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CINESIOTERAPIA
Profª Thalita Daniel
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame da consciência
• Estar consciente é ter conhecimento de si próprio e do ambiente ao redor;
• A avaliação do nível de consciência é um dos parâmetros mais importantes para se determinar as
alterações e necessidades no atendimento ao paciente neurológico.
• Por meio de procedimentos relativamente simples, essa avaliação revela informações sobre o
funcionamento do cérebro, medula espinal e nervos.
• A consciência de um indivíduo pode ser observada a partir de dois aspectos principais: o nível de
consciência, também chamado de estado de vigília; e o conteúdo da consciência, incluindo funções
cognitivas e de atenção, além das respostas afetivas, totalizando, assim, a consciência de si e do ambiente.
• Lesões em regiões específicas podem evoluir com um déficit parcial da consciência.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame da consciência
• As estruturas responsáveis por manter o indivíduo consciente estão localizadas no tronco cerebral, no diencéfalo e no
córtex cerebral.
COMA - o estado de perda total ou parcial da consciência, da motricidade voluntária e da sensibilidade causadas
geralmente por lesões cerebrais, intoxicações, problemas metabólicos e endócrinos, os quais, dependendo da
gravidade, alteram as funções vitais em maior ou menor grau.
LETARGIA – conhecido também por sonolência, é considerada um estado de diminuição do nível de consciência em
que o indivíduo consegue ser acordado com estímulos brandos.
ESTUPOR - é considerado um estado de sonolência mais profundo, no qual o indivíduo precisa receber estímulos
vigorosos e repetidos para despertar.
MORTE ENCEFÁLICA - ocorre quando o dano encefálico é tão extenso que não há potencial para recuperação
estrutural e funcional do encéfalo.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame da consciência
• A identificação da causa do coma deve começar pela coleta de informações com familiares e pessoas que possam ter
presenciado a evolução clínica do paciente.
• . O exame clínico geral deve buscar indícios de condições sistêmicas que possam levar a alterações do nível de consciência.
• Entre os dados do exame neurológico mais importantes para a localização e prognóstico do paciente estão:
• Nível de consciência.
• Padrão respiratório.
• Tamanho e resposta pupilar à luz.
• Motricidade ocular espontânea ou reflexa.
• Resposta motora esquelética
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame da consciência
• A escala de coma de Glasgow (ECG) é utilizada para avaliação do nível de consciência em
pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame da consciência
• Verificar: identificar fatores que podem interferir na capacidade de resposta do paciente por exemplo, um
paciente surdo não poderá reagir normalmente ao estímulo verbal)
• Observar: analisar o paciente e ficar atento a qualquer comportamento espontâneo dentro dos três
componentes da escala.
• Estimular: caso o paciente não aja espontaneamente nos tópicos da escala, é preciso estimular uma
resposta; estímulo sonoro e estímulo físico.
• Pontuar e somar: os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem ser marcados em cada
um dos três tópicos da escala.
• Analisar a reatividade pupilar (atualização 2018): suspender cuidadosamente as pálpebras do paciente e
direcionar um foco de luz para seus olhos.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame das funções corticais
• Afasias - perda da memória da palavra
• Afasia sensitiva ou afasia de Wernicke – utilizam palavras incompreensíveis, incorretas e
desnecessárias.
• Afasia motora ou de Broca - dificuldade para se expressar e limitações em achar as palavras,
falando frases muito curtas e omitindo palavras.
• Afasia mista ou global - dificuldade de compreensão e produção de linguagem, correspondendo
à forma mais grave de afasia.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame das funções corticais
• Apraxias - comprometimento na realização de movimentos intencionais.
• Apraxia ideomotora - distúrbio na realização de gestos simples ou simbólicos, sem a utilização
de objetos.
• Apraxia ideatória - distúrbio evidente na sequência dos atos necessários de movimento para a
utilização de um objetivo.
• Apraxia do - incapacidade de orientar peças de vestuário em relação ao corpo. O indivíduo
perde a noção da sequência correta de vestir as várias peças de roupas.
• Apraxia construtiva - incapacidade ou dificuldade de reproduzir ou desenhar espontaneamente.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame das funções corticais
• Agnosia é a incapacidade de reconhecimento de objetos.
• Agnosia visual - pode ser dividida em aperceptiva que o indivíduo tem um prejuízo da
percepção da imagem do objeto e associativa que a percepção do objeto está preservada,
porém o indivíduo não consegue associar a imagem vista a seu conhecimento já armazenado
sobre o significado daquele objeto.
• Prosopagnosia - incapacidade de reconhecer rostos familiares.
• Agnosia para as cores Incapacidade de reconhecer informações referentes a cores.
• Alexia pura (sem agrafia) Incapacidade de reconhecer símbolos gráficos
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame das funções corticais
• Agnosia auditiva - pode ser dividida em associativa que o indivíduo não consegue atribuir o significado
adequado a cada som e em discriminativa que o indivíduo não consegue diferenciar sons como sendo
diferentes entre si.
• Amusia - perda da habilidade de um ou vários aspectos relacionados percepção de elementos como tom,
timbre, ritmo; capacidade de reproduzir (cantar ou tocar) uma música.
• Surdez verbal pura Trata-se de uma agnosia específica para palavras, gerando incapacidade de reconhecer
as palavras ouvidas.
• Agnosia tátil (asterognosia) - comprometimento do reconhecimento de objetos por meio do estímulo tátil.
• Negligência unilateral (NU) - dificuldade de se orientar em direção a algo localizado espacialmente ou de
obter resposta a estímulos gerados do lado contralateral à lesão cortical.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame das funções corticais
• Miniexame do estado mental (MEEM) - teste mais utilizado para avaliar a função cognitiva dos
pacientes neurológicos.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame das funções corticais
• Avaliação cognitiva Montreal (MoCA) -
ferramenta neuropsicológica que avalia domínios
como: atenção, funções executivas, memória,
linguagem, habilidades visuoconstrutivas e
orientação
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame dos pares cranianos
• . Os nervos cranianos diferem dos nervos espinais por sua especialização, alguns são exclusivamente
motores; outros, exclusivamente sensoriais; e outros, motores e sensoriais.
• Os nervos cranianos desempenham três funções:
• Fornecem informação motora para os músculos da face, dos olhos, da língua, dos maxilares e para os
músculos cervicais esternocleidomastóideo e trapézio.
• Transmitem informação somatossensorial originada na pele e nos músculos da face, da articulação
temporomandibular, além de informação sensorial especial, relacionada à sensibilidade visual,
auditiva, vestibular, olfativa, gustativa e visceral.
• Fornecem regulação parassimpática de frequência cardíaca, da pressão arterial, respiração e digestão.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame dos pares cranianos
• Nervo olfatório, I par craniano - exclusivamente sensitivo cujas fibras
conduzem impulsos olfatórios originados dos quimiorreceptores nasais até o
bulbo olfativo.
Exame neurológico: solicitar ao paciente que mantenha os ombros elevados e siga o procedimento:
• Tentar abaixar os ombros.
• Manter a cabeça virada para um dos lados.
• Tentar virar a cabeça para o lado oposto, fazendo resistência no queixo, enquanto palpa o
esternocleidomastóideo oposto.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Exame dos pares cranianos
• Nervo hipoglosso, XII par - exclusivamente motor. Inerva os músculos intrínsecos e
extrínsecos da língua.
Exame neurológico
• Motilidade da língua: observar a língua dentro e fora da boca. Registrar assimetrias, desvios e
atrofia da língua no interior da boca e fora dela. Solicita-se ao paciente que estenda a língua,
para assim verificar se há atrofia, fasciculações (contrações musculares involuntárias) e
fraqueza (desvio para o lado da lesão).
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Avaliação da sensibilidade
• A sensibilidade influencia o desempenho motor e alterações da sensibilidade podem trazer
prejuízos à função.
• O comprometimento da sensação pode estar associado a qualquer doença ou traumatismo
que afeta o sistema nervoso.
Rotineiramente não se avaliam todos os reflexos, mas sim aqueles de maior importância clínica
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Exames dos reflexos
Bicipital
• Teste: percussão sobre o tendão distal do bíceps com o braço do paciente levemente fletido.
• Resposta: flexão do cotovelo e leve supinação.
• Inervação: C5 e C6
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Exames dos reflexos
Tricipital
• Teste: percussão sobre o tendão distal do tríceps com o braço do paciente em abdução de 90°
de ombro e flexão de 90° de cotovelo.
• Resposta: extensão do cotovelo.
• Inervação: C6, C7 e C8.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Exames dos reflexos
Estilorradial
• Teste: percussão sobre o tendão do músculo braquiorradial com antebraço do paciente em
posição neutra.
• Resposta: leve pronação e flexão dos dedos.
• Inervação: C5 e C6.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Exames dos reflexos
Patelar
• Teste: percussão sobre o tendão patelar com o joelho do paciente fletido a 90°.
• Resposta: extensão do joelho.
• Inervação: L2 a L4.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Exames dos reflexos
Calcâneo
• Teste: percussão sobre o tendão do calcâneo com o tornozelo do paciente neutro.
• Resposta: flexão plantar do tornozelo.
• Inervação: L5 a S2
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Exames dos reflexos
Classificação das respostas dos exames dos reflexos:
• 0 = Ausente.
• + = Hiporreflexia.
• ++ = Normorreflexia.
• +++ = Hiperreflexia.
• ++++ = Hiperreflexia com aumento da área reflexógena.