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UNIDADE I

Fisioterapia Reumatológica

Profa. MSc. Andrea Ferian


Entendendo as doenças reumáticas

 As doenças reumáticas estão classificadas pelo Código Internacional de Doenças (CID) no


capítulo XIII denominado “Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo”.

 São um grupo abrangente de doenças, cuja característica mais evidente é o


processo inflamatório.

 Além disso, algumas doenças reumáticas apresentam caráter autoimune, isto é, o sistema
imunitário reage contra o próprio organismo formando autoanticorpos. Com isso, um órgão
específico ou diversos órgãos podem ser acometidos.
Diagnóstico das doenças reumáticas

 Um aspecto relevante das doenças reumatológicas sistêmicas é que a grande maioria não
tem um sinal patognomônico.

 Portanto, o diagnóstico é um desafio e depende de um conjunto de manifestações clínicas e


exames laboratoriais ou de imagem.

 Diante disso, foram criados e aprimorados critérios de classificação para distinguir as


doenças e uniformizar as definições. Esse processo é dinâmico e está em constante
aprimoramento com comitês específicos de sociedades dedicados a esse tema.
Etiologia das doenças reumáticas

 As doenças reumatológicas sistêmicas, na sua maioria, possuem etiologia ainda não


conhecida e apresentam fatores de risco que podem desencadear a doença ou agravar a
sua manifestação.

 Fatores de risco não modificáveis:


- Idade
- Fatores genéticos
- Sexo
 Fatores de risco modificáveis:
- Tabagismo
- Luz ultravioleta
- Obesidade
- Dieta
Tratamento das doenças reumáticas

 A ampla abrangência clínica das doenças reumáticas exige uma vasta gama de modalidades
e agentes terapêuticos, que devem ser ajustados a cada paciente ao longo das distintas
fases da enfermidade.

 Agentes para controle da dor: são corriqueiramente utilizados o acetaminofeno (paracetamol)


e a dipirona. O uso de fármacos mais potentes, como os opioides (ex.: codeína, morfina)
deve ser reservado para casos de dor intensa e de difícil alívio, em vista do potencial de
dependência. Para dor crônica, podem ser úteis os inibidores de receptação da serotonina e
da noradrenalina (duloxetina, milnacipran).

 Controle da inflamação: anti-inflamatórios hormonais (AINH) e


não hormonais.
Tratamento das doenças reumáticas

 Drogas antirreumáticas modificadoras de doenças (DARMD): seu principal objetivo é


modificar a evolução das doenças autoimunes sistêmicas, prevenindo o acúmulo de lesões
teciduais e disfunções de órgãos e sistemas. Englobam fármacos imunossupressores que
atuam em diversos mecanismos do sistema imunitário de forma abrangente e não seletiva.
Ex.: Metotrexato e Hidroxicloroquina.

 Fármacos imunobiológicos: fármacos com ação dirigida estritamente contra elementos


específicos do sistema imunitário, como algumas citocinas. O primeiro alvo dessa classe de
fármacos foi o TNF-α, resultando em expressivo progresso terapêutico em enfermidades
como artrite reumatoide e espondilite anquilosante. Ex.: Adalimumabe e etanercepte.
Reabilitação

Os principais objetivos buscados durante a reabilitação devem incluir:

 Diminuição da dor

 Restauração e manutenção da função

 Prevenção de incapacidades
Reabilitação

As condutas para atingir os principais objetivos no tratamento contemplam:

 Educação do paciente
 Técnicas de proteção articular e conservação de energia
 Orientações sobre o uso de órteses
 Orientações sobre o uso de meios auxiliares de marcha
 Adaptações
 Fisioterapia: cinesioterapia, hidroterapia, meios físicos

Fonte: https://www.maxpixel.net/
Reabilitação

Fonte: https://www.maxpixel.net/

Fonte: Bianchin et al. (2010). Fonte: Sprouse et al. (2018).


Fisioterapia

 As várias formas de fisioterapia, especialmente a cinesioterapia, são fundamentais na


condução de várias enfermidades com comprometimento articular, periarticular e muscular.

 Além de contribuir para a recuperação funcional, ajudam no controle da dor e na restauração


do equilíbrio biomecânico.

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Fisioterapia

 A cinesioterapia inclui: exercícios de mobilidade e alongamento, exercícios resistidos


progressivos, condicionamento aeróbico e hidroterapia.

