Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Avaliação Funcional
Exame da consciência:
A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala padronizada utilizada para avaliação do
nível de consciência em pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico. Pontuações de
13 a 15 indicam trauma leve, entre 9 a 12, trauma moderado e 3 a 8, trauma grave.
3 15
Apresenta 3 domínios:
- Resposta ocular.
- Resposta verbal.
- Resposta motora.
Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow
Resposta ocular:
(4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo.
(2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão na extremidade dos dedos (aumentando
progressivamente a intensidade por 10 segundos).
(1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los.
Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow
Resposta verbal:
(5) Orientado: consegue responder adequadamente o nome, local e data.
(4) Confuso: consegue conversar em frases, mas não responde corretamente às perguntas de
nome, local e data.
(3) Palavras: não consegue falar em frases, mas interage através de palavras isoladas.
Resposta motora:
(6) Obedece a comandos: cumpre ordens de atividade motora (duas ações), como apertar a
mão do profissional e colocar a língua para fora.
(5) Localiza estímulos dolorosos: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de
interromper o estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura supraorbitária).
(4) Flexão normal: reflexo de retirada a estímulos dolorosos (há uma flexão rápida do braço ao
nível do cotovelo e na direção externa ao corpo).
(3) Flexão anormal a estímulos dolorosos: há uma flexão lenta do braço na direção interna do
corpo (decorticação).
(2) Extensão a estímulos dolorosos: há uma extensão do
braço ao nível do cotovelo (descerebração).
(1) Ausente: não há resposta motora dos membros
superiores e inferiores.
Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow
DECORTICAÇÃO
DESCEREBRAÇÃO
Afasias
O termo “afasia” significa perda da memória da palavra.
É um distúrbio da comunicação causado por lesão cerebral (doença ou trauma) comumente
no hemisfério esquerdo e caracterizado por uma incapacidade do paciente em se expressar
e/ou compreender a linguagem falada e/ou escrita.
Diferente de Disartria.
Afasia sensitiva ou Afasia de Wernicke.
Afasia Motora ou de Broca.
Área de
Afasia Mista ou global. Área de Wernicke
Broca
Humano
Fonte: Broca’s_and_Wernicke’s_areas.png.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8a/Broca%27s_and_Wernicke%27s_areas.
png/466px-Broca%27s_and_Wernicke%27s_areas.png?20150202220347 Acesso em: 19 ago. 2022.
Exame das funções corticais
Apraxias
Condição neurológica em que a pessoa é incapaz de realizar voluntariamente movimentos
mesmo que seus músculos estejam normais e ela tenha habilidade para fazer o movimento.
Apraxia ideomotora – Ex.: ordena-se que o paciente faça o sinal da cruz; ele não o faz (mas
realiza-o automaticamente ao entrar em uma igreja).
Apraxia do vestir – Ex.: paciente tem dificuldade de abotoar os botões de uma camisa ou
vesti-la corretamente.
Apraxia construtiva – Ex.: paciente é incapaz de fazer um desenho com molde ou um
desenho espontâneo.
Exame das funções corticais
Agnosias
Agnosia é a incapacidade de reconhecimento de objetos, seja por meio da visão, audição
e/ou tato, quando na ausência de lesão dos órgãos executores.
Prosopagnosia: incapacidade de reconhecimento de rostos familiares, embora possa
identificar elementos isolados.
Agnosia tátil (Asterognosia): comprometimento do reconhecimento de objetos por meio do
estímulo tátil.
Negligência unilateral ou Heminegligência: dificuldade em discriminar estímulos gerados do
lado contralateral à lesão cortical.
Avaliação cognitiva:
Miniexame do Estado Mental: é o teste mais utilizado para avaliar a função cognitiva dos
pacientes neurológicos por se tratar de um teste rápido, de fácil aplicação, não requerendo
material específico.
Domínios:
Orientação espacial, temporal.
Memória imediata e de evocação.
Cálculo.
Linguagem-nomeação.
Repetição, compreensão, escrita e cópia de desenho.
