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LÍNGUA INGLESA
JANEIRO, 2018
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Resumo: Esta pesquisa trata-se de uma reflexão sobre a técnica de sala de aula invertida e o
uso de recursos tecnológicos para o desenvolvimento da autonomia dos aprendizes de língua
inglesa. A sala de aula invertida é um procedimento em que permite o aluno ter acesso ao
conteúdo antes da aula, através de vídeos, e assim possibilita maior aproveitamento das aulas
com práticas de interação controladas ou livres; e um feedback aos alunos individualmente, ao
invés, de aulas centralizadas em explicações do professor frente à sala. Tendo isso em vista,
pretendemos identificar de que formas esse procedimento pode contribuir para o
desenvolvimento da autonomia do aprendiz de língua inglesa, proporcionando ao aluno maior
contato com a língua alvo fora do espaço de aula; e investigar a percepção desses aprendizes e
da professora quanto a essa forma de ensino. Sendo este um estudo de caso de cunho
descritivo e intervencionista com abordagem qualitativa e finalidade básica aplicada. A
pesquisa será realizada com alunos de uma turma nível básico não iniciantes do curso de
inglês da escola de idiomas do SESC Goiás. Para a coleta de dados utilizaremos um
questionário inicialmente, enviaremos vídeos do conteúdo antes das aulas e ao final do
semestre analisaremos as percepções dos participantes e a evolução no desenvolvimento da
autonomia, por meio de entrevistas com os aprendizes, e através de relatórios de observação
de aula da professora. Essa pesquisa se baseia nas concepções de Autonomia na aprendizagem
(PAIVA, 2016) e (LITTLE, 2007); na abordagem da sala de aula invertida (BERGMANN e
SAMS, 2016) e no uso de tecnologias na aprendizagem autônoma de língua estrangeira
(SALBEGO, 2014).
Introdução:
Objetivos:
Esse projeto tem como objetivo geral analisar as formas de contribuição da sala de
aula invertida e as tecnologias como recurso complementar ao ensino e aprendizagem de
língua inglesa em prol do desenvolvimento da autonomia do aluno. E como objetivos
específicos: a) relacionar aspectos da técnica de sala de aula invertida com o uso de
tecnologias no ensino de idiomas; E b) refletir sobre as perspectivas do aprendiz e da
professora sobre essa forma de ensino.
Dessa forma para delinear a pesquisa aqui descrita, as seguintes questões serão
investigadas: A) Quais as contribuições da sala de aula invertida e o uso de tecnologias na sala
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Justificativa:
1. Referencial teórico:
1.1 Autonomia
A autonomia, como atenta Paiva (2006), não é um conceito fácil de definir devido a
sua complexidade. No ensino de línguas esse termo acompanhou o surgimento da abordagem
comunicativa, pois antes disso, o aluno não tinha oportunidades de produções criativas, já que
o ensino predominante anterior era por meio de repetições de frases e sons sem se preocupar
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trazer materiais autênticos e atualizados para serem trabalhados em sala de aula” (SALBEGO,
2014).
No ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, as tecnologias de informação
possibilitam várias vantagens como: o uso de conteúdo individualizado de acordo com os
interesses e as necessidades específicas de um aprendiz de línguas, algo que as aulas e os
materiais didáticos não oferecem; uso de vídeos, artigos, novidades atuais e interessantes ao
grupo; permite que o aluno percorra na sua própria velocidade e tempo de disposição;
contribuindo então para sua própria autonomia e aprendizado (MUENCHOW; RIBAS;
RODRIGUES, 2017). E vale lembrar que há materiais de estudo diversificados pelos mais
diferentes fins e separados por habilidades (listening, reading,writing e speaking), filmes e e-
books para que cada aluno personalize seu próprio ensino de acordo com seu nível e
disposição.
Levando esse conjunto de vantagens em consideração e ponderando que o professor
e o aprendiz são responsáveis pelo o manuseio e exploração desses recursos tecnológicos
esses recursos podem proporcionar uma mudança extraordinária na forma de ensino de língua
estrangeira.
A técnica da sala de aula invertida é considerada por Moran (2014) uma metodologia
interessante da atualidade que mescla tecnologia e ensino. Segundo Santana Ofugi (2016),
esse tema ainda não foi muito explorado no que tange a aplicação do procedimento. E os
autores da metodologia afirmam que não se tem uma única aplicação do método. Podendo
então ser alterada para a realidade de cada sala de aula (BERGMANN e SAMS, 2016). O
conceito de sala de aula invertida é basicamente o que já foi citado acima, em que o aluno faz
em casa o que supostamente faria em sala; e faz em sala o que faria em casa. E a proposta
sugere que aja uma reflexão na postura do professor. Para que as aulas não sejam com foco
em explicações frente à sala, e centralizadas no professor que se mantém distanciado do
aluno.
Em síntese os procedimentos de inversão segue a seguinte ordem: 1) Conscientizar e
explicar a metodologia; 2) Enviar vídeos explicativos do conteúdo como tarefa de casa; 3)
Utilizar os primeiros minutos da aula para comentários sobre o vídeo e esclarecimento de
dúvidas; 4) Realizar práticas orientadas ou livres de interação do grupo; e por fim 5) Observar
e compartilhar um feedback individual e coletivo.
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Santana Ofugi (2016, p41) referindo aos benefícios da sala de aula invertida cita que
em estudos de diversas áreas da educação alunos e professores demonstraram satisfação e até
mesmo preferiram o método de inversão de sala de aula ao tradicional. Os resultados também
mostraram que os alunos se beneficiaram com a exploração de materiais online e os
possibilitaram maior controle de sua aprendizagem. Ou seja, houve desenvolvimento da
autonomia nos alunos.
Com base nessas referências pudemos observar que pode haver uma mudança na
forma de ensino e aprendizagem se utilizarmos das ferramentas que desenvolve a autonomia e
intensifica o contato do aprendiz com a língua estrangeira.
Metodologia de pesquisa:
Referências:
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de Aula Invertida - Uma metodologia Ativa de
Aprendizagem. LTC, 03/2016. VitalBook file.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4º ed. São Paulo: Atlas, 1987.
PAIVA, Vera Menezes. Autonomia e complexidade. Linguagem & Ensino, Vol.9, No. 1, 2006
(77-127)
SANTANA OFUGI, Mariana; A sala de aula invertida como técnica alternativa de ensino: um
enfoque no desenvolvimento da autonomia do aprendiz de inglês como L2/LE.
Dissertação mestrado em linguística aplicada. UFG, 2016.
SCHMITZ, Elieser; Sala de aula Invertida: Uma abordagem para combinar metodologias
ativas e engajar alunos no processo de ensino-aprendizagem. Dissertação mestrado em
tecnologias educacionais em rede. UFMS – RS, 2016.
Cronograma: