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Avaliação primaria e secundaria

Avaliação primaria:
Na avaliação primaria é onde vamos identificar o risco de vida do paciente, se houver risco de vida não
seguiremos para a avaliação segundaria.
Temos que seguir o mnemônico “XABCDE” que nada mais é que uma sequência de letras em que cada uma
significa uma coisa.
Antes de começar a atender o paciente deve sempre estar com EPI completo e avaliar a cena para ver se é
segura!

 X - é referente à hemorragia exsanguinante ou hemorragia externa grave.

É a hemorragia externa (fora) que é visível, quando chegado à cena e avistar de imediato uma hemorragia
primeiro iremos controlar ela para assim seguir para o próximo passo.

 A - Vias aéreas e controle da coluna cervical.

Controlar a coluna cervical para que não se mecha (segurar ela com as duas mãos para não haver nenhum tipo
de movimento que possa agravar ou causar alguma lesão ); após isso verificar se não tem nenhum corpo
estranho obstruindo as vias aéreas ou a boca do paciente (APENAS SE O PASSIENTE ESTIVER DESACORDADO) ;
em seguida examinar o pescoço a procura de alguma deformidade, caso tenha a coluna cervical do paciente
deve ser estabilizada do jeito que foi encontrada, se não tiver deformidade então deve ser realinhada o
pescoço e hiperestender a coluna cervical para melhor respiração, caso o paciente esteja desacordado pode se
colocar a cânula de guedel (cânula orofaríngea) para evitar que a língua do paciente tenha o relaxamento e
dificulte a respiração:

Hiperextensão: cânula de guedel:

 B - Boa Ventilação e Respiração.

Após a hiperextensão deve se avaliar a respiração do paciente, colocando o ouvido perto do nariz e ao mesmo
tempo observar o tórax se há uma respiração regular:
 C - Circulação com Controle de Hemorragias.
No C caso o paciente esteja desacordado iremos avaliar se te pulso caso não tenha paramos por aqui a
avaliação do paciente e iniciamos o RCP (Reanimação cardiorrespiratória), se o paciente estiver acordado já
sabemos que tem pulso então verificamos a perfusão (se na hora tivermos um oxímetro podemos aferir a
pulsação e a oximetria do sangue). Avaliamos também o abdômen do paciente a procura de hemorragia
interna.

Oxímetro: Perfusão:

Os valores normais de oximetria estão


entre 95 e 100%.

 D - Disfunção Neurológica.

No D, são feitas análises do nível de consciência, verificar se o paciente esta confuso, desorientado... Nessa
parte temos que prestar atenção para caso o paciente tenha um traumatismo.

Iremos fazer a famosa entrevista com o paciente, a escala de Glasgow e avaliar as pupilas do paciente:
A Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta que avalia e calcula o nível de consciência do paciente logo
após o trauma.

ESCALA DE COMA DE GLASGOW COM AVALIAÇÃO PUPILAR

PARÂMETRO RESPOSTA PONTOS


Espontâneo 4
Ao comando verbal 3
ABERTURA OCULAR
Pressão de abertura dos olhos 2
Nenhuma 1

Orientado e conversando 5
Desorientado 4
RESPOSTA VERBAL Palavras 3
Sons 2
Nenhuma 1

Ao comando 6
Localiza dor 5
Flexão Normal 4
RESPOSTA MOTORA
Flexão Anormal 3
Extensão 2
Nenhuma 1
Pontuação mínima: 03                                                                          
Pontuação máxima: 15

 E - Exposição Total do Paciente.

No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais
medidas realizadas. O socorrista deve analisar, entre outros pontos, sinais de trauma, sangramento e manchas
na pele.
Antes de seguir para a avaliação secundaria devemos colocar o colar cervical e administrar oxigênio caso seja
necessário. Para administrar o oxigênio antes devemos fazer uma avaliação no rosto do paciente apalpando
cuidadosamente para avaliar qualquer possível lesão antes de colocar mascara de oxigênio

Avaliação secundaria:
O objetivo da avaliação secundária é identificar lesões que no primeiro momento não comprometem a vida do
acidentado, porém se não forem corretamente tratadas poderão comprometer nas horas seguintes.
A avaliação secundária só deve ser feita depois de completar a avaliação primária (ABCDE), quando as medidas
indicadas de reanimação tiverem sido adotadas e o paciente demonstrar tendência para normalização de suas
funções vitais (ATLS, 2012).
Na avaliação secundaria você tem três passos a seguir que mudam de acordo com o tipo de atendimento, caso
seja um caso clinico você segue a seguinte ordem:
 Entrevista;
 Aferição dos sinais vitais;
 Exame físico
E quando for um trauma você segue a seguinte ordem:
 Exame físico
 Aferição dos sinais vitais;
 Entrevista;

 Exame físico completo:


Você basicamente ira fazer uma avaliação da cabeça aos pés a procura de lesões.
CABEÇA: Palpar cuidadosamente todo o couro cabeludo, ossos da face e do crânio, em busca de lesões,
hematomas, deformidades ou assimetria.
PESCOÇO: Na parte do pescoço você já avaliou na avaliação primaria na parte de Vias aéreas e controle da
coluna cervical então não será necessário avaliar novamente, pois o paciente já vai estar com o colar cervical.
ORELHAS: Observar se há saída de sangue ou liquido cefalorraquidiano e local roxo atrás das orelhas.
TÓRAX: Observar a presença de edemas, assimetria, ferimento, deformidades, retrações, objetos encravados
ou fraturas. Verificar se a expansão do tórax durante a respiração ocorre da mesma forma em ambos os lados.
ABDÔMEN: Examinar os quatro quadrantes em busca de hematomas, equimose, abrasões, ferimentos abertos
ou objetos encravados. Observar também se há distensão, rigidez ou dor à palpação superficial. Este dado é
importante, pois auxilia o socorrista a suspeitar de hemorragia interna, caso a vitima apresente sinais de
choque hemorrágico.
PELVE: Palpar levemente as cristas ilíacas (extremidade superior expandida) observando se há hematomas,
deformidade articular, sangramento pelo ânus, vagina ou uretra.
MEMBROS INFERIORES E SUPERIORES: Palpar toda a extensão dos membros, pesquisando por hematomas,
sangramentos, deformidades, espiculas ósseas, fraturas expostas ou ferimentos. Avaliar a circulação
observando a temperatura e cor da pele. Avaliar a motricidade, sensibilidade, perfusão e pulsação.
DORSO: Palpar com delicadeza a coluna vertebral sem movimentar a vitima. Pesquisar regiões dolorosas, com
edema, afundamentos ou deformidades ósseas, hematomas e ferimentos.

ATENÇÃO: A coluna cervical deve ser mantida estabilizada durante todo o exame.

 Sinais vitais:
PRESSÃO ARTERIAL
PULSO
RESPIRAÇÃO
TEMPERATURA
PELE/COLORAÇÃO
Pressão arterial:

Pulso:
Respiração

Temperatura: Pele/coloração:

 Entrevista do trauma:

Na entrevista você vai seguir o SAMPLA:

S - SINAIS E SINTOMAS

A - ALERGIA

M - MEDICAMENTO

P - PASSADO MEDICO

L - LIQUIDOS E ALIMENTOS

A - AMBIENTE

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