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O computador nem sempre foi como é hoje em dia.

Actualmente os computadores processam


dados e resolvem problemas milhões de vezes mais depressa que os sistemas electrónicos
primordiais dos anos 40 e 50. Em aproximadamente seis décadas, a indústria da informática
evoluiu das máquinas electromecânicas de cartões perfurados e calculadoras de válvulas até
aos super computadores actuais cujas velocidades são medidas em nanossegundos.

Este trabalho, desenvolvido no âmbito da disciplina de SDAC (Sistemas Digitais e


Arquitectónicos de Computadores) como base para a avalização do Módulo 7, tem como
principal objectivo dar a conhecer ao leitor a história da computação, ou seja, a história
daquilo que conhecemos como computador e alguns dos seus componentes principais como a
motherboard, as memórias, a interface gráfica e o barramento. Pretende-se portanto mostrar
em que aspectos os computadores têm evoluído, qual a história por detrás das memórias e
quais os seus tipos, o que é uma interface gráfica e como surgiu, as características e tipos de
barramentos e a evolução das motherboards.

História da Computação

A história da computação teve seu início a cerca de 2.500 anos com a primeira máquina de
calcular, se é que a podemos dar o nome de máquina, o ÁBACO, na medida que os cálculos
foram se complicando, os povos antigos se viram com a necessidade de criar algum
instrumento que os auxiliasse com estas atividades.

Blaise Pascal, matemático, físico e filósofo francês, inventou em 1642 a


primeira calculadora mecânica. A calculadora trabalhava perfeitamente, ela
transferia os números da coluna de unidades para a coluna de dezenas por um
dispositivo semelhante a um velocímetro do automóvel. Pascal chamou sua
invenção de Pascalina.( Castro,2005, p: 24)

Desde então, vários estudiosos tentaram implementar estas duas invenções, fazendo com que
elas os auxiliassem ainda mais, todo este esforço dedicado no passado tem forte influência
nas máquinas de hoje.

Data se de 1936 a invenção do primeiro computador eletromecânico, este foi chamado de Z-1
por seu inventor Konrad Zuse. Com a segunda guerra mundial, se iniciaram várias pesquisas
na área da informática, os pioneiros foram os Americanos com duas invensões que deixaram
suas marcas na história, os famosos Mark I e ENIAC. Mark I foi construído em 1944 pela
Marinha dos Estados Unidos em conjunto som a Universidade de Harvard e a IBM, Mark era
um verdadeiro monstro, ocupava cerca de 120 m³ e utilizava milhares de relês.

Em conjunto com este projeto, o Exército americano estava desenvolvendo outro


computador, o ENIAC (Eletronic Numeric Integrator And Calculator), este utilizava apenas a
tecnologia das válvulas e tinha como objetivo calcular a trajetória de mísseis com uma
precisão maior. Com 18.000 válvulas, o ENIAC era capaz de fazer 500 multiplicações por
segundo, mas este magnífico invento só ficou pronto em 1946, meses depois do final da
guerra.

Podemos dizer que até hoje tivemos quatro gerações de computadores, dentre estras quatro
gerações, as três primeiras foram marcadas pela evolução dos componentes básicos do
computador, e a última (quarta geração) fica marcada como um aperfeiçoamento da
técnologia aplicada desde os anos 70.

1. A primeira geração se deu entre as décadas de 40 e 50, usavam válvulas eletrônicas, cabos
e seus maiores problemas eram a velocidade e temperatura;

2. A segunda geração se deu entre as décadas de 50 e 60, onde o grande avanço foi a
substituição das válvulas pelos transistores e a troca dos cabos por placas de circuito
impresso, com isso, tiveram um grande ganho em velocidade, tamanho e custo;

3. A terceira geração se deu entre as décadas de 60 e 70, o grande avanço desta geração foi a
implementação dos Circuitos Integrados (CI´s ou Chip´s), proporcionando uma maior
compactação, redução de custo e um grande salto com a velocidade de processamento de
dados, na ordem de microsegundos;

4. A quarta geração se estende desde a década de 70 até os dias atuais, onde se teve uma
otimização da técnologia já existente para os problemas do usuário, com isso, a ordem de
processamento de dados esta na ordem de nanosegundos;
Com tantas pesquisas na área, foi inventado o transistor (segunda
geração), um semicondutor capaz de substituir as válvulas, trazendo
grande melhora, pois os transistores são muito menores, mais rápidos e
duradouros, além de não terem mais o problema com super aquecimento e
consumo de energia, resolvendo assim problemas da época.( Pinto,
2004,p.107)

Com uma forte influência do programa espacial americano, durante a década de 60 (terceira
geração), o desenvolvimento da eletrônica levou a construção dos famosos Chip´s ou CI´s
( um chip ou CI nada mais é que um conjunto de transistores integrados numa única pastilha
de silício), podemos encontrar dezenas de milhares de transistores em um único chip de
alguns milimetros quadrados, este foi outro passo muito importante para o desenvolvimento
da informática, essa evolução possibilitou o surgimento dos microcomputadores, ainda muito
maiores do que os atuais mas muito menores do que os computadores da época.

Dentre as várias tecnologias de fabricação de CI´s, podemos citar:

SSI – Small Scale Integration – usados para portas lógicas;

MSI – Medium Scale Integration – um contador de 4 bits;

LSI – Large Scale Integration – primeiros processadores, primeiras memórias RAM com
4Kbits;

P-Canal-MOS – Primeira técnologia MOS – muito lenta;

MOS – Metal Oxide Semicondutor – Tecnologia de semicondutores com elevada impedância


de entrada e alto grau de integração;

N-MOS – Tecnologia MOS de canal N de alta velocidade;

CMOS – Complementar Metal Oxide Semicondutor – BIOS – consome pouca energia;

VLSI – Very Large Scale Integration – Tenologia utilizada nos processadores atuais;

O microprocessador:
O primeiro microprocessador foi produzido em 1970 pela Intel (quarta geração) denominado
de 4004, este utilizava a tecnologia LSI, funcionava a 108KHz, continha apenas 2300
transistores e possuia o tamanho de uma unha;

Em 1972, mais uma vez a Intel lança outro processador, o 8008, este funcionava a 200KHz e
possui 3500 transistores;

Em 1974, a Intel lança o 8080, também chamado de Altair, este já funcionava a 2MHz e
possuia 6000 transistores, este era 10 vezes mais poderoso que o 8008, lançado
anteriormente;

Em 1976, a Intel lança o 8085, esta funcionava a 5MHz e possuia 6500 transistores;

Em 1978, a Intel lança o 8086, que funcionava a 5, 8 e 10 MHz e possuia 29000 transistores,
este é capas de atingir uma performance 10 vezes maior que o 8080;

Em 1982, a Intel lança o 80286, que funcionava a 6, 10 e 12 MHz, este possui 134.000
transistores e possuia uma performance de 3 a 6 vezes melhor que o 8086;

Em 1985, a Intel lança a linha 386DX, o primeiro a ser chamado de CPU, este funcionava a
16, 20, 25 e 33 MHz e contém 275.000 transistores;

Em 1989, é lançada a linha 486, que funcionavam a 25, 33 e 50 MHz e já possuiam 1,2
milhões de transistores, este era 50 vezes melhor que o 8088

Em 1993, é lançada a linha que continua no mercado até hoje, a linha Pentium, atualmente, os
processadores para a linha doméstica e escritórios estão trabalhando na casa de 3,2GHz.

O microprocessador, CPU ou processador como é mais conhecido, pode ser considerado


como o cérebro do computador, ele é capaz de realizar operações lógicas e aritméticas,
transferência de dados e todo o controle de comunicação do microcomputador.

O processador recebe os dados através de algum periférico de entrada, processa essas


informações e depois as exibe e, algum periférico de saída, um bom exemplo disto é o
simples fato de digitar um texto, vejamos:

O Teclado é um dispositivo de entrada, quando você digita alguma coisa, o processador


recebe essas informações as processa e depois as exibe;
O Monitor é um dispositivo de saída, assim que o processador processa as informações de
entrada fornecidas pelo teclado ele as exibe no monitor de vídeo;

Assim monta-se um ciclo de entrada e saída, Teclado – Processador – Monitor;

Bibliografia

CASTRO, Celso (Org.). Introdução a Informática: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.

Pinto, Paulo Henrique. Ética Jornalística. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004.

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