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A teoria dos usos e gratificações adotou outro ponto de vista acerca da pesquisa sobre a
relação entre a mídia e seus receptores. Essa mudança ocorreu a partir do final da década de
1940, quando as pesquisas passaram a considerar a escolha da população em consumir, ou
não, produtos midiáticos; quais fatores levavam a essas escolhas e no que elas implicavam.
Dessa forma, as pesquisas, nessa teoria, “rejeitam os efeitos totais” dos meios de
comunicação sobre o usuário, considerando apenas que esses efeitos dependem de como o
uso da mídia satisfaz as necessidades do receptor.
O cientista comportamental Bernard Berelson foi um dos pioneiros na observação dos
aspectos que levavam as pessoas a optarem por consumir algum meio de comunicação. São
eles:
1. A busca por informação sobre questões públicas.
3. Os meios de comunicação não satisfazem completamente o receptor, visto que ele tem
necessidades que a mídia não é capaz de satisfazer.
4. A mídia proporciona ao indivíduo aquilo que ele diz que deseja consumir.
5. É o receptor quem define o juízo de valor da mídia. Ele decide como irá interpretar aquilo
que absorveu do emissor. [7]
O pesquisador alemão Karl Rosengreen reuniu essas características dos usos e gratificações
de modo que o receptor ficasse no centro do processo de comunicação, diferentemente do
modelo de Lasswell, no qual a mídia era o centro ou o ponto de partida.