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CINEMÁTICA DO TRAUMA

CINEMÁTICA DO TRAUMA

CINEMÁTICA: É a parte da Mecânica que descreve o movimento,


determinando a posição, a velocidade e a aceleração de um corpo
em cada instante.
TRAUMA: Transmissão de energia “sem controle” que causa
alteração estrutural e fisiológica no organismo (lesão).
É a principal causa de morte no indivíduo jovem.
No Brasil está em 3º lugar, perdendo apenas para doenças
cardiovasculares e neoplasias.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 MORTALIDADE - DISTRIBUIÇÃO TRIMODAL:


 Mortes imediatas.

 Mortes precoces.

 Mortes tardias.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 AVALIAÇÃO DA CENA DO ACIDENTE – Determinar as lesões


resultantes das forças envolvidas.
 Danos no veículo.
 Distância de frenagem.
 Posição das vítimas.
 Uso do cinto de segurança.
 Lesões aparentes.
CINEMÁTICA DO TRAUMA
Primeira lei de Newton.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

Energia cinética :
CINEMÁTICA DO TRAUMA
Lei da cavitação:
 Quando um objeto em movimento colide contra o
corpo ou quando este é lançado contra um objeto
parado , há transferência de energia. Os tecidos são
deslocados, criando uma cavitação.

 Temporária
CINEMÁTICA DO TRAUMA

Definitiva:
Cavidade permanente

Cavidade temporária

Tecido lesado e estirado ao


ser atravessado por projétil
CINEMÁTICA DO TRAUMA

Trauma penetrante - trauma contuso:


CINEMÁTICA DO TRAUMA

Fases de evolução da vítima de trauma:


 Pré-colisão – Ingestão de bebidas alcoólicas, uso de
drogas, doenças preexistentes, condições ambientais,
idade da vítima.
 Colisão – Começa no momento do impacto entre um
objeto em movimento e um segundo objeto.
 Pós-colisão - Consequência da fase de colisão, lesões
propriamente ditas.
CINEMÁTICA DO TRAUMA
 Formas de colisão:
 Colisão frontal – Deformidade do volante, painel e
pára- brisas indicam lesões – cabeça, pescoço, tórax,
abdome, pelve e MMII.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 Colisão traseira – Efeito chicote com movimentos de


hiperextensão e hiperflexão, podendo causar lesões
importantes na coluna cervical.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 Colisão lateral – Deformidade da porta, possíveis


lesões na cabeça, pescoço (flexão lateral e rotação),
tórax , costela, clavícula, pelve e MI.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 Capotamento – Durante o capotamento o corpo se choca contra


qualquer parte interna do veículo(teto,pára-brisas,
latarias,assoalho) causando deslocamentos vilolentos e
múltiplos, com graves lesões.
 Se ejetado do veículo tem 25 vezes mais chance de morrer dos
que não ejetados.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 Acidente de motocicleta – Colisão frontal e lateral.


CINEMÁTICA DO TRAUMA

 Atropelamento – Em adulto e criança.


CINEMÁTICA DO TRAUMA
 Quedas – Relativo à altura, velocidade, idade, membro que
sofreu o primeiro contato com a estrutura.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 LESÕES POR EXPLOSÕES –


 Luz : pode causar dano ocular.
 Calor : Combustão do explosivo pode causar queimaduras.
 Ondas de pressão : Arremessos de objetos (estilhaços),
deslocamento da vítima (queda), rupturas de estruturas ocas
(pneumotórax, rupturas de estruturas ocas abdominais, perfuração
de tímpano.
AVALIAÇÃO DO PACIENTE NO TRAUMA

 AVALIAÇÃO DA CENA (gerenciamento do local)


 PARAMENTAÇÃO – (EPI’s – luvas, óculos, máscaras)
 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA NA VÍTIMA (X,A,B,C,D,E do trauma)
 X= HEMORRAGIA EXTERNA (exsanguinante, severa)
 A= VIAS AÉREAS (controle da cervical , desobstrução - manobra de
jaw thrust)
 B= BOA VENTILAÇÃO (qualidade respiratória , expansão torácica)
 C= CIRCULAÇÃO (H P P = hemorragia , pele , perfusão periférica ,
pulso)
 D= DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA ( ECG + avaliação pupilar )
 E = EXPOSIÇÃO COM CONTROLE DO AMBIENTE (hipotermia, exame
físico)
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
ECG

Desenvolvida em 1974 pelo neurocirurgião Inglês Sir Graham Michael Teasdale


Utilizada para avaliação da disfunção neurológica e gravidade do TCE.
Sofreu alteração em 2018.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
ECG

RESUMO DAS MUDANÇAS


 Nomenclaturas
 Acréscimo da avaliação pupilar para finalizar escore da ECG
 Acréscimo de NT (não testável)
 Pontuação final da ECG mínima : 01 ponto
 Avaliação deve colocar = O _ V _ M _ (Pontuar)
ESCALA DE COMA DE GLASGOW - ANTIGA
PARÂMETRO RESPOSTA PONTOS
ESPONTÂNEA 4
AO COMANDO VERBAL 3
ABERTURA OCULAR
AO ESTÍMULO DOLOROSO 2
NENHUMA 1
ORIENTADA 5
DESORIENTADA 4
RESPOSTA VERBAL PALAVRAS INAPROPRIADAS 3
SONS INCOMPREENSÍVEIS 2
NENHUMA 1
AO COMANDO 6
LOCALIZA A DOR 5
RETIRADA EM FLEXÃO NORMAL 4
RESPOSTA MOTORA
DESCORTICAÇÃO 3
DESCEREBRAÇÃO 2
NENHUMA 1
03 - 15
ESCALA DE COMA DE GLASGOW - ATUALIZADA
PARÂMETRO RESPOSTA PONTOS
ESPONTÂNEA 4
AO COMANDO VERBAL AO SOM 3
ABERTURA OCULAR
AO ESTÍMULO DOLOROSO ESTÍMULO FÍSICO POR PRESSÃO 2
NENHUMA 1
NT NÃO TESTÁTVEL NT
ORIENTADA 5
CONFUSA 4
RESPOSTA VERBAL PALAVRAS INAPROPRIADAS PALAVRAS 3
SONS INCOMPREENSÍVEIS SONS 2
NENHUMA 1
NT NÃO TESTÁTVEL NT
AO COMANDO 6
LOCALIZA A DOR 5
RETIRADA EM FLEXÃO NORMAL FLEXÃO NORMAL 4
RESPOSTA MOTORA
DECORTICAÇÃO FLEXÃO ANORMAL 3
DESCEREBRAÇÃO EXTENSÃO 2
NENHUMA 1
NT NÃO TESTÁTVEL NT
ESCALA DE COMA DE GLASGOW - COM AVALIAÇÃO
PUPILAR
Após a realizar a ECG deve analisar a reação pupilar
AVALIAÇÃO PUPILAR
INEXISTENTE NENHUMA PUPILA REAGE AO ESTÍMULO DE LUZ 2
PARCIAL APENAS UMA PUPILA REAGE AO ESTÍMULO DE LUZ 1
COMPLETA AS DUAS PUPILAS REAGEM AO ESTÍMULO DE LUZ 0
ESCALA DE COMA DE GLASGOW - COM AVALIAÇÃO
PUPILAR

O TCE é classificado em leve, moderado e grave de acordo com o nível de consciência,


mensurado pela ECG – P
01 - 08 = GRAVE
09 - 12 = MODERADO
13 – 15 = LEVE

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