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MÚSCULO-ESQUELÉTICO
Docente: MSc. Manuel Mateus
AVALIAÇÃO DO SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
Exame físico:
✓ Avaliação da força muscular (miótomos);
✓ Avaliação neuromuscular (testes de equilíbrio, reflexo
tendinoso profundo, sensibilidade de cada dermátomo,
monitorização de pulso e pressão arterial);
✓ Amplitude de movimento (ADM);
✓ Avaliação da dor;
✓ Avaliação postural;
✓ Avaliação da marcha;
✓ Testes especiais e Funcionais (Movimentos específicos).
AVALIAÇÃO DO SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
TIPO CAUSA
SENSAÇÃO TERMINAL NORMAL
ÓSSEA Produzida pela aproximação entre os ossos.
ELÁSTICA Produzida pela unidade miotendínea, pode ocorrer com
encurtamentos adaptativos.
APROXIMAÇÃO DE TECIDOS Produzida pelo contacto de duas massas musculares de ambos
MOLES os lados de uma articulação em flexão, em que a amplitude da
articulação excede outras restrições.
CAPSULAR Produzida pela cápsula ou por ligamentos.
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
TIPO CAUSA
SENSAÇÃO TERMINAL ANORMAL
ELÁSTICA (TIPO MOLA) Produzido por um rebote das superfícies articulares
proveniente do disco ou do menisco intra-articular. Tem-se a
impressão de que, se forçado um pouco mais, entrará em
colapso.
PASTOSA Presença de líquido viscoso (sangue) dentro da articulação.
Espasmódica Produzidas por contracções musculares reflexas e reactivas,
em resposta a irritações do nociceptor, com predominância
nas estruturas articulares e nos músculos. Tem-se a impressão
que nada irá ceder se forçar um pouco mais.
Vazia Produzida unicamente pela dor. Frequentemente causada por
patologias graves que não afectam as articulações ou os
músculos, não produzindo espasmos. Qualquer esforço a mais
aumenta a dor a níveis insuportáveis.
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
A ADM activa e passiva é medida com o auxílio
do goniómetro. Ele é um instrumento de medida
graduada em 180º ou 360º.
Todos os tipos de goniómetros têm um corpo e
dois braços: um móvel e o outro fixo.
O braço fixo é alinhado com o segmento
corporal fixo, e o braço móvel, com o segmento
corporal móvel.
No corpo do goniómetro estão as escalas.
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
MEMBROS SUPERIORES
Flexão 0 - 180º
Extensão 0-40º
Ombro
Abdução 0-180º
Rotação externa 0-90º
Rotação interna 0-80º
Flexão 0-150º
Cotovelo Extensão 0º
Pronação 0-80º
Antebraço Supinação 0-80º
Flexão 0-60º
Extensão 0-60º
Punho
Desvio Ulnar 0-30º
Desvio Radial 0-20º
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
MEMBROS INFERIORES
Flexão 0-100º
Extensão 0-30º
Quadril Abdução 0-40º
Adução 0-20º
Rotação interna 0-40º
Rotação externa 0-50º
Flexão 0-150º
Joelho Extensão 0º
Tornozelo Flexão plantar 0-40º
(Talocrural) Flexão dorsal 0-20º
Tornozelo Inversão 0-30º
(Subtalar) Eversão 0-20º
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
Há diferentes formas de realizar, assim como
diferentes ângulos considerados normais.
AMPLITUDE DE MOVIMENTO – TÉCNICA MMSS
AMPLITUDE DE MOVIMENTO – TÉCNICAS MMII
TESTES MUSCULARES MANUAIS
São níveis de medição ordinais, com
confiabilidade intra e inter-avaliadores. Sempre
avaliados bilateralmente.
TESTES ESPECIAIS NO OMBRO
Teste de Neer
Elevação passiva do MS, no
plano da escápula e com o
ombro em rotação neutra. Por
meio dessa manobra avaliamos
a presença de dor que indica
teste positivo pois houve
impacto do tubérculo maior
contra o acrómio afectando o
supraespinhal (e assim o
manguito rotador).
TESTES ESPECIAIS NO OMBRO
Teste do Impacto de Yocum
O paciente coloca sua mão no
ombro oposto e eleva o
cotovelo de forma activa.
Positivo se há dor (o
mecanismo é semelhante ao
teste de Neer). Avaliamos o
impacto sobre o supraespinhal
(e assim o manguito rotador).
TESTES ESPECIAIS NO OMBRO
Teste do Impacto de
Hawkins-Kennedy
O paciente coloca o MS em
elevação com o cotovelo
flectido e o avaliador roda
internamente o MS (o
mecanismo é semelhante ao
teste de Neer). Avaliamos o
impacto sobre o supraespinhal
(e assim o manguito rotador).
TESTES ESPECIAIS NO OMBRO
Teste de Jobe
Elevação activa do ombro
contra resistência, com o MS
no plano da escápula e em
rotação medial. Avaliamos o
tendão supraespinhal e ter
resultados desde dor com
diminuição de força até mesmo
incapacidade de elevar o
membro indicando ruptura
completa.
TESTES ESPECIAIS NO OMBRO
Teste de Patte
Elevação passiva do MS, no
plano da escápula e com o
ombro em rotação neutra.
Avaliamos o tendão
infraespinhal. A incapacidade
em realizar a rotação externa
indica uma ruptura completa
do tendão.
TESTES ESPECIAIS NO OMBRO
Teste de Gerber
Após o paciente colocar a mão
no dorso no nível da coluna
lombar baixa, solicitamos que
a afaste das costas. Avaliamos
o tendão subescapular e é
positiva quando há
incapacidade de afastar ou
manter o afastamento do
membro em relação ao corpo.
TESTES ESPECIAIS MÃOS E PUNHOS
Teste de Finkelstein
Paciente com polegar
flexionado na palma o
examinador promove desvio
ulnar do punho. Esse sinal é
patognomónico da
tenossinovite de Quervain, e
positivo quando dor.
TESTES ESPECIAIS MÃOS E PUNHOS
Teste de Tinel
Realizamos a percussão
sobre o nervo mediano,
rumo ao túnel do carpo.
Positivo se sensação de
choque por parte do
paciente.
Teste de Phalen
Realizamos flexão activa máxima do punho por um
minuto. Positivo se a parestesia e o formigamento
aparecem como sintomas.
TESTES ESPECIAIS MÃOS E PUNHOS
Teste de Benediction
Solicitamos que o paciente encoste a ponta do dedo
indicador e do dedo médio e avaliamos: a perda de
flexão activa da falange distal do polegar, do
segundo e do terceiro quirodáctilos indicam
positividade do teste.
TESTES ESPECIAIS NO JOELHO
Teste de Lanchman
Paciente deitado com joelho flectido, o examinador
faz um movimento antagónico com uma das mão
para frente e a outra para trás ocasionando o
deslizamento de uma superfície articular sobre a
outra. O sinal é positivo quando há o deslocamento
anterior da tíbia.
TESTES ESPECIAIS NO JOELHO
Teste da Gaveta Anterior
Paciente deitado com joelho flectido, o examinador
senta sobre seu pé para dar apoio e faz uma tracção
para frente com as mãos na região superior da tíbia.
O teste é positivo quando o membro vem para
frente como uma gaveta.
TESTES ESPECIAIS NO JOELHO
Jerk-Test e Pivot Shift
Paciente deitado com o membro a ser examinado
flectido e quadril também flectido, o examinador
com uma das mãos segura o pé em rotação interna e
com a outra pressiona o terço superior externo da
perna fazendo ao mesmo tempo a extensão e
forçando um valgo. Se houver um ressalto e
subluxação ântero-lateral da tíbia, o teste é positivo.
TESTES ESPECIAIS NO JOELHO
Teste de Estresse em Varo e Valgo
Com paciente deitado o examinador com uma das
mãos apoiadas na face medial do joelho sobre o
côndilo femoral e a outra segurando o pé ou
tornozelo realiza movimentos que simulam um varo
e um valgo. Avaliamos os ligamentos colaterais
medial, colateral, lateral e o ligamento cruzado
anterior.
TESTES ESPECIAIS NO JOELHO
Teste de Apley
Paciente em decúbito ventral realizamos flexão do
joelho e rotação interna e externa segurando pelo
pé. A dor medial ou lateral na articulação do joelho
indica lesão do lado oposto.
TESTES ESPECIAIS NO JOELHO
Teste de McMurray
Paciente em posição supina com quadril e os
joelhos flectidos. Palpamos com uma das mãos a
interlinha articular e com a outra promovemos
rotações internas e externas. A presença de dor em
algum dos lados da articulação indica acometimento
do lado semelhante.
TESTES ESPECIAIS NA LOMBAR
Teste de Lasègue
Elevamos o membro inferior a fim de pressionar o
nervo ciático, o aparecimento de sintomas durante a
elevação indica positividade do teste e irritação da
raiz nervosa ciática.
TESTES ESPECIAIS NA LOMBAR
Teste de Patrick-Fabere
Paciente em posição supina deverá flexionar o
joelho posicionando o pé no membro oposto que
não será examinado. Ou seja, o quadril está flectido,
abduzido e em rotação externa (FABERE).
Promovemos força sobre o joelho para verificar se
desencadeia dor (positivo).