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AULA 03
PROFESSORA RIELLE MESQUITA
Avaliação neurológica – parte 02
• Reação pupilar (atualização 2018): A reatividade pupilar é avaliada
após a aplicação da escala convencional, suspendendo
cuidadosamente as orientações do paciente e direcionando um
foco de luz para seus olhos.
• Caso duas pupilas sejam fotorreagentes, nada será subtraído da
pontuação da escala. Se apenas uma das pupilas não reagir, um
ponto será subtraído da pontuação da escala. Se nenhuma das
duas pupilas reagir, dois pontos serão subtraídos da pontuação da
escala.
• A não ocorrência da pupila indica uma maior gravidade e pior
prognóstico.
Como utilizar a escala de Glasgow
corretamente
• É importante lembrar que a escala de Glasgow não tem como
objetivo determinar a magnitude do dano cerebral do
paciente, mas sim medir o nível de consciência ou de alerta.
• A avaliação deve ser realizada por um profissional de forma
periódica para avaliar como muda a situação clínica do
paciente.
• Tricipital
• Teste: percussão sobre o tendão distal
do tríceps com o braço do paciente em
abdução de 90° de ombro e flexão de
90° de cotovelo.
• Resposta: extensão do cotovelo.
• Inervação: C6, C7 e C8.
• Estilorradial
• Teste: percussão sobre o tendão do
músculo braquiorradial com
antebraço do paciente em posição
neutra.
• Resposta: leve pronação e flexão dos
dedos.
• Inervação: C5 e C6.
• Patelar
• Teste: percussão sobre o tendão
patelar com o joelho do paciente
fletido a 90°.
• Resposta: extensão do joelho.
• Inervação: L2 a L4
• Calcâneo
• Teste: percussão sobre o tendão do
calcâneo com o tornozelo do
paciente neutro.
• Resposta: flexão plantar do
tornozelo.
• Inervação: L5 a S2.
• Classificação das respostas dos exames dos reflexos:
• 0 = Ausente.
• + = Hiporreflexia.
• ++ = Normorreflexia.
• +++ = Hiperreflexia.
• ++++ = Hiperreflexia com aumento da área reflexógena.
Avaliação neurológica
Tônus muscular
Tônus: HIPERTONIA
• A avaliação do tônus muscular visa identificar a tensão de repouso
e a reatividade dos músculos ao alongamento passivo. O tônus
pode ser caracterizado como hipertônico (tônus aumentado e
acima dos padrões normais em repouso), normal ou hipotônico
(tônus reduzido e abaixo dos níveis normais em repouso).
Tônus
• Clinicamente, as formas de hipertonia são: espasticidade, rigidez ou
espasmos.
• Na espasticidade, há um aumento na resistência ao movimento
passivo brusco. A resposta produzida é velocidade dependente.
Quanto mais rápido o alongamento, mais vigorosa será a resposta
de um músculo espástico.
• A espasticidade resulta de lesões do córtex motor superior.
• O alongamento também pode acarretar clônus, caracterizado por
alterações espasmódicas da contração e do relaxamento muscular
que ocorre com frequência regular.
Tônus
• Na rigidez, a resistência fica aumentada para todos os movimentos,
fazendo com que as partes do corpo se tornem rígidas e imóveis.
• A rigidez é relativamente constante e independente da velocidade de um
estímulo de alongamento.
• Lesões do tronco cerebral podem produzir tanto rigidez de
descerebração (contração sustentada de tronco e membros em posição
de completa extensão), como rigidez de decorticação (contração
sustentada de tronco e membros inferiores em posição de completa
flexão),
• enquanto as lesões nos gânglios da base acarretam rigidez parkinsoniana.
Pacientes com parkinsonismo podem apresentar o sinal de roda
denteada, uma resposta ao movimento passivo, e caracterizada por uma
alternância de afrouxamentos e aumentos de resistência ao movimento.
Tônus
• Espasmo refere-se à contração espontânea, involuntária e
convulsiva de grupos musculares selecionados. Os espasmos
podem ocorrer em qualquer local do corpo, resultando na
sustentação de posturas anormais. Quando os espasmos são
vigorosos e dolorosos, são chamados de cãibras.
Tônus: HIPOTONIA
• Hipotonia ou flacidez é o termo utilizado para caracterizar queda
ou ausência de tônus muscular (postural). A resistência ao
movimento passivo está diminuída, os reflexos de estiramento
estão deprimidos e os membros são facilmente deslocados
(frouxos) com frequente hiperextensibilidade das articulações.
• Os movimentos estão frequentemente prejudicados pela fraqueza
(paresia) ou paralisia muscular.
• A hipotonia pode ser decorrente de lesões de neurônios motores
superiores que afetam o cerebelo ou nos tratos piramidais (trato
corticoespinal).
Tônus: HIPOTONIA
• A hipotonia também pode ocorrer como um estado temporário,
denominado choque medular ou choque cerebral, dependendo da
localização da lesão no sistema nervoso central.
• Distonia é definida como o tônus prejudicado ou desordenado, e
está comumente associada às desordens dos movimentos
involuntários dos gânglios da base, tais como a atetose. Os
movimentos distônicos são tipicamente lentos, sinuosos
(convulsões, estremecimentos) sustentados e involuntários. O
tônus flutua de modo imprevisível, desde elevado até baixo.
Avaliação do tônus
O tônus pode ser influenciado por diversos fatores: