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ABSTRACT: Mental health in contemporary times is a prominent topic, with broad repercussions
in academic and media discussions, showing its importance and relevance, as well as the impact on
the lives of all subjects. The justification is found once the emotional context of these workers and
their routines are analyzed, which require a certain preparation and competence to manage their
emotions and feelings allied to the day-to-day of emergencies and constant tensions. The article
sought to answer the question of what mechanisms do health professionals use as a way of coping
with adverse day-to-day conditions to maintain their mental health? The methodology of the present
work aimed to understand this theme of resilience in health through the analysis of materials
published in virtual libraries in the health area, using as descriptors: resilience, health professional,
stress, hospital environment. Through the discussions found, it was possible to show that stress in
the work environment, along with the tensions of the urgency and emergency routine can trigger
emotional and psychological problems, as well as psychosomatic diseases. It is concluded, therefore,
that resilience is a skill, as well as a human resource for the good development and maintenance of
the mental health of the health professional.
INTRODUÇÃO
aquilo que se tem como conhecimento popular e aquilo que se entende e estuda dentro do
conhecimento cientifico sobre o que é saúde.
Para isto, é fundamental que o ACS tenha uma sólida formação geral e
profissional que o possibilite reconhecer e compreender as necessidades e as
práticas das comunidades, dialogar com seus conhecimentos e,
confrontando-os com a ciência, contribuir para a garantia do direito a saúde.
Se lembrarmos que o ACS compõe uma equipe multiprofissional formada por
um médico, um enfermeiro (profissionais de nível superior) e um auxiliar de
enfermagem (profissional que deve ter concluído, pelo menos, o ensino
fundamental), veríamos que a divisão do trabalho na sociedade capitalista
reservou aos primeiros o domínio dos conhecimentos científicos,
proporcionado pelo acesso aos níveis superiores de ensino e ao mundo da
ciência. A estes, na maioria das vezes, compete o trabalho intelectual, como,
por exemplo, a análise das situações, a realização de diagnóstico, a
proposição e/ou a prescrição de soluções, o planejamento e a gestão do
trabalho, dentre outras. Aos auxiliares, por terem uma formação de nível
intermediário, competem as tarefas também intermedirias, que
compreendem saberes procedimentais e alguns saberes teóricos
instrumentais aos procedimentos. Por fim, sob esta lógica, aos ACS
competiriam as tarefas mais elementares determinadas por seus superiores
(RAMOS, 2007, p.42).
Quando observado tal fenômeno sobre a ótica da psicologia analítica de Carl G. Jung
(1875-1961), se nota que corpo e mente são uma só parte, logo, é a partir da construção da
psique que se dará também a corporal, de modo que se pode associar que o adoecimento de
uma, resultará no adoecimento da outra, ou seja, no todo, mente e corpo. Esse fenômeno é
denominado de conflito no sistema somático, onde se tem que a doença é um símbolo, e esse
só seria possível de compreensão quando da consideração do sujeito em sua totalidade. Por
assim ser, “toda e qualquer doença tem uma expressão no corpo e na psique
simultaneamente” (RAMOS, 2006, apud DE SOUZA, PEGORARO, 2009, p.76). A busca por
profissional qualificado pode variar de acordo com a demanda do sujeito, o que,
cotidianamente na vida dos psicólogos é chamado como psicossomático é o que leva muitas
pessoas a procurarem sempre por ajuda médica ou invés de psicológica, o que vem para
reforçar a dissociação de mente-corpo (SAIDEL, 2020). Diversos sintomas físicos
representam problemas emocionais e psicológicos, tais quais as ansiedades, a insônia, a
fadiga, dores de cabeça crônicas, problemas estomacais e até mesmo intestinais (DE SOUSA,
2021). Por saúde mental se entende a habilidade e capacidade do sujeito em reconhecer o
seu próprio bem-estar, administrar o estresse do dia-a-dia, sendo capaz de trabalhar de
forma produtiva e contribuindo positivamente para a sociedade (MARTINS, 2022). Como
se sabe, um indivíduo é composto também do meio em o mesmo habita, é influenciador e é
influenciado na mesma proporção, assim, seu ambiente laboral também irá influenciar na
qualidade de vida e de saúde desse. Segundo De Medeiros (2020), o estresse quando advindo
do ambiente laboral está ligado à uma falta de habilidade em conseguir se adaptar aos
serviços daquela função que exerce. A autora acrescenta ainda que existe um determinado
ambiente de trabalho onde há maior dominância de estresse e adoecimento psíquico
emocional, sendo ele o ambiente hospitalar (DE MEDEIROS, 2020).
No contexto hospitalar há a vivência de diversos casos, pessoas, histórias de vidas e
graus de vinculação com cada paciente, há uma ligação clara e concreta entre profissional e
paciente. Pesquisas realizadas na área da saúde com profissionais que atuam em linhas
hospitalares evidenciam “exaustão física e mental, dificuldades na tomada de decisão e
ansiedade pela dor de perder pacientes e colegas” (MARTINS, 2022, p.9) além do medo e
dos perigos da profissão, que envolvem riscos de infecção e vírus que podem ser transmitidos
aos familiares. Segundo Saidel (2020), os fatores acima elencados possuem potencial
negativo de causar grandes impactos psicossociais na vida do profissional da saúde, tal qual
fatores psicossomáticos, resultando assim, no adoecimento desses trabalhadores. Se faz
necessário, portanto, criar políticas de assistência eficazes e acessíveis para a manutenção
da saúde mental desses colaboradores, pois, essa se torna fundamental para o bom
desempenho e desenvolvimento da função exercida em seu ambiente laboral.
Retornando a psicologia analítica, uma das alternativas possíveis de estudo estão os
mitos e suas funções simbólicas, através deles, dos mitos, é possível abordar fenômenos
psíquicos transparecem a natureza da própria psique, pois, ao longo de uma história, conto
ou mito ocorrem projeções de si mesmo, seus próximos e o reconhecimento de realidades
do mundo exterior e interior dentro delas, traduzindo-se em figuras ou imagens do
seja a ajuda vinda do mundo externo, não há o processo de cura sem que o ‘médico interior’
desse sujeito participe ativamente do tratamento empregado (SOUZA, PEGORARO, 2009).
Logo, é preciso falar das habilidades de enfrentamento e busca pela cura, aquela que não se
busca através de medicamentos ou entorpecentes, e sim com qualidades que devem ser
desenvolvidas para encarar as realidades desafiadoras e fatigante. Tal qual a habilidade de
resiliência.
amor pela vida e por todos aqueles a sua volta, buscando sempre pela autossuperação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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