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Atividade física regular

 Nas enfermidades autoimunes sistêmicas, a atividade física regular e equilibrada contribui


com efeitos positivos sobre o sistema imunitário, exercendo efeito adjuvante no controle do
processo inflamatório.

 Além disso, a atividade física regular se contrapõe aos efeitos aterogênicos do processo
inflamatório crônico.

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Equipe multiprofissional

 O ideal é que o paciente seja


acompanhado por uma equipe Enfermeiro
multiprofissional da qual o Assistente Reuma-
fisioterapeuta faz parte. social tologista

Terapeuta
Nutricionista
ocupacional

Paciente
reuma-
tológico
Ortopedista Fisiatra

Educador
Psicólogo
físico
Fisiotera-
peuta

Fonte: acervo pessoal.


Interatividade

Em relação ao tratamento e à reabilitação do paciente com doença reumática, assinale a


alternativa correta:

a) Geralmente, as doenças reumáticas têm duração limitada, sendo suficiente somente o


tratamento medicamentoso.
b) As doenças reumáticas são restritas ao sistema musculoesquelético, por isso a equipe
envolve somente o médico reumatologista, o fisioterapeuta e o educador físico.
c) Treinamento aeróbico não é indicado nesse tipo de paciente, pois pode sobrecarregar as
articulações.
d) As drogas antirreumáticas modificadoras de doenças
(DARMD) agem de forma específica contra elementos do
sistema imunitário, enquanto os imunobiológicos agem de
forma abrangente e não seletiva.
e) A fisioterapia tem papel fundamental no controle da dor, na
recuperação e na manutenção da função e da prevenção de
incapacidades.
Resposta

Em relação ao tratamento e à reabilitação do paciente com doença reumática, assinale a


alternativa correta:

a) Geralmente, as doenças reumáticas têm duração limitada, sendo suficiente somente o


tratamento medicamentoso.
b) As doenças reumáticas são restritas ao sistema musculoesquelético, por isso a equipe
envolve somente o médico reumatologista, o fisioterapeuta e o educador físico.
c) Treinamento aeróbico não é indicado nesse tipo de paciente, pois pode sobrecarregar as
articulações.
d) As drogas antirreumáticas modificadoras de doenças
(DARMD) agem de forma específica contra elementos do
sistema imunitário, enquanto os imunobiológicos agem de
forma abrangente e não seletiva.
e) A fisioterapia tem papel fundamental no controle da dor, na
recuperação e na manutenção da função e da prevenção de
incapacidades.
Osteoartrite – definição

 Osteoartrite (OA) pode ser definida como uma desordem das articulações sinoviais, com
perda gradual da cartilagem articular, associada à esclerose do osso subcondral
(espessamento), formação de osteófitos e inflamação sinovial crônica moderada.

Fonte: Klippel (2008).


Osteoartrite – causas

O desenvolvimento da osteoartrite está associado às múltiplas causas:

 Envelhecimento
 Predisposição genética
 História de traumas anteriores
 Obesidade
 Raça
 Sexo
Osteoartrite – características clínicas

 Os sintomas da osteoartrite incluem dor, principalmente com o movimento, rigidez articular


(principalmente após um período de inatividade), diminuição de ADM, crepitação, edema e
deformidades.

As articulações mais comumente afetadas pela osteoartrite são:

 Articulações facetárias cervicais e lombares


 Interfalangeanas das mãos
 Primeira articulação metatarsofalangeana
 Articulação trapeziometacarpiana
 Joelhos
 Quadris
Osteoartrite – características clínicas

Fonte: Moreira et al. (2009).

Fonte: Klippel (2008).


Osteoartrite – fisiopatologia

Composição da cartilagem articular:


 Matriz extracelular: colágeno (II, IX e XI) e proteoglicanos
 Células: condrócitos

 A homeostase fisiológica da cartilagem articular é mantida pelos condrócitos, que sintetizam


o colágeno, proteoglicanos e proteases.

 A osteoartrite resulta da falha dos condrócitos em sintetizar uma matriz de boa qualidade,
mantendo o equilíbrio entre síntese e degradação dos componentes da matriz extracelular.
Osteoartrite – fisiopatologia

Estresse e outras causas

Matriz: degradação Condrócito: liberação


do colágeno e de proteases
proteoglicanos e citocinas

Degradação da cartilagem
Fonte: acervo pessoal.

