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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................ 41
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1 INTRODUÇÃO
Prezado Aluno!
Bons Estudos!
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2 SAÚDE MENTAL
Fonte: perftracker.com.br
A OMS define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental
e social, e não apenas a ausência de doenças". Essa definição tem sofrido várias
críticas, pois defini-la desta forma faz dela algo ideal, inatingível. Alguns autores
defendem que essa definição teria viabilizado uma medicalização da existência
humana, assim como abusos por parte do Estado a título de promoção de saúde
(OMS, 2001; Caponi, 2003; Carvalho, 2005).
Caponi (2003), embasada nas ideias de Canguilhem (1990), afirma que além
deste caráter utópico e subjetivo, a definição da OMS consente o emprego do conceito
para legitimar estratégias de controle e exclusão de tudo aquilo que for consideramos
como fora do normal, indesejado ou perigoso.
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Canguilhem (1990) mostrou em “O normal e o Patológico” que a medicina
explica suas enfermidades como desvios em relação a uma média estatística que
indica a frequência deste fenômeno na população em geral, sendo o tratamento um
processo de normalização. Caponi (2003) afirma que o conceito de normal é duplo,
isto é, de um lado se refere à média estatística e de outro transforma-se num conceito
valorativo ligado ao que é considerado desejável em um determinado momento
histórico numa determinada sociedade.
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2.1 Determinantes Da Saúde Mental
Fonte: Ims.Uerj.Br
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da mulher. A discriminação sexual e/ou a violência de gênero são preditores negativos
de saúde mental e física e estão correlacionados positivamente com a somatização
do mal-estar psíquico e sofrimento psicológico.
Idade: a idade tem grande preponderância nos padrões de regulação hormonal
e nos comportamentos de saúde e de risco. As faixas etárias dos adultos emergentes
estão associadas taxas altas de consumos substâncias psicoativas, comportamentos
de risco, acidentes de viação e primeiros surtos psicóticos. Além disso, é na
adolescência e adultícia emergente que várias perturbações mentais se declaram.
Sabe-se também que em termos mundiais os problemas de saúde mental em jovens
dos 18 aos 24 anos têm uma prevalência de 10 a 20% (APA, 2013).
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As experiências traumáticas durante a infância predizem ansiedade social e
depressão; na adolescência foram associadas ao risco de suicídio e a baixa
autoestima. O sofrimento que emerge das relações de violência afeta a capacidade
de resolver problemas e a sensibilidade da vítima para sentir interesse e empatia
consigo e com os outros. Por oposição, as circunstâncias familiares favoráveis
(vinculação, relações estáveis e afetivas com as figuras parentais, funcionamento
harmonioso do ambiente familiar) são promotores do potencial saudável de todos os
membros.
Por outro lado, a doença mental contribui para perpetuar os ciclos da pobreza,
provocando a degradação do ambiente familiar, que por sua vez alimenta as
experiências negativas precoces, a discriminação sexual e a violência de gênero. Os
estudos têm demostrado que o desemprego, a precariedade e a insatisfação ou stress
laboral têm igualmente uma importante influência sobre doença, a vulnerabilidade e a
mortalidade precoce, podendo mesmo conduzir ao suicídio. Por oposição, a
estabilidade e satisfação laboral associa-se ao bem-estar e a melhores níveis de
saúde mental.
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2.1.4 Determinantes Comportamentais
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Nesta perspectiva, certos comportamentos durante esta etapa não serão
necessariamente problemas de saúde mental, correspondem pelo contrário a um
comportamento usual para esta etapa. No entanto, comportamentos de risco
reiterados podem causar danos consideráveis na saúde, prejudicando seriamente o
seu desenvolvimento saudável. A evidencia mostra que o consumo de substâncias
psicoativas são os determinantes comportamentais de risco mais comuns.
