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Nome do (a) aluno(a): Fernanda Gabrielly da Silva Magalhães.

Curso: Engenharia Química.

Referência Bibliográfica:: RODRIGUES, José Albertino Rodrigues. Émile Durkheim: sociologia. 9.


ed. São Paulo: Ática, 1984.

Resumo:

O professor José Albertino Rodrigues(considerado um dos pilares das ciências humanas do


Brasil), sob a coordenação de Florestan Fernandes, organizou este livro com o intento de prover à
academia sociológica brasileira um material introdutório sobre a obra de Émile Durkheim. A obra
começa com uma introdução sobre a sociologia de Durkheim na visão de Rodrigues e a seguir
apresenta vários textos do sociólogo estudado, textos esses que ficam divididos em três partes:
(1)Objeto e Método, (2)Divisão do Trabalho e Suicídio e (3)Religião e Conhecimento. O livro foi
feito com o intuito de introduzir grandes sociólogos, nesse caso Durkheim, para os ‘leigos’ de forma a
facilitar a interpretação dos mesmos.

Rodrigues reconhece que a teoria sociológica durkheimiana “corresponde a


uma certa violentação” do pensamento de Durkheim, mas que é justificada
quando num recorte para fins didáticos (p. 30). O esquema apresentado por
Rodrigues parte de um fundamento objetivo sobre Durkheim que traz à tona
os conceitos de morfologia social e fisiologia social. Durkheim recebeu
influência do pensamento organicista do século XIX levando-o a considerar
os fatos sociais e as estruturas de funcionamento sociais como a parte
fisiológica da sociedade; e que as caracterizações reveladas pelos
indivíduos, grupos e instituições, as manifestações culturais, práticas e
realidades fariam parte da morfologia social, morfologia essa que era de
menor importância para Durkheim (p. 39-40), mas ocupa um espaço notável
na organização social de Rodrigues.

Palavras-chave: Suicídio, individual, força coercitiva, caos social.

Fichamento:

O suicídio para Durkheim é definido como “Chama-se suicídio todo o caso de morte que
resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima e que
ela sabia que deveria produzir esse reultado’( p. 103). De forma geral o suícidio é entendido como
algo individual mas que pode ser causado pela perspectiva de vida da sociedade, tendo isso em vista
Durkheim sub-classificou o suicídio em três tipos:

(1) Suicídio Egoísta: é aquele no qual o ego individual está acima do ego social, ou seja, é o tipo
de suicídio em que o indivíduo não está totalmente integralizado à sociedade e se sentem
solitários(sem o apoio devido de familiares, amigos, entre outros). ”O egoísmo não é um fator
simplesmente auxiliar; ele é a causa geradora.”(p. 111)
(2) Suicídio Altruísta: é aquele em que o indivíduo está tomado por uma força coercitiva, seja
religião, ideais políticos ou até mesmo por adquirir uma doença. “..., se o homem se mata, não
é porque ele se arroga o direito de fazê-lo, mas, o que é bem diferente, porque ele se sente no
dever de fazê-lo. Se faltar a essa obrigação, ele é punido pela desonra e, mais frequentemente,
por castigos religiosos.”( p. 113)
(3) Suicídio Anômico: é aquele em que a ausência de regras na sociedade, o que acaba gerando
caos, como por exemplo crises sociais. “ Com efeito, no caso de desastres econômicos,
produz-se uma espécie de desorganização que lança bruscamente certos indivíduos numa
situação inferior à que eles ocupavam até então.”(p. 117)

Analisando todas essas características do suicídio Durkheim concluiu que a solução para o dito
problema seria disciplinar e educar os indivíduos para a divisão social do trabalho, educar o indivíduo
para a compreensão do que é realmente uma sociedade e propor igualdade e liberdade.

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