “saúde” não apenas como a
ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e
social, trazendo um enfoque mais específico para a saúde mental, pode-se perceber
sua importância no desempenho de profissionais das mais diversas áreas, como por
exemplo os profissionais de saúde. Alguns autores abordam essa problemática de
forma categórica, trazendo todo o contexto da saúde no trabalho.

Machado (1997) estima que 80% dos médicos consideram o exercício da


profissão desgastante, causando níveis altíssimos de estresse nessa população,
assim contribuindo pra uma má qualidade na saúde mental desses indivíduos,
trazendo prejuízos tanto no desempenho profissional quanto em sua vida pessoal e
saúde. Qual o limite entre cuidar e ser cuidado? Como o profissional da Psicologia
pode intervir positivamente nesse contexto de saúde mental da equipe
multidisciplinar?

As funções de trabalho da equipe multidisciplinar no âmbito hospitalar são de


caráter estressantes e tem se amplificado significativamente devido ao volume de
pacientes e as precárias condições de trabalho vigentes na maioria dos serviços de
emergência da rede pública, o que tem gerado situações de hostilidade por parte
dos pacientes e familiares.

A pressão, o cansaço, esgotamento, a angústia, impotência, dores devido à


sobrecarga de trabalho acompanham frequentemente o dia a dia do profissional de
saúde, assim como o contato íntimo e frequente com a dor e o sofrimento, lidar com
a intimidade corporal e emocional, atendimento de pacientes terminais, lidar com
pacientes difíceis: queixosos, rebeldes e não aderentes ao tratamento, hostis,
cronicamente deprimidos, dentre outros. Esses intensos estímulos podem acarretar
em um aumento de sofrimento do ser humano, o que propicia ao surgimento do
estresse, até mesmo do burnout que é caracterizado pelo esgotamento físico,
mental e psíquico do indivíduo.

No Brasil, segundo dados que Machado (1997) expõe em seu livro “Os
médicos no Brasil: um relato da realidade”, fica claro a problemática a respeito da
profissão médica e que serve de base também para outros profissionais da saúde,
em que 80% dos médicos consideram a atividade médica desgastante, sendo os
principais fatores de desgaste: excesso de trabalho/multiemprego, baixa
remuneração, más condições de trabalho, responsabilidade profissional, área de
atuação/especialidade, relação médico-paciente, conflito/cobrança da população e
perda da autonomia. Esses fatores influenciam diretamente nos níveis de estresse
desse público e como consequência disso, ocorre um processo de falhas no
desempenho desses profissionais que acabam por se tornar prejudiciais para a
sociedade em geral. Diante dessa realidade, torna-se de extrema importância o
estudo e a discussão a respeito da saúde mental desses cuidadores para uma
transformação efetiva da realidade social e no âmbito da saúde para garantir um
bom acolhimento aos pacientes e seus núcleos familiares; pois a relação
profissional-paciente é essencial para a prática de acolhimento, tratamento e
recuperação mais eficiente.

De acordo com (GOMES, et al. 2012), habilidades socioemocionais são


fundamentais na opinião do paciente e contribuem para uma relação de cuidado e
confiança mútua entre profissional e ele. A motivação também é necessária no
espaço laboral pois é um fenômeno primordial para a capacidade de realização de
atividades eficazes para o ser humano; há também a concentração onde ocorre a
focalização da atenção que permite que os objetivos no ambiente de trabalho se
mantenham fixados e que os pensamentos secundários sejam afastados para que
não possam prejudicar os pensamentos primários ligados ao objetivo do tratamento
dos pacientes, e todos esses aspectos contribuem consideravelmente na redução
de erros dos profissionais. Em suma, o processo bem elaborado de saúde mental da
equipe multidisciplinar gera o bem-estar para todos os envolvidos nessa relação
profissional-paciente.
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
Verificar a influência dos níveis de estresse na saúde mental e no
desempenho dos profissionais da saúde.
2.2 ESPECÍFICOS
2.2.1. Caracterizar os fatores causadores do estresse na equipe
multidisciplinar.

