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RESENHA DESCRITIVA

Curso: Psicologia

Disciplina: Metodologia Científica

Nome: Raphael Ferreira Silva


DEFINIÇÃO DO TEMA E DO TÍTULO (O QUÊ?)

O tema é o assunto que desejamos provar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada

pelo pesquisador, da sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria
teoria. Pode ter surgido pela entidade responsável, portanto, “encomendado”, o que, porém, não lhe tira o caráter

científico. Independentemente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente amplo, precisando bem o assunto
geral sobre o qual desejamos realizar a pesquisa. Do tema é feita a delimitação, que deve ser dotada de um sujeito e um

objeto.
Já o título, acompanhado ou não por subtítulo, difere do tema. Enquanto este último sofre um processo de

delimitação e especificação, para torná-lo viável à realização da pesquisa, o título sintetiza o seu conteúdo.

JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?)

É o único item do projeto que apresenta respostas à questão “por quê?”.


De suma importância, geralmente é o elemento que contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa
pela(s) pessoa(s) ou entidade que vai financiá-la.

A justificativa consiste em uma exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos
de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa.

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual nos

defrontamos e que pretendemos resolver por intermédio da pesquisa. Para ser cientificamente válido, um problema deve
passar pelo crivo das questões seguintes.

CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESES

As hipóteses constituem “respostas” supostas e provisórias ao problema. A principal resposta é denominada

hipótese básica, podendo ser complementada por outras, que recebem a denominação de secundárias.
Cabe-nos lembrar, contudo, por um lado, que em algumas pesquisas as hipóteses são implícitas e em outras
são formalmente expressas. “Geralmente, naqueles estudos em que o objetivo é o de descrever determinado fenômeno

ou as características de um grupo, as hipóteses não são enunciadas formalmente. Nesses casos, as hipóteses envolvem
uma única variável e o mais frequente é indicá-la no enunciado dos objetivos da pesquisa.”

METODOLOGIA (COMO?)

A investigação científica depende de um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para que seus

objetivos sejam atingidos: os métodos científicos.


Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que devemos empregar na investigação. É

a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa.


O que é método e pesquisa?

Método:
- Forma de pensar para chegarmos à natureza de determinado problema, quer seja para estudá-lo ou explicá-lo.

Pesquisa:
- Modo científico para obter conhecimento da realidade empírica [...] tudo que existe e pode ser conhecido pela

experiência.
- Processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico.

REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

Após a escolha do tema, o pesquisador deve iniciar amplo levantamento das fontes teóricas (relatórios de

pesquisa, livros, artigos científicos, monografias, dissertações e teses), com o objetivo de elaborar a contextualização da
pesquisa e seu embasamento teórico, o qual fará parte do referencial da pesquisa na forma de uma revisão bibliográfica

(ou da literatura), buscando identificar o “estado da arte” ou o alcance dessas fontes.

CONCEITOS E CONSTRUTOS

Salientamos que, na análise do método científico, a explicação científica é “inventada” pelo pesquisador em
um nível teórico e, posteriormente, submetida a testes de falseabilidade, com o intuito de atribuir-lhe valores de verdade

fatual.
No nível racional, teórico, o pesquisador trabalha com teorias e hipóteses que inter-relacionam variáveis. As
variáveis, por sua vez, são propriedades ou fatores formalmente expressos através de conceitos. Os conceitos, então,

são símbolos que expressam a abstração intelectualizada da ideia de uma coisa ou um fenômeno observado. Assim
temos, por exemplo, o conceito de pedra, que fornece a ideia de um mineral duro, sólido etc.; o conceito de inteligência,

que deixa compreender a habilidade de alguém em resolver satisfatoriamente uma situação-problema.

DEFINIÇÃO DOS TERMOS

O objetivo principal da definição dos termos é torná-los claros, compreensivos, objetivos e adequados. Alguns
conceitos podem estar perfeitamente ajustados aos objetivos ou aos fatos que eles representam. Outros, no entanto,

menos usados, podem oferecer ambiguidade de interpretação e ainda há aqueles que precisam ser compreendidos com
um significado específico.

Há dois tipos de definições:


a) simples: quando apenas traduzem o significado do termo ou da expressão menos conhecida;

b) operacional: quando, além do significado, ajuda, com exemplos, na compreensão do conceito, tornando clara a
experiência no mundo extensional.

SELEÇÃO DAS OBRAS E DOS TRABALHOS SOBRE O TEMA

Essa é a fase em que o pesquisador procura se apropriar dos textos que abordam o assunto que pretende
pesquisar; assim, deve pesquisar em livros e revistas científicas, teses e dissertações e materiais necessários à pesquisa,

como leis, documentos e fotos.

FICHAMENTO

O fichamento é uma forma de investigar que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar em fichas) todo o
material necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na organização da pesquisa de

documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho.
Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o fichamento de resumo ou conteúdo e

o fichamento de citações.
a) Ficha bibliográfica: é a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.

b)Ficha de resumo ou conteúdo: é uma síntese das principais ideias contidas na obra. O pesquisador elabora essa
síntese com suas próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra.

Existem dois tipos de resumos:

Informativo: são as informações específicas contidas no documento. Nessa ficha, podemos relatar sobre objetivos,
métodos, resultados e conclusões.
Sua precisão pode substituir a leitura do documento original.

Indicativo: são descrições gerais do documento, sem entrar em detalhes da obra analisada (o exemplo anterior refere-
se a um resumo indicativo).

c) Ficha de citações: é a reprodução fiel das frases que pretendemos usar como citação na redação do trabalho.
Após a elaboração das fichas, passamos à sua ordenação, que consiste em colocá-las umas após as outras, de forma

tal que os assuntos referidos estejam o mais próximo possível. Isso é feito da seguinte forma: juntamos as fichas de
acordo com os capítulos considerados no plano de trabalho. A seguir, agrupamos as fichas de acordo com as seções,

subseções e, assim, sucessivamente. Dessa forma, as fichas estarão dispostas segundo a ordem estabelecida no plano,
o que irá facilitar a redação do trabalho. Quando as fichas forem armazenadas na memória do computador, esse trabalho
se tornará muito mais facilitado.

CRONOGRAMA (QUANDO?)

A elaboração do cronograma responde à pergunta “quando?”. A pesquisa deve ser dividida em partes, e

devemos fazer a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Não esquecer que determinadas partes
podem ser executadas simultaneamente, mas existem outras que dependem das anteriores, como é o caso da análise

e interpretação, cuja realização depende da codificação e da tabulação, só possíveis depois de colhidos os dados.
No cronograma, você dimensiona cada uma das etapas do desenvolvimento da pesquisa, no tempo disponível

para sua execução. Geralmente os cronogramas são divididos em meses.

ORÇAMENTO (COM QUANTO?)

O orçamento distribui os gastos previstos com a pesquisa tanto em relação ao pessoal quanto com material
(também contempla a fase da elaboração do projeto, a execução da pesquisa e a elaboração do trabalho de conclusão).
Respondendo à questão “com quanto?”, o orçamento distribui os gastos por vários itens, que devem
necessariamente ser separados. Inclui:

a) pessoal: considerar todos os elementos que devem ter computados, os seus gastos, quer globais, mensais, semanais
ou por hora/atividade, incluindo os programadores de computador;
b) material, subdivididos em:

- elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel, canetas, lápis, cartões, hora/computador,
datilografia, xerox, encadernação etc.;

- elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou podem ser alugados, computadores,
calculadoras etc.

O orçamento deve ser demonstrado (digitado) em tabela, com detalhamento das despesas pelos itens:
- recursos materiais;

- material de consumo;
- revisão, formatação, artes gráficas;

- equipamentos;
- outras especificidades inerentes a cada projeto de pesquisa.

REFERÊNCIAS

Abrange livros, artigos, periódicos, jornais, monografias, CDs, sites etc., publicações utilizadas para o

desenvolvimento do projeto e embasamento teórico da pesquisa. Podemos incluir, ainda, o material bibliográfico que
será lido no decorrer do processo de pesquisa.

As obras utilizadas/consultadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais previamente


identificadas que serão necessárias à pesquisa devem ser indicadas em ordem alfabética e conforme a NBR 6023, da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002).

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