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AGENDA SETTING
Introdução
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Doutor em Ciência Política pela USP, é Pesquisador do CNPq e Professor-Adjunto da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar) onde leciona no Departamento de Ciências Sociais e no Programa de
Mestrado e Doutorado em Ciências Sociais. Atualmente coordena (2001/2002) o GT de Comunicação e
Política da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (Compós) e
desenvolve pesquisas sobre a agenda da mídia e a cobertura eleitoral da imprensa, assuntos sobre os quais
têm publicado diversos artigos e capítulos de livros.
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Metaforicamente o conceito de agenda-setting refere-se à noção de que a mídia de massa é capaz de
transferir para a audiência a relevância dada às notícias.
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Lippmann (1997) foi o primeiro autor a enfatizar a capacidade do jornalismo em criar imagens do
mundo exterior em nossas cabeças a partir da sua distinção conceitual entre o “entorno” (o mundo real) e
o “pseudo-entorno” (percepções do mundo real criadas pela imprensa). O conceito de “pseudo-entorno”
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de opinião formada por jornais a serviço das idéias de seus proprietários, as questões
públicas eram basicamente as questões que interessavam às frações mais competitivas
das elites políticas e econômicas. Em outras palavras, a opinião pública se resumia ao
debate entre os grupos dominantes, ou seja, as classes proprietárias e aos grupos sociais
ilustrados que tinham acesso à informação e legitimidade social para intervir no debate
público. Neste cenário socialmente homogêneo a opinião pública ganhou uma
interpretação iluminista, sendo vista, portanto, como um produto do debate
argumentativo entre indivíduos racionais que tinham como objetivo a busca do “bem
comum”.
formadores de opiniões como criaram uma sociedade que diversos autores têm
caracterizado como media-centered. Ao se tornar a principal fonte de informação do
cidadão a mídia eletrônica, especialmente a televisão, alterou não só o processo de
formação da opinião pública como também a própria natureza da democracia, agora
reconfigurada como uma “democracia de público” na qual os elementos mais salientes
são, além do já referido predomínio de uma imprensa apartidária, o enfraquecimento
dos partidos como única instância mediadora entre o eleitor e o poder político; a
comunicação direta e virtual entre o eleitor e o candidato; a personalização do processo
político e o predomínio da propaganda em detrimento do debate nas campanhas
eleitorais.4
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Sobre a modernização das campanhas eleitorais numa democracia de público ver Swanson, & Mancini
(1996).
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Empregamos aqui a noção de paradigma no sentido emprestado por Kuhn, (1992), ou seja, um conjunto
de idéias, pressupostos e afirmações que os membros de uma comunidade científica partilham
majoritariamente num determinado momento.
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A mass communication research se constituiu numa das mais férteis linhas de pesquisa da então recém-
nascida Sociologia da Comunicação e uma de suas raízes teóricas tem origem na corrente funcionalista
norte-americana. A literatura costuma apontar os cientistas políticos Lasswell e Lazarsfeld e os
psicólogos Kurt Lewin e Carl Hovland como os pais fundadores dessa linha de pesquisa. Lazarfeld, por
sua vez, reivindicava a denominação de “pesquisa administrativa” para as investigações conduzidas por
ele e seu grupo de pesquisadores em contraposição às “pesquisas críticas” desenvolvidas, por exemplo,
pelos membros da Escola de Frankfurt. O modelo da agenda-setting se filia à tradição da pesquisa
orientada teórica e empiricamente como as empreendidas pela mass communication research.
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Mas apesar de originais e brilhantes os ensaios dos dois autores citados não
avançavam nas possíveis explicações de como se processava os efeitos cognitivos da
comunicação. A busca deste tipo de explicação ocuparia outros pesquisadores que
iriam desenvolver modelos explicativos orientados empiricamente e adotando
perspectivas teóricas interdisciplinares na qual a Psicologia e a Ciência Social,
especialmente a Sociologia e a Ciência Política, eram fortemente acionadas. Dois
desses modelos são apresentados a seguir como exemplos de abordagens que, durante
algum tempo, se constituíram em paradigmas explicativos dominantes.
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A primeira abordagem mais relevante sobre os efeitos da comunicação é
produto direto do behaviorismo então dominante na época (primeiras décadas do século
XX) no campo da Psicologia Social praticada nos Estados Unidos. Com o prosaico
nome de magic bullet (bala mágica) a também chamada “teoria da agulha hipodérmica”
(termo cunhado por Lasswell) supunha de modo ingênuo que a comunicação era
basicamente um processo de reação baseado no modelo comportamentalista de
estímulo-resposta. Em síntese, essa abordagem acreditava na existência de uma relação
causal entre exposição à mensagem / reação e que os efeitos da comunicação atingia
indistintamente a todos que fossem expostos ao processo de comunicação. Essa crença
no alcance indiscriminado da mensagem e no automatismo das respostas explica o uso
de expressões como “bala mágica” ou “agulha hipodérmica” para caracterizar essa
abordagem. A maior parte da base empírica usada para sustentar inicialmente os
argumentos dessa perspectiva era baseada nos estudos sobre a propaganda militar
vinculada durante a I Grande Guerra Mundial, mas diversas outras pesquisas foram
desenvolvidas tendo como objeto outros temas e mídias como os jornais, as revistas e o
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Adotamos aqui a classificação proposta por McQuaid (1979) para analisar os paradigmas sobre os
efeitos da comunicação de massa: do início do século até os anos quarenta (teoria dos efeitos ilimitados
ou poderosos), dos anos quarenta até os sessenta (teoria dos efeitos limitados) e dos anos setenta até os
nossos dias (revalorização do poder da mídia através de influências mais complexas e sutis).
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Entre outros achados na referida pesquisa os autores constaram que apenas 5% dos informantes tinham
mudado a intenção de voto por influência dos meios de comunicação. Os dados indicavam também que
os informantes tendiam a valorizar os argumentos veiculados pela propaganda do seu candidato
(cristalizando, desse modo, a intenção de voto original) e a ignorar os apelos dos candidatos adversários.
As mensagens, portanto, eram consumidas de acordo com as convicções partidárias dos informantes e
cumpriam mais uma função de reforço das convicções do que de conversão.
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3. O modelo da agenda-setting
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A bibliografia da Ciência Política relativa ao comportamento eleitoral evidentemente transcende à
análise exclusiva dos efeitos dos meios de comunicação de massa no eleitor. Dentro dessa perspectiva
mais ampla vários paradigmas foram construídos para explicar a decisão do voto. Entre os paradigmas
mais competitivos encontram-se o do voto ideológico (Lipset), a da escolha racional (Dows), a escola de
Michigan (Campbell) e a escola psicosociológica (Converse). Para maiores detalhes ver Figueiredo
(1991).
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A seleção de notícias é realizada através da ação dos gatekeepers (selecionadores) que são os agentes
profissionais (jornalistas) que definem a relevância da notícia baseados em critérios de noticiabilidade
adotados na rotina produtiva de cada veículo.
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Adotando um conceito minimalista enquadrar é atribuir atributos definidos a um objeto. A noção é
inspirada teoricamente em Goffmann (1986) e segundo Entmann (1994) o enquadramento envolve
elementos como a definição de um problema específico, uma interpretação causal e uma avaliação moral.
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Apoiamo-nos para descrever os elementos básicos que compõem o modelo de pesquisa em Saperas
(1992) e, secundariamente, em Wolf (1995).
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O procedimento padrão para aferir a agenda do público envolve, por sua vez, a
realização de pesquisas quantitativas (survey) e/ou qualitativas (grupos focais)
estruturadas através de amostragem aleatória ou intencional de uma determinada
audiência. Há três tipos de agendas possíveis de identificação por parte do pesquisador.
A primeira é a agenda intrapessoal que é formada pela percepção dos temas atuais e o
grau de relevância destes temas pelo indivíduo (individual issue salience). A segunda é
a agenda que se manifesta nas relações interpessoais através da atividade dialógica e se
refere aos temas que os indivíduos acreditam ser de maior interesse para os outros
(perceived issue salience). Finalmente, o terceiro tipo é a agenda pública que se
manifesta através dos diversos estados da opinião pública (community issue salience).
O processo de estabelecimento da agenda do público envolve comumente a articulação
entre estas três dimensões, ou seja, a aferição sobre o que as pessoas pensam
(intrapessoal), sobre o que falam (interpessoal) ou pensam que os outros falam
(percepção dos temas coletivos).
Uma vez definida a agenda da mídia e a agenda do público elas devem ser
confrontadas para se estabelecer as possíveis relações entre elas. De acordo com
Saperas (1992:67) citando William DeGeorge (1981), esta relação pode ser realizada a
partir de três modelos distintos, mas não necessariamente excludentes. O mais simples
deles é o modelo de conhecimento (awareness model) que pressupõe que a audiência só
conhece os temas publicados ou veiculados diariamente pelos meios de comunicação de
massa, implicando, assim, no reconhecimento de que os temas só ganham visibilidade
pública quando expostos pela mídia. O segundo modelo (priorities model) considera
que a ordem de prioridades temática estabelecida pela mídia determina a percepção e a
hierarquia das questões públicas pelo público. Este modelo vai mais além do que o
anterior na medida que além da correspondência entre as agendas é necessário também
correlacionar as prioridades da mídia e do público. O último modelo, que concilia os
dois primeiros, é o de proeminência (salience model). Ele tem como ponto de partida a
suposição de que a percepção do público varia de acordo com a visibilidade dos temas e
a importância que eles recebem da mídia num determinado período de tempo.
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Este é um dos motivos pelo qual o modelo da agenda-setting se situa no campo teórico dos efeitos
limitados pois considera que os efeitos cognitivos da mídia só são produzidos num quadro temporal
relativamente longo.
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Num trabalho recente McCombs (1996) alinha várias pesquisas que ele
considera relevantes na trajetória do modelo da agenda-setting. Entres estas
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investigações ele lista o estudo de Funkhouser (1973) que testou numa ampla pesquisa
nacional a validade do conceito de agenda-setting. Funkhouser estruturou sua
investigação em três fontes de dados: 1) incluiu uma pergunta no questionário do
instituto Gallup sobre qual era os problemas mais importantes da nação; 2) analisou a
cobertura de notícias das revistas Time, Newsweek e U.S.News & World Report e 3)
trabalhou com indicadores estatísticos sobre a realidade econômica e social dos anos
sessenta. Os resultados da pesquisa indicaram uma forte correspondência entre a
opinião pública e a cobertura das revistas e uma fraca correlação entre a percepção dos
problemas e os indicadores sociais e econômicos.
5. Considerações finais
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14
O desenho e os principais achados da pesquisa sobre a agenda de atributos empreendida por McCombs
e os pesquisadores espanhóis estão publicados na revista editada pela Faculdade de Comunicação da
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