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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

FABIO FAVORETO
FLÁVIA ANDRADE DOS SANTOS

INTERATIVIDADE NAS AULAS DE INGLÊS ONLINE

SÃO PAULO - SP
2021
FABIO FAVORETO
FLÁVIA ANDRADE DOS SANTOS

INTERATIVIDADE NAS AULAS DE INGLÊS ONLINE

Relatório final apresentado ao curso de


pós-graduação em Ensino de Língua
Inglesa da Universidade Estácio de Sá, a
ser utilizado como diretriz para o Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC) em caráter
de Projeto Colaborativo.

Orientação: Professora Renata de Souza


Gomes.

SÃO PAULO - SP
2021
Para começar, devido a pandemia de coronavírus, as aulas online
aumentaram drasticamente uma vez que as pessoas foram obrigadas a usar a
internet como seu principal meio de educação. Apesar de ser uma novidade, as
aulas remotas passaram a fazer parte da vida educacional dos alunos (PHILLIPS,
2016).

Essa é a principal razão para que o tópico de aulas online seja de grande
relevância para o momento. Além do mais, após uma pesquisa sobre o assunto, é
notável que por se tratar de um tema em constante transformações e novidades,
existe muito espaço para novas criações.

Por isso, para que tenha sucesso, este projeto foi desenvolvido tendo em
mente um protocolo específico. Portanto, o material online tem como foco o público
adulto que esteja interessado em aprender novas palavras através de diferentes
tópicos, para que sejam capazes de desenvolver diálogos informais fazendo uso do
vocabulário aprendido. O critério para a seleção de vocabulário segue o padrão de
ensinabilidade, o que significa que as palavras selecionadas podem ser ensinadas
através de ilustrações. Quanto ao público, essas aulas são destinadas a alunos
básicos e/ou independentes, que de acordo com o Quadro Europeu Comum de
Referência para Línguas (CEFR), consiste em A1 e A2 (básico) e B1 e B2
(independente). Para o projeto as atividades foram classificadas como iniciante (A1),
elementar (A2) e intermediário (B1 ou B2).

Para este propósito, foi desenvolvido um website fictício


(https://elessons.wixsite.com/home/), com o título de “Online English lessons
(Vocabulary & Conversation)”, o qual foi organizado em quatro seções: Home,
Lessons, Video e About. A página inicial (Home) é um convite para os interessados
em mais interatividade nas aulas de inglês online, e também uma breve explicação
das ferramentas e da plataforma utilizadas nas aulas. A seção das lições (Lessons)
contém os tópicos que serão explorados nas aulas, sendo apenas um deles
(Household Chores) disponibilizado como amostra grátis. Escolhido o tema e o nível
que será trabalhado, o plano de aulas está detalhado ao professor e o botão “Go to
Tasks” leva à navegação da aula em si. O botão “Homework” funciona como
atividades de pós-produção (post-production) e/ou como lição de casa, dando ao
aluno a oportunidade de desenvolver o tópico trabalhado em aula. Dessa maneira, o
professor poderá acessar e avaliar de maneira formal como seu aluno está
progredindo na parte escrita, já que o processo de avaliação da oralidade é feito de
maneira informal a todo tempo durante as aulas. Na seção “Video” incluimos uma
aula demonstrativa de nível iniciante (A1) e também o vídeo do site oficial da
Nearpod, sobre o funcionamento das ferramentas interativas. As opções de
pagamento em “Join Us” são meramente fictícias.

O Nearpod é uma plataforma de criação de aulas que possibilita maior


interatividade na apresentação das lições, onde o professor pode utilizá-la como
complemento do Google Apresentações ou também de maneira independente. Ele
oferece a possibilidade de que o aluno faça a atividade sozinho no seu ritmo
(student-paced), ou de forma controlada pelo professor (live participation) que
visualiza e administra as respostas dos alunos em um painel de controle. Os alunos
podem acompanhar os slides através de uma nova aba ou janela na tela, ou se
preferir, usar qualquer outro dispositivo como um tablet ou smartphone para entrar
com suas respostas.

Finalmente, na última seção “About” (Sobre), há três subseções: “Team”


(Time), “Mission, Vision & Values” (Missão, Visão e Valores) e “Report” (Relatório),
além de uma dedicatória realizada por ambos os participantes. Esses links
conduzem a navegação, respectivamente, para a história de cada um dos
idealizadores deste trabalho através da leitura de suas biografias; para a missão,
visão e valores agregados, e para este relatório que explica o projeto.

Quanto à abordagem, embora haja alguns elementos da metodologia


audiolingual, baseada em estudos realizados por Skinner (1957) e Pavlov (1927) no
behaviorismo, principalmente quando se trata de iniciantes - já que há uma
necessidade para repetição e modelagem - no geral, o material seguirá os princípios
da competência comunicativa, desenvolvida pelo linguista Hymes (1970) que
acredita que o indivíduo só pode ser comunicativamente competente quando vai
além do seu conhecimento linguístico. Usando essa abordagem, os alunos irão
aprender a linguagem interagindo comunicativamente e com propósito, engajados
em atividades e tarefas designadas para eles com os princípios de “Task-based
learning”. No mais, de acordo com Brown (2001), quando o professor se utiliza da
Abordagem Comunicativa, ele consequentemente se torna um mediador da
aprendizagem; promovendo situações efetivas de uso da língua e atuando como um
conselheiro dos aprendizes.
Não há como negar que uma ordem específica seja seguida para que as
aulas sejam completamente organizadas. Por este motivo, a tabela de plano de
aulas da Bridge TEFL foi escolhida. De acordo com a tabela, a aula começa com
uma introdução geral do tópico (lead-in), seguindo para um estágio com atividades
focadas no significado de um grupo de palavras (pre-teaching). Depois disso, há
uma atividade desenvolvendo as habilidades de leitura e/ou escrita onde algumas
tarefas são desenvolvidas. Finalmente, uma atividade de acompanhamento
(follow-up) é feita para ativar o conteúdo e expandir o tópico através do uso das
habilidades de fala e/ou escrita. Desta forma, as quatro habilidades de linguagem
são cobertas: escuta, fala, leitura e escrita.

Essas aulas são desenvolvidas para grupos pequenos, de dois a seis alunos,
com a duração de 50 minutos, onde vários tópicos são trabalhados. Por exemplo,
tarefas de casa, música, filmes, esportes, animais, livros, entre outros. Além disso, já
que o principal propósito em uma aula comunicativa é ensinar os sistemas de
linguagem (fonológico, sintático, semântico e pragmático) e as quatro habilidades de
linguagem de modo que seja o mais próximo do mundo real, essas aulas foram
preparadas usando a maior quantidade possível de material autêntico. Há também
diversos vídeos minuciosamente escolhidos no youtube e uma variedade de textos
extraídos de diferentes fontes disponíveis na Internet.

O autor Al-Jawi (2010, p.5, tradução nossa) acredita que “Material autêntico é
uma linguagem onde não há concessão feita para falantes estrangeiros”.
Consequentemente, ao usar materiais de leitura ou escuta autênticos, os alunos
certamente se beneficiam mais quando comparados com materiais criados
totalmente e somente pelo professor. De acordo com Guariento e Morley (2001, p.
347, tradução nossa) “[...] tem havido uma consciência crescente da importância dos
fatores afetivos na aprendizagem, e o uso de textos autênticos agora é considerado
uma forma de manter ou aumentar a motivação dos alunos para a aprendizagem.”
Nădrag e Gălbează (2016) também acreditam que, ao usar materiais
autênticos, os professores oferecem aos alunos a chance de aumentar sua
experiência na aquisição de novas palavras, frases e expressões que eles possam
usar diariamente, tornando-os prontos para o real mundo da comunicação.
Para finalizar, a organização do projeto foi dividida da seguinte maneira: a
aluna Flávia Andrade dos Santos desenvolveu as aulas e os textos contidos no site,
exceto as biografias que foram escritas pelos mesmos. O aluno Fábio Favoreto criou
o website e fez a edição dos textos. Já o relatório, foi desenvolvido em conjunto por
ambos os alunos.
BIBLIOGRAFIA

AL-JAWI, Dr. Fadwa D. Teaching the receptive skills: Listening & Reading Skills.
Umm Al Qura University, 2010, p.29.

BRIDGE TEFL. The receptive skills lesson plan format. Available in


<http://sis.posestacio.com.br/sistema/rota/rotas_2/10546/scorm/ipe3129/arquivos/rec
eptive_skills_lesson_plan_format.pdf>

BRITISH COUNCIL. Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas


(CEFR). Brasil, 2019. Disponível em:
<www.britishcouncil.org.br/quadro-comum-europeu-de-referencia-para-linguas-cefr>

BROWN, H. D. Teaching by principles: an interactive approach to language


pedagogy. New York: Longman, 2001.

HYMES, D. On communicative competence. In: GUMPERZ, J.J. & HYMES, D.


(Orgs.) Directions in Sociolinguistics. Nova Iorque: Holt, Rinehart and Winston, 1970.

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em:<https://www.learning-performancebrasil.com.br/home/artigos/artigos.asp?id=183
4>

JALIL, Samira Abdel; PROCAILO, Leonilda. METODOLOGIA DE ENSINO DE


LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: PERSPECTIVAS E REFLEXÕES SOBRE OS
MÉTODOS, ABORDAGENS E O PÓS-MÉTODO. IX Congresso Nacional de
Educação - EDUCERE, Outubro, 2009. Disponível em:
<https://educere.bruc.com.br/cd2009/pdf/2044_2145.pdf>

NĂDRAG, Lavinia; GĂLBEAZĂ, Alina Buzarna-Tihenea. The benefits of using


authentic materials in the esp classroom.”Ovidius” University of Constanta, 2016,
p.13.
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<https://ontesol.com/communicative-approach/>

PAVLOV, I. P. Conditioned reflexes: an investigation of the physiological activity


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Disponível em:<https://elearningindustry.com/7-tips-prepare-for-teaching-online>

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em:<https://www.scholastic.com/teachers/articles/teaching-content/formal-vs-informal
-assessments/>

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