Consumo de substâncias psicoativas: as substâncias psicoativas ou
psicotrópicas (tabaco, álcool fármacos e outras drogas) modificam as funções
sensoriais, o humor e o comportamento do indivíduo. Designadas de lícitas/legais ou
ilícitas/ilegais, do ponto de vista legal, é fisiologicamente que estas substâncias mais
se diferenciam, dado que atuam a nível do sistema nervoso central como depressores,
estimulantes ou perturbadora. Razão pela qual se compreende que o seu efeito, mais
ou menos nocivo, dependa do tipo de consumo: experimental (período curto- baseado
na curiosidade); situacional (usado para gerir um problema pontual); intensivo
(consumo é diário) e compulsivo (consumo intensivo e dependência extrema). Não
obstante, independentemente das razões ou do tipo, todos os consumos têm efeitos
nefastos na saúde.
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2.2 A Investigação no Domínio Da Saúde Mental
Fonte: saudemais.tv
Nas últimas décadas, tem sido produzida muita investigação baseada num
modelo de saúde mental assente num constructo de estrutura bidimensional,
combinada numa lógica de continuum. A utilidade desta estrutura tem sido
amplamente explorada, com base em duas dimensões:
Dimensão negativa ou distresse psicológico - afeto negativo, é um estado geral
pouco específico, que num contínuo não é suficientemente intenso para ser designado
de perturbação, isto é, é uma resposta não específica do organismo para gerir
qualquer tensão ou exigência sobre ele. Quando essa tensão ou estresse é
cognitivamente reconhecido como uma condição adversa, desagradável ou perigosa
é ativada uma tentativa de evitamento ou fuga dessa mesma situação, surgindo o
distresse psicológico.
3 QUEM É O ADULTO?
Fonte: dicio.com.br
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Normalmente, quando jovem, há aquela idealização de que nessa etapa do
ciclo seja o momento pleno para a realização de fantasias e sonhos do indivíduo.
Ainda há aquela ideia de ser um período onde estabelece a responsabilidade e
autonomia plena de seus atos, emprego, independência financeira, entre outras
possibilidades agradáveis. De fato, o adulto vivencia, no seu dia-a-dia, além disso
muitas outras situações, pois assim como tem as gratificações, o reconhecimento, o
sucesso e as alegrias, o adulto também se depara com dificuldades em sua jornada
existencial e apresenta momentos de instabilidades no seu modo de ser e de viver.
Para Souza (2007), existe mais de uma categoria de adulto e ele cita três:
1ª – aqueles que se comportam como pessoa equilibrada e estável;
2ª – sujeitos em desenvolvimento, em atitude de experimentação, de
progressão, de formulação de desejos e concretização de projetos, com etapas a
percorrer e objetivos a cumprir;
3ª – adultos que têm de lidar com o imprevisto, o risco, a exclusão, a
desestabilização e a inexistência de quadros de referência.
A faixa etária que vai determinar se aquele indivíduo já é considerado adulto
depende da cultura. É possível verificar que em algumas culturas africanas, por
exemplo, todo aquele acima de 13 anos é identificado como adulto, entretanto na
maioria das demais civilizações essa idade ainda é caracterizada como adolescência.
Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) o fim da adolescência
ocorre aos 18 anos, e como no Estatuto do Idoso (2003) a pessoa idosa é definida
como aquela que tem 60 anos acima, fica subentendido a idade adulta de 19 aos 60
anos.
Para Silva (2004), a vida adulta compreende três períodos:
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I- Adulto jovem, para a faixa etária entre 19 e 21 anos;
II- Adulto, para a faixa etária de 22 aos 44 anos;
III- Meia-Idade, para as pessoas que possuem idade entre 45 e 60 anos.
Nos dias atuais, embora o jovem adulto seja independente, tanto financeira
como emocionalmente, muitos ainda preferem morar com os pais e ainda prolongam
seu período de estudos.
Como citado por Piancastelli, Di Spirito & Flisch, essa fase adulta traz ciclos
importantes onde há consolidações daqueles objetivos e inspirações de vida, mas traz
ainda uma fase de transições subjetivas e sociais importantes como, exemplos:
– Não ser filho
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– Ser pai
Não ser funcionário
– Ser chefe.