2.2.2. Mensurar os níveis de estresse da equipe multidisciplinar.

2.2.3. Identificar possível relação entre níveis de estresse e saúde mental dos
profissionais no âmbito da saúde.

2.2.4. Demonstrar como a atuação do profissional da Psicologia contribui para


a saúde mental da equipe multidisciplinar.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Saúde Mental

A concepção da saúde enquanto ausência de doença, modelo biomédico,


continua a ser reafirmada pela prática da medicina contemporânea e pela
antropologia médica. A definição proposta pela OMS como "um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de
doenças", modelo biopsicossocial, está antiquado, pois esta definição tem sido
vista como algo irreal, utópica e desta forma a transforma em algo ideal,
inatingível. (OMS, 2001 apud CARVALHO, 2005).

A partir de uma perspectiva psicanalítica, Segre e Ferraz (1997) discutem


o conceito de saúde e avaliam que a definição proposta pela O.M.S. é “no
momento, irreal, ultrapassada e irrealista” (p. 539). Os autores explicam que não
seja apropriado propor uma definição superficial aos sujeitos, uma definição
pretensamente objetiva, pois cada ser humano propõe de uma maneira o que é
o seu bem-estar. Viver na civilização acarreta em condições de mal-estar e de
neurose, pertencente à própria vida social. Eles ainda mostram que a definição
está “ultrapassada”, na medida em que ainda mantém uma distinção entre os
planos físico, psicológico e social, quando a Psicanálise vem demonstrando a
continuidade existente entre as dimensões psíquicas e somáticas, o que conduz
à superação da dicotomia mente-corpo.

Quando se fala em ‘bem-estar’ já se englobam todos os


fatores que sobre ele influem: ou não está já suficientemente
‘sentido’ pessoalmente, e descrito em outras pessoas, que o
infarto, a úlcera péptica, a colite irritativa, a asma brônquica, e
até mesmo o câncer guardam profundos vínculos com os
estados afetivos dos sujeitos? (p. 540).

Com base nesse questionamento, nota-se que a definição da O.M.S. é


“unilateral” por considerar apenas um modelo para a qualidade de vida,
deixando de lado a infindável variedade que decorre da saúde e do bem-estar
enquanto questões subjetivas. É necessária uma perspectiva que englobe a
subjetividade e a autonomia inerentes aos seres humanos, para se poder
articular uma visão de saúde mais abrangente. Concluem Segre e Ferraz (1997):
“não se poderá dizer que saúde é um estado de razoável harmonia entre o
sujeito e a sua própria realidade?” (p. 542).

Essa definição de saúde também foi ampliada pela perspectiva da


normalidade com doença defendida por Canguilhem (1990), onde afirma que a
medicina, cuja prática é baseada em diagnosticar, tratar e curar para reinstaurar
a normalidade, não se interessa pelos conceitos de saúde e doença porque
estes lhe parecem excessivamente teóricos. Por esse motivo, a definição médica
de normal decorre de questões fisiológicas, criando um pensamento que impede
considerar a doença como uma nova forma de vida. Os modelos de doença e os
modos de adoecer são traçados pela patologia e pelos processos sociais de
normalização, contrastando com as inumeráveis e criativas maneiras de estar
sadio.

A definição de saúde mental ou saúde psíquica é ainda mais complicada


pois além de estar diretamente vinculada à questão do normal e do patológico
envolve a complexa discussão a respeito da loucura e todos os estigmas ligados
a ela. A saúde e a doença são singulares, ainda que influenciado por planos
individuais, como o cultural e o socioeconômico (CANGUILHEM, 1990).

A existência de uma pessoa inclui os erros, os fracassos, as privações, as


opções de vida, os desejos, as angústias existenciais, os desafios e as
contradições. Quando se cria um conceito de saúde que impede uma conexão
com a vida cotidiana, que exclui os transtornos, as possíveis aventuras e as
escolhas singulares, relacionando qualquer indivíduo que se distancia a um tipo
de crime e que mereça de um determinado castigo, está ao contrário de produzir
saúde, normatizando o comportamento.

Assim, o conceito de saúde demandaria ser reformulado, juntando as


oscilações da vida, inclusive a própria possibilidade do adoecer. A análise
poderia ficar mais centrada na capacidade de enfrentamento dos problemas. A
ideia de saúde como abertura ao risco (CAPONI, 2003) parece bem
interessante, isto é, o indivíduo poderia, a partir do contato com o enunciado
científico a respeito dos riscos e das doenças, levar uma existência listada por
uma negociação interna, pessoal, a respeito das escolhas "saudáveis" que
deseja realizar, desta forma a qualidade de vida é expandida e por
consequência há uma diminuição no adoecimento do profissional da saúde na
sua área de atuação.

Adoecimento no trabalho
Consequentemente, desde a década de 70 a qualidade de vida no trabalho
tem sido pauta importante entre acadêmicos e profissionais, visto que a
reestruturação produtiva vem causando o aumento nas ocorrências de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho que apresentam números alarmantes, em muitos
casos levando os trabalhadores a óbito. No setor privado as empresas têm
registrado um grande número de profissionais acometidos por DORT´s (Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), absenteísmo, rotatividade, além de
inúmeros casos de suicídios (FERREIRA, 2012). Segundo Jacques (2007) o número
de trabalhadores acometidos por agravos mentais tem crescido nos últimos anos.
De acordo com a World Health Organization (WHO, 1985), transtornos mentais mais
leves estão presentes em 30% dos trabalhadores ocupados e os transtornos
mentais graves, de 5 a 10%. O Ministério da Saúde (2001) baseando-se em
estatísticas do INSS afirma que os transtornos mentais ocupam a 3ª posição entre
as causas de concessão de benefícios previdenciários no Brasil.

Na Psicologia o modelo taylorista-fordista simbolizou o estabelecimento de


relações entre essa área do conhecimento com o universo do trabalho, objetivando
aplicar os conhecimentos e técnicas psicológicas ao convívio no ambiente laboral.
Essa aproximação se deu após estudos a respeito da fadiga causada pelo aumento
da produtividade (JACQUES, 2007).

A inserção do psicólogo nas equipes de saúde pública, nos vários


espaços institucionais como escolas, hospitais, organizações
empresariais, sindicatos, etc. e na clínica privada requer um
instrumental teórico e metodológico que lhe permita estabelecer o
nexo causal entre o trabalho e o adoecimento mental em acordo com
as regras da legislação brasileira. O campo da saúde do trabalhador
se mostra como um campo promissor para o exercício profissional da
psicologia e, ainda, não há uma adequada formação para atuar nesta
área, inclusive no que se refere à determinação do nexo causal.
(JACQUES, 2007).
Estabelecer o nexo causal entre a doença e a atividade exercida pelo
trabalhador tanto a atual como as anteriores é o marco inicial para o diagnóstico,
procedimentos terapêuticos corretos, para as ações de vigilância e para o registro de
informações acerca da problemática do adoecimento no trabalho. (JACQUES,
2007).

Efeitos do estresse na equipe multidisciplinar

Portanto, apesar de cada profissão conservar as características que lhes se


são próprias, é pertinente apontar que vários aspectos da atuação profissional em
saúde são compartilhados por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas
ocupacionais, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos; no que concerne à saúde
ocupacional, o sofrimento psíquico imanente ao trabalho é comum a todos esses
profissionais. Tornando-se necessário abrir mão do corporativismo e as rivalidades
profissionais (PITTA, 1991).

Da mesma forma, os aspectos sociológicos do trabalho, de falta de estrutura


que acarreta em péssimas condições de trabalho, de negligência e descaso que
comumente se trata a saúde é partilhado por todos os profissionais que laboram
neste setor, configurando um estado de insalubridade ocupacional que tem
implicações psicológicas relevantes no profissional e em sua relação com o
paciente. (MARTINS, 2003)

Ainda de acordo com o autor citado acima, é inerente ao trabalho clínico, a


exposição a poderosas radiações psicológicas emanadas do contato clínico com o
adoecer; e a síndrome do “burnout” ou síndrome do estresse profissional, definida
como uma resposta ao estresse emocional crônico intermitente, tem sido identificada
como uma situação experimentada por profissionais que desempenham atividades
em que está envolvido um alto grau de contato com outras pessoas. A síndrome do
“burnout” em profissionais da área de saúde é constituída por sintomas somáticos,
psicológicos e comportamentais.

