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CHECKLIST PARA AULA DE REVISÃO EXAME FÍSICO

I- EXAME NEUROLÓGICO

Avaliar o nível de Vigilância


Observe se o paciente está acordado e alerta.
Se não estiver, chame-o pelo nome, em voz alta.
Se não acordar, sacuda-o com cuidado.
Se não acordar, avaliar escalas de coma.
Não pode estar sedado e nem com
Escala de coma de Glasgow./Fisher/Hamsay a consciência rebaixada
Avaliação Pontuação
1. Abertura ocular Espontânea 4 pontos
Por Estimulo Verbal 3 pontos
Por Estimulo A Dor 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto

2. Resposta verbal Orientado 5 pontos


Confuso (Mas ainda responde) 4 pontos
Resposta Inapropriada 3 pontos
Sons Incompreensíveis 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto
3. Resposta motora Obedece Ordens 6 pontos
Localiza Dor 5 pontos
Reage a dor mas não localiza 4 pontos
Flexão anormal – Decorticação 3 pontos
Extensão anormal - Decerebração 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto
Decerebrar é pior pq a lesão é no
Pupilar (atualização 2018) – subtrair do total
tronco (decorticação é no córtex)
2 Inexistente (nenhuma pupila reage ao estimulo de luz)
1 Parcial (apenas uma pupila reage ao estimulo da luz)
0 As duas pupilas reagem ao estímulo de luz
 Avaliar o grau de Orientação

Orientado no tempo e espaço/ desorientado temporalmente/desorientado espacialmente

 Avaliar a Fala e Linguagem

 DISFONIA Problema na amplificação


Alteração do timbre da voz (voz rouca ou bitonal)
Normalmente decorre de lesão do aparelho fonador.

 DISARTRIA Dificuldade em um conjunto de fonemas “Pa Ta Ca”


Alteração da articulação da fala. Disfunção dos órgãos motores da fonação (língua, lábios,
véu palatino), decorrente de neuropatias (central ou periférica).

 DISLALIA Fonema específico - fluência de linguagem normal


Alteração da articulação da fala, não decorrente de lesões do sistema nervoso.
Dislalia fisiológica (“papato ao invés de sapato”); dislalia no retardo psicomotor; por lesões
dos órgãos motores da fonação.

 DISRITMOLALIA
Perturbação no ritmo da fala: taquilalia e gagueira.

 DISLEXIA
Dificuldade na área da leitura.
De natureza genética.

 DISGRAFIA
Pode não existir alterações neurológicas, ou
Doenças como Parkinson (micrografia), Cerebelopatias (macrografia)

 DISFASIA (AFASIA) Alteração de linguagem


Significa qualquer transtorno do uso simbólico das palavras.
A elaboração da palavra falada tem sua origem na área de Broca.
A compreensão e interpretação simbólica da linguagem se processa na área de Wernicke
Afasia motora (ou de Broca): ......incapaz de falar ou escrever (mesmo com o aparelho
fonador intacto).
Entende as palavras e obedece aos comandos.

 Afasia sensorial (ou de Wernicke):


a pessoa ouve e vê, mas não compreende a linguagem (falada ou escrita)
Fala desordenada e caótica.

 Avaliar a Memória
Recente/tardia

 Avaliar a Atenção
Pedir pra fazer um estímulo em determinados momentos
 Avaliar o Humor
Tristeza/ Raiva / Alegria/DEPRESSÃO/indiferença/ Ira/ Euforia/
MANIA/afastamento/Ansiedade /Júbilo

 ATIVIDADE MOTORA

Exame dos grupos musculares


 Posição corporal: observe a posição do corpo durante os movimentos e em repouso.
 Movimentos involuntários: observe a presença de tremores, tiques ou fasciculações.
 Localização, qualidade, frequência, ritmo, amplitude, relação com a postura, emoções,
atividade física.
 Massa muscular: examine tamanho e contorno dos músculos
 Atrofia muscular: achatados e côncavos.
 Avaliar principalmente mãos, ombros e coxas.

Exame do tônus muscular


 hipotonia muscular –A diminuição da resistência sugere doença do sistema nervoso
periférico, cerebelo ou fase aguda do TRM.
 Flacidez - hipotonia acentuada, quase sempre ocorre por transtorno do sistema motor
periférico.
 Rigidez - resistência aumentada durante toda a amplitude do movimento.
 Espasticidade – resistência que piora nos extremos da amplitude de movimento (sinal do
canivete). Ocorre em doenças do trato cortico-espinhal (piramidal).

 Exame da força muscular


 Examinar MMSS e MMII, contra movimentos de contraposição do examinador.
 Grau 0 = Ausência de contração muscular
Grau 1 = Contração visível ou palpável, porém incapaz de movimentar o segmento ao
longo da Amplitude de Movimento (ADM);
Grau 2 = Força suficiente para movimentar toda a ADM, mas não contra a gravidade
Grau 3 = Completa a ADM contra a gravidade e resistência mínima
Grau 4 = Completa a ADM contra a gravidade e resistência moderada
Grau 5 = Completa a ADM contra a gravidade e resistência intensa
 Testar as manobras deficitárias
 Provas dos braços estendidos/ Mingazinni/Barré

 Exame da coordenação motora


Testar o equilíbrio (teste de Romberg)
Avaliar a marcha
Testar os movimentos ponto-a-ponto
Teste índex/nariz e teste calcanhar/joelho (alteração= dismetria)
Testar os movimentos alternantes rápidos (alteração= disdiadococinesia)

 Exame dos reflexos superficiais


Testar o reflexo plantar (patológico= sinal de Babinski) e o Reflexo cutâneo-abdominal
Hipereflexia/ hiporeflexia/ arreflexia

 Avaliar a marcha
Ceifante/escarvante/tabética/petit-pas/ebriosa/anserina

 Testar a presença dos sinais meningo-radiculares


Rigidez de nuca/ Brudzinski/ Kernig/ Lasègue

 PARES CRANIANOS

Nervos Olfatórios Testar um olho de cada vez


Testar separadamente cada narina, olhos fechados, odores conhecidos
 Anosmia- Ausência do olfato
 Hiposmia- Redução da habilidade de sentir o cheiro
 Hiperosmia- Aumento da sensibilidade ao odor
 Parosmia- Perversão do olfato. Distorção, percepção errônea
 Fantosmia- Percepçao de um odor que não está presente
 Cacosmia – sensação de odores desagradáveis.

 Nervos Ópticos
Testar acuidade visual
Testar campos visuais
Não fazemos a fundoscopia neste semestre
 Nervos: oculomotor, troclear e abducente (bilateralmente)
Observar a abertura das pálpebras
Observar a posição dos globos oculares em repouso
Observar as pupilas, comparando simetricamente
Pesquisar a motilidade ocular extrínsica, nas diversas direções
Troclear: Obliquo superior (olho aduzido)
Abducente: Reto lateral

 Nervos trigêmeos
Testar a sensibilidade da face nos territórios dos ramos oftálmico, maxilar e mandibular
Pesquisar o reflexo córneo-palpebral
(ponta do algodão – Aferente V par)
Observar a posição da mandíbula na abertura da boca; testar os movimentos da mandíbula
e força de mastigação

 Nervo facial (bilateralmente)


Observar a mímica facial em repouso; atentar se existe desvio da comissura labial
Observar a mímica facial em movimento
Teste os movimentos do andar superior da face (elevar as sobrancelhas, franzir a testa,
fechar os olhos fortemente)
Testar a movimentos do andar inferior da face (sorrir, assoviar, encher a boca de ar e
segurar); observar se há desvio da comissura labial.
Teste a sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua, com o paciente de olhos
fechados, utilizando substâncias com gosto conhecido (sal, açúcar). Testar os dois lados da língua.
Na paralisia facial periférica há: lagoftalmia, desaparecimento do enrugamento da testa e
desvio da comissura labial para o lado são.
Na paralisia facial central há: desvio da comissura labial para o lado são e desaparecimento
do sulco naso-labial.
Sinal de Bell: lagoftalmia + desvio ocular superior e lateral, quando o paciente pisca ou
tenta-se tocar a córnea.

Periferica (infranuclear): do mesmo lado lesado


Central (supranuclear): contra-lateral
 Nervo Vestibulo-coclear (bilateralmente)
Testar a parte vestibular (equilíbrio) através do Teste de Romberg.
Testar a parte coclear através do teste da voz sussurrada, da prova de Rinne e de Weber.
Prova de Rinne: o diapasão é colocado sobre a mastoide. Quando o paciente refere não
estar mais escutando, ele é colocado próximo (a 2 cm) do conduto auditivo externo. Na
audição normal (chama-se Rinne positivo) o som é escutado por via aérea, após não ser
mais escutado por via óssea. Porém, o mesmo ocorre nas perdas neurossensoriais. Nas
perdas condutivas a audição por via óssea é mais prolongada e o som não é escutado por
via aérea (Rinne negativo)
Prova de Weber: diapasão colocado na linha média da fronte. Na audição normal o som é
ouvido igualmente nos dois lados. Se o som se lateralizar para o lado de melhor audição
(testada previamente), deve ter ocorrido perda neurossensorial no outro lado). Se o som se
lateralizar para o lado com hipoacusia, deve haver perda da condução neste ouvido.

 Nervo Glossofaríngeo (sensitivo e motor) e Vago


Peça para o paciente abrir a boca e observe a posição da úvula e do palato mole. Se houver
desvio da úvula (sinal da cortina, ou de Vernet), ele é contra-lateral à lesão.
Examine os movimentos do palato na emissão da vogal A.
Se houver suspeita de lesão, teste o reflexo do vômito (avaliação da sensibilidade do 1/3
posterior da língua).
Nas paralisias do IX par, os pacientes se queixam de engasgos e regurgitação de líquidos
pelo nariz. Nas paralisias do X par ocorre disfonia.

 Nervo Acessório (bilateralmente) - motor


Observe o pescoço em repouso, se há lateralização. Observe se há atrofia do músculo
esternocleidomastóideo (ECM).
Teste os movimentos de lateralização do pescoço (ECM). – movimento da cabeça é
contralateral.
Teste a força de elevação dos ombros (Trapézios) – elevar ombros

 Nervo Hipoglosso (bilateralmente) - motor


Observe a língua em repouso dentro da boca, se há presença de atrofia ou miofasciculação.
Teste os movimentos da língua para fora e para os lados.

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