Piancastelli, Di Spirito & Flisch, também falou sobre a última fase adulta:
Existem aqueles que assimilam essa fase com certo desconforto, pois o
processo de envelhecimento torna-se mais difícil, uma vez que se processam
importantes transformações na imagem corporal, familiar e social, por exemplo: a
autoestima corporal passa por adaptação devido à alteração da força física; há
também o confronto entre a figura de avô e as aspirações profissionais, bem como a
realidade do mercado de trabalho (PIANCASTELLI, DI SPIRITO & FLISCH, 2013).
Assim como nas demais fases anteriores, homens e mulheres se adaptam de
maneira diferente a cada etapa da vida adulta e nesse caminhar, vive o constante
equilíbrio-desequilíbrio do processo saúde-doença, companhia constante de todo os
indivíduos.
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3.1 Saúde do Adulto
Fonte: unimedpoa.com.br
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psíquica pode tomar contorno de transtornos mentais. Para muitos adultos,
essas condições são oportunidade para rever o modo de vida adotado
(PIANCASTELLI, DI SPIRITO & FLISCH, 2013).
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mulheres, não buscam por adesão a tratamentos, conforme escreveu Piancastelli, Di
Spirito & Flisch:
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3.2 Saúde Mental do Adulto
Fonte: google.com.br
Villar (2015) informou que 14% da carga mundial de doenças foram atribuídas
às doenças neuropsiquiátricas, onde a maioria de natureza cronicamente
incapacitante como a depressão e outros transtornos mentais comuns (transtornos
neuróticos, somatoformes e os relacionados ao estresse), as doenças por uso de
álcool e outras substâncias psicoativas e as psicoses.
Há uma associação entre a infecção com HIV e saúde mental precária, vários
mecanismos podem estar implicados; além do trauma psicológico da tomada de
consciência do diagnóstico, a infecção por si só afeta o SNC, isso porque o vírus é
neurotrópico e o SNC é um local propício para se instalar e há pouca penetração das
drogas antirretrovirais. Manifestações neurológicas acometem de 40% a 70% ou mais
dos pacientes portadores. A natureza das alterações é muito variada o determinante
mais relevante da susceptibilidade é o grau de imunossupressão.
Chisto esclareceu sobre essa associação entre a infecção com HIV e saúde
mental precária:
Ainda de acordo com Chisto, “os mecanismos que levam ao dano cognitivo,
ainda não são totalmente conhecidos. O HIV pode permanecer latente no SNC por
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muitos anos e sua mera presença pode levar a déficits sutis no funcionamento”
(CHISTO, 2010).
Sobre os efeitos do álcool, Villar, declarou que “o beber de risco é um padrão
de consumo de álcool que aumenta o risco de problemas físicos e psicológicos,
enquanto que no padrão de consumo nocivo esses riscos já estão presentes”
(VILLAR, 2015). A autora citou, ainda, sobre as recomendações da OMS sobre o
consumo de álcool considerado considerável ao ser humano: cabe ressaltar que
segundo recomendação de consumo semanal pela OMS para homens não se indica
mais que 14 doses, ou seja, 140 gramas de álcool por semana e para as mulheres a
dose recomendada são de 7, que alcança a marca de 70 gramas de álcool.
O álcool afeta uma série de neurotransmissores cerebrais, tais como o sistema
glutamatérgicos, opiáceis, gabaminérgicos, dopaminérgicos e serotaninérgicos
(CHASTAIN, 2006). A ativação desses sistemas provoca a tolerância e, quando em
ingestão contínua, a dependência.
Em última análise, esses diversos efeitos no cérebro levam à dependência das
drogas psicotrópicas mais difíceis de tratar e desafiam os profissionais a escolher
intervenções que se comprovam cada vez mais eficazes na redução ou interrupção
do uso álcool.
Villar (2015) também mencionou a respeito dos Transtornos de Humor que
atingem o indivíduo em sua vida adulta. A autora destacou o Transtorno Bipolar, a
Distimia, o Transtorno do Humor no ciclo Gravídico Puerperal e p Transtorno Afetivo
Sazonal.
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4 ENVELHECIMENTO HUMANO: TRANSFORMAÇÕES EM PROCESSOS
Fonte: diariodamanha.com
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representações, limitando-as às fases negativas da vida (MAIA, CASTRO E JORDÃO,
2010, apud BERNARDINO, 2013).
Portanto, todas as afirmações que podem ser estabelecidas nunca serão
suficientes para descrever a verdadeira condição do idoso, até porque se anunciam
os conhecimentos e os campos de pesquisa relacionados ao processo de
envelhecimento humano, envolvendo uma ampla gama de métodos (PRADO & SAYD,
2006). No entanto, é necessária uma definição de entendimento mútuo em termos de
comunicação. Portanto, a Organização Mundial da Saúde - OMS designa idosos com
mais de 65 anos nos países desenvolvidos e idosos com mais de 60 anos nos países
em desenvolvimento (CARVALHO & DIAS, 2011).
Deve-se ressaltar que, até recentemente, a psicologia do desenvolvimento
focalizava apenas a infância e a adolescência e acreditava que a velhice voltaria à
infância, de modo que a visão circular foi geralmente adotada. No entanto, a visão
mais linear de que o envelhecimento é a evolução do nascimento à morte deve ser
interrompida (OLIVEIRA, 2005). Ou seja, um método de longa duração pode transmitir
a melhor compreensão do processo de envelhecimento, resolver o problema de "toda
a vida" e aderir ao fato de que profundas mudanças psicológicas são observadas ao
longo dos estágios para se desenvolver simultaneamente. Ao longo de todo o ciclo de
vida (BORRALHO, 2010).
Segundo Fernandes (2002, apud BERNARDINO, 2013), o envelhecimento é
contínuo, embora se torne mais pronunciado nas fases finais da vida humana, e
devido ao sexo, estado civil, viver em meio rural ou urbano, se houver filhos, ativo ou
inativo, ou seja, fatores de natureza genética, ambiental, socioeconômica ou
profissional. É considerado um processo cumulativo, torna-se irreversível, universal,
não patológico e nele ocorre degradação dos organismos maduros, o que pode
resultar na incapacidade dos indivíduos de realizar determinadas atividades. O que se
segue é que isso não significa necessariamente doença, pois muitos idosos
conseguem manter a saúde até a velhice (TIER, FONTANA & SOARES, 2004).
Ainda estão sendo feitas tentativas para estabelecer padrões de
envelhecimento para definir categorias distintas para distinguir os processos de
envelhecimento. Busse (1969 apud BERNARDINO, 2013) primeiro dividiu o
envelhecimento em dois tipos, um é as alterações internas e irreversíveis causadas
pelo envelhecimento, e o outro é o envelhecimento secundário causado por doenças
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relacionadas ao envelhecimento, mas é reversível ou possível método de prevenção.
Birren e Schroots (1996 apud BERNARDINO, 2013) acrescentaram posteriormente
um terceiro tipo, o terceiro nível de envelhecimento, que se refere às mudanças que
ocorrem rapidamente na velhice. Isso também pode ser chamado de declínio terminal,
porque significa que ainda haverá um declínio acentuado antes da morte (AMADO,
2008).
Segundo Birren & Cunningham (1995 apud BERNARDINO, 2013), as seguintes
categorias de idade são consideradas igualmente benéficas:
Idade Biológica - refere-se a um importante sistema do corpo humano, o que
é especialmente importante quando se considera os problemas de saúde que afetam
os indivíduos, pois pode-se verificar que a capacidade de autorregulação das funções
do sistema varia com diminuição ao longo do tempo;
Idade Psicológica - se refere às habilidades mentais que as pessoas usam
para se adaptar às mudanças na natureza do ambiente, incluindo percepção,
cognição, motivação, memória, inteligência e outras habilidades que apoiam o
controle pessoal e a autoestima.