 Proteases: são enzimas que clivam (“quebram”) determinadas


proteínas em resíduos de aminoácidos ou peptídeos menores.
Osteoartrite – tratamento

O manejo da osteoartrite envolve várias frentes:

 Educação e instrução sobre atividades de vida diária.


 Controle do peso.
 Exercícios adequados.
 Nas osteoartrites de quadril e joelho pode ser indicado o uso de dispositivos auxiliares da
marcha, como bengalas, andadores ou muletas.
 Medidas farmacológicas (analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais).
 Injeção intra-articular de corticoides ou ácido hialurônico
(viscosuplementação).
 Substituição articular por prótese, especialmente
de joelho e quadril.
Osteoartrite – fisioterapia

 A fisioterapia inclui o uso da eletrotermofototerapia e cinesioterapia com exercícios para


ganho de mobilidade, força muscular e estabilidade articular.

Fonte: Kinsner e Colby (2019).


Osteoporose – definição

 Osteoporose é uma doença FASE DE REPOUSO


sistêmica do esqueleto,
caracterizada pela diminuição
da massa óssea e pela OSTEOCLASTOS
deterioração da
microarquitetura do tecido
ósseo, levando a uma
fragilidade óssea e
MINERALIZAÇÃO REABSORÇÃO PELOS OSTEOCLASTOS
aumento do risco de
fraturas.

FORMAÇÃO OSTEOBLASTOS

REVERSÃO Fonte: adaptado de: Klippel (2008).


Osteoporose – classificação

 A osteoporose pode ser classificada como primária ou secundária.

Osteoporose primária: geralmente está relacionada ao envelhecimento, como a menopausa


em mulheres, e ocorre mais tarde na vida dos homens. Pode ser subdividida em:
 osteoporose pós-menopausa (tipo I)
 osteoporose senil (tipo II)

 Osteoporose secundária: decorrente de uma série


de condições patológicas, como osteomalácia,
hiperparatireoidismo, excesso de glicocorticosteroides,
menopausa cirúrgica (retirada dos ovários), insuficiência
renal, neoplasias etc.
Osteoporose – fatores de risco

 Alguns fatores podem aumentar o risco para a perda de massa óssea e por isso indivíduos
que se encaixem nesses critérios devem ser acompanhados e investigados mais de perto.
Fatores de risco não modificáveis
 Sexo feminino
 Raça caucasiana
 Menopausa
 Idade maior que 60 anos
 História familiar de osteoporose
Fatores de risco modificáveis
 Tabagismo
 Etilismo (≥ 3 doses diárias)
 Baixa ingestão de cálcio na dieta
 Sedentarismo
 Baixo peso
Osteoporose – sinais e sintomas

 É uma doença progressiva e silenciosa


que pode evoluir durante muitos anos sem
ocorrer qualquer sintoma, a não ser que
ocorra uma fratura.

 As fraturas mais comuns na osteoporose


são: fratura por compressão vertebral,
fratura do punho e da extremidade
proximal do fêmur.

Fonte: Carvalho et al. (2019).


Osteoporose – diagnóstico

 O diagnóstico da osteoporose é baseado na densitometria óssea (DEXA: densitometria de


dupla energia baseada em raios X). O método é preciso, não invasivo, rápido e seguro.

 Os critérios diagnósticos propostos pela OMS (1994) se baseiam na medida da densidade


mineral óssea, geralmente do quadril e da coluna (expressa em gramas pela área ou volume
medidos).

 O valor obtido é então comparado com o indivíduo normal adulto, que está no pico da
massa óssea.

 Osteoporose é definida como massa óssea situada 2,5 ou mais


desvios-padrão (DP) abaixo da média para o adulto jovem
(T-escore).
Osteoporose – tratamento

Prevenção:
 Otimizar o pico de massa óssea.
 Prevenir a reabsorção pós-menopausa.

Tratamento farmacológico:
 Terapia de reposição hormonal (terapia com estrogênio na pós-menopausa).
 Agentes antirreabsorção do tecido ósseo (drogas que inibem a atividade osteoclástica).
 Agentes estimuladores da formação óssea.

 Suplementação de cálcio e vitamina D pode ser necessária.


Osteoporose – fisioterapia

 Prevenção de quedas: treino de equilíbrio, propriocepção e fortalecimento muscular.

 Exercícios para estimulação da massa óssea: exercícios com descarga de peso são os mais
indicados, como caminhada, dança e musculação leve. Eles estimulam a atividade
osteoblástica e previnem a reabsorção.

