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FICHA DE LEITURA
UNIDADE TEMÁTICA: Pesquisa científica
Pesquisa - Conceito:
A pesquisa é definida como uma indagação, uma investigação, uma dúvida que leva ao
conhecimento, ou seja, visa o conhecimento de aspectos da realidade. É um processo de produção
de conhecimento (TOZONI-REIS, 2007).
Pesquisa é um conjunto de acções, propostas para encontrar a solução de um problema, que têm
por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um
problema e não se tem informações para solucioná-lo. (BOAS, 2007)
A pesquisa é uma actividade que visa a elaboração de teorias, fazendo uso de métodos e técnicas
científicas (LEITE, 2008), ou seja, procura construir um conhecimento metódico e sistemático,
válido e universal.
Para o desenvolvimento da pesquisa, no âmbito científico, Tozoni-Reis (2007, p. 15) afirma que o
“trabalho científico é, portanto, uma actividade intencional, processual e complexa de produção
de conhecimentos para a interpretação da realidade. Como tal, é carregado de escolhas teóricas e
metodológicas que exigem a atenção do pesquisador”.
▪ Capa;
▪ Folha de rosto;
▪ Sumário/Resumo;
Introdução
▪ Tema e título do projecto;
▪ Justificativa;
▪ Problema;
▪ Formulação de hipóteses;
▪ Objectivos;
Objectivo Geral;
Objectivos Específicos;
Revisão da literatura ou referencial teórico;
Metodologia do trabalho;
Cronograma de actividades;
Referências bibliográficas;
Anexos e apêndices.
Capa:
Constitui o primeiro elemento da estrutura do projecto. Segundo as normas de elaboração,
apresentação e publicação de trabalhos cientifico da extinta Universidade Pedagógica, a capa é o
elemento de identificação, é onde o autor identifica-se, apresenta o título e/ou subtítulo do projecto,
a cidade e o ano que foi elaborado o projecto. Ver o anexo 1
Contra capa:
É a apresentação de todo trabalho (de forma súmula). Normalmente o sumário/ resumo é feito em
uma página, um parágrafo, com tamanho de letra reduzido a 11. O seu conteúdo deve seguir a
lógica da sequência dos conteúdos do trabalho.
INTRODUÇÃO
PROBLEMA
Para Deslandes (1994, p. 40) as hipóteses tratam-se de uma “[…] tentativa de criar indagações a
serem verificadas (ou refutadas) na investigação científica”. Segundo a autora, “São, em suma,
afirmações provisórias a respeito de determinado problema de pesquisa”. Um estudo pode articular
mais de uma hipótese.
Os objectivos têm a finalidade de definir o que se visa com a pesquisa ou monografia, são os
resultados a que se pretende chegar. Para estabelecer os objectivos, o geral e os específicos, o autor
deve abordar o problema da pesquisa de modo explícito. O objectivo geral corresponde ao
resultado final do trabalho. Os objectivos específicos são resultados parciais. Entretanto, esses
últimos devem contribuir para que o objectivo mais amplo seja efectivamente concretizado.
Ao estabelecer os objectivos, deve-se ter cuidado para não prever algo muito grandioso, universal
ou genérico demais, porque o trabalho, seja ele de graduação interdisciplinar ou de conclusão de
curso, é monográfico: sobre um só tema, um só problema. Assim, objectivos menores podem
influenciar para boas contribuições. Objectivos grandiosos podem resultar em algo pouco
significativo. Além disso, observar os verbos empregados neles. Para se chegar a uma maior
precisão, os objectivos serão iniciados com verbo no infinitivo que descrevam a acção, eliminando-
se interpretações vagas ou ambíguas.
Objectivo geral
O objectivo geral apresenta um enunciado mais amplo que nos remete à conclusão do trabalho de
pesquisa. Alguns verbos, de sentido mais aberto, são mais indicados para a formulação do
objectivo geral. Por exemplo: compreender, conhecer, desenvolver, conscientizar, entender, saber,
etc.
Objectivos específicos
Os objectivos específicos são acções praticas para a operacionalização do objectivo geral, isto é,
são alcançáveis em menor tempo e explicitam desempenhos observáveis, operacionalizando o
Abaixo, apresentamos alguns verbos de acção que poderão ajudar na definição dos objectivos
específicos:
REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico é denominado por diversas formas: Quadro teórico, Marco teórico, Base
teórica e conceitual, Revisão de literatura, Embasamento teórico, Esta do de arte, etc.
O referencial teórico é constituído pela teoria que fornece sustentação ao projecto como um todo
e é o elemento gerador do problema e da hipótese, bem como condicionador da escolha das
técnicas e tipo de material informativo que será necessário para a pesquisa. Ele é o momento da
pesquisa em que se irá definir a concepção teórica a ser utilizada e os conceitos fundamentais que
serão utilizados.
A revisão de literatura visa demonstrar o conhecimento que o pesquisador tem da área problema,
rever as mais recentes pesquisas desenvolvidas na área escolhida e descrever o campo de actuação
onde o estudo se propõe a estender o conhecimento teórico e/ou prático. Ela também pode incluir
discussão em torno de novas metodologias, técnicas, análises estatísticas e outros
desenvolvimentos pertinentes ao problema, que o investigador planeja utilizar ou adaptar para o
seu estudo.
As ideias desenvolvidas deverão ser encadeadas, com nexo e coerência para não comprometer a
qualidade textual. A redacção deve ser clara e simples, respeitando as normas básicas da gramática
e da linguística.
METODOLOGIA
É o passo onde se responde às indagações: que procedimentos serão executados? Como serão as
técnicas de abordagem do objecto da pesquisa?
A metodologia descreve de forma clara o tipo de pesquisa que será realizada. Escolhido o tipo de
pesquisa, o autor fornece informações sobre as características do objecto de estudo, justificando a
opção por ele. O pesquisador estará respondendo às perguntas: Com quem? Onde, quando e como
irei realizar o projecto de pesquisa? Quais os instrumentos seleccionados para a colecta de dados?
Como registrarei e apresentarei os dados colectados?
Metodologia é, então, o conjunto de procedimentos e técnicas que serão utilizadas para chegar aos
objectivos e, dessa forma, será resolvido o problema que foi seleccionado para o projecto.
Nota: É bom deixar claro o que será feito em termos de técnicas de colecta dos dados.
A escolha deve recair sobre datas exequíveis, possíveis de serem cumpridas. Há actividades que
requerem prazos longos. Porém, se não houver tempo, é melhor redimensionar a pesquisa.
Exemplo de um cronograma de actividades de uma pesquisa.
Descrição das etapas Mar Abr Mai Jun Ago Set Out Nov
Revisão bibliográfica
Colecta de Dados
Entrevistas e Questionários
A elaboração de um projecto de pesquisa custa algo para alguém. A função pedagógica justifica a
inclusão do orçamento neste espaço para que o estudante aprenda desde a graduação, para que no
mestrado e doutorado este saia bem nos meandros do meio científico.
O orçamento prevê recursos financeiros para:
▪ Material de consumo: tudo que será consumido durante a execução do projecto: caneta,
lápis, pastas, tinta, pincel, entre outros.
▪ Material permanente: equipamentos ou infra-estrutura física necessária à execução do
projecto: computador, filmadora, gravador, microfones, máquina fotográfica, etc.
REFERÊNCIAS
Aqui se devem listar os autores referenciados no projecto, conforme normas em uso na universidade (ver
as Normas de Elaboração e Publicação de Trabalhos Científicos na UniRovuma).
APÊNDICES E ANEXOS
Apêndices são elementos pós-textuais, que complementam o projecto, elaborados pelo próprio pesquisador.
Podemos trazer como exemplos os questionários, formulários da pesquisa ou fotografias.
Os anexos são textos elaborados por outras pessoas e não pelo pesquisador. Como exemplos têm:
mapas, plantas documentos originais e fotografias tiradas por outros. Só devem aparecer nos
projectos de pesquisa anexos extremamente importantes:
Referências
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia cientifica. 3. ed. rev. e
ampl. São Paulo: Atlas, 1991. 270p.
RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. Petropolis: Vozes, 1978. 121p.
SANTOS, A. R. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A,
1999.
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
KNECHTEL, Maria do Rosário. Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-
prática dialogada. Curitiba: Intersaberes, 2014.
LEITE, Francisco Tarciso. Metodologia científica: métodos e técnicas de pesquisa. Aparecida:
Ideias & Letras, 2008.
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Metodologia da pesquisa científica. 2. ed. Curitiba:
IESDE, 2007.
Marina Cabral da Silva, disponível em: