7 TÓPICOS

PARA VOCÊ
SE CONHECER
ATRAVÉS DA
PSICOGENEALOGIA
 DESVENDANDO PADRÕES FAMILIARES

Nossa árvore genealógica nos possui, nos vincula e

nos condiciona.

Compreender estes padrões para exercer plena e

conscientemente o livre arbítrio é o foco de trabalho da
PSICOGENEALOGIA.

Elaboramos, então, 7 tópicos que você precisa

entender antes de montar sua árvore genealógica e
compreender seus padrões internos. Antes de
c o m p r e e n d e r s e u s i s t e m a f a m i l i a r, v a m o s
compreender como funciona sua mente.

!2
1.
COMO
FUNCIONA
SUA MENTE?

!3
1 COMO FUNCIONA
SUA MENTE
Nossa mente possui duas macro
divisões, mente consciente e mente
inconsciente que agem de forma
interdependente.
Nossa mente é alocal, muito embora
mencionemos costumeiramente que
é como se nosso cérebro fosse o
hardware e nossa mente fosse o
software que roda nela.
!4
O software, que é a mente, utiliza as
conexões do cérebro mas não está
ali de forma local, por isto que
dizemos a partir do conhecimento da
Física Quântica, que além de ser
alocal, é atemporal e conseguimos,
então, acessar presente, passado e
futuro.
1 COMO FUNCIONA
SUA MENTE

No inconsciente, temos armazenados Por isto o medo e o pânico nos domina,

nossos programas transgeracionais, porque acessamos informações que
os registros de vida de nossos estão na mente inconsciente. O
inconsciente mantém um padrão
antepassados, as memórias das
habitual de comportamento e
vivências deles. Ele é um
reage, muitas vezes, sob o
depositário de vivências e comando do mecanismo de
registros, acessados a todo sobrevivência, por isto reagimos
momento pelo consciente. É de forma impensada quando
muito maior e nos deparamos com
muito mais algo que está em
potente que o nossos registros e
consciente e, se que nos traz alguma
fossem medir forças, ameaça. Quer sejam
registros vividos por nós;
certamente temos o
ou por nossos
inconsciente como
antepassados.
dominante.
!5
1 COMO FUNCIONA
SUA MENTE

O nosso inconsciente, por sua vez, é formado

por três sub-divisões:

1. Pelo nosso inconsciente individual

(registra as nossas vivências);
2. Pelo inconsciente familiar (registra e
armazena as vivências de todo o clã, seus
costumes, etnias, culturas e vivências);
3. Pelo inconsciente coletivo (registra e
armazena os arquétipos da humanidade).

!6
1 COMO FUNCIONA
SUA MENTE

Jung conceituou o inconsciente coletivo

como sendo a possibilidade de
acessarmos um grande banco de
dados de informações mentais. Uma
analogia que fazemos é como se o
inconsciente coletivo fosse um grande
wi-fi, sem chave de segurança, onde
todos têm acesso a todas as
informações, de todos os sistemas, e de
todos os equipamentos individuais.

!7
 CONCEITUANDO
MENTE
CONSCIENTE
É o que sei que sei. O. consciente é a
função racional da mente e nos
move de forma pensada.
É pela função racional que temos
discernimento do que fazemos e é
a t ravé s d e l a q u e a c o n te c e o
mecanismo de cura e ressignificação
de dores e traumas.
MENTE
INCONSCIENTE
Sei e não sei que sei. Representa praticamente
95% das nossas funções mentais. Todos nossos
registros milenares, culturais, familiares e do
próprio indivíduo estão ali registrados. Compõem
o inconsciente do indivíduo, além de seus
registros de vivência, gestação e pré-concepção,
o inconsciente familiar e o coletivo. Também é
importante dizer que nosso inconsciente não
distingue o que é real e o que é imaginário.
!8
 CONCEITUANDO

E FALANDO EM Quando imaginamos algo, aliamos nosso pensamento e

nossas vibrações no sentido daquilo que imaginamos. O
IMAGINÁRIO…
efeito no corpo físico é o mesmo que se estivéssemos
vivendo de fato aquela situação imaginada. Por isso
…Importante lembrar que nossos
pensamentos, nossa imaginação mencionamos que a mente é alocal, pois podemos ao ler um
livro, pensar em um antepassado ou imaginar uma
estão pautadas também nos
registros do inconsciente. Só determinada situação, nos reportarmos para lá sentindo os
efeitos físicos desta “viagem”.
re c o n h e c e m o s a q u i l o q u e
conhecemos. O imaginário,
Você já acordou exausto a partir de um sonho onde você
portanto, não é racional ou
psicológico, ele carrega o estado “vivia” uma situação estressante, agitada ou intensa? Pois é… É
o efeito biológico da nossa imaginação, dos nossos sonhos,
de espírito que caracteriza um
clã, carrega em si o mistério da da atuação do inconsciente, da mente sobre a matéria.
criação.

!9
SÓ RECONHECEMOS
AQUILO QUE
CONHECEMOS

FRASES PARA LEVAR COM VOCÊ

1 INCONSCIENTE
FAMILIAR
O inconsciente familiar fala
através de qualquer um de seus
membros. Ali são registradas e
armazenadas as NORMAS DE
F U N C I O N A M E N TO d e u m a
família, bem como arquivado o
LIVRO DE CONTAS. As normas de
funcionamento são regras de
comportamento talhadas na alma
grupal que regem o que pode ou
não fazer.
!11
Estes registros e regras muitas vezes não são
expressas mas tácitas, veladas. Cada um dos
membros sabe e “sente” estas regras, cujas
“proibições” muitas vezes são concebidas a
partir de situações que causaram sofrimento
e/ou dor à algum membro daquele sistema. O
livro de contas, por sua vez, contém os débitos
e os créditos conscientes e inconscientes entre
os membros, quem “deve” lealdade a quem,
quem tem crédito com quem, que subsistema
foi favorecido em detrimento de outro, etc
1 INCONSCIENTE
FAMILIAR

O objetivo desta contabilidade é a busca do equilíbrio das ações, do padrão ético e

ecológico de comportamento. Desta forma, como os membros estão interligados,
quando uma pessoa busca uma terapia, não há que se olhar exclusivamente para ele,
pois ele carrega consigo um legado transgeracional (o que passa de geração em
geração) e um mecanismo interno de funcionamento de relações.

O olhar proposto pela Psicogenealogia é o olhar sistêmico (que integra todos os

demais membros da família) e contextual, ou seja, compreender um ser de acordo
com o que vive no tempo, espaço e influências sociais, políticas e culturais onde esteve
inserido.

!12
1 INCONSCIENTE
FAMILIAR Nosso corpo é um mapa das emoções vividas pela nossa
família. Ele armazena as informações registradas de forma
analógica, captando as informações registradas pelos
REFLEXOS NO
sentidos e repassa aos descendentes através dos genes, o
CORPO FÍSICO que comprova a EPIGENÉTICA.

Temos bilhões de informações celulares registradas em nós,

dos nossos pais, avós, bisavós, do nosso projeto de existência,
das vivências da gestação, do momento do nascimento e da
caminhada existencial até o momento presente.

Estas estruturas biológicas e psíquicas contêm a história

daquela espécie, que através de traumas registram cicatrizes
de corpo e de alma. As experiências boas também são
armazenadas e nos dão a base para olhar para os registros
negativos, bem como para superar os traumas e evoluir como
espécie.

!13
INCONSCIENTE
FAMILIAR
MODELO MENTAL
A forma como um indivíduo
interpreta a realidade em que
está inserido a partir de suas
c re n ç a s c h a m a - s e m o d e l o
mental. Nosso modelo mental se
constitui de diversas crenças e
experiências vividas por nós e
pelos nossos antepassados.
Temos uma mente dual, não
quântica e constantemente
interpretamos como bom ou
ruim, certo ou errado aquilo que
se nos apresenta da realidade
externa.
O modelo mental de cada um estabelece a forma de agir e
reagir a partir de cada situação a que somos submetidos. Por
exemplo: sou descendente de uma avó que faleceu afogada
em um rio. Dependendo de como minha mãe, filha desta avó,
viveu esta tragédia, ainda que não a tenha conhecido ou
sabido do acidente, definirei rio, mar, lago, água como
contexto de perigo e acionarei um mecanismo de
sobrevivência.
Se um tataravô perdeu suas terras para posseiros,
provavelmente terei um mecanismo muito forte de ameaça
de território. Talvez o simples ingresso de uma pessoa nova
no meu departamento profissional seja suficiente para acionar
um alerta: “CUIDADO, PERIGO! ELE PODE TOMAR SEU
LUGAR!”
!14
INCONSCIENTE
FAMILIAR

MODELO MENTAL

O território, neste caso meu cargo/emprego, é

tido de forma análoga às terras que meu
antepassado perdeu. Ele resulta das experiências
da família ao longo de sua história.

Agora que entendemos como funciona nossa

mente, vamos ver os tópicos que a
PSICOGENEALOGIA contribui para trazer:
SANAÇÃO, EQUILÍBRIO, COMPREENSÃO & LIVRE
ARBÍTRIO para você.

!15
2.
O QUE
ESTUDAMOS EM
PSICOGENEALOGIA

!16
2 O QUE ESTUDAMOS EM
PSICOGENEALOGIA

A PSICOGENEALOGIA estuda a alma

familiar. Nossa mente inconsciente traz
registros das vidas que nos antecedem.

São registros positivos, carregados de força,

conquistas e dons, mas também de
sofrimentos, dores, perdas e traumas, que se
transformam em cargas. Estas cargas, de
tempos em tempos são revisitadas e revistas
pelos descendentes deste clã.

O sentido é trazer o equilíbrio e o propósito

é evoluirmos como sistema e como espécie
pois estamos integrados a tudo e a todos.

!17
O EQUILÍBRIO É
EVOLUIRMOS COMO
SISTEMA, ESTAMOS
INTERLIGADOS A
TUDO E A TODOS.
FRASES PARA LEVAR COM VOCÊ
3.
O QUE SÃO
AS LEALDADES
INCONSCIENTES

!19
3 O QUE SÃO
LEALDADES INCONSCIENTES

De acordo com Boszormenyi-Nagy e Pressupõe-se que para ser um

Spark (1973), lealdade deriva do membro leal a um grupo, o indivíduo
vocábulo francês “loi” que significa deve INTERIORIZAR as EXPECTATIVAS
lei. GRUPAIS e assumir uma série de
atitudes a fim de cumprir os seus
Entretanto, assinalam que mais do mandatos FUNCIONAIS.
que uma simples noção de uma
conduta respeitosa da lei, a sua
natureza reside numa trama invisível
de expectativas do grupo.

!20
LEALDADE
INCONSCIENTE

NA PRÁTICA
A Psicogenealogia analisa
padrões familiares, códigos de
normas de funcionamento de
uma família sob a ótica da
lealdade ou da fidelidade
familiar, que é construída a partir
das experiências de todos os
membros do sistema. Esta análise
está pautada na teoria dos
sistemas, onde vivências
traumáticas ou dolorosas geram
códigos de alerta, fazendo com
que os demais se precavenham
dessas determinadas situações.
Por exemplo: um filho ainda que almeje seguir a carreira de
artista, sufoca seu desejo pois pertence a uma família de
engenheiros e se vê “forçado” consciente ou
inconscientemente a seguir a carreira da família como uma
forma de pertencer àquele grupo, em lealdade à ele.
Outro exemplo pode estar relacionado à diferenças culturais.
Uma família com antepassados judeus, mortos em
holocausto, não aceita, consciente ou inconscientemente,
que um de seus membros se case com descendentes de
alemães, por exemplo.
!21
LEALDADE
INCONSCIENTE

COMO DETECTAR

Em lealdade, ainda que inconsciente aos

seus antepassados mortos, mesmo que a
pessoa ou a família também tenham sido
vítimas da guerra, entendem que esta é
uma situação intransponível, como que se
aquele membro não estivesse
reverenciando a morte daqueles que foram
exterminados brutalmente. As lealdades
aparecem na árvore genealógica sob a forma de
s i m e t r i a s ( v í n c u l o s /s e m e l h a n ç a s ) d e n o m e s ,
comportamentos, profissões, datas (concepção, Genossociograma
nascimento, morte, eventos importantes). Montando-se o
GENOSSOCIOGRAMA, que é a leitura técnica da árvore
familiar, as simetrias saltam aos olhos.
!22
4.
OS MANDATOS
FAMILIARES
INCONSCIENTES

!23
4 OS MANDATOS FAMILIARES
INCONSCIENTES
As lealdades, mencionadas
anteriormente, estabelecem de certa
forma, um “pacto inconsciente” entre
membros de um sistema. Os pactos,
nada mais são, do que mandatos,
contratos entre membros.
Imagino que alguma vez na sua vida
você já necessitou de um advogado.
Após o atendimento, caso você o
contrate, ele vai lhe pedir para
assinar uma procuração para que ele
lhe represente naquilo que você é
“incompetente” para fazer.
!24
Não leve o conceito de incompetente
para o sentido negativo; o significado
de “incompetente” é “que não tem as
condições exigidas para certos fins”.
Este raciocínio pode ser aplicado
àqueles antepassados da família que
delegam aos seus sucessores, algo
que não foram capazes de fazer,
terminar. As lealdades, por sua vez,
acontecem em relação ao sistema
(família) como um todo – às suas
histórias, à sua cultura, aos usos e
costumes e aos seus mecanismos
inconscientes de funcionamento e
sobrevivência.
OS MANDATOS FAMILIARES
INCONSCIENTES
AS DÍADAS
Também, as lealdades podem
acontecer entre duas pessoas,
ao que chamamos de díadas. A
díada é a menor unidade
relacional entre membros de um
sistema (quer seja familiar,
empresarial, social, etc).
A forma do relacionamento das
díadas, dentro do sistema, está
diretamente influenciado pela
herança transgeracional.
Os membros, portadores de simetrias com outros no sistema,
portarão uma forma semelhante de relacionar-se com
aquele membro que prolonga.
Numa das cartas escritas por minha avó Olga, imigrante
Bielorrussa (1938), li o seguinte trecho: “Vera, querida irmã,
fiquei muito triste com a notícia de que você e a Anna, que
estão aí tão próximas e tão distantes de mim, não tenham
convidado uma à outra para o casamento de seus filhos e que
a relação de vocês seja conflituosa”.
Aqui no Brasil, membros deste sistema, simétricos aos
antepassados, viviam aqui a mesma relação, como que para
repetí-la e revivê-la como oportunidade de resgate, para
restabelecer o equilíbrio das relações internas.
!25
OS MANDATOS FAMILIARES
INCONSCIENTES

O PAPEL DO GENOSSOCIAGRAMA

Construindo o GENOSSOCIOGRAMA, percebemos

as simetrias, as repetições de comportamento e
relacionamento e os mandatos inconscientes dos
antepassados, sobre determinado descendente para que
conclua situações que não conseguiu, não pôde ou não
teve tempo de concluir e resignificar. Muitas vezes os
mandatos geralmente versam sobre questões dolorosas,
duelos não realizados, sofrimentos, injustiças e mortes não
processadas. Ivan Boszormenyi-Nagy diz que existe uma
rede de obrigações encobertas, que vinculam as
expectativas do outorgante (aquele que concede o
mandato, ou o antepassado) e o outorgado (aquele que
recebe o mandato para cumprir, ou o descendente).

!26
4 OS MANDATOS FAMILIARES
INCONSCIENTES

SITUAÇÕES • Injustiças familiares, sociais, econômicas;

• Perdas e sofrimentos oriundos de migrações;
Relacionamos aqui • Lutos não elaborados;
algumas situações, • Incestos e violações;
dentre outras, que • A parentificação, que é a inversão dos papéis de pais e filhos;
ensejam mandatos: • Omissão no desempenho de um papel familiar: o abandono
(físico ou moral) do filho por um pai/mãe, por exemplo;
• Suicídios e/ou assassinatos;
• Exclusões;
• Sonhos frustrados e não realizados por imposição dos pais
ou da família;
• Projeções paternas ou da própria família para exercício de
determinadas profissões que sufocam ou que convergem
com o dom daquele indivíduo;

!27
5.
DUELOS:
Medos, traumas e bloqueios

!28
5 DUELOS:
Medos, traumas e bloqueios.

Também chamados DUELOS, os Os duelos são originados a partir de

medos, os traumas e os bloqueios choques emocionais não resolvidos,
que sentimos, podem vir, além das tais como:
nossas, de vivências dos nossos
antepassados que registram em nós • Acidente grave;
um mecanismo de sobrevivência, • Guerras;
ou seja, de repulsão àquele fator que • Perda de filho;
outrora tenha causado dor a um • Mudança inesperada;
membro do sistema. • Abandono de cônjuge ou de pais;
• Perda de emprego ou queda
Os duelos bloqueados advém de econômica;
perdas não elaboradas, indigestas e • Dentre outros.
que vão contra à ordem natural das
coisas ou do que é esperado.

!29
5 DUELOS:
Medos, traumas e bloqueios.
Cada duelo não resolvido
(“emaranhamento”), cria uma amarra
no ser e no sistema familiar, até que
esta emoção seja resignificada. Os
medos, normalmente advêm de
alguma vivência pessoal, da nossa
gestação, parto ou até de situações
vividas pelos nossos antepassados.
Eu mesma sempre recomendei o
meu filho, quando saía para festas,
que cuidasse muito do trânsito na
madrugada, quando estivesse
voltando para casa, pois poderia vir
algum “bêbado”na contra-mão e
batesse no seu carro.
Eu me peguei repetindo diversas vezes este
alerta até estudar Psicogenealogia e
entender de onde vinha este medo. Vamos
combinar que um acidente pode acontecer
tanto na ida, quanto na vinda da festa. Tanto
no carro, quanto na calçada ou até dentro do
estabelecimento. Tanto uma batida, um
assalto ou um atropelamento. Tanto um
motorista sóbrio, quanto um alcoolizado. Mas
o meu alerta era sempre o mesmo: “cuidado,
você pode se deparar com um motorista
bêbado, na contra-mão, e bater no teu carro
de frente”.
!30
5 DUELOS:
Medos, traumas e bloqueios.
Quando parei para pensar, lembrei
que minha avó materna faleceu
exatamente assim. Meu avô dirigia
de madrugada, quando um
motorista alcoolizado, ingressou na
contra-mão e bateu de frente no
carro dos meus avós, matando
minha avó na hora.
Foi um trauma vivido na infância
que trouxe muita dor e tristeza,
ficando o fato gravado no meu
inconsciente.
!31
Lembrando que o inconsciente não distingue
o real do imaginário, mas associa o contexto
em que o trauma é vivido, automaticamente
meu medo de acidente de trânsito está
vinculado à madrugada, à motoristas
bêbados, batidas frontais e na contra-mão.
Este medo vai sendo replicado em
situações análogas ao registro emocional
programante. Nossos pensamentos sempre
se originam dos registros mentais, das nossas
crenças, desta forma, questione sempre de
onde eles vêm, sabendo que você pode geri-
los a partir da luz da consciência.
PENSAMENTOS
SEMPRE SE ORIGINAM
DE REGISTROS
MENTAIS E CRENÇAS.
QUESTIONE.
FRASES PARA LEVAR COM VOCÊ
6.
VÍNCULOS
TRANSGERACIONAIS

!33
6 VÍNCULOS
TRASNGERACIONAIS
TRANSGERACIONALIDADE é o que
se transmite de geração em geração;
a psicogenealogia, estuda estes
fenômenos. O inconsciente de cada
um de nós é composto por uma boa
parte de herança genealógica, que
registra no inconsciente individual,
dados do inconsciente familiar. Os
vínculos transgeracionais são as
simetrias entre membros que portam
uma bagagem psíquica que
atravessa gerações.
!34
Os padrões inconscientes do ambiente
psíquico familiar são definidos a partir dos
fenômenos de lealdades, valores, mitos, ritos
e legados; são considerados como uma força
invisível que maneja as pessoas.
Considera-se “defeituosa” a transmissão
psíquica, quando a herança genealógica mais
distante carrega lacunas de transmissão.
A transmissão transgeracional inconsciente
se realiza por conta de conteúdos não ditos,
não processados, duelos não resolvidos, não
nomináveis, de uma geração à outra.
6 VÍNCULOS
TRASNGERACIONAIS

Como é uma informação muitas vezes não processada,

é manifestada sob a forma de silêncios, vazios, dores e
criptas, de conteúdos não elaborados. Os registros de
u m i n c e s to , p o r exe m p l o , n o r m a l m e n te s ã o
manifestados nas gerações futuras, transformando o
não-dito, em algo impensável, ou seja, um descendente
porta a informação mas não tem consciência do
ocorrido.

Freud ensinou que “nenhuma geração pode ocultar à

outra que a sucede, nada de seus processos mentais
importantes”. Os segredos e os não ditos, portanto,
como abortos voluntários ou assassinatos por exemplo,
acabam perpassando as gerações na busca de alguém
que os sinalize, que os olhe para processá-los.
!35
6 VÍNCULOS
TRASNGERACIONAIS

Desta forma os traumas, os lutos, os duelos, os traumas,

vividos no limite do sofrimento, da vergonha ou da dor,
muitas vezes inomináveis por uma geração, se
manifestam em outra. Françoise Dolto, pediatra e
psicanalista infantil, dizia que “O que uma geração cala,
a outra carrega no corpo”.

Ferenczi dizia que o que “o adulto nega, ou desmente

algo anteriormente ocorrido, a criança carrega como
p a d r ã o d e f u n c i o n a m e n t o ”. A t r a n s m i s s ã o
transgeracinal, transforma o receptor inconsciente
em escravo.

!36
7.
SEGREDOS
FAMILIARES
E SEUS EFEITOS
TRANSGERACIONAIS

!37
7 SEGREDOS
FAMILIARES

Os segredos fazem parte das nossas São mandatos tóxicos que obrigam os
vidas com diferentes intensidades. membros mais jovens daquela árvore familiar
São silêncios que fazem ruídos... a repetir o padrão, ou a demonstrar um
Acontecimentos traumáticos como desequilíbrio, para que seja recolocada a
suicídios, vícios, exílios, assassinatos, peça que falta no quebra-cabeças.
abortos, roubos, traições, cujos gritos
silenciosos ecoam pela mente,
atravessam gerações e provocam
devastações psíquicas, até que
algum membro se apodere dele e o
dê voz.

!38
7 SEGREDOS
FAMILIARES
Os segredos familiares muitas vezes
bloqueiam a evolução de algum(ns)
de seus membros, porque impedem
o acesso a informações que seriam
necessárias para completar uma
lacuna sentida na psique, daqueles
membros descendentes que o
portam.
!39
Podem originar de diversos contextos que
fazem com que a informação não seja
exteriorizada e processada quais sejam:
•Segredos originados de acontecimentos
expressamente proibidos por lei;
•Segredos originados por fatos, realidades ou
comportamentos que envolvem vergonha
ou culpa;
•Segredos originados por acontecimentos
penosos sobre o que uma pessoa, ou mais
particularmente os pais, se sentem
incapazes de falar.
7 SEGREDOS
FAMILIARES

Os segredos não são manifestados
apenas através das palavras. São
bagagens psíquicas transgeracionais
manifestas também através de
gestos, do emprego de palavras
inusitadas mas precisas - incluindo o
objeto que rodeia a palavra, pode
aparecer sob a forma de registros
corporais, tatuagens, manifestações
simbólicas em desenhos, nas
profissões, no significado do nome,
nos sonhos, na forma de falar, etc.
Doris Langois ensina que “todo o segredo
familiar, ainda que melhor seja a intenção que
o ampare, é vivido de maneira violenta pelos
seus filhos”. Françoise Dolto, dizia que “eram
necessárias pelo menos 3 gerações para que
apareça uma psicose: duas gerações de avós
e pais neuróticos na genética do sujeito, para
que ele seja psicotizado”.

!40
7 SEGREDOS
FAMILIARES

MANIFESTAÇÕES • medo irracional;

• dificuldade de aprendizagem;
As crianças • isolamento
normalmente • perda da confiança em si mesmo, nos pais e nos adultos que
portadoras de um tenham autoridade
segredo podem • dificuldade para sair de casa ou para deixar os pais
manifestar: • desejo de estar sempre disponível.

No limite do psiquismo, o indivíduo pode ser acometido de

distúrbios mentais, podendo inclusive se propagar ao sistema
biológico.

John Bradshaw menciona que “a energia do trauma de origem

é parecida com a de uma tormenta elétrica, que propaga
tensão ao longo de todo o sistema biológico”.

!41
7 SEGREDOS
FAMILIARES
Bem, somos sabedores que sempre
há um para quê. As repetições
transgeracionais, buscam promover
a retirada do véu do segredo,
oferecendo dentro do próprio
sistema uma nova oportunidade de
aprender e gerir melhor este tipo de
situação ou resignificar a dor ou até
reviver e fechar o ciclo do duelo.
!42
Anne Ancelin Schutzenberger, mãe da
PSICOGENEALOGIA dizia que: “A lealdade aos
nossos ancestrais, inconsciente e invisível
(lealdade invisível) nos rege; é importante
fazê-la visível, tomar consciência dela,
compreender o que nos obriga, o que nos
manda e considerar, eventualmente, se não
havia que remodelar o conceito para viver
com maior liberdade a própria vida”.
-
FINALIZAÇÃO

!43
Para finalizar, brindamos um poema de autoria de Maria A. A. Moreira, 

que entrelaça os conceitos da PSICOGENEALOGIA.

“O Mapa da minha vida é antigo… Deparo-me com detalhes, estruturas de sistemas,

Não começa no pai e mãe, nem termina comigo. um palácio de Versailles em emoções, alegrias e
Olho para trás nos sonhos com areias do deserto. problemas,
Desperto. mas também com movimentos e padrões recorrentes.
Desenho um genograma E um processo de contexto familiar que se expõe no
para enender a filigrana relacional em repetidos nomes e no geral.
da geracional origem. Vislumbro o funcionamento, a interdependência dos
Visualizo laços de filiação, malhas de afiliação, em comportamentos, funções e demandas,
redes que permitem observar e compreender a que estão sob o manto de subsistemas.
família interação Tudo isto trago comigo, na ampulheta do meu tempo.
em diferentes níveis. Tudo isto deixo aos novos grãos
Os mitos que carrego, que seguem e correm a favor do vento.
as crenças que me norteiam, Na grande ampulheta com outros grãos,
têm raízes profundas de ancestrais defuntos… que botarão em outros tempos.
queridos. Passado, presente e futuro que se olham e se procuram.
Na procura do grão de areia,
Maria A. A. Moreira, 


!44
-
SOBRE A AUTORA

!45
LETÍCIA KUCHOCKOWOLEC BACCIN

Advogada, sócia-fundadora do Instituto LIZ (Formadora e

conciliadora com conhecimentos interdisciplinares).

Mestrado Direito da Economia e das Empresas
Pós-Graduada em Direito e Relações do Trabalho
Pós-Graduanda Parapsicologia
Professora PSICOGENEALOGIA pelo Instituto Liz e pela
Escola Internacional de Psicogenealogia Evolutiva.

!46
CONHEÇA O INSTITUTO LIZ

O Instituto LIZ nasceu com o propósito de oferecer

cursos e formações que conciliem os conhecimentos
sobre o funcionamento integral do ser: corpo, mente e
corpo etéreo.

Equilibrar pessoas e harmonizar os lugares onde estão

inseridas (empresas, famílias e conjunto social),
buscando a evolução do ser humano a partir de diversas
vertentes que constroem um corpo único, é nossa linha
mestra.

O profundo conhecimento de como funciona a MENTE, a

partir de diversas correntes, é a espinha dorsal do nosso ÚNICO CREDENCIADO PELA ESCOLA
DE PSICOGENEALOGIA EVOLUTA
propósito. PARA MINISTRAR CURSOS NO
BRASIL
!47
CONHEÇA O INSTITUTO LIZ

Respeitando a individualidade, os dons, as capacitações e as características

dos profissionais que buscam complementar e aprimorar seu conhecimento,
caminhamos ao encontro da busca do cliente que almeja um profissional
capacitado, atualizado e com olhar integral.

A transdisciplinariedade vai ao encontro de cada buscador do conhecimento,

de cada terapeuta, de cada profissional que busca aprofundar e
complementar sua formação.

Acreditamos na interdisciplinariedade dos conhecimentos e correntes

científicas pois só assim, trilhamos uma caminhada constante e sólida da
evolução do saber.

Assim, a proposta do Instituto LIZ é a CONCILIAÇÃO. Conciliação do saber e

conciliação da existência a partir do conhecimento profundo dos mecanismos
da mente.
!48
-
GRATIDÃO

www.raizesdamente.com.br
institutoliz.leticia@iliz.com.br
Instagram: @psicogenealogia.liz
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!49