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O Suicídio

 Tratá-lo como fato social (≠ fato individual e psicológico)  coisificação do


suicídio; coercitivo, vêm de uma força externa ao indivíduo, ou seja, da
sociedade.
 O suicídio é um fato social a partir do momento em que se pode enquadrá-lo
nos termos do objeto típico da sociologia na visão de Durkheim e segundo as
características intrínsecas desse objeto. 
 Suicídio como o resultado de uma vulnerabilidade social, o qual se expressa
como uma válvula de escape. Causado pela destruição/enfraquecimento dos
vínculos sociais  moral não se reproduz corretamente, não garante mais a
ordem e não produz solidariedade/coesão.
“Se em lugar de apenas vermos os suicídios como acontecimentos particulares,
isolados uns dos outros e que demandam ser examinados cada um separadamente,
nós considerássemos o conjunto dos suicídios cometidos numa sociedade dada,
durante uma unidade de tempo dada, constata-se que o total assim obtido não é uma
simples soma de unidades independentes, um todo de coleção, mas que ele constitui
por si só um fato novo e sui generis, que possui sua unidade e sua individualidade,
consequentemente sua natureza própria, e que, ademais, é uma natureza
eminentemente social.” (Durkheim, 1986, p.8)
Tipos de suicídio:
 Egoísta: predomina nas sociedades modernas e é geralmente praticado por
aqueles indivíduos que não estão devidamente integrados à sociedade e
geralmente se encontram isolados dos grupos sociais (família, amigos,
comunidade, por exemplo); sentimento individualizado = apatia + melancolia +
“sangue frio”.
 Altruísta: um ato em que o indivíduo está tomado pela obediência e força
coercitiva do coletivo, seja ele um grupo social restrito ao qual pertence ou
mesmo a sociedade como um todo (ex.: camicases japoneses da 2ª Guerra
Mundial); energia passional/voluntariosa coletiva = sentimento do dever +
“entusiasmo místico” + coragem/heroísmo.
 Anômico: irritação e sentimento de incompreensão (desregramento, ausência
de normas morais, comportamentos desviantes mais extremos  anomia),
extremismos e instabilidade = recriminações violentas contra a vida em geral e
particular  tipo mais problemático! Ex.: ascensão do número de suicídios que
ocorrem em períodos de crises sociais (o desemprego, por exemplo) ou
processos de transformações sociais (como a modernização).
Conclusões  Suicídio como fenômeno social geral:
 Identificação do ritmo da vida social: depende da Morfologia Social e da DTS.
Tipos diferentes da sociedade implicam em variações dos fatos sociais
(suicídio).
 Correntes suicidógenas: correntes que “capturam” indivíduos em “posições
sociais” mais ou menos vulneráveis ao suicídio. ≠ moda, uma vez que a corrente
sempre existe e a moda é passageira.
 Anomia: ausência de normas morais que leva à crises de desregramento  pode
ocasionar em desvios de comportamento mais extremos.
 Crítica ao Individualismo: a solução para Durkheim é equilibrar a relação
INTEGRAÇÃO x REGULAÇÃO  Individualismo Moral, que combina
integração (vínculos sociais evidentes) + regulação da liberdade individual
relativa humana (limites da liberdade individual) pela DTS.

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