 Os pacientes com alto risco para fratura vertebral devem evitar flexão anterior da coluna
vertebral, como levantar uma carga ou pegar um objeto do chão. Exercícios de alto impacto
ou que exijam torção rápida ou ações explosivas ou abruptas (p. ex.: golfe e esportes de
raquete) também devem ser evitados.
Interatividade

A massa óssea é continuamente renovada por um processo denominado remodelamento.


Sobre esse processo, escolha a alternativa correta:
a) Os osteoblastos são as células responsáveis pela reabsorção óssea, enquanto os
osteoclastos são as células responsáveis pela deposição de nova matriz.
b) Muitos fatores podem interferir no remodelamento, como estímulos hormonais, estímulo
mecânico, oferta de nutrientes e alguns fármacos.
c) No esqueleto adulto normal, a quantidade de osso secretada é ligeiramente maior que a
quantidade de osso reabsorvido, ou seja, a produção é sempre maior, o que promove o
fortalecimento contínuo do osso.
d) A perda de massa óssea inicia-se em torno dos 50 anos de
idade, tanto em homens como em mulheres.
e) Não há como afetar essa dinâmica, pois ela é determinada
geneticamente. Cada pessoa tem um potencial de
desenvolvimento ósseo e a atividade física não é capaz de
interferir. Portanto se os pais de uma pessoa tiverem uma
massa óssea muito desenvolvida, essa pessoa a terá também.
Resposta

A massa óssea é continuamente renovada por um processo denominado remodelamento.


Sobre esse processo, escolha a alternativa correta:
a) Os osteoblastos são as células responsáveis pela reabsorção óssea, enquanto os
osteoclastos são as células responsáveis pela deposição de nova matriz.
b) Muitos fatores podem interferir no remodelamento, como estímulos hormonais, estímulo
mecânico, oferta de nutrientes e alguns fármacos.
c) No esqueleto adulto normal, a quantidade de osso secretada é ligeiramente maior que a
quantidade de osso reabsorvido, ou seja, a produção é sempre maior, o que promove o
fortalecimento contínuo do osso.
d) A perda de massa óssea inicia-se em torno dos 50 anos de
idade, tanto em homens como em mulheres.
e) Não há como afetar essa dinâmica, pois ela é determinada
geneticamente. Cada pessoa tem um potencial de
desenvolvimento ósseo e a atividade física não é capaz de
interferir. Portanto se os pais de uma pessoa tiverem uma
massa óssea muito desenvolvida, essa pessoa a terá também.
Doença de Paget (osteíte deformante)

 É uma desordem crônica do esqueleto adulto caracterizada por uma aceleração no


processo de remodelamento.

 Fase osteolítica: reabsorção óssea exagerada (osteoclastos maiores e em maior número).

 Fase esclerótica: intensificação da atividade osteoblástica para deposição de novo osso.

 Resultado: deposição de uma matriz óssea aumentada, porém desorganizada


e enfraquecida, entremeada com áreas de fibrose, o que deixa o osso mais suscetível
a fraturas.
Doença de Paget (osteíte deformante) – características

 Ossos mais comumente afetados: fêmur, tíbia, úmero, clavícula, vértebras e ossos da pelve
e crânio.

 Etiologia ainda desconhecida, mas há forte componente genético com prevalência familiar.
Há também evidências de um gatilho viral no seu desencadeamento (família do
paramixovírus).

 Acomete mais homens que mulheres em uma proporção 2:1 e sua frequência vai
aumentando com a idade.
Doença de Paget (osteíte deformante) – sinais e sintomas

 Alargamento ósseo, deformidade e dor.

 Quando os ossos do crânio são acometidos pode haver perda auditiva (invasão da cóclea),
dor de cabeça e tontura.

 As vértebras podem crescer, enfraquecer, fraturar e comprimir nervos, resultando em


sintomas como dor, parestesias e paresias.

 O diagnóstico é geralmente descoberto quando radiografias e


exames laboratoriais são realizados por outras razões.
Doença de Paget (osteíte deformante) – tratamento

 Tratamento precoce: prognóstico bom.

 Tratamento farmacológico: bisfosfanatos (suprimir reabsorção óssea), analgésicos e anti-


inflamatórios não hormonais (controle da dor).

 Repouso deve ser evitado.

 Às vezes são necessárias cirurgias ortopédicas.

