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ESTRESSE E RESILIÊNCIA NA ROTINA DO PROFISSIONAL DA


SAÚDE
STRESS AND RESILIENCE IN THE ROUTINE OF THE HEALTH
PROFESSIONAL
Larissa Zucco1
Fernanda Cristina Neidert Batista2
Marly Perrelli3

RESUMO: A saúde mental na contemporaneidade é um tema de destaque, repercutindo de nas


discussões acadêmicas e midiáticas, mostrando sua importância e relevância, bem como o impacto
na vida de todos os sujeitos. A justificativa se encontra uma vez que analisado o contexto emocional
desses trabalhadores e suas rotinas, pois essas exigem preparo técnico e psicológico, além de
competência para administrar suas emoções e sentimentos aliados ao dia a dia hospitalar e de
emergências que envolvem tensões constantes. O artigo buscou responder à pergunta de quais os
mecanismos que os profissionais da saúde utilizam como forma de enfrentamento das condições
adversas do dia a dia para manter a sua saúde mental? A metodologia do presente trabalho teve como
objetivo é compreender sobre esta temática da resiliência na saúde através de análise dos materiais
publicados nas bibliotecas virtuais na área da saúde, utilizando como descritores: resiliência,
profissional da saúde, estresse, ambiente hospitalar. Através das discussões encontradas foi possível
evidenciar que o estresse no ambiente de trabalho, junto com as tensões da rotina de urgência e
emergência podem desencadear problemas emocionais e psicológicos, bem como doenças
psicossomáticas. Conclui-se, portanto, que a resiliência é uma habilidade, tanto quanto um recurso
humano para o bom desenvolvimento e manutenção da saúde mental do profissional da saúde.

Palavras-chave: Profissionais da Saúde. Resiliência. Adversidades.

ABSTRACT: Mental health in contemporary times is a prominent topic, with broad repercussions
in academic and media discussions, showing its importance and relevance, as well as the impact on
the lives of all subjects. The justification is found once the emotional context of these workers and
their routines are analyzed, which require a certain preparation and competence to manage their
emotions and feelings allied to the day-to-day of emergencies and constant tensions. The article
sought to answer the question of what mechanisms do health professionals use as a way of coping
with adverse day-to-day conditions to maintain their mental health? The methodology of the present
work aimed to understand this theme of resilience in health through the analysis of materials
published in virtual libraries in the health area, using as descriptors: resilience, health professional,
stress, hospital environment. Through the discussions found, it was possible to show that stress in
the work environment, along with the tensions of the urgency and emergency routine can trigger
emotional and psychological problems, as well as psychosomatic diseases. It is concluded, therefore,
that resilience is a skill, as well as a human resource for the good development and maintenance of
the mental health of the health professional.

Keywords: Health Professionals. Resilience. Death and mourning.

1 Graduanda em Psicologia pela Universidade do Contestado, campus Mafra-SC. Email:


lari.zucco.lzn@gmail.com.
2 Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade do Contestado, professora do curso de Psicologia da

UNC campus Mafra. Email: psicólogafernandabatista@gmail.com.


3 Doutora e mestre em Psicologia. Email: marlyperrelli2002@yahoo.com.br.

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INTRODUÇÃO

Na contemporaneidade um fator de destaque é o da saúde mental como um todo,


quer seja ela de alunos, professores, profissionais da saúde, trabalhadores gerais, etc.
Acredita-se que isso surge a partir do aparecimento e reconhecimento da psicologia como
ciência e profissão, pois, essa, tem como instrumento de trabalho a psique do indivíduo e
suas complexidades, tal qual suas fontes de adoecimento (KRUG et al, 2021). Através da
história é possível observar que, desde os filósofos da Grécia antiga, é buscado um
entendimento sobre a mente humana, desvendar seus mistérios e resolver seus conflitos
(conscientes e inconscientes), a fim de proporcionar ao sujeito uma vida digna e completa,
feliz e saudável (KRUG et al, 2021). Pode-se compreender a Saúde Mental como a ausência
do fenômeno doença e da perturbação mental (ALVES, RODRIGUES, 2010). Ela é o
resultado de múltiplas e complexas interações entre o ser humano e as suas esferas
biológicas, sociais e psicológicas. A ausência de saúde mental pode ser acarretada por
diversos fatores como “desemprego, educação, pobreza, condições de habitação, nível de
urbanização, discriminação sexual e violência de género, experiências precoces e interação
familiar, exclusão social e estigma, cultura e acontecimentos de vida estressantes” (ALVES,
RODRIGUES, 2010, p.127).
Entretanto, assim como os saberes evoluem, a ciência e a tecnologia também, criando
com isso o que se chama de fenômeno da globalização (MACEDO et al, 2008). A globalização
diz respeito a um importante avanço mundial do que tange as esferas culturais, sociais e
principalmente econômicas e políticas, sendo seu princípio o da unificação. Mas não se deixe
enganar, por mais bonita e progressista que seja a ideia, na prática podemos observar os
efeitos dessa globalização, a título de exemplo tem-se a sociedade do consumo, das fake
news, da redução de direitos trabalhistas, do aumento da concorrência e da disputa entre
‘homem vs máquina’ (MACEDO et al, 2008). Logo, com todo esse processo, é possível
destacar os conflitos sociais, religiosos e também de valores éticos e morais impactando nos
sujeitos de todo o mundo, assim como o desemprego, a desconstrução da sua personalidade
e as constantes crises existenciais, pertencente a lógica de tempo de Kairós – o tempo sem
tempo, sem a capacidade de ser controlado (MARINO, 2022). Não sendo o bastante todos
esses fatores acima citados, o mundo enfrentou recentemente (e ainda enfrenta) a pandemia

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da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2 (OMS, 2021). A partir da contaminação da


população e decreto mundial de pandemia, que causou grande comoção, perdas e sequelas
em toda população mundial, atingindo desde os mais baixos até os mais altos níveis de
hierarquia econômica e social, gerando superlotação em ambientes hospitalares, e até a data
de 29 de julho de 2022 foram computados os seguintes dados: “170,275,207 casos
acumulados; 321,479 casos adicionais nas últimas 24 horas; 2,787,891 mortes acumuladas;
1,650 mortes adicionais nas últimas 24 horas” (OMS, 2022).
Dentro do campo científico da área da saúde, são delimitadas algumas profissões e
funções que se enquadram como categoria da saúde, sendo elas: a medicina, odontologia,
enfermagem, fisioterapia, as ciências biológicas, psicologia, nutrição, farmácia,
biomedicina, educação física e terapias integrativas e complementares. Dentre as suas
atribuições, todos esses profissionais buscam proporcionar saúde e bem-estar a população,
seja curando quando da doença, recuperando sequelas, tratando de dores emocionais, entre
tantas outras funções que esses profissionais exercem. Com esse cenário em mente, refletir
sobre a saúde mental dos profissionais da saúde, em hospitais, unidades de saúde, unidades
de pronto atendimento e demais serviços públicos e particulares da área da saúde, tornou-
se algo relevante pois estes foram a linha de frente no combate, envolvendo também a
necessidade de olhar para estes profissionais para além desse momento de pandemia, e das
epidemias que a antecederam, direcionando-se para o dia-a-dia desses profissionais que
enfrentam diariamente rotinas exaustivas, dolorosas e de óbitos (KRUG et al, 2021).
A justificativa se encontra uma vez que analisado o contexto emocional desses
trabalhadores e suas rotinas que exigem certo preparo e competência para administrar suas
emoções e sentimentos aliados ao dia a dia de emergências e tensões constantes que compõe
a praxe hospitalar e da saúde. De igual modo, quando se fala no campo social, essa relevância
fica evidenciada, uma vez que os profissionais da saúde são essenciais em uma sociedade
justamente por cuidarem do fator ‘adoecimento’ da sua população. Logo, precisa-se de
profissionais resilientes e emocionalmente preparados para lidar com as demandas e rotinas
do campo de urgências e emergências. A relevância científica se mostra uma vez que, ao
pensar no cenário enfrentado recentemente, a saber, a pandemia da COVID-19, foi de
extremo proveito as habilidades desses profissionais da saúde, que atuaram linha de frente
em todos os postos de saúde pública e privada. Para tanto, o problema proposto para esse

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trabalho é: quais os mecanismos que os profissionais da saúde utilizam como forma de


enfrentamento das condições adversas do dia-a-dia para manter a sua saúde mental? A
metodologia do presente trabalho teve como objetivo é compreender sobre esta temática da
resiliência na saúde através de análise dos materiais publicados nas bibliotecas virtuais na
área da saúde, utilizando como descritores: resiliência, profissional da saúde, estresse,
ambiente hospitalar.