As características mais relevantes dessa síndrome são: exaustão emocional,


despersonalização e sentimento de ineficácia profissional. Alega-se que as
dimensões da síndrome de burnout aparecem em sequência no decorrer do tempo.
Dessa forma desenvolve-se primeiro a exaustão emocional, depois a
despersonalização como uma maneira de enfrentar a exaustão e por fim, a baixa
resistência às demandas de trabalho, e consequentemente uma redução nos
sentimentos de realização pessoal (BROWN; GOSKE; JOHNSON, 2009 apud
GRACINO, et al.,2016, p.251).

Ainda como resultado do estresse e do esgotamento profissional acrescenta-


se o absenteísmo, rotatividade de emprego, deterioração da relação médico-
paciente e com os demais profissionais de saúde, mais pedidos de exames
complementares, aposentadoria antecipada e utilização de seguro por invalidez
(GRACINO, 2016).

Diante dessas demandas, a atuação do profissional psicólogo intervindo junto


a equipe multidisciplinar minimizando as consequências do estresse no ambiente
laboral e os efeitos para a vida social dos membros dessa equipe, far-se-á
imprescindível para a promoção e manutenção da saúde.

Intervenção do Psicólogo no estresse ocupacional


O trabalho em equipe multidisciplinar vem despertando um crescente
interesse no século 21 devido à grande aceitação do modelo biopsicossocial de
saúde (TONETTO; GOMES, 2007). De acordo com esse modelo, a definição de
saúde se dá pelo bem-estar físico, mental e social, em contraponto com o modelo
biomédico tradicional que interpreta a saúde como a ausência de doença
(ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 1996). Desse modo, de acordo
com Murta e Tróccoli (2004) o trabalho é uma das mais importantes atividades
humanas, tanto na provisão de várias necessidades básicas quanto na auto
realização, manutenção de relações interpessoais e sobrevivência. Entretanto é
também causador de adoecimento em casos que a atividade laboral traz fatores de
risco a saúde do trabalhador, principalmente em situações onde não há
disponibilidade de equipamentos de segurança que diminuam os riscos.

Dessa forma, os “fatores de risco psicossociais podem desencadear


estresse, entendido como uma reação complexa com componentes físicos e
psicológicos resultantes da exposição a situações que excedem os recursos de
enfrentamento da pessoa” (MURTA; TRÓCOLLI, 2004). Como resposta o organismo
humano reage às constantes mudanças do mundo para se adaptar, todavia, quando
os fatores de estresse se prolongam e as formas de lidar com a situação são
limitadas, esse estresse pode evoluir para casos de maior intensidade, deixando o
corpo vulnerável a diversas doenças. Sendo assim, as reações físicas e psicológicas
ao estresse vão resultar da herança genética, do estilo de vida e métodos de
enfrentamento que esse indivíduo possa utilizar, assim como a intensidade em que o
sujeito é exposto ao agente estressor (MURTA; TRÓCOLLI, 2004; LIPP, 1996).

Devido ao repertório deficiente de enfrentamento perante as excessivas


exigências do mercado de trabalho, é desencadeado o estresse ocupacional,
portanto, quanto maior a demanda e menor o controle, a probabilidade da ocorrência
de estresse e prejuízos à saúde do trabalhador tende a aumentar (CAHIL, 1996;
HURREL; MURPHY, 1996; THEORELL, 1999).

Desse modo, Murta e Trócolli (2004) afirmam que intervenções concentradas


na organização tem como objetivo a modificação dos fatores de estresse no
ambiente de trabalho; realizando mudanças na estrutura organizacional, nas
condições de trabalho, treinamento e desenvolvimento, participação e autonomia e
as relações interpessoais no trabalho. Porém as intervenções focadas no indivíduo
pretendem diminuir o impacto de riscos que já existem, desenvolvendo de forma
adequada o arsenal de estratégias de enfrentamento individuais do sujeito
(IVANCEVICH et al, 1990).

Programas focados no trabalhador buscam precisamente incrementar


os recursos individuais de enfrentamento ao estresse. Tais programas
se baseiam em orientações técnicas diversas: educação (ex.: causas
e manifestações do estresse), cognitivo-comportamental (ex.:
inoculação de estresse, reestruturação cognitiva, manejo de raiva e
terapia racional emotiva), treinamento em habilidades pessoais (ex.:
assertividade, manejo de tempo e negociação), redução de tensão
(ex.: relaxamento, biofeedback e meditação) e “multicomponentes”,
que consiste na combinação de abordagens e técnicas (MURTA E
TRÓCOLLI, 2004 apud BUNCE, 1997; MURPHY, 1996; REYNOLDS,
TAYLOR; SHAPIRO, 1993).

Entretanto, apesar dos esforços e atuação da psicologia na prática de


intervenção no trabalho, frequentemente, "essa atividade está desproporcionalmente
concentrada na redução de efeito ao invés da redução da presença de estressores
no trabalho" (KAHN; BYOSIERE, 1992, p. 623). Com isso, as intervenções atuais
consistem em um modelo de prevenção secundária e terciária de natureza reativa,
como por exemplo da psicoterapia individual para tratar do estresse ou as técnicas
de relaxamento. Ao contrário do que seria um modelo de prevenção primária que de
atuaria no tocante da eliminação os riscos e fatores que antecedem o evento
estressor. Desse modo, é importante que se tenha um novo olhar sobre as
metodologias de gerenciamento do estresse ocupacional, haja vista que a maioria
dos métodos utilizados seguem um padrão de variação suspeito, já que utilizam a
mesma intervenção para todos os sujeitos, portanto se faz necessário pôr em prática
uma avaliação sistemática de risco (inspeção de risco e análise de estresse) que
ajudaria na identificação dos fatores e grupos de risco (KOMPIER; KRISTENSEN,
2003).

Portanto, utilizar-se de estratégias de enfrentamento adequadas aumenta


assiduidade e intensidade de estados emocionais positivos, entre estes a
esperança, o bem-estar e a tranquilidade, tais sentimentos são determinantes na
saúde física, facilitando o funcionamento adequado do sistema imunológico,
favorece o empenho para realizar comportamentos saudáveis e melhora as relações
interpessoais (KIECOLT-GLASER; GLASER, 1992; SALOVEY, et al. 2000).
4. MÉTODO
4.1 Delineamento do Estudo
Trata-se de uma pesquisa aplicada, descritiva, experimental e de campo,
utilizando como base a avaliação psicológica para mensurar os níveis de estresse.

Pesquisa aplicada tem como objetivo a aplicação de toda a informação para a


construção de nos métodos, tecnologias e conhecimentos para a transformação da
sociedade atual. A pesquisa descritiva tem como característica básica a descrição
de um fenômeno estudado ou experiências, caraterística de uma população, dentre
outros. Já a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo,
selecionar variáveis que o influenciam e definir formas de controle e observação dos
efeitos nesse objeto. A pesquisa de campo diz respeito à observação, coleta, análise
e interpretação de fatos e dados diretamente da realidade do objeto de estudo,
também é responsável por definir objetivos e hipóteses da pesquisa bem como
instrumentos necessários para a coleta de dados. A avaliação psicológica é um
procedimento que visa avaliar por meio de instrumentos os diversos processos
psicológicos que compõe o sujeito.

4.2 Local
O levantamento dos dados foi realizado no Centro de Saúde Ninota Garcia,
clínica escola da Universidade Tiradentes (UNIT), que atende usuários de diversos
planos de saúde para tratamento fisioterapêuticos e é utilizado para estágio
curricular pelos acadêmicos do curso de Fisioterapia. Fica localizado no Bairro
industrial na avenida João Rodrigues, 200, Aracaju-SE.

4.3 Amostra
O público alvo da pesquisa consiste em graduandos do curso de Fisioterapia
da Universidade Tiradentes (UNIT), sendo 35 do sexo feminino e 5 do masculino,
que estão estagiando no Centro de Saúde Ninota Garcia e concordaram em
participar após serem devidamente esclarecidos sobre o viés do estudo.
4.4 Critérios de inclusão e exclusão
Foram incluídos na pesquisa todos os estagiários que estavam disponíveis no
momento da intervenção, os demais estudantes que no devido momento se
encontravam ocupados foram excluídos da amostra.

4.5 Instrumentos
4.5.1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Para a realização da pesquisa e da coleta de dados, foi utilizado o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para garantir a autenticidade do projeto,
a devida autorização dos dados coletados e a garantia ao participante da pesquisa
os seus direitos.

4.5.2 Questionário

Um questionário criado no programa Word foi utilizado, contendo os dados de


identificação dos participantes, cinco questões sendo três subjetivas e duas
objetivas, além do espaço para a Avaliação do Stress em Adultos.

4.5.3 Teste de Avaliação do Stress em Adultos

Foi utilizado o Teste Online de Avaliação do Stress em Adultos elaborado e


disponibilizado pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress que aborda sintomas
psicológicos, sintomas físicos e outros sintomas. Este instrumento permite verificar
se o que o indivíduo sente se parece com o que as pessoas estressadas relatam
sentir, caso as respostas se assemelham às delas, de acordo com o resultado, há
sugestões que podem ajudar no controle do estresse.

4.6 Procedimentos de coleta de dados

A temática do projeto de pesquisa foi definida no mês de fevereiro de 2019,


no período do mês de fevereiro a março foi realizado a pesquisa bibliográfica a
respeito do estresse ocupacional, a atuação do psicólogo hospitalar, saúde mental e
equipe multidisciplinar. A construção da introdução se deu do dia 27 de fevereiro a
06 de março, contendo a problemática, hipótese e justificativa do projeto em
questão. Posteriormente foram estabelecidos os objetivos da pesquisa dividido em
geral e os específicos. A partir do dia 13 ao dia 30 de março foi elaborada a
fundamentação teórica que foi dividida em saúde mental, adoecimento no trabalho,
efeitos do estresse na equipe multidisciplinar e intervenção do psicólogo no estresse
ocupacional. No dia 20 de março foi realizada uma visita ao Centro de Saúde Ninota
Garcia para o conhecimento acerca do centro, suas atividades, observação do
trabalho dos estagiários de Fisioterapia e possibilidade da realização prática de
coleta de dados. Do dia 24 de abril ao dia 11 de maio foi construído método do
projeto de pesquisa estabelecendo assim o delineamento do estudo, o local, a
amostra, os critérios de inclusão e exclusão, os instrumentos e os procedimentos de
coleta de dados. Em paralelo a elaboração do método foi realizada a caracterização
da instituição onde foi realizado a parte prática do projeto contendo histórico,
objetivos, estrutura física e organograma. Em 14 de maio foi efetuada a intervenção
do projeto de pesquisa onde foi realizada a coleta dos dados necessários por meio
do emprego do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), questionário e
aplicação do teste online de Avaliação do Stress em Adultos. No período entre o dia
15 de maio e 8 de junho foi realizado a construção dos resultados e considerações
finais da pesquisa, para a elaboração das ferramentas de análise foram utilizados os
programas Word e Iramuteq onde foram empregadas as informações colhidas do
questionário e da avaliação online do estresse aplicados a amostra.
5. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
5.1 Histórico
O Ninota Garcia foi inaugurado em 24 de junho de 1962 pelo então
Governador Luiz Garcia, foi dirigido pela família Garcia e mantido por meio de
convênios com a Secretaria de Educação e Saúde (SECS) e doações da União
Sergipana de Assistência (USA). Funciona desde 1996 como área de extensão da
Universidade Tiradentes (UNIT), usado para estágio curricular pelos discentes do
curso de Fisioterapia, agregando a formação através de atividades de observação,
atendimento individual e prática supervisionada.

5.2 Objetivo
O Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia surge com o objetivo de
recuperar os deficientes físicos atingidos pelas sequelas da paralisia infantil, educar
os deficitários físicos, cegos e surdos, manter escolas de cursos profissionalizantes,
promover meios de reeducação social e reemprego para os deficitários reabilitados e
promover educação pré-primária aos deficientes, uma função social importante no
estado de Sergipe, dado que atende um grande número de usuários, principalmente
do Sistema Único de Saúde (SUS), que são direcionados por médicos de várias
especialidades para tratamento fisioterapêutico.

5.3 Estrutura Física


Local de fácil acesso com ambiente climatizado, instalações físicas adaptadas
para as ações e equipamentos novos e modernos. O setor administrativo, é
composto pelo Gabinete do Diretor, a secretaria e a sala de reuniões. No setor de
tratamento e recuperação estruturado com o ginásio de fisioterapia, a sala de
hidroterapia, quartos de repouso, refeitório, gabinete médico, gabinete do psicólogo
e o gabinete do assistente social. O espaço funciona de segunda a sexta-feira, das
7h às 12h30min e das 13h30min às 18h30min.
5.4 Organograma
6. RESULTADOS
Para examinar os dados de identificação foi utilizado o cálculo de
porcentagem, com base nas informações dos questionários, a fim de descrever as
características dos sujeitos da amostra. Ainda foi produzido um gráfico para
representar o nível de estresse dos sujeitos, com base no teste de estresse em
adultos da Marilda Lipp.

O Iramuteq, software desenvolvido por Pierre Ratinaud, trata-se de um


programa informático gratuito, que permite diferentes formas de análises estatísticas
sobre corpus textuais e sobre tabelas de indivíduos por palavras; esse programa foi
operacionalizado para analisar o material verbal transcrito da entrevista realizada
junto a amostra, a respeito de como os indivíduos lidam com o estresse ocupacional.

Tabela 01- Dados Sociodemográficos dos entrevistados (Ninota/2019)

Categoria Frequência Porcentagem

20-30 38 95%
Idade
30-40 02 5%

Feminino 35 87.5%
Sexo
Masculino 05 12.5%

Ensino Superior 38 95%


Escolaridade Incompleto

Ensino Superior Completo 02 5%

Curso Fisioterapia 40 100%

Período 9° 40 100%

Todos os entrevistados estudam o 9° (nono) período do curso de fisioterapia,


pois somente a partir desse período, na iminência da formação, que os discentes
passam a estagiar no Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia; a maior parte da
amostra com faixa etária entre 20 - 30 anos, na primeira graduação, iniciando a vida
profissional. Observa-se ainda o predomínio da mulher, nesse recorte representativo
da carreira, em virtude da ascendência do sexo feminino.

Gráfico 01- Nível de Estresse em Estudantes de Fisioterapia (Ninota/2019)

No gráfico acima, a partir das respostas dadas ao teste disponibilizado pelo


Instituto de Psicologia e Controle do Stress, é possível inferir o nível de estresse
atingido pelos concluintes do curso de fisioterapia da universidade Tiradentes. Mais
da metade dos alunos se encontram na fase de quase exaustão e 25% deles estão
na fase de exaustão. A rotina de constantes seminários a serem apresentados
somados a falta de colaboração dos colegas na realização das tarefas e pacientes
resistentes ao tratamento, para os alunos, são as possíveis causas do elevado
esgotamento físico e mental.

Gráfico 02- Vocábulos utilizados pelos Estudantes de Fisioterapia


(Ninota/2019)
O gráfico nuvem de palavras gerado pelo Iramuteq apresenta os vocábulos
que mais foram utilizados pelos entrevistados no preenchimento do formulário;
quanto maior a frequência, mais destaque a palavra irá ter na nuvem e quanto maior
a proximidade entre elas, maior a relação. Analisando o gráfico nuvem da amostra
tem-se como as palavras mais evocadas pelos entrevistados os termos “cansado”,
“respirar”, “profundo”, “sobrecarregar”, “irritado” e “nervoso”. Então para essa
amostra verificou-se que estar cansado é condição habitual dos alunos no Centro de
saúde Ninota Garcia; e como consequência desse esgotamento a irritação, o
nervosismo e a tensão são frequentes no dia-a-dia do estágio na clínica. Na
tentativa de amenizar esse estado íntimo e poder lidar com as situações
corriqueiras, os estudantes utilizam as técnicas de respirar fundo, pensar positivo e
contar até dez, buscando um breve alívio das tensões diárias que fazem parte da
rotina acadêmica.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Examinando os resultados do questionário e do teste constatou-se um alto
grau de estresse dos alunos, onde mais de 75% dos estudantes encontram-se entre
as fases de quase exaustão e exaustão. A falta de colaboração dos colegas, ter que
lidar com pacientes que não aceitam o tratamento e sobretudo os constantes
seminários, que são apresentados após as horas de estágio, são fatores que
contribuem sobremaneira para esse nível elevado de esgotamento físico e mental
dos concluintes do curso de fisioterapia da universidade Tiradentes.

Diante dos fatos evidenciados no decorrer da pesquisa em questão, nota-se a


grande importância do trabalho do profissional da psicologia em conjunto com a
equipe multidisciplinar, pois a atuação da psicologia na modificação dos fatores de
estresse no ambiente do trabalho promove estratégias de enfrentamentos eficazes,
bem-estar, melhoria nas relações interpessoais, controle emocional, melhoria na
saúde física e mental, dentre outros benefícios observados na equipe
multidisciplinar.

Como sugestão para aliviar o estado de quase exaustão de praticamente


totalidade da turma do nono período do curso de fisioterapia da UNIT propõe-se que
sejam realizadas intervenções junto aos alunos, que poderão ser realizadas pelos
graduandos do curso de psicologia da própria universidade Tiradentes, com
aplicação e ensino de técnicas que auxiliem aos discentes a lidar com o estresse
ocupacional promovendo saúde mental para estes, conhecimento para aqueles e
aprendizado para todos.
ANEXO I
QUESTIONÁRIO
ANÁLISE DO ESTRESSE OCUPACIONAL NA SAÚDE MENTAL DA EQUIPE
MULTIDISCIPLINAR
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Nome: _________________________________________________________

Idade: _______ anos Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Escolaridade: ___________________________________________________

Curso: _________________________ Período: ________________________

QUESTÕES:

1. Em quais situações no trabalho você se sente estressado?

__________________________________________________________________________
____________________________________________________

2. Depois de uma situação estressante no trabalho como você se sente?

__________________________________________________________________________
____________________________________________________

3. Quais estratégias você utiliza para lidar com o estresse no trabalho?

__________________________________________________________________________
____________________________________________________

4. Quando você se sente estressado quais sintomas são apresentados?


Especifique.

( ) Emocionais ________________________________________________
( ) Físicos____________________________________________________

( ) Comportamentais___________________________________________

5. Como você avalia a atuação do psicólogo na intervenção do estresse?

( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Ótimo ( ) Excelente

AVALIAÇÃO DO STRESS EM ADULTOS (IPCS):

http://www.estresse.com.br/auto-avaliacao-online/avaliacao-de-stress-em-adultos/

Resultado: ______________________________________________________

ANEXO II
TCLE - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ____________________________________________________________
abaixo assinado, aceito participar do processo de Avaliação Psicológica realizada
pelos estudantes de Psicologia referente às disciplinas Práticas de Pesquisa na Área
da Saúde e Psicologia Social, sob a supervisão das professoras Dra. Jamile
Santana Teles e a Dra. Maria do Socorro Sales Mariano. Fui devidamente informado
(a) que não é previsível riscos e desconfortos. E que tenho a liberdade de retirar o
meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem que
me acarrete nenhum dano ou prejuízo. Concordo que os dados colhidos nesse
estudo podem ser publicados em revistas científicas, com o intuito de fomentar
conhecimento sobre a temática estudada.
Aracaju, ___ de ____________ de 2019.

___________________________________________________
Assinatura do(a) voluntário(a)
ANEXO III

Teste Psicológico em Adultos Marilda Lipp


REFERÊNCIAS
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