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AVALIAÇÃO FUNCIONAL –

AULA 02
PROFESSORA RIELLE MESQUITA
EXAME DO SISTEMA NEUROMOTOR:
ADULTO E INFANTIL
• Exame da consciência
• Estar consciente é ter conhecimento de si próprio e do ambiente ao
redor.
• Estados alterados = emergência médica. Alta mortalidade.
• A avaliação do nível de consciência é um dos parâmetros mais
importantes para se determinar as alterações e necessidades no
atendimento ao paciente neurológico.
Exame da consciência
• Dois aspectos principais:
• o nível de consciência, também chamado de estado de vigília;
• e o conteúdo da consciência, incluindo funções cognitivas e de
atenção, além das respostas afetivas, totalizando, assim, a consciência
de si e do ambiente.
• As estruturas responsáveis por manter o indivíduo consciente estão
localizadas no tronco cerebral, no diencéfalo e no córtex cerebral.
• Só relembrando, que estruturas compõem o tronco cerebral
(encefálico)?
• Quais estruturas formam o diencéfalo?

• Prejuízos que acometam essas áreas ou os hemisférios cerebrais


difusamente, de origem traumática ou não, podem levar a um
declínio da função tálamo-cortical e, consequentemente, evoluir para
a alteração do nível de consciência, incluindo o estado de coma.
COMA
• Estado de perda total ou parcial da consciência, da motricidade
voluntária e da sensibilidade.
• Principais causas: lesões cerebrais, intoxicações, problemas
metabólicos e endócrinos, os quais, dependendo da gravidade,
alteram as funções vitais em maior ou menor grau.
• Escala de Goma de Glasgow (ECG)
• Consciência: conjunto de habilidades mediadas pelo processamento
em paralelo e cooperativo de informações em diferentes módulos do
sistema nervoso.
• O coma pode ser definido como um estado no qual o indivíduo não
demonstra conhecimento de si próprio e do ambiente, caracterizado
pela ausência ou extrema diminuição do nível de alerta
comportamental, permanecendo não responsivo aos estímulos
internos e externos.
• Taxas de sobrevivência = 50%
• menos de 10% conseguem uma recuperação completa.
• Os sinais vitais do indivíduo em coma podem fornecer informações
relevantes sobre o estado físico e emocional, sendo importante
conhecer como eles são controlados e quais são suas relações
intrínsecas
Estados intermediários de alteração da
consciência.
• Podem preceder o coma.
• A sonolência/letargia é considerada um estado de diminuição do nível
de consciência
• indivíduo consegue ser acordado com estímulos brandos.

• O estupor é considerado um estado de sonolência mais profundo


• precisa receber estímulos vigorosos e repetidos para despertar
• Entre os estados que levam à alteração da consciência, encontra-se
também o delírio.
• Desorientação, déficit de atenção, sensação de medo, irritabilidade e
alterações da percepção de estímulos sensoriais, tais como as alucinações
visuais.

• O estado vegetativo persistente ou síndrome acognitiva é descrito como


um estado que pode emergir em pacientes que sofreram lesões graves no
sistema nervoso central.
• COMA + RETORNO + incapacidade de reagir ou de interagir aos estímulos
ambientais.
• estado minimamente consciente = recuperação de algumas
funções cognitivas: habilidade de seguir comandos simples,
presença de gestos ou respostas tipo sim ou não ou verbalização
ininteligível.

• A abulia é um comportamento em que há uma grave apatia com


diminuição ou ausência de comportamento emocional ou mental
• Paciente não fala ou se movimenta espontaneamente, mas está
alerta e reconhece os estímulos do ambiente.
• Geralmente ocorre em pacientes com lesões frontais bilaterais.
MORTE ENCEFÁLICA
• Quando o dano encefálico é tão extenso que não há potencial para
recuperação estrutural e funcional do encéfalo.
• Então ele não pode manter a homeostase interna (funções
cardiovasculares, respiratórias, gastrointestinais e controle da
temperatura corpórea).
• Um corpo em morte encefálica desenvolve falência cardiovascular em
alguns dias, raramente em algumas semanas, apesar do mais
meticuloso cuidado intensivo.
• O que diferencia o estado de coma do diagnóstico de morte
encefálica é a irreversibilidade do quadro
• Repercussões sistêmicas sobre a homeostase de órgãos vitais,
baseadas em danos permanentes estruturais focais ou difusos no
encéfalo.
• Apesar de o profissional da área fazer a avaliação neurológica do
paciente, só o médico pode fazer o diagnóstico de morte encefálica.
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
• A identificação da causa do coma deve começar pela coleta de
informações com familiares e pessoas que possam ter presenciado a
evolução clínica do paciente.
• Importante: dados relacionados à forma de instalação e evolução do
quadro, uso de drogas ou substâncias tóxicas, presença de febre,
história de trauma, doenças prévias e antecedentes psiquiátricos.
• O exame clínico geral deve buscar indícios de condições sistêmicas
que possam levar a alterações do nível de consciência.
• Sinais vitais, pressão arterial, pulso, frequência respiratória,
temperatura e a glicemia capilar.
• O objetivo do exame neurológico nesse caso é ajudar na determinação da causa
do coma, a fim de obter um parâmetro para seguimento evolutivo e auxiliar na
determinação do prognóstico do paciente.

Entre os dados do exame neurológico mais importantes para a localização e


prognóstico do paciente estão:

➢ Nível de consciência.
➢ Padrão respiratório.
➢ Tamanho e resposta pupilar à luz.
➢ Motricidade ocular espontânea ou reflexa.
➢ Resposta motora esquelética.
Avaliação do nível de consciência: escala de
coma de Glasgow
• A avaliação do nível de consciência deve englobar uma descrição do
estado de alerta do paciente em resposta a estímulos verbais e
dolorosos.
• A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala padronizada
utilizada para avaliação do nível de consciência em pacientes vítimas
de traumatismo cranioencefálico.
• Tabela de escores que pode variar entre 3 (ausência de abertura
ocular, da resposta verbal e da movimentação de extremidades, após
estímulos dolorosos) e 15 (sem alteração do nível de consciência).
• Os parâmetros avaliados são
• a abertura ocular (escore de 1 a 4),
• padrão de resposta motora (escore de 1 a 6)
• e padrão de resposta verbal (escore de 1 a 5).

• O profissional precisa lembrar que a escala é apenas um parâmetro


de avaliação; entretanto, até com suas limitações, a ECG apresenta
uma linguagem comum para definir o estado da lesão cerebral.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
• Em 2018, implementação de outro fator para ser medido: a reatividade
pupilar.
• A modificação mais recente foi uma tentativa de obter melhores
informações sobre o prognóstico no TCE, incluindo a probabilidade de
morte
• Escala de Glasgow com resposta pupilar (ECG-P).
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
• A utilização dessa escala deve ser considerada somente para vítimas de
traumatismo craniano e/ou com rebaixamentos neurológicos.

• Outro fator importante é sempre valorizar e ter como padrão a melhor


resposta, seja ela ocular, verbal ou motora.

• Para a aplicação adequada dos procedimentos, deve haver dois fatores


principais: muito estudo e prática para a interpretação correta da
escala.
• As notas devem ser registradas ao longo do atendimento, para que
possam indicar a progressão do paciente.
• Em todos os segmentos observados pelo profissional de saúde, a
primeira opção é uma resposta normal do paciente (nota máxima na
escala) e a última, uma reação inexistente ou ausente (nota 1).
• É preciso marcar NT na pontuação caso não seja possível obter
resposta do paciente por conta de alguma limitação.
• Pontuações de 13 a 15 indicam trauma leve; entre 9 e 12, trauma
moderado; e de 3 a 8, trauma grave.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
ESCALA DE COMA DE GLASGOW

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