A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE: considerações sobre a rotina,


serviço, morte e luto

Trabalhar na área da saúde é sempre um desafio. Observa-se que os riscos de


contaminação, os fatores de estresse emocional e fadiga pela rotina advinda da sua área de
atuação vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos, a citar, por exemplo, com as
novas síndromes e transtornos advindos do estresse, como é o caso da síndrome de Burnout
(KRUG et al, 2021). Mas, afinal, quem são e o que fazem esses profissionais e como eles
surgem na sociedade? Nota-se que a partir do momento que o conhecimento é formado e
compartilhado ele modifica o mundo a sua volta, logo, os conhecimentos medicinais e da
natureza foram se propagando entre familiares e sociedade e com isso criando os saberes
populares (RAMOS, 2007). Para além desses, com a evolução do pensamento crítico, muitas
teorias começaram a serem investigadas e testadas, formando um saber científico. As
formações científicas, como por exemplo as formações em medicina, abriram espaço para o
desenvolvimento e a compreensão da saúde coletiva e individual, abrindo espaço para as
mais diversas especialidades. Com o entendimento do capitalismo perante uma sociedade,
voltando-se o olhar para o estudo, é possível vislumbrar que esse tem como objetivo de
“formar trabalhadores [...] não visava somente ao ato de disciplinar, mas conferir ao
trabalhador o domínio de um ofício” (RAMOS, 2007, p. 44). Nota-se que os agentes
comunitários de saúde (ACS), surgiram a partir do trabalho de um ofício que se baseia nos
conhecimentos produzidos pelo trabalho desenvolvido nas comunidades, ou seja, em um
nível local, cujo objetivo está voltado à promoção da saúde, bem como a de prevenção de
danos e agravos dos membros da comunidade (FONSECA, 2007). Os ACS funcionam dentro
da sociedade como mediadores sociais, podendo ainda ser compreendido como um elo entre

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aquilo que se tem como conhecimento popular e aquilo que se entende e estuda dentro do
conhecimento cientifico sobre o que é saúde.

Para isto, é fundamental que o ACS tenha uma sólida formação geral e
profissional que o possibilite reconhecer e compreender as necessidades e as
práticas das comunidades, dialogar com seus conhecimentos e,
confrontando-os com a ciência, contribuir para a garantia do direito a saúde.
Se lembrarmos que o ACS compõe uma equipe multiprofissional formada por
um médico, um enfermeiro (profissionais de nível superior) e um auxiliar de
enfermagem (profissional que deve ter concluído, pelo menos, o ensino
fundamental), veríamos que a divisão do trabalho na sociedade capitalista
reservou aos primeiros o domínio dos conhecimentos científicos,
proporcionado pelo acesso aos níveis superiores de ensino e ao mundo da
ciência. A estes, na maioria das vezes, compete o trabalho intelectual, como,
por exemplo, a análise das situações, a realização de diagnóstico, a
proposição e/ou a prescrição de soluções, o planejamento e a gestão do
trabalho, dentre outras. Aos auxiliares, por terem uma formação de nível
intermediário, competem as tarefas também intermedirias, que
compreendem saberes procedimentais e alguns saberes teóricos
instrumentais aos procedimentos. Por fim, sob esta lógica, aos ACS
competiriam as tarefas mais elementares determinadas por seus superiores
(RAMOS, 2007, p.42).

Logo, se compreende que a atuação na saúde não funciona de forma isolada,


dependendo, portanto, de uma atuação multidisciplinar. O fator que desempenha a
complexidade do trabalho em saúde é justamente àquilo que vem a ser o seu “produto final”,
a saber, “a promoção, a proteção e a recuperação da saúde de indivíduos e famílias, de forma
integral e contínua” (BRASIL, 2004). Assim sendo, os profissionais da saúde são conhecidos
como fisioterapeutas, médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, dentistas,
nutricionistas, educadores físicos, etc. Tais profissionais são linha de frente para toda e
qualquer situação que envolva a saúde coletiva de uma população, seja ela a de medicação,
vacinação, controle de natalidade/mortalidade, doenças contagiosas, epidemias e
pandemias. Enquanto política pública, sua atuação se baseia num modelo assistencial, que
traduzido de forma rápida se validaria da seguinte forma: saúde = ausência de doenças
sintomatológicas (DE SOUZA, PEGORARO, 2009). Portanto, através dessa concepção de
saúde, nota-se que não há o devido cuidado ao se falar em promoção de saúde, ou se quer da
valorização daquilo que é do sujeito e somente dele, a sua subjetividade, sua vida singular e
até mesmo social, pois essas complementam e complementam a vida do indivíduo. Assim,

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com essa problemática em mãos, o pensamento e as necessidades evidenciadas se tornam


de cunho muito mais voltados às políticas de humanização dentro do contexto de saúde (DE
SOUZA, PEGORARO, 2009). Entretanto, quando se fala em promoção de saúde de uma
população, também deve se atentar ao incluir tais profissionais como sujeitos de direitos
dessa população. Deve se aprender a olhar para esses profissionais com olhar humanizado,
pois esses estão muito mais suscetíveis ao desenvolvimento de problemas e/ou transtornos
emocionais e psicológicos devido a rotina exaustiva, frustrante em diversos momentos e que
frequentemente são confrontados com a finitude da vida humana.
Frente a todo esse cenário, nota-se que o contexto da morte e do morrer está
repetidamente presente dentro da rotina de tais profissionais, principalmente para aqueles
que atuam em urgência e emergência. Não se pode deixar de mencionar que a morte também
é um contexto que traz à tona sentimentos e emoções, seja de familiares, colegas, amigos ou
de profissionais da saúde que tiveram contato com aquele indivíduo/paciente. Portanto,
também haverá nesses trabalhadores as vivencias do luto, seja ele mais ou menos intenso
(LIMA, ANDRADE, 2017). Durante a vivência da pandemia da COVID-19, conforme
evidenciado na introdução desse trabalho, ‘vislumbrar’ a morte se tornou mais recorrente,
afinal, toda população mundial foi forçada a vivenciar a morte intensamente, quer fosse ela
de colegas, amigos, familiares, e até mesmo daqueles que nunca se tinha ouvido falar.
Contudo, o fato dessa temática, a morte, estar tão presente nesse momento não significa
dizer que a sociedade aprendeu a lidar com a morte ou o morrer, pelo contrário, o que se
nota é uma ansiedade, um medo e até mesmo um pânico coletivo vivenciado pelo todo
(KRUG et al, 2021).
Além do ‘não saber lidar’ com tantas mortes e ocorrências, também houve a ausência
dos rituais fúnebres como missas, velórios, enterros, etc, durante a pandemia, onde somente
os profissionais de dentro das instituições hospitalares e do instituto médico legal é que
tinham acesso a esses corpos, o que dificultou para muitos familiares a elaboração do luto,
a compreensão da morte evidenciada ao se olhar o corpo do falecido (LIMA, ANDRADE,
2017). Dessa forma, pode ser evidenciado o que foi dito até aqui compreendendo o lado
simbólico do velório: “compreendido enquanto uma das práticas culturais e ritualização,
pode ser entendido como um momento oportuno de confirmação da morte, uma vez que é
possível se deparar com o corpo sem vida e se despedir do mesmo” (NASCIMENTO, 2020,

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p.81). A problemática inerente a essa questão se dá justamente pela dificuldade em entender


a morte como um fenômeno natural. No pensamento ocidental a morte está, em larga escala,
associada à perda, ou seja, tem-se o entendimento de que se algo morre, quebra, perde sua
vida útil ou distancia-se do indivíduo, logo, haverá sentimentos relacionados ao que se
chama de ausência de separação, sentimentos de desamparo, de solidão, da perda (KOVACS,
1992).
Segundo Nascimento et al (2020 p. 82) “os rituais fúnebres, portanto, são elaborados
como forma par abordar o luto” tais cerimônias são responsáveis por marcar um ciclo “e,
para além de uma ação, há um simbolismo para concretizar e marcar a importância da
perda”. Abordando sobre o viés dos aspectos psicológicos, os autores acima referenciados,
envolto na questão da ritualização como ação de despedida, pode se destacar “que tais
processos de ritualização desempenham um papel fundamental para dar sentido e
significado ao enlutado que vivência a situação da perda”. Desse modo, reflete-se sobre
quais são os rituais praticados pelos profissionais da saúde frente as perdas rotineiras e
cotidianas enfrentadas por suas profissões? Eles existem? Há um momento para elaborar e
compartilhar os sentimentos vivenciados em cada perda? É o que se buscará responder nos
itens a seguir.

A IMPORTÂNCIA DA CONTEMPORANEIDADE PARA MANUTENÇÃO DA


SAÚDE MENTAL: uma breve menção ao mito do curador ferido

Quando observado tal fenômeno sobre a ótica da psicologia analítica de Carl G. Jung
(1875-1961), se nota que corpo e mente são uma só parte, logo, é a partir da construção da
psique que se dará também a corporal, de modo que se pode associar que o adoecimento de
uma, resultará no adoecimento da outra, ou seja, no todo, mente e corpo. Esse fenômeno é
denominado de conflito no sistema somático, onde se tem que a doença é um símbolo, e esse
só seria possível de compreensão quando da consideração do sujeito em sua totalidade. Por
assim ser, “toda e qualquer doença tem uma expressão no corpo e na psique
simultaneamente” (RAMOS, 2006, apud DE SOUZA, PEGORARO, 2009, p.76). A busca por
profissional qualificado pode variar de acordo com a demanda do sujeito, o que,
cotidianamente na vida dos psicólogos é chamado como psicossomático é o que leva muitas

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pessoas a procurarem sempre por ajuda médica ou invés de psicológica, o que vem para
reforçar a dissociação de mente-corpo (SAIDEL, 2020). Diversos sintomas físicos
representam problemas emocionais e psicológicos, tais quais as ansiedades, a insônia, a
fadiga, dores de cabeça crônicas, problemas estomacais e até mesmo intestinais (DE SOUSA,
2021). Por saúde mental se entende a habilidade e capacidade do sujeito em reconhecer o
seu próprio bem-estar, administrar o estresse do dia-a-dia, sendo capaz de trabalhar de
forma produtiva e contribuindo positivamente para a sociedade (MARTINS, 2022). Como
se sabe, um indivíduo é composto também do meio em o mesmo habita, é influenciador e é
influenciado na mesma proporção, assim, seu ambiente laboral também irá influenciar na
qualidade de vida e de saúde desse. Segundo De Medeiros (2020), o estresse quando advindo
do ambiente laboral está ligado à uma falta de habilidade em conseguir se adaptar aos
serviços daquela função que exerce. A autora acrescenta ainda que existe um determinado
ambiente de trabalho onde há maior dominância de estresse e adoecimento psíquico
emocional, sendo ele o ambiente hospitalar (DE MEDEIROS, 2020).
No contexto hospitalar há a vivência de diversos casos, pessoas, histórias de vidas e
graus de vinculação com cada paciente, há uma ligação clara e concreta entre profissional e
paciente. Pesquisas realizadas na área da saúde com profissionais que atuam em linhas
hospitalares evidenciam “exaustão física e mental, dificuldades na tomada de decisão e
ansiedade pela dor de perder pacientes e colegas” (MARTINS, 2022, p.9) além do medo e
dos perigos da profissão, que envolvem riscos de infecção e vírus que podem ser transmitidos
aos familiares. Segundo Saidel (2020), os fatores acima elencados possuem potencial
negativo de causar grandes impactos psicossociais na vida do profissional da saúde, tal qual
fatores psicossomáticos, resultando assim, no adoecimento desses trabalhadores. Se faz
necessário, portanto, criar políticas de assistência eficazes e acessíveis para a manutenção
da saúde mental desses colaboradores, pois, essa se torna fundamental para o bom
desempenho e desenvolvimento da função exercida em seu ambiente laboral.
Retornando a psicologia analítica, uma das alternativas possíveis de estudo estão os
mitos e suas funções simbólicas, através deles, dos mitos, é possível abordar fenômenos
psíquicos transparecem a natureza da própria psique, pois, ao longo de uma história, conto
ou mito ocorrem projeções de si mesmo, seus próximos e o reconhecimento de realidades
do mundo exterior e interior dentro delas, traduzindo-se em figuras ou imagens do

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inconsciente pessoal e coletivo (SOUZA, PERGORARO, 2009). Para exemplificar o processo


de saúde e doença, será apresentado o mito do Curador Ferido, um mito grego que é capaz
de expressar essa relação entre o paciente e o profissional da área da saúde, ele também pode
ser encontrado com as nomenclaturas de “Quiron/ Quirão/ Kheíron/ Quíron” ou “Centauro
Tutor de Asclépio” (BRANDÃO, 2005). O mito, é uma representação coletiva de uma
realidade humana e da Terra, o mito é um algo vivo em todas as tribos e civilizações, em
todas as gerações existentes, se repetindo ao longo da história de modo a fornecer modelos
de condutas, de funções, valores e significados da, e também, própria existência (BRANDÃO,
2005).

