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Nível de consciência

Avaliar do nível de consciência implica uma avaliação neurológica, enquanto a avaliação do


estado mental implica uma avaliação psiquiátrica

A graduação do nível de consciência possui dois extremos e entre eles alguns níveis.

Estado de vigíla

percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo, resultante da atividade de diversas


áreas cerebrais coordenadas pelo sistema reticulotalâmico

Estado de coma IV

O que significa estado de obnubilação?

dificuldade do indivíduo em saber o limite entre o estado de vigília e o estado de coma.


Paciente apresenta distúrbios de ideação e certa confusão mental

Quatro fatores a se considerar para o exame do nível da consciência


Perceptividade

Capacidade do paciente de conseguir responder a perguntas simples, informar aspectos


corriqueiros, fazer cálculos elementares ou atender a ordens.

Ex.: ''Como vai você?''; informar nome de familiares; atender a comandos como tirar a camisa
e deitar na cama

Reatividade

Capacidade de reagir estímulos inespecíficos

Ex.: desviar os olhos e a cabeça para um ponto onde há barulho.

Deglutição

Capacidade de levar alimentos à boca e degluti-los

Reflexos

Resposta às manobras de alguns reflexos tendinosos


(p.ex, patelar), plantares, cutâneos, abdominais e pupilares

⇒ A partir desses dados é possível caracterizar o estado de coma

Graduação do estado de coma


Coma leve, vígil ou grau I

- Comprometimento leve da consciência.

Paciente é capaz de atender ordens simples, p. ex. abrir e fechar os olhos, levantar os braços e
responder perguntas pessoais.

Reage bem e de modo apropriado à estimulação dolorosa, e a deglutição se faz normalmente

Coma de grau médio ou grau II

- Perda de consciência quase total.

Perceptividade bastante reduzida

Responde apenas à estimulçao dolorosa energética e o faz desapropriadamente

Deglute com dificuldade

Reflexos tendinosos, cutâneos e papilares preservados

Coma profundo, carus ou grau III

- Perda completa da consciência

Paciente não responde às solicitações externas, independente de sua intensidade

Perceptividade igual a 0

Não deglute água

Nenhum estúmulo doloroso desperta reação

Arreflexia tendinosa, cutânea e pupilar

Relaxamento completo da musculatura e incontinência esfincteriana

Coma depassé ou grau IV

- Perda completa da consciência + comprometimento das funções vitais

Parada respiratória (apneia) → ventilação mecânica

EEC → silêncio elétrico cerebral


É quase sempre um estado irreversível

Fala e linguagem
A fala depende de mecanismos bem complexos:

→ o órgão fonador (laringe)

→ os músculos da fonação

→ elaboração

Classificam-se as alterações da fala da seguinte maneira:


Disfonia ou afonia:

- É uma alteração no timbre por algum problema no órgão fonador

A voz pode ser rouca, fanhosa ou bitonal

Dislalia

- Alterações menores da fala.

Comuns em crianças → troca de letras (tasa por casa)

Forma especial: disritmolalia → distúrbios no ritmo da fala, tais como a gagueira e taquilalia
(aumento da velocidade da fala que pode compreender sua inteligibilidade)

Disartria

- Pode ter como causa 4 alterações, quais são?

1. alterações nos músculos da fonação


2. incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida)
3. hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta)
4. perda do controle piramidal (paralisa pseudobulbar)

Disfasia

- Normalidade do órgão fonador e nos músculos da fonação

Depende de uma pertubação na elaboração cortical da fala

Há diversos graus → desde alterações mínimas até perda total da fala

Pode ser de recepção ou sensorial (paciente não entende o que se diz a ele), de expressão ou
motora (o paciente entende, mas não consegue se expressar), ou ainda do tipo misto (mais
frequente).
Distúrbios comuns

Retardo do desenvolvimento da fala → anormalidade neurológica

Disgrafia → perda da capacidade de escrever

Dislexia → perda da capacidade de ler

Escala de Glasgow
Nos últimos anos, com o intuito de simplificar e quantificar os transtornos da consciência em
pacientes com TCE, surgiu uma escala que vem substituindo as classificações de coma

Intuito: de simplificar e quantificar os transtornos da consciência em pacientes com


traumatismo cranioencefálico

Vem substituindo as classificações de coma

Utilidade: avaliar o prognóstico

Progressivamente foi sendo aplicada em todos os pacientes com transtornos de consciência

Baseia-se em três parâmetros (facilmente aplicáveis)


- 1. Abertura dos olhos (4 - 1 ponto)
- paciente mantém os olhos abertos espontaneamente (4 pontos)

- abre os olhos quando solicitado verbalmente (3 pontos)

- abre os olhos após estímulo doloroso (2 pontos)

- não há resposta (1 ponto)

- 2. Resposta Motora (6 - 1 ponto)

- execução de movimentos por comando verbal (6 pontos)

- estímulo álgico (de 5 a 2 pontos, conforme o tipo de resposta)

- Sem resposta (1 ponto)

- 3. Resposta Verbal (5 - 1 ponto)

- Resposta orientada (5 pontos)

- Desorientada ou confusa (4 pontos)

- Palavras impróprias ou inadequadas (3 pontos)

- Emite sons incompreensíveis (2 pontos)


- Sem resposta (1 ponto)

⇒ Escore máximo e mínimo, respect.: 15 (normalidade) e 3 pontos (coma)

⇒ Em termos práticos, abaixo de 8 ou 7 pontos corresponde a estado de coma

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