Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- A escala de coma de Glasgow passou por uma atualização em Glasgow outcome scale
abril de 2018, com a finalidade de dar mais precisão ao 5 Boa recuperação, retorno à vida normal apesar de pequenos
resultado do exame. déficits.
- Acrescenta-se à escala já conhecida a análise da Reatividade 4 Incapacidade moderada, apresenta déficit, porém é
Pupilar. Essa deve ser verificada após a avaliação dos três independente para realizar atividades de vida diária
outros fatores e o resultado deve ser subtraído do valor obtido 3 Incapacidade grave, consciente, porém dependente para a
anteriormente. As notas atribuídas à Reatividade Pupilar do realização de atividades de vida diária.
paciente devem de encaixar em: 2 Estado vegetativo persistente, arresponsivo e afásico,
Inexistente (2): nenhuma pupila reage ao estímulo de podendo apresentar abertura ocular em 2-3 semanas e ter
luz. ciclo sono-vigília.
Parcial (1): apenas uma pupila reage ao estímulo de 1 Morte
luz.
1
Arlindo Ugulino Netto
GUIA DO RESIDENTE DE NEUROCIRURGIA
2
Arlindo Ugulino Netto
GUIA DO RESIDENTE DE NEUROCIRURGIA
moribunda.
Graduação de Spetzler-Martin para MAV
OBS: Importante notar que o paciente HH 1 e 2 apresentam Variáveis Pontuação
Glasgow 15, isto é, acordado. Tamanho da MAV
Pequena (< 3 cm) 1
ESCALA DE FISHER Médio (3-6 cm) 2
- Desenvolvida em 1980, toma como base o padrão de sangue Grande (> 6 cm) 3
visualizado na TC de crânio inicial. Eloquência cerebral adjacente
- Escala utilizada para prever o risco de vasoespasmo cerebral. Área não eloquente 0
Área eloquente 1
Escala de Fisher de hemorragia subaracnoide Padrão de drenagem venosa
I Ausência de sangue visualizado. 4% de chance de Apenas superficial 0
vasoespasmo Profunda 1
grave. OBS:
II Depósito difuso ou fina lâmina com - Áreas eloquentes: Córtex motor/sensitivo, linguagem, visual,
todas as lâminas verticais de sangue tálamo, hipotálamo, cápsula interna, tronco cerebral, núcleos
(fissura inter-hemisférica, cisterna cerebelares profundos.
insular, cisterna ambiens) com - Drenagem venosa profunda: Veias cerebrais internas, veia
espessura menores que 1 mm. basal de Rosenthal e veia cerebelar pré-central.
III Coágulo localizado e/ou lâminas 49% de chance Tratamento:
verticais de sangue maiores ou iguais a de vasoespasmo Grau 1 e 2: cirurgia.
1 mm de espessura. grave.
Grau 3: multimodal (considerar cirurgia, radiocirurgia e
IV Hemorragia intracerebral, hemorragia embolização).
intraventricular com ou sem
Grau 4 e 5: conservador.
sangramento difuso.
INTRACEREBRAL HEMORRHAGE (ICH) SCORE
ESCALA DE WORLD FEDERATION OF NEUROSURGICAL SOCIETIES (WFNS)
- Escala clínica composta por cinco componentes relacionados
- Escala criada em 1988, por comitê presidido por Charles Drake.
ao prognóstico após hemorragia intracerebral não traumática:
- Segundo ela, a escala de HSA deve ser constituída por cinco
Glasgow, idade, localização, volume e presença de sangue
graduações, ser baseada na escala de Glasgow e reconhecer a
intraventricular.
presença de déficit neurológico focal.
- O aumento da pontuação relaciona-se à maior mortalidade em
- O comitê considerou os dados do Internacional Cooperative
30 dias.
Aneurysm Study, que avaliou a importância prognóstica da
cefaleia, da rigidez de nuca e do déficit neurológico maior em
ICH Scale
termos de graduação. A análise definiu que: o melhor preditor
Variáveis Achados Pontuação
de morte e déficit neurológico é o nível de consciência; o
3-4 2
melhor preditor de déficit neurológico, mas não mortalidade, foi
Glasgow 5-12 1
a hemiparesia e/ou afasia.
13-15 0
WFNS subarachnoid hemorrhage grading Idade ≥ 80 anos 1
Grau Glasgow Déficit neurológico focal < 80 anos 0
1 15 Ausente Localização Infratentorial 1
2 13-14 Ausente Supratentorial 0
3 13-14 Presente Volume ≥ 30 ml 1
4 7-12 Presente ou ausente < 30 ml 0
5 <7 Presente ou ausente Sangramento Sim 1
intraventricular Não 0
GRADUAÇÃO DE SPETZLER-MARTIN PARA MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA Escore ICH Mortalidade em 30 dias
- Sistema de graduação amplamente aplicado capaz de predizer 0 0%
o risco de morbidade e mortalidade relativo ao tratamento 1 13%
cirúrgico das malformações arteriovenosas (MAV) cerebrais. 2 26%
- As lesões são graduadas de acordo com o tamanho, padrão de 3 72%
drenagem venosa e eloquência cerebral adjacente. 4 97%
- A pontuação pode variar de 1 a 5, aumentando 5 100%
gradativamente o risco de complicações com o procedimento 6 100%
cirúrgico.
3
Arlindo Ugulino Netto
GUIA DO RESIDENTE DE NEUROCIRURGIA
4
Arlindo Ugulino Netto
GUIA DO RESIDENTE DE NEUROCIRURGIA
5
Arlindo Ugulino Netto
GUIA DO RESIDENTE DE NEUROCIRURGIA
ESCALA DE NURICK
- Utilizada para avaliar clinicamente o portador de mielopatia
cervical espondilótica, estabelece o grau de dificuldade para
deambulação e sua relação com as atividades.
7
Arlindo Ugulino Netto
GUIA DO RESIDENTE DE NEUROCIRURGIA
REFERÊNCIAS
8
Arlindo Ugulino Netto
GUIA DO RESIDENTE DE NEUROCIRURGIA
televised radiofluoroscopic control. J Neurosurg 1965;23:612-9. 26. Tokuhashi Y, Matsuzaki H, Oda H et al. A revised scoring
9. Hemphill JC, Bonovich DC, Besmertis L et al. The ICH Score: A system for preoperative
Simple, Reliable evaluation of metastatic spine tumor prognosis. Spine
Grading Scale for Intracerebral Hemorrhage. Stroke 2005;30(19):2186-91.
2001;32(4):891-6. 27. Tomita K, Kawahara N, Kobayashi T et al. Surgical strategy
10. House WF, Brackmann DE. Facial nerve grading system. for spinal metastases.
Otolaryngol Head Neck Spine 2001;26 (3):298-306
Surg 1985;93:184-93. 28. Wall PD, Melzack R. Textbook of pain. Edinburgh: Churchill-
11. http://www.nihstrokescale.org. Acessado em 06/12/2018. Livingstone; 1990.
12. Hukuda S, Mochizuki T, Ogata M et al. Operations for 29. Wijdicks EFM, Bamlet WR, Maramattom BV et al. Validation
cervical spondylotic of a New Coma
myelopathy. A comparison of the results of anterior and Scale: The Four Score. Ann Neurol 2005;58:585-93.
posterior procedures.
J Bone Joint Surg (Br) 1985;67:609-15. Kleihues P, Kiessling M, Scheithauer BW (1987). The new
13. Hunt WE, Hess RM. Surgical Risk as related to time of WHO classification of brain
intervention in the repair tumours. Brain Pathol. 3: 255-268.
of intracranial aneurysms. J Neurosurg 1968;28:14-20.
14. Jennett B, Bond M. Assessment of outcome after severe Anderson P, Vaccaro A.R.:Physical Examination:
brain damage. A practical Classification of Cervical Spine Injuries.
scale. Lancet 1975;1:480-4. Cervical Spine Trauma. Vaccaro, A.R., Anderson, P. (eds).
15. Karnofsky D, Burchenal JH, Armistead GC et al. Triethylene Lippincott, Williams and Wilkins. 2009
CH 7B:pp. 97-101
melamine in the
treatment of neoplastic disease. Arch Intern Med 1951;87:477-
Anderson P, Vaccaro A.R.:The Changing Face of Spinal
516.
Trauma in Modern Society. In
16. Lindley RI, Waddell F, Livingstone M, et al. Can simple
Cervical Spine Trauma. Vaccaro, A.R., Anderson, P. (eds).
questions assess outcomes Lippincott, Williams and Wilkins. 2009 CH.
after stroke? Cerebrovasc Dis 1994;4:314-24. 1:pp. 3-9
Mahoney FI, Barthel DW. Functional evaluation: the Barthel
index. Maryland
State Med 1965;14:61-65.
18. Marshall LF, Marshall SB, Klauber MR et al. A new
classification of head injury
based on computarized tomography. J Neurosurg 1991;75: S14-
S20.
19. McCormick PC, Torres R, Post KD et al. Intramedullary
ependymoma of the spinal
cord. J Neurosurg 1990;72:523-32.
20. Nurick S. The natural history and the results of surgical
treatment of the spinal
cord disorder associated with cervical spondylosis. Brain
1972;95:101-8.
21. Ramsay M, Savage T, Simpson B, Goodwin R. Controlled
sedation with Alphaxalone-
Alphadolone. BMJ 1974;2:656-9.
22. Rankin J. Cerebral vascular accidents in people over the age
of 60. n. Prognosis.
Scot Med J 1957;2:200-15.
23. Simpson D. The recurrence of intracranial meningiomas
after surgical treatment.
J Neurol Neurosurg Psychiatry 1957;20:22-39.
24. Spetzler RF, Martin NA. A proposed grading system for
arteriovenous malformations.
J Neurosurg 1986;65:476-83.
25. Teasdale G, Jennett B. Assessment of coma and impaired
consciousness. A practical
scale. Lancet 1974;2:81-4.