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Documento Científico

Departamento Científico de
Medicina da Dor e Cuidados Paliativos (gestão 2022-2024)

Nº 91, 17 de Agosto de 2023

O tratamento da dor no paciente


pediátrico com Artrogripose

Departamento Científico de Medicina da Dor e Cuidados Paliativos (Gestão 2022-2024)


Presidente: Simone Brasil de Oliveira Iglesias (Relatora)
Secretária: Silvia Maria de Macedo Barbosa (Relatora)
Conselho Científico: Cinara Carneiro Neves, Esther Angélica Luiz Ferreira (Relatora),
Ivete Zoboli, Lara de Araújo Torreão, Mariana Bohns Michalowski,
Neulanio Francisco de Oliveira, Poliana Cristina Carmona Molinari

articulações, o que pode levar a dores crôni-


Introdução
cas e a dificuldades funcionais. Tipicamente, as
contraturas na AMC não são progressivas, mas
A artrogripose múltipla congênita (AMC) é um são graves o suficiente para limitar a indepen-
termo utilizado para descrever múltiplas contra- dência na mobilidade e nas atividades da vida
turas articulares que podem afetar os membros diária, especialmente nas áreas de função da
superiores, os membros inferiores, a mandíbula extremidade superior, transferências, mobilida-
e/ou a coluna vertebral. É uma condição congê- de e atividade física. O quadro álgico relacionado
nita rara que afeta o desenvolvimento das arti- a esta doença tem grande impacto na qualidade
culações e dos músculos. É caracterizada pela de vida desses pacientes, pois podem impactar
rigidez e pela limitação dos movimentos nas as atividades da vida diária.1

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O tratamento da dor no paciente pediátrico com Artrogripose

A maioria das contraturas na artrogripose Esta abordagem abrangente baseia-se na


requer tratamento; este envolve potencialmen- tríade de ferramentas de tratamento: em pri-
te múltiplas correções cirúrgicas dos joelhos e meiro lugar, a reabilitação, incluindo a fisiote-
quadril, correção das deformidades da coluna rapia, a manipulação das contraturas e, poste-
vertebral, das contraturas do cotovelo e do pu- riormente, a reabilitação social e ocupacional;
nho, das deformidades do pé e das luxações que em segundo lugar órteses adaptadas individu-
normalmente acompanham as contraturas; des- almente, quer para manutenção ou correção
tas, o quadril e o joelho são as articulações mais da mobilidade articular, e para a prevenção de
frequentemente afetadas.2-4 deformações recorrentes; em terceiro lugar, um
amplo espectro de técnicas cirúrgicas para a
O tratamento de uma criança e, posterior-
correção de deformidades músculo-esqueléti-
mente, de um adulto com artrogripose é um de-
cas, tipicamente encontradas nas contraturas
safio, não só devido à natureza da doença, os sin-
congênitas.5
tomas dolorosos, a progressão das contraturas e
às dificuldades técnicas cirúrgicas daí resultan- O tratamento envolve tipicamente uma rea-
tes, mas também devido à logística necessária bilitação intensiva e contínua precoce, incluindo
para o complexo tratamento multidisciplinar, órtese, talas, exercícios de amplitude de movi-
que envolve, entre outros, pediatras, fisiotera- mento e cirurgias, que podem melhorar as con-
peutas, geneticistas, cirurgiões ortopédicos e traturas, fornecer o potencial para a deambula-
ortopedistas, todos com conhecimentos e expe- ção funcional e promover as atividades diárias
riência aprofundados no tratamento de doentes com o adequado controle da dor.10
com artrogripose.5-9
A Associação Internacional para o Estudo da
Dor redefiniu a dor, em 2020, como sendo “Uma
experiência sensitiva e emocional desagradável,
associada, ou semelhante àquela associada, a
Tratamento: regras gerais uma lesão tecidual real ou potencial.” Algumas
observações são cabíveis frente a esta nova de-
finição:11
O principal objetivo do tratamento da artro-
a. A dor é sempre uma experiência pessoal que
gripose é a otimização da qualidade de vida: isto
é influenciada, em graus variáveis, por fatores
inclui capacidade de comunicação, atividades de
biológicos, psicológicos e sociais;
vida diária sem assistência, capacidade de par-
ticipação social, deambulação independente e, b. Dor e nocicepção são fenômenos diferentes. A
consequentemente, vida independente.6,7 Para dor não pode ser determinada exclusivamente
atingir estes objetivos o tratamento deve ser pela atividade dos neurônios sensitivos;
iniciado o mais precoce possível, ainda na faixa c. Pelas experiências de vida, as pessoas apren-
etária neonatal. dem o conceito de dor. O relato de uma pessoa
sobre uma experiência de dor deve ser respei-
O tratamento precoce é importante na pre-
tado;
venção e/ou controle da dor. Este deve ser dire-
cionado para a melhoria do movimento em todas d. Embora a dor geralmente cumpra um papel
as articulações afetadas, melhoria da muscula- adaptativo, ela pode ter efeitos adversos na
tura pelo reforço de quaisquer músculos fun- função e no bem-estar social e psicológico; e
cionais, uma vez que a função do membro na e. A descrição verbal é apenas um dos vários
artrogripose depende da capacidade de mover comportamentos para expressar a dor; a in-
o membro ativamente, e finalmente, a correção capacidade de comunicação não invalida a
das deformidades fixas que afetam atividades da possibilidade de um ser humano ou um animal
vida diária.5 sentir dor.

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sensação de pressão, rigidez ou desconforto


Classificação fisiopatológica
ao tentar mover as articulações;
3. Dor neuropática: em alguns casos, a artrogri-
Existem dois tipos principais de dor: noci- pose pode causar o comprometimento dos
ceptiva e neuropática. A distinção clínica en- nervos próximos às articulações afetadas. Isso
tre dor nociceptiva e neuropática é útil porque pode resultar em dor neuropática, caracteriza-
as abordagens terapêuticas são diferentes. da por sensações de queimação, formigamen-
A dor nociceptiva surge quando a lesão tecidual to ou choque elétrico;
ativa receptores específicos da dor chamados 4. Dor óssea: deformidades ósseas decorrentes
nociceptores, que são sensíveis a estímulos da artrogripose podem causar dor óssea. Essa
nocivos. Os nociceptores podem responder ao dor é geralmente descrita como profunda,
calor, ao frio, à vibração, aos estímulos de es- latejante e localizada na área afetada; e
tiramento e às substâncias químicas liberadas
5. Dor devido a complicações secundárias: al-
pelos tecidos em resposta à privação de oxi-
gumas complicações comuns são luxações
génio, à ruptura dos tecidos ou à inflamação.
articulares recorrentes. Osteoartrite e lesões
A dor neuropática é causada por danos estru-
musculares podem causar dor adicional nos
turais e disfunção das células nervosas no
pacientes
sistema nervoso periférico ou central (SNC).7
Qualquer processo que cause danos nos ner- A dor crônica na artrogripose pode ter im-
vos, tais como condições patológicas meta- pacto significativo na qualidade de vida física
bólicas, traumáticas, infecciosas, isquêmicas, e emocional dos indivíduos afetados. A limita-
tóxicas ou imunomediadas, pode resultar em ção da mobilidade e a constante sensação de
dor neuropática.8,12 desconforto podem dificultar a participação em
atividades cotidianas, como caminhar, vestir-se
Como já referido acima, a dor é uma expe-
ou realizar tarefas simples. Essas limitações fí-
riência, individual e subjetiva sendo que a sua
sicas podem levar à frustração, ansiedade e até
intensidade e localização podem variar de pes-
mesmo à depressão. Cabe, porém, ressaltar que
soa para pessoa que apresentam artrogripose.
a experiência de dor pode variar de pessoa para
A rigidez articular e a falta de amplitude do mo-
pessoa. Alguns indivíduos com artrogripose po-
vimento podem contribuir para a sobrecarga das
dem ter dores leves e ocasionais, enquanto ou-
articulações e dos músculos, o que pode causar
tros pacientes podem enfrentar dores crônicas e
dor e desconforto. Ocorrem ainda deformida-
mais intensas. É essencial que cada paciente seja
des ósseas e contraturas musculares que tam-
avaliado de forma individual por profissionais da
bém podem contribuir para a experiência da dor
saúde para identificar os tipos de dor específicos
crônica.1 Os pacientes com artrogripose podem
presentes e com isso desenvolver um plano de
apresentar diferentes tipos de dor, que variam
tratamento adequado. Alguns pontos podem ser
em intensidade e localização.
levados em consideração:1,5
Alguns dos tipos de dor mais comuns asso- 1. Variação individual: a experiência da dor pode
ciados à artrogripose incluem:1,5 variar significativamente entre os indivídu-
1. Dor muscular: a rigidez e a falta de movimento os com artrogripose. Alguns podem ter dores
nas articulações podem resultar em tensão e leves e ocasionais, enquanto outros podem
dor nos músculos próximos. Contraturas mus- enfrentar dor crônica e persistente;
culares e espasmos podem ser fontes de dor 2. Adaptação e aprendizado: ao longo do tempo,
significativa; muitas pessoas com artrogripose aprendem a
2. Dor articular: a limitação dos movimentos ar- lidar com a dor e a encontrar maneiras de mi-
ticulares pode causar dor nas articulações afe- nimizar seu impacto. Isso pode envolver a uti-
tadas. Essa dor pode ser descrita como uma lização de estratégias de autocuidado, como

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O tratamento da dor no paciente pediátrico com Artrogripose

exercícios de fortalecimento, alongamento, criança, como o sono, o estado emocional, as re-


uso de dispositivos de auxílio e técnicas de lações, o desenvolvimento e a função física.7
gerenciamento do estresse;
O prestador de cuidados de saúde deve in-
3. Tratamento e intervenções: o tratamento ade-
vestigar a associação da dor com quaisquer
quado da artrogripose, incluindo fisioterapia,
fatores desencadeantes, perguntando sobre
terapia ocupacional e abordagens médicas,
quaisquer fatores conhecidos de agravamento e
pode contribuir para o controle da dor e a me-
alívio. A utilização de escalas para avaliação da
lhoria da qualidade de vida. A implementação
dor em pediatria (FLACC, Numérica, Escala das
de um plano de tratamento multidisciplinar
Faces entre outras) ajudam na quantificação do
personalizado pode ajudar a minimizar a dor e
fenômeno que é subjetivo, o que ajuda na imple-
a melhorar a função física;
mentação da terapêutica e também na avaliação
4. Complicações secundárias: em alguns casos, do sucesso da mesma.8
complicações secundárias da artrogripose,
como osteoartrite, contraturas musculares Após esta avaliação, pode ser formulado e
severas ou luxações articulares recorrentes, implementado um plano pormenorizado de tra-
podem levar ao aumento da dor. O manejo tamento da dor, incluindo intervenções farmaco-
dessas complicações também é importante lógicas e não farmacológicas, em conjunto com
para controlar a dor associada; e o prestador de cuidados primários da criança.
A medição da dor deve ser efetuada em interva-
5. Progressão da condição: em alguns casos, a
los regulares durante a implementação do pla-
artrogripose pode determinar mudanças de-
no de tratamento da dor. Isto permite medir as
generativas nas articulações e nos tecidos
alterações na gravidade da dor ao longo do tem-
musculares ao longo do tempo. Essas mudan-
po e avaliar a adequação e a eficácia do trata-
ças podem contribuir para um aumento na dor
mento escolhido, permitindo fazer ajustes, se
e na rigidez. A intervenção precoce e o trata-
necessário. O processo deve incluir uma avalia-
mento adequado podem ajudar a retardar a
ção do nível de desenvolvimento cognitivo da
progressão dessas alterações
criança e informações sobre o comportamento
habitual da criança quando não está a sentir dor.
A avaliação pode ser problemática em crianças
pré-verbais e em crianças fisicamente subdesen-
Avaliação volvidas devido a subnutrição e doenças.8

A avaliação e a gestão da dor em pediatria


formam um componente essencial para uma as-
sistência pediátrica adequada. A dor que não se Terapêutica da dor
trata, aumenta a morbidade potencial.

A avaliação inicial da dor de uma criança que A analgesia multimodal é a abordagem atual-
relata ou apresenta sinais comportamentais de mente recomendada para tratar a dor em crian-
dor inclui a obtenção de história clínica detalha- ças. A farmacologia que inclui a analgesia básica,
da da dor, exame físico, o diagnóstico das cau- opioides e analgesia adjuvante por si só pode não
sas e a medição da gravidade da dor utilizando ser suficiente para tratar crianças com dor aguda.
um instrumento que a meça e seja adequado à A adição e a integração de modalidades como a
idade. A avaliação da dor implica na obtenção de anestesia regional anestesia regional, reabilita-
informações sobre a localização, a duração e as ção, intervenções psicossociais efetivas, espiritu-
suas características, bem como sobre o impacto alidade e modalidades integrativas (“não-farma-
da dor persistente em vários aspectos da vida da cológicas”) atuam em sinergia para um controle

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da dor pediátrica de forma mais eficaz (poupando da analgesia de base e/ou opioides, quer como
opioides), com menos efeitos secundários do que analgésicos primários, especialmente no trata-
um único analgésico ou modalidade.8,9 mento da dor neuropática e visceral.

Este grupo heterogênio inclui os gabapen-


Analgesia básica
tinoides (como a gabapentina e a pregabalina),
A analgesia básica (ou “simples”) inclui os agonistas alfa-2-adrenérgicos (como a clo-
geralmente acetaminofeno (paracetamol) e an- nidina ou a dexmedetomidina), antidepressi-
ti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Se os vos tricíclicos em dose baixa (como amitripti-
AINEs forem contraindicados devido ao seu lina ou nortriptilina), bloqueadores dos canais
perfil de efeitos secundários (que inclui risco N-metil-Daspartato (NMDA) (como cetamina
de hemorragia e gastrointestinais), pode con- em dose baixa) e bloqueadores dos canais de
siderar-se um inibidor da COX-2 (por exemplo, sódio (como lidocaína).8,9
Celecoxib). O perfil de toxicidade renal pode ser
Em relação à dor na artrogripose, o seu trata-
um pouco melhor.8,9
mento pode envolver o uso de diferentes tipos
de medicamentos na dependência da gravidade
Opioides
e da natureza da dor, levando-se em considera-
Os opioides são frequentemente indicados ção a situação clínica individual. Resumidamen-
para a dor aguda média a grave devida a devida a te, podem ser utilizados:
lesão tecidual. A Organização Mundial de Saúde 1. Analgésicos não opioides: como paracetamol,
(OMS), passo 2, sugere a utilização de opiáceos dipirona, ibuprofeno e naproxeno, que podem
em crianças com dor persistente grave devido a ser usados para aliviar a dor leve a modera-
doença, para além da analgesia básica. da associada à artrogripose com intenção da
Os opioides “fracos”, com um efeito analgé- analgesia com diminuição da inflamação e alí-
sico de teto, incluem a codeína, que já não pode vio do desconforto;
ser recomendada devido a mortes pediátricas, 2. Opioides: em casos de dor intensa e crônica,
especialmente em metabolizadores ultrarrápi- o médico pode prescrever opioides para ali-
dos do citocromo P450 2D6. viar a dor. Os opioides são medicamentos po-
tentes que agem no sistema nervoso central
O tramadol, um analgésico com múltiplos
para reduzir a sensação de dor. No entanto,
mecanismos de ação, parece continuar a de-
eles devem ser usados com extrema caute-
sempenhar um papel fundamental não só para
la e sob supervisão médica rigorosa devido
o tratamento da dor ambulatorial como para o
ao risco de dependência e efeitos colaterais
paciente internado. No Brasil é liberado a partir
adversos;
de um ano de vida, devendo-se ressaltar a con-
traindicação de administração em crianças com 3. Antidepressivos e anticonvulsivantes: certos
obesidade mórbida, apneia de origem central e antidepressivos e anticonvulsivantes têm sido
em pós-operatório de cirurgia de adenoide. utilizados para tratar a dor crônica, incluindo
a dor neuropática associada à artrogripose.
A morfina continua a ser o “padrão de ouro”, Esses medicamentos podem ajudar a modular
mas outros opioides “fortes”, como o fentanil e a a percepção da dor e melhorar os sintomas
metadona são igualmente eficazes nos seus efei- associados; e
tos analgésicos respectivos.9
4. Relaxantes musculares: em casos em que a dor
na artrogripose está relacionada a espasmos
Adjuvantes musculares e tensão, os relaxantes muscula-
Os analgésicos adjuvantes podem melho- res podem ser prescritos para ajudar a aliviar
rar o controle da dor, quer como complemento a dor e melhorar a função muscular.

5
O tratamento da dor no paciente pediátrico com Artrogripose

A combinação de medicamentos com outras direitos humanos não tratá-la. No entanto, a


abordagens de tratamento como a fisioterapia e prevenção e o tratamento da dor em doentes
a terapia ocupacional pode proporcionar melho- pediátricos, em comparação à medicina de adul-
res resultados no gerenciamento da dor na artro- tos, são muitas vezes não só inadequados, mas
gripose.1,5 também menos frequentemente implementa-
dos quanto mais jovens são esses pacientes.
A analgesia multimodal, opção indicada para o
adequado tratamento da dor, alia o tratamento
medicamentoso com o não medicamentoso, o
Conclusão
que leva à atuação em sinergia para um controle
mais eficaz da dor pediátrica com menos efei-
O acesso ao tratamento da dor é um direi- tos secundários do que um único analgésico ou
to humano fundamental, e é uma violação dos modalidade.

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Diretoria Plena
Triênio 2022/2024

PRESIDENTE: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Anamaria Cavalcante e Silva (CE) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETOR: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Camila dos Santos Salomão
1º VICE-PRESIDENTE: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA ADJUNTA: Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Ana Luiza Velloso da Paz Matos
2º VICE-PRESIDENTE: Sidnei Ferreira (RJ) Claudio Hoineff (RJ) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Anamaria Cavalcante e Silva
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL
SECRETÁRIO GERAL: MEMBROS: Donizetti Dimer Giambernardino (PR)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Gilberto Pascolat (PR) Renata Belém Pessoa de Melo Seixas
1º SECRETÁRIO: Paulo Tadeu Falanghe (SP) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) À DISTÂNCIA Carolina Strauss Estevez Gadelha
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA
2º SECRETÁRIO:
Anenisia Coelho de Andrade (PI) Edson Ferreira Liberal (RJ) Valéria Granieri de Oliveira Araújo
Rodrigo Aboudib Ferreira (ES)
Isabel Rey Madeira (RJ) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
3º SECRETÁRIO: Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) DO MARANHÃO
Fábio Ancona Lopez (SP)
Claudio Hoineff (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) Marynea Silva do Vale
DIRETORIA FINANCEIRA: Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA
Sidnei Ferreira (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) COORDENAÇÃO: Márcia Gomes Penido Machado
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Renato Soibelmann Procianoy (RS) MS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO DO SUL
DIRETORIA CIENTÍFICA
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) MEMBROS: Carmen Lúcia de Almeida Santos
DIRETOR: Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Dirceu Solé (SP) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA
Donizetti Dimer Giambernardino (PR) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Paula Helena de Almeida Gattass Bumlai
DIRETORIA CIENTÍFICA - ADJUNTA João Guilherme Bezerra Alves (PE)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Luciana Rodrigues Silva (BA) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS: Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA
Dirceu Solé (SP) Maria do Socorro Ferreira Martins
COORDENADORES REGIONAIS Dirceu Solé (SP)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
NORTE: Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO
GRUPOS DE TRABALHO Alexsandra Ferreira da Costa Coelho
Adelma Alves de Figueiredo (RR) EDITORES REVISTA
Dirceu Solé (SP)
NORDESTE: Residência Pediátrica PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Marynea Silva do Vale (MA) Ramon Nunes Santos
MÍDIAS EDUCACIONAIS EDITORES CIENTÍFICOS:
SUDESTE: PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
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Edson Ferreira Liberal (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
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EDITORA ADJUNTA: Cláudio Hoineff
Cristina Targa Ferreira (RS) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (ES) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO-OESTE: PROGRAMAS NACIONAIS DE ATUALIZAÇÃO CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
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Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira (SP) EDITORES ASSOCIADOS: Wilmerson Vieira da Silva
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TITULARES: Tulio Konstantyner (SP) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA
Claudia Bezerra Almeida (SP) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Mareny Damasceno Pereira
Jose Hugo Lins Pessoa (SP) Renata Dejtiar Waksman (SP)
Marisa Lages Ribeiro (MG) NEONATOLOGIA - PRORN RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL
Renato Soibelmann Procianoy (RS) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Sérgio Luis Amantéa
Marynea Silva do Vale (MA) Angelica Maria Bicudo (SP)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Clea Rodrigues Leone (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA
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Werther Bronow de Carvalho (SP) Cláudio Leone (SP) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA
SUPLENTES:
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Silvio da Rocha Carvalho (RJ) EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA - PROEMPED MEMBROS: TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA
Sulim Abramovici (SP) Hany Simon Júnior (SP) Rosana Alves (ES) Ana Mackartney de Souza Marinho
Gilberto Pascolat (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS: DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Lucia Ferreira (RJ)
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Dirceu Solé (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
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PROFISSIONAL Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) • Emergência
TRATADO DE PEDIATRIA
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COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA OBTENÇÃO DO COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL (MEMORIAL DA PEDIATRIA BRASILEIRA)
Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) • Reumatologia
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO COORDENAÇÃO: • Saúde Escolar
SERIADA Ruth Guinsburg (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Sono
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO MEMBROS: • Suporte Nutricional
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Mario Santoro Junior (SP) • Toxicologia e Saúde Ambiental
Luciana Cordeiro Souza (PE) Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
Sidnei Ferreira (RJ) GRUPOS DE TRABALHO
MEMBROS: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Jeferson Pedro Piva (RS) • Atividade física
João Carlos Batista Santana (RS)
COORDENAÇÃO GERAL: • Cirurgia pediátrica
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
Edson Ferreira Liberal (RJ) • Criança, adolescente e natureza
Ricardo Mendes Pereira (SP) COORDENAÇÃO: • Doença inflamatória intestinal
Mara Morelo Rocha Felix (RJ) COORDENAÇÃO OPERACIONAL:
Nilza Maria Medeiros Perin (SC) Claudio Barsanti (SP) • Doenças raras
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Drogas e violência na adolescência
Renata Dejtiar Waksman (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Educação é Saúde
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS MEMBROS: Paulo Tadeu Falanghe (SP) • Imunobiológicos em pediatria
Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Sergio Augusto Cabral (RJ) • Metodologia científica
Marcia de Freitas (SP) AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA • Oftalmologia pediátrica
Nelson Grisard (SC) Ana Isabel Coelho Montero
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA • Ortopedia pediátrica
Normeide Pedreira dos Santos Franca (BA) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA
Ricardo do Rego Barros (RJ) • Pediatria e humanidades
PORTAL SBP Marcos Reis Gonçalves • Políticas públicas para neonatologia
INTERCÂMBIO COM OS PAÍSES DA LÍNGUA PORTUGUESA Clovis Francisco Constantino (SP) AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA • Saúde mental
Marcela Damasio Ribeiro de Castro (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Adriana Távora de Albuquerque Taveira • Saúde digital

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