Idade Sociocultural - refere-se à coleção de papéis sociais específicos que os
indivíduos assumem em relação aos demais membros da sociedade e de acordo com
a cultura a que pertencem, sendo julgada com base em comportamentos, hábitos e
relações interpessoais (GONÇALVES, 2010; VAZ, 2009).
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4.1 Implicações do Processo de Envelhecer
Fonte: f5.folha.uol.com.br
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envelhecem, e devido ao declínio da produtividade, as mudanças sociais são notórias,
principalmente a força física e econômica (SANTOS, 2010).
É importante observar que as mudanças no processo de envelhecimento
afetarão os hábitos alimentares do indivíduo, tais como: papilas gustativas reduzidas
e paladar prejudicado; olfato e visão reduzidos; redução da saliva e secreção gástrica;
mastigação devido à falta de dentes ou uso de próteses inadequadas Fracasso;
reduzir os movimentos intestinais e reduzir a sensibilidade à sede. A ingestão de uma
variedade de medicamentos acabará afetando o apetite, a absorção e a absorção de
nutrientes, levando a um risco maior de desnutrição entre os idosos, especialmente
entre os institucionalizados. Além das mudanças físicas descritas, doenças mentais
(como depressão) e demência (como demência) causadas por rejeição social, solidão
e abandono podem dificultar a ingestão de alimentos e afetar o estado nutricional dos
idosos (SEGALLA & SPINELLI, 2011).
No entanto, o envelhecimento humano não é apenas uma questão populacional
(DÍAZ, 2005 apud BERNARDINO, 2013; VAZ, 2009; LUPPA, LUCK, KONIG,
ANGERMEYER & HELLER, 2012), mas antes de tudo é um fenômeno mais complexo
que envolve aspectos socioculturais, políticos e sociais. Fatores econômicos que
interagem de forma dinâmica e permanente com as dimensões biológicas e subjetivas
do indivíduo. Ou seja, a reforma do regime de pensões, o aumento dos planos de
segurança social e das instituições de apoio aos idosos são indicadores de
preocupação social e de adaptação ao fenómeno do envelhecimento. A Organização
Mundial da Saúde define saúde como um estado de bem-estar físico, mental e social,
não apenas a ausência de doença ou enfermidade. Essa definição reflete o conceito
geral de saúde, que reconhece não apenas os aspectos físicos do envelhecimento,
mas também os aspectos sociais e emocionais do envelhecimento. (CARVALHO &
DIAS, 2011).
Hoje, além de desejar viver muitos anos, preocupa-se também com a saúde e
o bem-estar dos idosos, que não é apenas um problema de prevenção de doenças,
mas também de proporcionar uma vida feliz com qualidade. Conforme Carvalho &
Dias (2011), possui
- Habilidades Físicas;
- Habilidades Funcionais;
- Habilidades Mentais;
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- Habilidades Psicológica,
- Habilidades Sociais.
O envelhecimento humano envolve uma série de mudanças nos processos
físicos, psicológicos, sociais e culturais (COSTA et al., 2009). Nessa fase de
desenvolvimento, a distinção entre envelhecimento normal e patológico é difícil de ser
compreendida (BANHATO et al., 2009).
De acordo com Paulo & Yassuda (2010),
Envelhecimento Normal – pode ser acompanhado por declínio em algumas
habilidades cognitivas, que incluem alterações na memória e nos recursos de
processamento de informações, bem como prejuízos na memória episódica e nas
funções cognitivas.
Envelhecimento Patológico – A ocorrência de doenças crônicas,
cardiovasculares, da circulação sanguínea, da pressão arterial, dos ossos e das
articulações são mais comuns, como demência e depressão, são mais comuns nessa
fase.
No Brasil, devido ao processo acelerado de transição demográfica, um
envelhecimento populacional começou a ser observado na década de 1970. No início
do século passado, o grupo representado por menores de 15 anos representava cerca
de 45% da população total, enquanto os idosos representavam apenas 2,5%
(CHAIMOWICZ, 1997).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2019), o Brasil
tem atualmente 28 milhões de pessoas na faixa etária de 60 anos, correspondendo a
13% da população do país. De acordo com o Projeto Populacional divulgado pelo
IBGE em 2018, esse percentual dobrará nas próximas décadas.
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Fonte: censo2020.ibge.gov.br
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5 QUEM É A PESSOA IDOSA?
Fonte: elsi.cpqrr.fiocruz.br
“Idoso” é um termo que indica uma pessoa com uma vivência traduzida em
muitos anos. Em geral, a literatura classifica, didaticamente, as pessoas acima de 60
anos como idosos e participantes da Terceira Idade (KARA-JOSÉ, BICAS &
CARVALHO, 2001).
Recentemente, o referencial atingiu os 65 anos, principalmente em função da
expectativa de vida e das tentativas de início da idade de aposentadoria prevista em
lei. Porém, atualmente, alguns estudiosos estão considerando a existência de uma
“Quarta Idade” que englobaria pessoas com 80 anos. De acordo com algumas
estimativas, no ano de 2020, esta faixa etária alcançaria uma representatividade
considerável com cerca de 4,5 milhões pessoas.
De acordo com Weineck (1991), a Organização Mundial de Saúde subdivide a
fase do idoso em três estágios:
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I. Idoso (a): 60 a 74 anos;
II. Ancião: 75 a 90 anos;
III. Velhice extrema: 90 anos em diante.
Machado (2019) informou que desde 2016, o Brasil tem a quinta maior
população idosa do mundo, com mais de 28 milhões de pessoas com 60 anos ou
mais. Representando 13% da população do país, que já tem ultrapassado a marca
dos 210 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
cenário segue uma tendência mundial: segundo a OMS, os idosos poderão somar
dois bilhões até 2050, correspondendo a um quinto da população mundial, atualmente
estimada em 7,7 bilhões (MACHADO, 2019).
A autora explanou sobre essa declaração do IBGE:
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estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte” (OPAS,
2003).
O envelhecimento pode ser abarcado como um processo natural, onde há a
senescência – diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos, que em
condições normais, não costuma provocar qualquer problema. Todavia, em condições
de sobrecarga como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode
ocasionar uma condição patológica que requeira assistência, ou seja, a senilidade.
É válido destacar que certas alterações decorrentes do processo de
senescência podem ter seus efeitos minimizados pela assimilação de um estilo de
vida mais ativo.
Portanto, parte das dificuldades das pessoas idosas está mais relacionada a
uma cultura que as desvaloriza e limita.
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5.1 Saúde da Pessoa Idosa
Fonte: jornalabigornaavare.com.br
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Dentro do grupo das pessoas idosas, os denominados "mais idosos, muito
idosos ou idosos em velhice avançada" (idade igual ou maior que 80 anos),
também vêm aumentando proporcionalmente e de forma muito mais
acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos
tempos, 12,8% da população idosa e 1,1% da população total. A figura 2
mostra a projeção de crescimento dessa população em um período de 70
anos, permitindo estimar o impacto dessas modificações demográficas e
epidemiológicas (BRASIL, 2006).
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5.2 Saúde Mental do Idoso
Fonte: salutemplus.com.br
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Nos idosos, a depressão geralmente assume a forma leve ou incompleta.
Portanto, pode ser confundido erroneamente com os sintomas de outras doenças, ou
mesmo considerado um aspecto comum do envelhecimento.
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A queixa de insônia frequentemente é relatada pelo idoso e pela família: “–
Ele está dormindo pouco...”. Idosos têm, realmente, mais motivos que os
adultos para dormir menos tempo (opa!!, isto não entra na definição de
insônia!!). Muitas vezes as causas são hábitos inadequados como, por
exemplo, dormir durante o dia. Elevado número de casos, no entanto, está
associado à iatrogenia medicamentosa: pacientes que se tornaram
dependentes de benzodiazepínicos (CHAIMOWICZ e col., 2013).
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que deverá ser descoberta e tratada o mais rápido possível. (CHAIMOWICZ
e col., 2013).
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6 REFERÊNCIAS
41
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