 Não existem estudos específicos que investiguem o efeito da


fisioterapia, da terapia ocupacional ou de outras abordagens
não farmacológicas na doença de Paget.
Raquitismo e Osteomalácea

 Osteomalácia é uma doença caracterizada por um defeito na mineralização da matriz óssea


em indivíduos adultos.

 Raquitismo é uma doença que se caracteriza por defeito de mineralização e maturação das
células cartilaginosas nas placas de crescimento em crianças e adolescentes.

 Tanto a osteomalácia como o raquitismo levam à fragilidade do esqueleto, que se torna mais
suscetível a deformidades e fraturas.
Raquitismo e Osteomalácea – causas

O defeito na mineralização óssea que caracteriza a patogênese dessas duas doenças está
relacionado à deficiência de cálcio e/ou fósforo, que pode ser provocada por várias razões:

 Carência nutricional: deficiência de vitamina D, cálcio ou fósforo.


 Fatores genéticos e hereditários.
 Causas adquiridas: doenças intestinais (alterações na absorção de vitamina D),
doenças do fígado (alterações no metabolismo da vitamina D), doenças renais
(favorecem a perda de minerais).
Raquitismo

O raquitismo por deficiência nutricional é o tipo mais comum em todo o mundo:


 Baixa ingestão de cálcio.
 Deficiência de vitamina D.

Sinais:
 Baixa estatura e/ou diminuição da velocidade de crescimento.
 Deformidades esqueléticas.
 Atraso no fechamento das fontanelas.
 Craniotabes.

Fonte: Maia et al. (2018).


Osteomalácia

 Sua causa mais comum é a deficiência de vitamina D (baixa exposição solar).

 Sintomas inespecíficos: dor óssea difusa (lombar, pelve e MMII) e fraqueza muscular;
podem ocorrer fraturas com trauma mínimo.

 Deformidades esqueléticas são raras em adultos, porém podem ocorrer em pacientes com
osteomalácia de longa duração.

 Na radiografia: baixa densidade mineral óssea (osteopenia) e


pseudofraturas de Looser (linhas radiotransparentes, de 2-5
mm de largura, que refletem acúmulo de tecido osteoide não
mineralizado).
Raquitismo e Osteomalácia – tratamento

 Os sintomas do raquitismo e da osteomalácia podem desaparecer com a suplementação de


vitamina D, a menos que a absorção intestinal esteja prejudicada.

 O tratamento precoce do paciente raquítico pode levar à correção espontânea da


deformidade dos membros inferiores ou pelo menos minimizá-la.

 Às vezes pode ser necessária intervenção cirúrgica para correção da deformidade


(osteotomias corretivas).
Raquitismo e Osteomalácia – Fisioterapia

 A fraqueza muscular e a diminuição da funcionalidade que acompanham o quadro podem


ser minimizadas por um programa de fisioterapia que inclua exercícios de fortalecimento
e mobilidade.

 Exercícios aquáticos como natação e hidroterapia têm baixo impacto e podem ser indicados.

 Crianças com raquitismo podem apresentar atraso no desenvolvimento motor, na aquisição


da marcha e dificuldade nas atividades de vida diária, o que torna muito importante a
avaliação e o acompanhamento fisioterápico. As atividades motoras grossa e fina devem
ser estimuladas.

 No caso de cirurgias ortopédicas corretivas, a fisioterapia é


fundamental no pós-operatório para evitar contraturas, manter
mobilidade e recuperar a função.
Interatividade

O raquitismo e a osteomalácia são patologias associadas a defeitos na mineralização óssea.


Sobre essas doenças, assinale a alternativa correta:
a) O raquitismo é caracterizado por anormalidades na formação na placa epifisária de
crescimento, com áreas não mineralizadas, desorganização da arquitetura celular e retardo
na maturação óssea.
b) A osteomalácia está relacionada ao processo natural do envelhecimento, com diminuição
na densidade óssea, sendo um estágio anterior à osteoporose.
c) A causa mais comum do raquitismo e da osteomalácia são fatores genéticos ligados à
deficiência de enzimas que participam do metabolismo do cálcio.
d) O tratamento do raquitismo consiste em medidas paliativas
para controle da dor, já que o defeito na mineralização
é irreversível.
e) O principal sintoma da osteomalácia é o envergamento dos
ossos longos nos estágios iniciais da doença.
Resposta

O raquitismo e a osteomalácia são patologias associadas a defeitos na mineralização óssea.


Sobre essas doenças, assinale a alternativa correta:
a) O raquitismo é caracterizado por anormalidades na formação na placa epifisária de
crescimento, com áreas não mineralizadas, desorganização da arquitetura celular e retardo
na maturação óssea.
b) A osteomalácia está relacionada ao processo natural do envelhecimento, com diminuição
na densidade óssea, sendo um estágio anterior à osteoporose.
c) A causa mais comum do raquitismo e da osteomalácia são fatores genéticos ligados à
deficiência de enzimas que participam do metabolismo do cálcio.
d) O tratamento do raquitismo consiste em medidas paliativas
para controle da dor, já que o defeito na mineralização
é irreversível.
e) O principal sintoma da osteomalácia é o envergamento dos
ossos longos nos estágios iniciais da doença.
Fibromialgia

 É caracterizada como sendo uma síndrome de dor musculoesquelética difusa, crônica (dura
mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor.

É acompanhada por sintomas como:

 Sono não reparador


 Ansiedade e/ou depressão
 Fadiga
 Dificuldade de concentração e memorização
 Alterações do hábito intestinal
 Cefaleia
 Sensação de edema articular
 Zumbido e tontura
Fibromialgia – causas

 Ainda não totalmente esclarecida, a principal hipótese é que pacientes com FM apresentam
uma alteração da percepção da sensação de dor.

 Não há presença de um agente agressor local ou atividade inflamatória.

 Alguns pacientes com FM desenvolvem a condição após um gatilho, como uma dor
localizada e maltratada, um trauma físico ou uma doença grave.
Fibromialgia – características

 Predominância em mulheres (9:1).

 Início geralmente entre 30 e 50 anos.

 Afeta 2,5% da população mundial, sem diferenças entre nacionalidades ou


condições socioeconômicas.

 A incapacidade gerada pela fibromialgia leva a uma consequência social muitas vezes
devastadora com perdas financeiras ou afetivas.
Fibromialgia – diagnóstico

 O diagnóstico de FM é eminentemente clínico.

 Exames laboratoriais e de imagem auxiliam a exclusão de outras patologias que podem


causar sintomas semelhantes.

 Índice de dor generalizada (widespread pain index/WPI) – inclui 19 possíveis regiões em que
o paciente sente dor e permite a obtenção de um escore que entre 0 e 19.

 Índice de gravidade dos sintomas da doença (symptom severity scale/SSS) – pode variar de
0 a 12.
Fibromialgia – tratamento

A meta do tratamento na fibromialgia é a melhora dos sintomas e da qualidade de vida:

 Tratamento medicamentoso: analgésicos, miorrelaxantes e antidepressivos

 Psicoterapia

 Educação em dor
Fibromialgia – exercícios e fisioterapia

 Exercícios aeróbicos de baixa intensidade: caminhada, dança, natação e hidroginástica

 Exercícios resistidos

 Hidroterapia

 Massagens
Interatividade

A fibromialgia é uma doença sistêmica que pode estar associada a uma série de sintomas que
impactam a qualidade de vida. Sobre essa condição, podemos afirmar que:

a) É mais frequente em homens acima dos 50 anos.


b) Sua etiologia ainda não está totalmente esclarecida, mas um gatilho deflagra uma reação
de autoimunidade e inflamação sistêmica que explica a ocorrência de dores difusas.
c) O acometimento cardíaco e pulmonar são manifestações extra-articulares comuns.
d) O paciente com fibromialgia pode apresentar intenso sofrimento emocional, com crises de
ansiedade e depressão.
e) O diagnóstico é baseado na eletroneuromiografia que
evidencia alteração na função e na atividade neuromuscular.
Resposta

A fibromialgia é uma doença sistêmica que pode estar associada a uma série de sintomas que
impactam a qualidade de vida. Sobre essa condição, podemos afirmar que:

a) É mais frequente em homens acima dos 50 anos.


b) Sua etiologia ainda não está totalmente esclarecida, mas um gatilho deflagra uma reação
de autoimunidade e inflamação sistêmica que explica a ocorrência de dores difusas.
c) O acometimento cardíaco e pulmonar são manifestações extra-articulares comuns.
d) O paciente com fibromialgia pode apresentar intenso sofrimento emocional, com crises de
ansiedade e depressão.
e) O diagnóstico é baseado na eletroneuromiografia que
evidencia alteração na função e na atividade neuromuscular.
ATÉ A PRÓXIMA!

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