Passemos aqui a um breve relato sobre o Mito do Curador Ferido, Quirão, do


grego Kheíron, possivelmente uma abreviatura de Kheirurgós, cujo
significado seria “que trabalha ou age com as mãos”, um cirurgião [...]. Na
mitologia grega, Quirão era um centauro, em parte divino e parte animal.
Rejeitado pela mãe, horrorizada com sua aparência, e abandonado pelo pai,
foi acolhido e educado pelos gêmeos Apolo e Ártemis e recebeu deles os
ensinamentos que o tornaram um grande sábio, sendo conhecedor desde as
propriedades medicinais das ervas, com as quais praticava a cura, até
educador para muitos filhos de deuses e mortais. Acidentalmente ferido na
coxa, por um de seus alunos, com uma seta envenenada, Quirão não morreu,
por ser um imortal, mas sofreu terrivelmente, até que através de um pacto
com Prometeu, renunciou à sua imortalidade e, em seguida, foi transformado
por Zeus na constelação do Centauro, em reconhecimento às suas muitas
realizações positivas e, desta posição elevada pode ser uma inspiração visível
para toda a humanidade. Sua ferida jamais se cura e, ironicamente, adquire
maior poder de curar os outros quanto mais tenta aliviar sua própria dor.
Desta forma, Quirão representa o arquétipo do curador ferido (SOUZA,
PEGORARO, 2009, p. 77).

Quando se busca pelo simbólico e sua construção arquetípica, seus significados e


ensinamentos, busca-se justamente pela função curadora desse mito, que permite analisar
externamente um conflito ou situação que também se passa no mundo interno, com a
diferença de que no mito há a história em sua completude, no seu diagnóstico e prognóstico.
Ao olhar para o mito de Quíron pode se observar o processo de adoecimento em que o
arquétipo do curador ferido, ou então de médico/paciente, é ativado (BRANDÃO, 2005).
Por mais que, durante o processo do adoecer, se busque por auxílio médico, ajuda externa,
curandeiros ou quer seja a forma de buscar ajuda empregada nesse momento, sabe-se que o
‘médico interno’, da ‘alma’, também é mobilizado. Por mais bem qualificada e competente

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seja a ajuda vinda do mundo externo, não há o processo de cura sem que o ‘médico interior’
desse sujeito participe ativamente do tratamento empregado (SOUZA, PEGORARO, 2009).
Logo, é preciso falar das habilidades de enfrentamento e busca pela cura, aquela que não se
busca através de medicamentos ou entorpecentes, e sim com qualidades que devem ser
desenvolvidas para encarar as realidades desafiadoras e fatigante. Tal qual a habilidade de
resiliência.

RESPONDENDO O PROBLEMA ATRAVÉS DO MECANISMO DA RESILIÊNCIA

Para adentrar na problemática que se deseja enfrentar, se faz necessário compreender


o que vem a ser o mecanismo de resiliência e então responder o porquê ele pode ser um
aliado aos profissionais da saúde se desenvolvido como uma habilidade em seu cotidiano.
Assim sendo, Caldeira et al (2018, p.2) retrata que a resiliência pode ser
compreendida da seguinte forma: “resiliência refere-se, quando dentro da apropriação das
ciências humanas, a uma adaptação benéfica a circunstâncias de conflagração, fazendo com
que o indivíduo construa meios para transformar os eventos estressores em situações
favoráveis”. Ela pode ser compreendida ainda como uma habilidade que se desenvolve
durante toda a vida do sujeito, sendo moldada através “das experiências com as quais vamos
nos defrontando” ainda, a pessoa que desenvolve a resiliência também desenvolve “a
competência de reconstruir-se e moldar-se novamente a cada obstáculo, cada desafio” (DE
MACÊDO, 2008, 42). Pode ser considerada ainda como: “imperativo ao profissional de
saúde desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar os momentos de dificuldades
profissionais, próprias do tipo de trabalho”, pois essa “consiste em equilíbrio entre a tensão
e a habilidade de lutar, além do aprendizado adquirido com entraves, limitações,
sofrimentos” (DE MACÊDO, 2008, 43). Logo, essas experiências podem proporcionar níveis
expansivos de consciência, se esse estiver aberto ao processo.
Portanto, quando do contato com a saúde mental, os profissionais da saúde atuam de
fato como facilitadores das práticas que favorecem a saúde mental do sujeito e de sua
comunidade, conforme já evidenciado no capítulo anterior, tal qual também de seus
familiares e de si mesmo, pois, configura-se como participante de uma equipe
multidisciplinar que atua na saúde e com isso lida diretamente com as adversidades que

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compõe a área da saúde. Segundo Pieroni (2012) a terminologia ‘resiliência’ foi


primordialmente utilizada pela física, a fim de se referir a determinados atributos de
materiais, tal qual o metal. Já no campo científico, o primeiro artigo que utilizou tal
nomenclatura foi em 1942 e teve como sentido o de abordar o contexto de infantes em
situações consideradas como adversas. Souza (2014), irá apontar que na atualidade o termo
é utilizado para avaliar diferentes grupos e situações, sendo temática de muitos estudos
científicos, como por exemplo, aqueles que tem como base estudar os profissionais da saúde.
Portanto, o desenvolvimento da resiliência dentro desse contexto de adversidades surge
como um fenômeno de proteção à vida e a saúde mental de tais profissionais, pois modifica
a forma como são interpretadas as perdas e lutos nessa jornada conturbada que é a da área
da saúde. A construção desse mecanismo auxilia fortemente na construção de um bem-estar
do sujeito em sua totalidade, assim como proporciona uma performance mais adequado no
quesito humanização.
É essencial que as práticas de autocuidado dos profissionais da saúde estejam em dia,
pois assim ele será capaz de manter uma boa qualidade de vida e desempenhar sua função
assistencialista com muito mais satisfação em seu trabalho.

Adotar uma atitude negativa ou de depressão perante a crise bloqueia a


capacidade do profissional de tomar decisões e de programar alternativas de
ação, bem como desgasta energias da equipe com preocupações paralisantes,
geralmente vazias de resultados. O profissional resiliente faz uma reflexão
sobre a experiência vivida e aprende com ela, compartilha as aprendizagens
com os demais membros da equipe, dialoga sobre estratégias e alternativas
para aplicá-las a situações idênticas no futuro, busca o consenso para a
experiência vivenciada, explorando o maior número de percepções existentes
na equipe e, procura identificar em meio a as diferentes opiniões o ponto de
convergência com o qual todos concordam, sendo competente para integrar
e orientar a equipe na concretização de seus propósitos (DE MACEDO et al,
2008, p.44).

Caldeira et al (2018), desenvolveram uma pesquisa com profissionais da saúde e


constataram que alguns mecanismos são importantes no processo de saúde mental desses
trabalhadores, sendo eles: A satisfação no trabalho; a espiritualidade no processo de
construção da resiliência; vínculos afetivos estabelecidos na prática profissional em saúde
mental com os pacientes; desenvolvimento de habilidades para o cuidado de pessoas com

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transtornos mentais; e, redes sociais de apoio para o profissional da saúde mental. O


primeiro, a satisfação no trabalho, pode ser entendida como fator que reflete na motivação
do profissional na execução de suas atividades diárias no ambiente de trabalho. Um
profissional que se encontra motivado a desenvolver sua função dentro de um ambiente
corporativo e assistencial está, de certa forma, melhor preparado para encarar situações
frustrantes com uma perspectiva mais positiva (CALDEIRA et al, 2018). O segundo, a
espiritualidade, tem função essencial no desenvolvimento da resiliência, entender a vida
através de um propósito auxilia também a encarar as perdas e lutos que ocorrem durante a
existência de um indivíduo. A espiritualidade irá atuar como fator de proteção e de
fortalecimento das potencialidades e também das possibilidades que a morte, ou o fenômeno
adverso, significam ao sujeito (CALDEIRA et al, 2018) O terceiro, os vínculos afetivos que
são estabelecidos na prática profissional com os pacientes, demonstram que através desse é
possível ressignificar a história desses sujeitos interligados no processo de profissional-
paciente, modificando tanto a percepção do profissional como também do sujeito, podendo
inclusive criar memórias afetivas e modificar comportamentos (CALDEIRA et al, 2018) O
quarto item, o desenvolvimento de habilidades para o cuidado de pessoas com transtornos
mentais, refere-se justamente aqueles que estão trabalhando de forma assistencial com a
saúde mental e que automaticamente exigem um nível maior de humanização, ou seja, esses
profissionais acabam desenvolvendo habilidades como a paciência, o respeito, o amor, o
equilíbrio e a sinceridade para com relação a si e ao outro(CALDEIRA et al, 2018)
Por fim, o quinto item, fala sobre as redes de apoio para o profissional da saúde, nele
são compreendidos fenômenos que auxiliam o sujeito a se sentir aceito e pertencente,
fortalecendo relações de suporte emocional. Dentre essas redes de apoio podem ser
identificadas os familiares, amigos e até mesmo equipe de trabalho, pois podem configurar
como “meio de superar as situações de adversidades criando processos subjetivos de
atuações resilientes (CALDEIRA et al, 2018, p.7). É de se notar que as pessoas encararam de
diferentes formas uma mesma situação, afinal, conforme já apontado em alguns momentos
desse trabalho, o ser humano age conforme a construção da sua subjetividade. Entretanto,
pessoas cuja resiliência se faz presente no dia a dia irão enfrentar as situações adversas de
modo diferenciado daqueles que não agem de forma resiliente. Isso quer dizer que pessoas
resilientes estarão mais propensas a lidar com tais desafios com bom humor e expressando

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amor pela vida e por todos aqueles a sua volta, buscando sempre pela autossuperação.

De acordo com Vicente (1995), a resiliência pode ser promovida através de


três fatores: Pelo Modelo de desafio, onde a pessoa conseguiria entender a
dimensão de uma dificuldade, percebendo também suas possibilidades de
enfrentamento e estabelecendo metas para sua consecusão; através de
Vínculos afetivos, neste caso haveria uma aceitação incondicional do
indivíduo enquanto pessoa, principalmente pela família; e por último através
de um Sentido de propósito no futuro, estabelecendo metas, acreditando que
o “amanhã” vai ser melhor (DE MACÊDO, 2008, p. 45).

Assim, é possível concluir evidenciando que a resiliência é uma habilidade e também


um recurso humano, que tem grande potencial de modificar o sujeito e a forma como esse
interpreta as adversidades do cotidiano, principalmente quando se volta o olhar para os
profissionais da saúde, pois, devido a rotina de risco que vivenciam, estão mais suscetíveis
aos estresses e sobrecargas de sua função, podendo levar inclusive ao desenvolvimento de
doenças psicossomáticas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através das discussões trazidas no presente artigo, nota-se a importância e relevância


de se pensar a saúde mental como fenômeno necessário a todos, inclusive aqueles que estão
linha de frente no cuidado com a saúde da população. Entender a história da saúde
proporciona uma base fundamental daquilo que hoje se tem evidenciado como saúde mental
e promoção/prevenção dessa. Além dos destaques que ela ganha na contemporaneidade por
se tratar de um fenômeno que anda lado a lado com o bem-estar e qualidade de vida dos
sujeitos, ela também é um fator de proteção ao emocional, às doenças psicossomáticas, ao
negativismo, as situações e interpretações das adversidades e também ao suicídio. O olhar
da psicologia analítica contribui para a discussão uma vez que se compreende que existem
situações que ocorrem e não há um tempo pré-definido para que ela cesse, despareça ou
para que pare de doer. Nesse sentido, o tempo de Kairós ensina que existem momentos
oportunos em que devemos afastar e abrir mão do caos e abraçar a felicidade.
Assim, a resiliência surge, em uma interpretação própria, como uma interpretação
desse momento oportuno, uma vez que proporciona uma forma de deixar de lado a

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frustração por um momento adverso, abraçando uma perspectiva positiva frente ao


momento presente, abarcando-o a um significado ou a um propósito. O estresse das
situações de rotina em ambientes de saúde tende a causar traumas, tensões excessivas e
sobrecarga emocional e psicológica, podendo evoluir ainda, como uma consequência dessas
reações de tensão e estresse, para a aparição de doenças psicossomáticas. A morte e o morrer
estão frequentemente presentes em ambientes de saúde, pois não há como falar em vida se
não mencionar a morte. Ela é um processo natural que condiciona a existência de todos os
seres humanos, cuja característica é a de não ser alguém imortal. Entretanto, com a
globalização e os conflitos da sociedade, nem sempre essa morte ocorre de forma natural,
podendo ocorrer de diversas formas como através de acidentes de trânsito, de trabalho, por
armas de fogo ou ainda criminais. Ela pode ser compreendida ainda como a ausência de
cuidados com a própria saúde, que resultam em problemas como a diabetes, AIDS,
problemas cardíacos, derrames, etc. Ainda, podem ser mencionados as perdas de pacientes
que se encontram em ambiente cirúrgico ou algo similar.
Tudo isso compõe um cenário que é aquele vivenciado pelos profissionais da saúde.
Pensar em todas essas possibilidades e em como agir em cada um desses casos, pode ser
estressante. Agora imagine vivenciar isso cotidianamente. Por mais rotineiro que possa
parecer, há perdas que irão impactar na vida desses profissionais, portanto, é necessário que
existam pessoas que olhem para eles e os acolha. Dentro de uma organização, deve-se treinar
a habilidade de resiliência a fim de que seus colaboradores se tornem mais preparados para
enfrentar momentos de tensão e desgaste. Profissionais resilientes desenvolvem valores
como a autoestima, criatividade, sensibilidade, sentimento de aceitação, bom humor e
habilidades sociais bem desenvolvidas. Logo, a resiliência auxiliará esse profissional a
transformar suas experiencias negativas em formas de tirar proveito, criar novas
aprendizagens frente a experencias negativas e agregar valores positivos para si e para sua
vida, superando com maior habilidade as adversidades do cotidiano.

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