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JEAN PIAGET DE ANGOLA

PROJECTO DE PESQUISA

Docente: Manuel Mateus


Curso: Fisioterapia
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PROJECTO

É um trabalho de pesquisa que tem como objectivo resolver um


problema que se nos apresenta. No projecto, tratamos de
situações concretas.
É uma planificação composta por actividades e iniciativas
interrelacionadas que devem ser materializadas de forma
coordenada para alcançar um objectivo. 2
TECNOLÓGICO

Por sua vez, qualifica aquilo que está relacionado com a


tecnologia (a aplicação de valências e conhecimentos técnicos
para satisfazer uma necessidade ou solucionar um problema).
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PROJECTO TECNOLÓGICO

É um plano cuja finalidade é propiciar o desenvolvimento ou a


modificação de um produto, um serviço ou um processo, com o
objectivo de que o seu efeito seja uma melhoria na qualidade
de vida.
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PESQUISA

É uma forma de procurar conhecimento para inquietações


emergidas, com a finalidade de diversas naturezas.

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PROJECTO DE PESQUISA

É um plano ou caminho para abordar certa realidade. Deve oferecer


respostas tipo: O problema de pesquisa é a pergunta que o trabalho vai responder.
Ou seja: é a dúvida que você quer responder a partir de sua
✓ O que pesquisar? (Problema) pesquisa.
A justificativa do TCC é a parte do trabalho em que se
✓ Por quê pesquisar? (Justificativa) fundamentam os motivos para realizar aquela pesquisa científica. É
o elemento que justifica o trabalho.
✓ Para quê pesquisar? (Objectivos)
elemento que resume e apresenta a ideia central do trabalho
académico.
✓ Como pesquisar? (Metodologia)
é o estudo dos métodos ou dos instrumentos necessários para a
✓ Por quem? (Grupo Alvo) elaboração de um trabalho científico.
é a população que fará parte do estudo
✓ Quando pesquisar? (Cronograma)
Plano de elaboração do trabalho. 6
(Barreto & Honorato, 1998, p. 59)
OBJECTIVOS

Objectivo geral: é o elemento que resume e apresenta a ideia central do trabalho


académico. Ou seja, responde à pergunta: O que é? Deve expressar de forma clara
qual é a intenção da pesquisa. Isso descreve e delimita qual é o escopo do trabalho.

“Analisar a influência da mudança climática em casos de gripe no Sul de


Angola”.

A finalidade do trabalho: analisar a influência da mudança climática em casos de


gripe.

A delimitação da pesquisa: no Sul de Angola. 7


OBJECTIVOS

Objectivos específicos descrevem os resultados que se pretende alcançar a partir da


pesquisa. Por esse motivo, costumam ser mais de um e, portanto, descritos no plural.
Apresentam as ideias do pesquisador de forma mais detalhada.
Eles são os como da pesquisa. São os detalhamentos do objectivo geral. Servem
para aprofundar o objecto do trabalho, contribuindo também para a delimitação do
tema.
1. Identificar os vectores do vírus da gripe;
2. Verificar a variação do número de casos de gripe ao longo do ano;
3. Analisar a frequência de variações do clima no Sul de Angola;
4. Comparar o padrão de aumento de casos de gripe com a ocorrência de
alterações no clima. 8
OBJECTIVOS

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VERBOS USADOS NOS OBJECTIVOS

Quais verbos utilizar no objectivo geral e específico?


Um aspecto bastante importante dos objectivos geral e dos
objectivos específicos é a linguagem de sua redacção.
O ideal é sempre utilizar verbos no infinitivo no início do
enunciado dos objectivos. Isto é, verbos terminados em: ar, er
ou ir.
Isso porque, os verbos no infinitivo facilitam a compreensão do
que se busca alcançar no trabalho.
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VERBOS USADOS NOS OBJECTIVOS

Os verbos podem ser classificados em:


Verbos de Conhecimento:
Associar; calcular; citar; classificar; definir; descrever;
distinguir; enumerar; especificar; enunciar; estabelecer;
exemplificar; expressar; identificar; indicar; medir; mostrar;
nomear; registrar; relacionar; relatar; seleccionar.

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VERBOS USADOS NOS OBJECTIVOS

Verbos de Compreensão:
Concluir; descrever; distinguir; deduzir; demonstrar; discutir;
explicar; identificar; ilustrar; inferir; interpretar; localizar –
relatar; revisar.
Verbos de Aplicação:
Aplicar; estruturar; ilustrar; interpretar; organizar; relacionar.

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VERBOS USADOS NOS OBJECTIVOS

Verbos de Análise:
Analisar; classificar; categorizar; combinar; comparar;
comprovar; contrastar; correlacionar; diferenciar; discutir;
detectar; descobrir; discriminar; examinar; experimentar;
identificar; investigar; provar; seleccionar.

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VERBOS USADOS NOS OBJECTIVOS

Verbos de Síntese:
Combinar; compor; criar; comprovar; deduzir; desenvolver;
documentar; explicar; organizar; planejar; relacionar.
Verbos de Avaliação:
Avaliar; concluir; constatar; criticar; interpretar; julgar;
justificar; padronizar; relacionar; seleccionar; validar;
valorizar.

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O QUE PESQUISAR (PROBLEMA)

O que fundamenta o desenvolvimento do TCC não é o tema


seleccionado, mas sim uma questão que precisa ser respondida.

Essa questão, que dá sentido ao projecto e é responsável por direccionar


a produção do TCC, é o PROBLEMA DE PESQUISA.

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O QUE PESQUISAR (PROBLEMA)

Como delimitar o problema de pesquisa?

1. Encontre o motivo para sua pesquisa.

2. Defina uma questão que você quer responder com a pesquisa.


3. Seja clara e assertiva.

4. Contextualize o problema de pesquisa com a sua área do


conhecimento, com tempo e espaço.
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O QUE PESQUISAR (PROBLEMA)

O problema de pesquisa é que facilita a produção do TCC. E deve


atender à 4 requisitos básicos:

✓ Ser claro e preciso;

✓ Empírico, isto é, ser observável na realidade;

✓ Delimitado;

✓ E ser passível de solução.


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O QUE PESQUISAR (PROBLEMA)

Tema: Uso da interacção dos stories do Instagram para divulgar os


produtos de moda da marca X.

Problema de pesquisa: O recurso de S.Instagram é uma ferramenta


efectiva para a divulgação dos produtos de moda da marca X?

Tema: A utilização da substância X para tratar água poluída do rio Y.

Problema de pesquisa: É possível tratar a água poluída do rio Y com a


substância X? 18
O QUE PESQUISAR (PROBLEMA)

Tema: Interacção entre pais e corpo docente para auxiliar na transição


das crianças da pré-escola para o ensino fundamental.

Problema de pesquisa: A partir do estudo de caso na escola X, como a


interacção entre os pais e o corpo docente pode auxiliar na transição das
crianças da pré-escola para o ensino fundamental?

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HIPÓTESES

Uma vez formulado o problema, propõe-se uma resposta “suposta, provável e


provisória”, isto é, uma hipótese.

Ambos, problemas e hipóteses, são enunciados de relações entre variáveis (factos,


fenómenos), a diferença é que o problema constitui-se numa sentença interrogativa e
a hipótese, sentença afirmativa.
Quais condições exercem mais influência na decisão da mãe em dar o filho para
adopção?
As condições socioeconómicas exercem grande influência na decisão da mãe em
dar o filho para adopção.
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HIPÓTESES

A hipótese (científica) deve fazer a colocação de pelo menos duas variáveis


passíveis de mensuração. Geralmente é colocada na forma “Se x, então y”, mas não
obrigatoriamente.

O estudo em grupo contribui para um alto grau de rendimento escolar.

Não há diferença entre a remineralização com e sem a realização do bochecho


com solução fluoretada.

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JUSTIFICATIVA

É a parte do trabalho em que se fundamentam os motivos para realizar aquela


pesquisa científica. É o elemento que justifica o trabalho.

Não demanda referências bibliográficas, citações de outros autores ou construção


de referencial teórico.

Você deve ter em mente que é um espaço para destacar a importância de fazer a
pesquisa científica . Em termos mais simples, prepare-se e foque em convencer a
importância do seu tema.

Lembre-se de escrever a justificativa de forma breve, assertiva e bem objectiva. 22


JUSTIFICATIVA

Estrutura técnica da justificativa:

É apenas uma estrutura para despertar outras ideias. A pergunta central deve ser: por
que fazer essa pesquisa?
1. Por que você escolheu esse tema? Qual é a razão para que, dentre tantos outros
temas, você tenha escolhido ele?
2. A sua pesquisa pretende resolver alguma questão mal resolvida dentro do tema?
3. Quais são os benefícios que sua pesquisa traz ao assunto?
4. Quais são as razões de ordem teórica que explicam a relevância do tema? E de
ordem prática?
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PASSOS PARA ELABORAÇÃO DO PP

✓ Identificação e Priorização do Problema para a Pesquisa;

✓ Revisão Bibliográfica;

✓ Formulação dos Objectivos;

✓ Metodologia de Pesquisa (Tipo do estudo; Local do estudo; Sujeitos; Natureza da amostra;


Aspectos éticos; Procedimento de recolha de dados; Estratégia de processamento dos dados;
Variáveis envolvidas no estudo);

✓ Plano de Pesquisa;

✓ Finalização e Revisão do Projecto de Pesquisa.