MEEM
TOTAL
a Rua é usado para visitas 1Alternativo é usado quando o entrevistado erra JÁ na primeira tentativa, OU acerta na
domiciliares. primeira e erra na segunda. SEMPRE que o alternativo for utilizado, o escore do item
Local para consultas no será aquele obtido com ele. Não importa se a pessoa refere ou não saber fazer cálculos
Hospital ou outra – de qualquer forma se inicia o teste pedindo que faça a subtração inicial. A ordem de
instituição! evocação tem de ser exatamente à da apresentação!
Exame das funções corticais
Fonte: MoCA-test-
portuguese_brazil.PDF.
Disponível em:
https://neurologiahu.ufsc.
br/files/2012/09/MoCA-
Test-
Portuguese_Brazil.pdf
Acesso em: 29 abr. 2020.
Interatividade
Paciente L.A., 62 anos, sofreu um AVE. Durante a avaliação fisioterapêutica, você notou
comprometimento na realização de movimentos intencionais, o qual não pode ser atribuído à
fraqueza muscular, déficit da coordenação motora, perda sensorial e/ou falta de atenção aos
comandos. A partir disso, qual o possível quadro que esse paciente apresenta?
Resposta
Os nervos cranianos são os nervos que são ligados ao encéfalo e trocam informações entre
a periferia e o encéfalo.
Recebem uma nomenclatura específica, sendo
numerados em algarismos romanos, de acordo
com a sua origem aparente, no sentido craniocaudal. Olfatório (I)
Óptico (II)
Existem 12 pares de nervos cranianos, sendo o
Oculomotor (III)
primeiro (olfatório) ligado ao telencéfalo; o
Trigêmeo (V)
segundo (óptico), ligado ao diencéfalo; ao passo Troclear (IV)
Avaliação:
NC I (olfatório) – sensitivo: cheirar café ou alguma substância semelhante com os olhos
fechados. NC II (óptico) – sensitivo: ler/identificar algo com um dos olhos fechados; testar a
visão central e periférica.
Avaliação:
NC VII (facial) – misto: paladar dos 2/3 anteriores da língua; abrir a boca e mostrar os
dentes, fechar firmemente os olhos, assobiar.
Avaliação:
NC XI (acessório) – mot.: fazer o paciente contrair o m. esternocleidomastoideo
e/ou trapézio.
6) Avaliação comparativa.
Avaliação da sensibilidade
Fonte: Livro-texto.
Avaliação da sensibilidade
Avaliação: C2
lesões encefálicas. C4
C2
C3 C4 C5
C4 T2
T3
C4
T4 C5
T2 T5
C5
T3 T6
T4 T7
C5 T8
T5 T2 T9 T2
T11
S5
Dermátomos (31 pares): áreas cutâneas C7
T12
L1
C7 C7
S3
S4 Cóccix
C
C
8
C6
C8 C8
correspondentes aos segmentos espinais S3
S4
L2 L2
que fornecem sua inervação. S2
S2
L3 L3
L3
L L4 L4
5
L4 L4
L
L5 5
S1
S1
L5
S1 S1
Dentre as causas mais comuns de lesão do nervo acessório estão os procedimentos cirúrgicos
da região cervical (como biópsias de linfonodos cervicais). Quais seriam os sintomas
apresentados após uma lesão do nervo acessório?
Resposta
Para a avaliação dos reflexos miotáticos, deve-se realizar uma percussão sobre o tendão
muscular com o paciente em posição confortável e relaxado, sendo essencial a comparação
dos resultados obtidos entre os dois hemicorpos.
Respostas
0 = Ausente.
+ = Hiporreflexia.
++ = Normorreflexia.
+++ = Hiperreflexia.
++++ = Hiperreflexia com aumento da área reflexógena.
Fonte:
https://images.tcdn.com.br/img/img_prod/746795/martelo_para_reflexos_ta
ylor_azul_bic_2890_1_20201124082035.jpg
Avaliação dos reflexos
Reflexo Bicipital
Teste: Percussão sobre o tendão distal do bíceps com o braço do paciente levemente fletido.
Resposta: Flexão do cotovelo e leve supinação.
Reflexo Tricipital
Teste: Percussão sobre o tendão distal do
tríceps com o braço do paciente em abdução
de 90° de ombro e flexão de 90° de cotovelo.
Resposta: Extensão do cotovelo.
Fonte: Livro-texto.
Avaliação dos reflexos
Reflexo Estilorradial
Teste: Percussão sobre o tendão do músculo braquiorradial com
antebraço do paciente em posição neutra.
Resposta: Leve pronação e flexão dos dedos.
Reflexo Patelar
Teste: Percussão sobre o tendão patelar com o joelho do paciente
fletido a 90°.
Resposta: Extensão do joelho.
Fonte: Livro-texto.
Avaliação dos reflexos
Reflexo Calcâneo
Teste: Percussão sobre o tendão do calcâneo com o tornozelo do paciente neutro.
Resposta: Flexão plantar do tornozelo.
Fonte: Livro-texto.
Avaliação do tônus
Hipertonia
Espasticidade:
Há um aumento na resistência ao movimento passivo brusco.
A resposta produzida é velocidade dependente.
O alongamento passivo contínuo de um músculo espástico pode produzir um súbito
relaxamento, denominado sinal de canivete.
O alongamento também pode acarretar clônus, caracterizado por alterações espasmódicas
da contração e relaxamento muscular ocorrentes com frequências regulares.
Avaliação do tônus
Hipertonia
Rigidez (hipertonia plástica)
A resistência fica aumentada para todos os movimentos, fazendo com que as partes do
corpo se tornem rígidas e imóveis.
É relativamente constante e independente da velocidade de um estímulo de alongamento.
Pacientes com parkinsonismo podem apresentar o sinal de roda denteada, uma resposta
ao movimento passivo caracterizada por uma alternância de afrouxamentos e aumentos de
resistência ao movimento.
A rigidez constante do paciente com parkinsonismo é
denominada rigidez de cano de chumbo.
Avaliação do tônus
Hipotonia
Termo utilizado para caracterizar queda ou ausência de tônus muscular (postural).
A resistência ao movimento passivo está diminuída, os reflexos de estiramento estão
deprimidos e os membros são facilmente frouxos com frequente hiperextensibilidade
das articulações.
A hipotonia também pode ocorrer como um estado temporário, denominado choque medular
ou choque cerebral, dependendo da localização da lesão no Sistema Nervoso Central.
Avaliação do tônus
O tônus pode ser caracterizado como hipertônico (tônus aumentado e acima dos padrões
normais em repouso), normal ou hipotônico (tônus reduzido e abaixo dos níveis normais em
repouso).
Avaliação 0 Não há aumento de tônus
Observação inicial. Discreto aumento do tônus, manifestado por uma
Testes do movimento passivo. 1 resistência mínima ao final do movimento, quando a
articulação afetada é fletida ou estendida.
Classificação (Escala de Discreto aumento do tônus, manifestado por
Ashworth Modificada). contração associada a uma resistência mínima
1+ durante o restante do movimento (menos da metade
da amplitude de movimento).
Aumento mais pronunciado do tônus durante a maior
2 parte da ADM, mas a movimentação passiva é
facilmente realizada.
Aumento considerável do tônus durante a maior parte
3 da ADM, mas a movimentação passiva é realizada
com dificuldade.
Fonte: Livro-texto.
Andar colocando o calcanhar de um dos pés diretamente adiante do dedo do outro pé.
Timed Up and Go Test (TUG) – Utilizado na prática clínica como medida de desfecho para
avaliar a mobilidade funcional, o risco de quedas ou o equilíbrio dinâmico em adultos.
Escala de equilíbrio de Berg (EEB) – tem tido ampla utilização para avaliar o equilíbrio nos
indivíduos da terceira idade, acima dos 60 anos.
Marcha: É uma sequência de repetições de movimento dos membros para mover o corpo
para frente enquanto mantém a estabilidade no apoio.
Ciclo da marcha ou passada: Intervalo entre 2 toques com o mesmo pé no solo. O ciclo de
marcha é dividido em duas fases:
Apoio: pé encontra-se em contato com o solo (60% do ciclo): contato inicial, resposta à
carga, apoio médio, apoio terminal e pré-balanço.
Um paciente sofreu acidente de moto e teve esmagamento do nervo fibular; por conta disso
perdeu o movimento de dorsiflexão do tornozelo.
Baseado nesse quadro clínico, responda: