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ANATOMIA
As camadas do revestimento cerebral, dividem-se em:
2. GÁLEA (APONEUROSE)
Camada de tecido fibroso
suscetível à edema e
hematoma.
4. MENINGES
Membranas intracranianas que envolvem o encéfalo e medula espinhal.
FISIOLOGIA
DOUTRINA DE MONRO-KELLIE
Uma lesão expansiva intracraniana vai desencadear uma compensação de
volume que pode ser:
— EQUILIBRADA: quando há acomodação intracraniana da massa.
— DESCOMPENSADA: quando a massa ultrapassa o volume de 150mL e
gera o aumento abrupto da Pressão Intracraniana (PIC).
PERFUSÃO CEREBRAL
Parâmetros observados e seus valores de normalidade:
PPC = Pressão de Perfusão Cerebral (≥ 70 mmHg)
PAM = Pressão Arterial Média (≥ 60 mmHg)
PIC = Pressão Intracraniana (5 a 15 mmHg)
TRÍADE DE CUSHING
Indica o quadro tardio da hipertensão intracraniana.
— Hipertensão arterial
— Bradicardia
— Alteração ventilatória (qualquer padrão anormal)
A B C D E
D - DISABILITY
SINAIS DE LATERALIZAÇÃO
Testar a simetria da mobilidade, força e sensibilidade dos membros.
EXAMES DE IMAGEM
— Tomografia Computadorizada de crânio (TC)
— Angiotomografia Computadorizada de crânio (AngioTC)
— Ultrassom à beira-leito para avaliar bainha do nervo óptico (POCUS*)
— Ressonância Nuclear Magnética de encéfalo (RMN)
Espontânea 4
Ao chamado 3
ABERTURA OCULAR À dor 2
Sem abertura ocular 1
Não testado NT
Sem alterações 5
Desorientado 4
Palavras soltas 3
RESPOSTA VERBAL
Sons 2
Sem resposta verbal 1
Não testado NT
Obedece comandos 6
Localiza a dor 5
Retirada inespecífica 4
RESPOSTA MOTORA Flexão anormal 3
Extensão anormal 2
Sem resposta motora 1
Não testado NT
CLASSIFICAÇÃO DO TCE
— LEVE: ECG ≥ 13
— MODERADO: ECG entre 9 e 12
— GRAVE: ECG ≤ 8
GLASGOW - PUPILAS
Escala mais recente que indica pior prognóstico para o paciente com
alteração pupilar. Como essa escala funciona?
1. Avaliar a ECG e atribuir a pontuação
2. Avaliar a reatividade das pupilas
3. Subtrair da pontuação da ECG valores conforme os achados:
— Reatividade bilateral: não altera a pontuação da ECG
— Reatividade unilateral: subtrair 1 ponto da ECG
— Sem reatividade pupilar: subtrair 2 pontos da ECG
ESCALA FOUR
ESCALA RASS
TC CORPO INTEIRO
— Atropelamento em velocidade acima de 30km/h
— Acidente em motocicleta em velocidade acima de 40km/h
— Acidente em veículo automotor em velocidade acima de 50km/h
— Ejeção veicular
— Acidente com óbito por trauma na cena
QUANDO SERIAR?
— Piora clínica
— Impossibilidade de seriar o exame físico
— Lesões "bordeline" (sangramentos leves)
COMO SERIAR?
— TC inicial
— Repetir se mudar o status clínico
— Repetir em 6h, 24h, 3 dias e 5 dias E/OU se piora do estado clínico
ANGIOTC DE CRÂNIO
TC realizada com contraste.
QUANDO PEDIR?
— No protocolo de TC-CORPO INTEIRO (TCCI)
— Trauma em pescoço para avaliar vasculatura
— Lesões intraparenquimatosas para buscar origem da lesão
— Lesões não-traumáticas (ex. AVCh)
COMO REALIZAR?
1. Medir 3mm entre a papila ótica e o nervo óptico
2. Nesse ponto, medir espessura do nervo óptico
3. Repetir essa medição 3x em cada olho e calcular a média
Passo 1 Passo 2
AVALIAÇÃO
A espessura do nervo óptico ≥ 6mm indica uma PIC ≥ 20mmHg, ou seja,
hipertensão intracraniana.
RNM DE ENCÉFALO
Em geral, exame complementar à TC em casos de suspeita de lesão axonal
difusa (lesão em substância branca).
SANGRAMENTOS SUPERFICIAIS
Este sangramento pode ser extenso, por isso deve-se fazer o controle
através de curativo compressivo.
FRATURAS ASSOCIADAS
Afastar por meio de TC de crânio para lesões extensas.
DICAS DE SUTURA
— Realize tricotomia adequada (ampla)
— Dê preferência ao fio Nylon 2 e a agulhas triangulares
— Melhores tipos de sutura: chuleio ancorado e pontos em X
SUBTIPOS
Linear: único traço de fratura, podendo ser complexo.
Afundamento craniano
Lâmina óssea apresenta um afundamento em direção ao encéfalo e
quando a cortical externa fica abaixo da cortical interna = cirurgia.
Fossa
Anterior
Côndilos
Occipitais,
Forame
Magno e
demais
forames.
CUIDADO!
NÃO UTILIZAR SONDA NASOGÁSTRICA EM CASO DE SUSPEITA DE
FRATURA DE BASE DE CRÂNIO.
TRATAMENTO
— Geralmente, observacional.
— Casos selecionados: monitor invasivo de PIC (pressão intracraniana) com
derivação ventricular externa.
HEMATOMA SUBDURAL
Características
— Imagem em "D"
— Não respeita suturas cranianas
— Origina-se das Veias Ponte
— Podem cronificar em idosos e por vezes com sintomas demenciais
COMO INVESTIGAR
— Complementar avaliação com RNM
— Está indicada SEMPRE em TC normal com mecanismo de trauma GRAVE.
TRATAMENTO
Sem tratamento específico.
TC DE CRÂNIO
— Herniações
— Desvio de linha média acima de 5mm
TRATAMENTO
DEGRAU ZERO
— Cabeceira a 30 graus de inclinação
— Cabeça centralizada
— Remover colar cervical assim que possível
— Evitar hipertermia — Dipirona 6h/6h
— Normoglicemia
— Uso de soluções normo ou hiperosmolares — prioridade ao SF
— Sedação profunda — RASS - 4 ou - 5 — Propofol ou Midazolan
— Evitar aspiração de VVAA
— PaCO2 próxima de 35mmHg — normocapnia no limite inferior
— PAM 90 a 100 mmHg — pressão de perfusão cerebral entre 60 e 70
mmHg — Noradrenalina e Vasopressina
— Terapia anticonvulsivante — Fenitoína
*pacientes que já convulsionaram — hidantalização
DEGRAU 1
Terapia cirúrgica
— Derivação ventricular externa
— Craniectomia descompressiva
DEGRAU 2
Aprofundar sedação
— Preferência para Propofol
— Dose máxima: 200 mcg/Kg/minuto
Manter NaCl 3%
— Após osmoterapia em bólus do DEGRAU 1
— Não há benefício se Na sérico acima de 160 mEq/L
Craniectomia de resgate
— TC de crânio de controle
— Se ainda não foi indicada — FAZER
— Se já foi realizada — REAVALIAR
DEGRAU 3
— Coma barbitúrico: Tiopental
*utilizado pós reunião multidisciplinar para decisão
— Hiperventilação PaCO2
— Hipotermia
ABC NEUROTRAUMA
IOT + VM Hemorragias
Glasgow + Pupilas + TC de Crânio
Tratamento Tratamento
Tratamento Tratamento
não-operatório operatório
não-operatório operatório
Seriar Hb/Ht
Neuroproteção
Corrigir coagulopatias
Seriar TC
Hipotensão permissiva
Corrigir Coagulopatia
Manter PPC maior ou
igual a 60mmHg