24 17-19)
(Netemo et al., 2021, pp.
ESTRUTURA DO PROJECTO DE PESQUISA

FOLHA DE
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS CAPA SUMÁRIO
ROSTO

FORMULAÇÃO
INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJECTIVOS DESENVOLVIMENTO
ELEMENTOS TEXTUAIS DO PROBLEMA

FUNDAMENTAÇÃO
METODOLOGIA
TEÓRICA

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO APÊNDICE ANEXOS

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ESTRUTURA DO PROJECTO DE PESQUISA

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APRESENTAÇÃO FÍSICA

O Projecto deve ser apresentado em Papel ‐ A4 (21 cm x 29,7 cm), branco e de boa
qualidade. Recomenda‐se o uso de tinta preta para facilitar a reprodução.

✓Fonte ‐ “Times New Roman”

✓Tamanho 14 para os títulos e subtítulos;

✓Tamanho 12 para o texto;

✓Tamanho 10 para figuras e tabelas.

OBS: As impressões devem ser feitas somente em modo frente.


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MARGENS; ALINHAMENTOS E ESPAÇOS ENTRE LINHAS

As margens devem obedecer às especificações a seguir, permitindo a reprodução e a encadernação


adequadas do trabalho:

✓ Margem superior e esquerda: 3,0 cm;

✓ Margem inferior e direita: 2,0 cm.

✓ O alinhamento do corpo do trabalho deve ser justificado.

✓ Espaçamento entre linhas deve ser de um e meio (1,5).

✓ Espaçamento simples (1,0) deve ser usado nas seguintes partes do trabalho: resumo, referências,
legendas de figuras e tabelas.

✓ Espaçamento entre parágrafos é de 6 pt antes e 6 pt depois. 28


MARGENS; ALINHAMENTOS E ESPAÇOS ENTRE LINHAS

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MARGENS; ALINHAMENTOS E ESPAÇOS ENTRE LINHAS

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MARGENS; ALINHAMENTOS E ESPAÇOS ENTRE LINHAS

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MARGENS; ALINHAMENTOS E ESPAÇOS ENTRE LINHAS

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MARGENS; ALINHAMENTOS E ESPAÇOS ENTRE LINHAS

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MARGENS; ALINHAMENTOS E ESPAÇOS ENTRE LINHAS

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RECURSOS QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO EM KWANZAS VALOR TOTAL EM KWANZAS
R. HUMANOS
Técnico de informática 35 páginas 200 7.000.00
Revisor de português 35 páginas 100 3.500.00
SUBTOTAL 10.500.00
R. MATERIAIS
Resma de papel A4 01 unidade 2.900.00 2.900.00
Esferográficas 02 unidades 200 400
Borracha 01 unidade 100 100
Pen-drive 01 unidade 4.000.00 4.000.00
Bloco de anotações 01 unidade 150 150
SUBTOTAL 7.550.00
R. FINANCEIROS
Encadernação 3 exemplares 3.000.00 9.000.00
Alimentação 10.000.00
Transporte 5.000.00
SUBTOTAL 24.000.00

TOTAL 42.050.0035
CRONOGRAMA
ACTIVIDADES MESES
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
Elaboração da
Introdução e dos
Objectivos
Pesquisa Bibliográfica

Compilação dos dados


da pesquisa
bibliográfica
Recolha de dados no
campo
Tabulação de dados

Montagem do TCC em
Word
Revisão (correcção) do
TCC
Encadernação do TCC

Montagem do TCC em
Power Point
Entrega do TCC em
Word
Ensaio de apresentação 36
METODOLOGIA

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TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS
Pesquisas Quantitativas são
desenhadas para obtenção de
resultados e interpretações com
validade estatística. São estudos que
levam em consideração informações
maioritariamente numéricas.
Pesquisas Qualitativas são
planejadas para obtenção
de sentimentos e percepções do
público-alvo, e não têm pretensão
de levantamento de números e
proporções. 38
TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS

39
TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS

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POPULAÇÃO

É o conjunto de pessoas que têm pelo menos uma característica comum. Mas, como
nem sempre é possível estudar todas as pessoas de um conjunto, elege-se
uma amostra dessa população.

Então, a amostragem, na abordagem quantitativa, reduz as amostras, sintetizando os


dados de forma numérica, tabulando-os.

Assim, por meio de estudos estatísticos probabilísticos, as respostas proporcionadas


por determinada amostra são estendidas para toda a população, sempre considerando
uma margem de erro, maior ou menor.
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AMOSTRA

Critérios para constituição da amostragem:

✓ Definição da população;

✓ Contexto da amostra;

✓ Método utilizado para a constituição da amostra;

✓ Tamanho da amostra;

✓ Execução do processo.
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AMOSTRA

No que se refere à amostragem, existem dois tipos de amostras:

Não Probabilísticas ou Intencionais

Estas seguem critérios de quem está pesquisando, como cotas ou julgamento. São
intencionais, pois o critério de escolha é eleito pelo pesquisador.

Probabilísticas ou Estatísticas

Aqui todos os elementos da população devem ter as mesmas oportunidades de ser


escolhidos, o que implica selecção aleatória dos informantes e eliminação de
subjectividade da amostra. 43
VARIAVÉIS
É um valor que pode ser dado por uma quantidade, qualidade, característica, magnitude,
traço, etc. e que pode variar em cada caso individual.

Segundo a natureza, podem ser:


Segundo o plano de análise, podem ser:
Dependente: Consiste naqueles valores a serem explicados ou
descobertos; é o factor que aparece, desaparece ou varia à medida que o
investigador modifica a variável independente;
Independente: É aquela que influencia., determina ou afecta outra
variável; é factor determinante ou causa para determinado resultado,
efeito ou consequência; é o factor manipulado geralmente pelo
investigador para ver que influência exerce sobre um possível resultado.
De Controlo: É aquele factor, fenómeno ou propriedade
que o investigador neutraliza ou anula
propositadamente em uma pesquisa, com a finalidade
de impedir que interfira na análise da relação entre as
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variáveis independente e dependente.
VARIAVÉIS

Dois pontos principais caracterizam as variáveis, a classificação segundo sua natureza e


plano de análise, e a escala de medida.

Segundo a natureza, podem ser:

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VARIAVÉIS

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MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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JEAN PIAGET DE ANGOLA

CASOS CLÍNICOS

Docente: Manuel Mateus


Curso: Fisioterapia
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CASO CLÍNICO

Cada caso segue um formato organizado e bem pensado usando terminologia


familiar nos moldes tanto da Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde (CIF) da Organização Mundial da Saúde como do Guide to
physical therapist practice da American Physical Therapy Association.

Cada caso inicia com o encontro com o paciente, seguida por uma série de questões
abertas.

A discussão subsequente ao caso é organizada em sete tópicos:


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CASO CLÍNICO

Definições-chave fornece terminologia pertinente à compreensão do caso pelo leitor.

Objectivos lista os objectivos comportamentais de instrução ou terminais que resumem o


conhecimento, habilidades ou atitudes que o leitor deve ser capaz de demonstrar após a
leitura do caso.

Considerações sobre a Fisioterapia fornece um resumo do plano fisioterapêutico de


assistência, metas, intervenções, precauções e potenciais complicações para o manejo de
fisioterapia do indivíduo apresentado no caso.
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CASO CLÍNICO

Visão Geral da Patologia apresenta uma explicação abreviada do diagnóstico médico. A


intenção deste tópico não é ser completo. Etiologia, patogénese, factores de risco,
epidemiologia e tratamento médico da condição são apresentados em detalhe suficiente
para fornecer fundamentação e contexto ao leitor.

Manejo da Fisioterapia do Paciente resume o papel do fisioterapeuta na assistência ao


paciente. Este tópico mostra como o papel do fisioterapeuta se amplia e/ou se sobrepõe
ao de outros profissionais de saúde envolvidos no tratamento do paciente, assim como
encaminhamentos que o fisioterapeuta deve fazer.
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CASO CLÍNICO

Exame, Avaliação e Diagnóstico guia o leitor sobre como organizar e interpretar


informações colhidas de prontuários (em casos de pacientes internados), compreender
reacções adversas a fármacos que possam afectar a apresentação do paciente, e estruturar
a avaliação subjectiva e o exame físico.

Nem toda ferramenta de avaliação e teste especial que poderia ser feito com o paciente é
incluído. Para cada medida de resultado ou teste especial apresentado são discutidas a
confiabilidade disponível, validade, sensibilidade e especificidade.

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CASO CLÍNICO

Plano de Atendimento e Intervenções explica algumas intervenções de fisioterapia para


a condição do paciente. A vantagem deste tópico e do anterior é que cada caso não
apresenta exaustivamente cada medida de resultado, teste especial ou intervenção
terapêutica que poderia ser realizado.

Em vez disso, somente medidas de resultado ou técnicas de exame e intervenções


selecionadas são escolhidas. Para simular uma interação com paciente da vida real em
que o fisioterapeuta usa o raciocínio clínico para determinar os testes e intervenções mais
apropriados a utilizar com aquele paciente durante aquele episódio de assistência.
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CASO CLÍNICO

Recomendações Clínicas Baseadas em Evidências inclui um mínimo de três


recomendações clínicas para ferramentas diagnósticas e/ ou intervenções terapêuticas
para a condição do paciente. Para melhorar a qualidade da recomendação além da
experiência clínica pessoal do autor, cada recomendação é avaliada pelo uso da Strength
of Recommendation Taxonomy (SORT) (Taxonomia da Força de Recomendação). O
sistema SORT tem sido usado por várias publicações médicas, incluindo o American
Family Physician, o Journal of the American Board of Family Practice, o Journal of
Family Practice e o Sports Health. O sistema SORT foi escolhido por duas razões: ele é
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simples e suas graduações são baseadas em resultados orientados para o paciente.
CASO CLÍNICO

Perguntas para Revisão incluem duas a quatro perguntas de múltipla escolha que
reforçam o conteúdo ou elaboram e introduzem conceitos novos, mas correlacionados ao
caso do paciente.

Quando apropriado, explicações detalhadas sobre respostas incorrectas também são


fornecidas.

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CASO CLÍNICO - QUESTÕES

1. De acordo com o diagnóstico do paciente, que factores podem ter contribuído para
essa condição?

2. Quais são os exames prioritários?

3. Que sinais podem estar associados a esse diagnóstico no exame?

4. Quais são as intervenções de fisioterapia mais apropriadas?

5. Que precauções devem ser tomadas durante a fisioterapia?

6. Que possíveis complicações podem limitar a eficácia da fisioterapia?

7. Que encaminhamento pode ser apropriado com base na condição da paciente?


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CASO CLÍNICO 1

MACA, F, 55 anos, trabalhadora rural, viúva há 26 anos. Há cerca de 15 anos,


omalgia e coxalgia esquerda com posterior envolvimento das pequenas articulações
das mãos, de ritmo inflamatório e rigidez matinal > 1 hora. Foi medicada com AINE
oral e tópico com melhoria sintomática. Nos 15 anos seguintes, consultou vários
médicos, continuando sob terapêutica anti-inflamatória, com alívio sintomático
insatisfatório e de curta duração. Houve limitação funcional crescente e
aparecimento de deformações. Recorreu também a tratamentos naturopatas, sem
sucesso.
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CASO CLÍNICO 2

BNC, F, 72 anos, doméstica, residente em Belas. Por iniciativa própria


recorre à consulta de Fisioterapia a 16/02/22. Apresentava omalgia
bilateral, de ritmo inflamatório, desde há 2 anos e posterior
envolvimento das articulações TT com grande incapacidade para a
marcha. Três meses antes da data da consulta ocorreu envolvimento
adicional das pequenas articulações das mãos e punhos com rigidez
matinal de duração superior a 30 min.
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CASO CLÍNICO 2

Ao Exame Objectivo documentou-se tumefação do punho esquerdo,


metacarpo– falângicas – IIª e IIIª bilateralmente, e interfalângicas
proximais – IIIª bilateral.

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CASO CLÍNICO 3

Paciente do sexo feminino, de 38 anos de idade, com histórico de trauma


por arma de fogo no MIE, há +/- 1 Ano. Esteve internada no Serviço de
Ortopedia do Hospital Américo Boavida, onde foi submetida a intervenção
cirúrgica para aplicação de fixador externo. E posterior, indicada a
fisioterapia. Apresentou dor a mobilização do MIE a nível do joelho e tt;
edema no joelho esquerdo; marcha com auxílio de 2 canadianas; tt
esquerda em flexão plantar; hipotrofia dos quadricípites esquerdo.
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CASO CLÍNICO 4

Paciente M.A.G. do sexo feminino de 60 Anos de idade, com histórico de


dor expontanea a nível da coluna lombar há +/- 4 Anos que resultou em
paralisia dos MMII. Foi diagnosticada Discopatia da L4 – L5 e indicada a
cirurgia (2019). Flacidez dos MMII; Hipotonia dos MMII (++ Esquerda);
Falta de equilíbrio de tronco; Atrofia nos MMII; Uso de cadeira de roudas.

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