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PESQUISA

A pesquisa é a forma mais segura e aperfeiçoada de busca do conhecimento e solução de


problemas. Contudo sua realização depende da elaboração de um projeto, que é o documento
necessário para mapear, de forma sistemática, um caminho a seguir durante a investigação,
evitando que o pesquisador despenda tempo e recursos desnecessários ao fim que se estabeleceu.
Não existe regra formalizada com relação aos elementos que compõem um projecto de pesquisa.
Todavia podemos apontar, sumariamente, o modelo que segue.
1 - Considerações sobre a delimitação do tema e formulação do problema
a) Tema: na sua escolha, o acadêmico deve dimensionar o interesse que tem pelo assunto;
avaliar se possui qualificação (intelectual) para submetê-lo a uma investigação; verificar se existe
bibliografia especializada suficiente para sua fundamentação. O tema deverá indicar, sob forma
de enunciado, os aspectos que serão investigados na pesquisa;
b) Delimitação do tema e formulação do problema: delimitar é indicar a abrangência do
estudo, ou seja, é estabelecer os limites extensionais e conceituais do tema em questão. Enquanto
princípio de logicidade, é importante salientar que, quanto maior a extensão conceitual, menor a
compreensão conceitual e, inversamente, quanto menor a extensão conceitual, maior a
compreensão conceitual. Para que fique clara e precisa a extensão conceitual do assunto, é
importante situá-lo em sua respectiva área de conhecimento, possibilitando, assim, que se
visualize a especificidade do objeto no contexto de sua área temática. Delimitado o tema, o passo
seguinte é a sua problematização. Gil (1995, p. 57-58) aponta cinco “regras” para a adequada
formulação do problema. São elas: (a) o problema deve ser formulado como uma pergunta; (b)
o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável; (c) o problema deve ter clareza; (d) o
problema deve ser preciso; (e) o problema deve apresentar referências empíricas. As regras não
são absolutamente rígidas e devem ser moldadas à especificidade do problema. É importante,
também, lembrar que cada orientador possui uma forma própria de problematizar as questões de
pesquisa;
c) Justificativa: a justificativa situa a importância do estudo e os porquês da realização da
pesquisa. O texto da justificativa, em geral, deve apresentar os motivos que levaram à
investigação do problema e endereçar a discussão à relevância teórica e prática, social e
científica do assunto;

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d) Objectivos: os objectivos indicam as acções que serão desenvolvidas para a resolução do
problema de pesquisa. O objetivo geral é apresentado na forma de um enunciado que reúne, ao
mesmo tempo, todos os objetivos específicos. Os objectivos específicos informam sobre as
acções particulares que dizem respeito à análise teórica e aos meios técnicos de investigação do
problema;
e) Hipótese(s): consiste em apresentar um ou mais enunciados, sob forma de sentença
declarativa e que resolve (em) provisoriamente o problema. A pesquisa tratará de buscar
respostas que refutam ou corroboram as suposições que forem apresentadas. Dependendo da
natureza do problema e da forma de o orientador trabalhar, este item pode ser opcional;
f) Definição dos conceitos operacionais: consiste em apresentar o significado que os termos do
problema assumem na pesquisa. Através das definições, diz Köche (1997, p. 117), [...]“é
possível estabelecer os indicadores que podem ser utilizados para categorizar as variáveis”. É
importante salientar que não será possível estabelecer instrumentos e procedimentos para coleta
de dados, se os indicadores das variáveis não estiverem previamente definidos.

2 - Referencial teórico
O referencial teórico também pode ser chamado de revisão de literatura, pressupostos teóricos,
marco teórico, etc. Esta etapa do projecto é importante, porque apresenta uma breve discussão
teórica do problema, na perspectiva de fundamentá-lo nas teorias existentes. As idéias
apresentadas no texto devem estar organicamente ligadas com os objectivos, hipóteses, definição
conceitual e operacional das variáveis e outras partes do projecto. A fundamentação teórica
apresentada deve, ainda, servir de base para a análise e interpretação dos dados colectados na
fase de elaboração do relatório final. Os dados apresentados devem, necessariamente, ser
interpretados à luz das teorias existentes.

3 - Delineamento da pesquisa
O delineamento da pesquisa, segundo Gil (1995, p. 70), “refere-se ao planejamento da mesma
em sua dimensão mais ampla”, ou seja, neste momento o investigador estabelece os meios
técnicos da investigação prevendo-se os instrumentos e procedimentos necessários utilizados
para a coleta de dados. O delineamento da pesquisa, em geral, apresenta os seguintes elementos:

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a) tipo de pesquisa: consiste em informar qual o desenho que a pesquisa terá, ou seja, se a
pesquisa será bibliográfica, ou descritiva, ou experimental, ou estudo de caso, ou documental,
etc. É necessário, então, que o investigador justifique o tipo de pesquisa que escolheu e
apresente, de imediato, seu conceito;
b) população/amostra: indica se a pesquisa vai abranger o universo populacional da realidade
pesquisada ou se apenas uma amostra. No caso de se optar por uma ou por outra, é necessário
informar os procedimentos e/ou critérios adotados para a sua execução. Informam-se também,
características gerais da população a ser investigada (cidade, município, bairro);
c) instrumentos utilizados para coleta de dados: consistem em indicar o tipo de instrumento
utilizado para registro dos dados que serão coletados. No caso de questionários ou entrevistas
deve se apresentar o modelo em anexo;
d) procedimentos utilizados na coleta de dados: informam-se as operações que serão
executadas no momento da coleta de dados;
e) procedimentos para análise e interpretação de dados: indicam-se os recursos que serão
utilizados para a análise dos dados. Se forem estatísticos, devem ser informados os tipos de
gráficos, quadros ou tabelas;
f) cronograma: previsão das actividades e, respectivamente, período (dia ou mês) de
execução;
g) referências: relação das obras utilizadas para a fundamentação do problema de pesquisa. A
Associação Brasileira de Normas Técnicas (2000) deverá ser consultada para que os elementos
que identificam a referência (livros, periódicos, etc.) sejam apresentados correctamente.

Fonte: http://www.monografiasonline.com.br/projeto.asp 01/11/09

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Monografia
O presente texto pretende, de forma despretensiosa, apresentar um apanhado de informações que
permita visualizar o que é uma monografia, uma vez que o aluno de graduação, que se inicia
cientificamente, ao buscar as características e funções desse tipo de documento, pode deparar-se
com uma diversidade de conceitos, entendimentos e estruturas, que, na maioria das vezes, acaba
por confundir-se.
Para alguns autores, como Paul Bureau (apud SALOMON, 1977, p. 218, grifo nosso)
monografia é “um método científico para o estudo dos fenômenos” ou, ainda, para Lakatos e
Marconi (1996, p. 151, grifo nosso) “um estudo sobre um tema específico ou particular de
suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia”. Medeiros (1999, p. 189,
grifo nosso), por sua vez, afirma que “é uma dissertação que trata de um assunto particular, de
forma sistemática e completa”.
Nesta abordagem, estaremos caracterizando monografia como sendo um documento científico,
redigido dissertativamente, que tem uma estrutura formal mínima definida. Seu conteúdo aborda
um só tema ou, ainda, a resposta a um problema de pesquisa.
Salomon diz que, etimologicamente, a palavra monografia, significa “escrever a respeito de um
único assunto”. Já lhe foi apontada, como intenção inicial, ser um “relatório que objetivava
esgotar a problemática de que tratava” (1977, p. 219). Entretanto, é preciso reconhecer como é
pretensioso o propósito de “esgotar” um assunto. Assim, as monografias passaram a ser
identificadas como relatos resultantes de investigações científicas.
A par disso, porém, é importante frisar que uma monografia não é um punhado de informações e
dados coletados que se aglutinam, rica ou mediocremente, em um texto novo. Nem tão pouco é
apenas um relatório. Trata-se de um documento único, organicamente elaborado, que contém o
produto da reflexão do pesquisador.
Para apresentar essa característica, a monografia precisa, além de ser precedida de uma boa
pesquisa, ser redigida de maneira dissertativa. Esta forma de redação baseia-se na lógica, o que
permite a argumentação, que sustenta o ponto de vista do autor. É a dissertação que permite que
a monografia seja redigida segundo a maneira mais adequada aos propósitos da pesquisa que a
precedeu.
A monografia tem, em sua forma, uma estrutura idêntica à de qualquer texto dissertativo, ou seja,
deve conter os seguintes elementos textuais:

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a) introdução: onde são apresentados o tema e o problema da pesquisa feita, sua justificativa,
objeto e objetivos, bem como aspectos da metodologia utilizada na pesquisa;
b) desenvolvimento: onde acontece a fundamentação lógica e a exposição do assunto. Visa a
expor, explicar, demonstrar, provar, fundamentar aquilo que a pesquisa revelou. É, por assim
dizer, comunicar os resultados da pesquisa, seja ela bibliográfica, de campo ou de laboratório;
c) conclusão: onde o autor apresenta sua síntese pessoal, objetiva, interpretando argumentos. É a
fase final do trabalho, o fechamento da introdução, a síntese da reflexão.
Não se deve esquecer, ainda, que outros elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, sumário,
etc.) e pós-textuais (referências, anexos, etc.) antecedem e sucedem os mesmos, respectivamente.
Ao se falar em monografia, não se pode deixar de destacar sua característica essencial, a mesma
que remonta a sua origem histórica: a especificação, ou seja, a redução da bordagem a um só
assunto, a um só problema. (SALOMON, 1977, p. 219). E essa redução é simples de
compreender, o método científico de pesquisa parte de um único problema, ou de um tema
delimitado. Logo, o documento que contém os resultados da pesquisa também tem seus limites
pré-estabelecidos. A monografia, assim, “estuda um assunto com originalidade e em
profundidade, considerando todos os ângulos e aspectos”, afirma Medeiros (1999, p. 189).
Alguns autores como Salomon (1977, p. 219), classificam a monografia em dois sentidos: lato –
que resulta de investigação científica (relatórios, tesinas, informes científicos, artigos) e estrito –
que deve apresentar uma contribuição relevante à ciência (teses).
Um acadêmico de graduação ao pesquisar em uma dezena de livros, textos e sites, e um
doutorando, ao buscar conhecimento em uma centena de livros, textos e sites, ao escreverem os
resultados e conclusões a que chegaram, estarão escrevendo uma monografia. Assim, ao nosso
ver e no entender de autores como Medeiros (1999, p. 188-189) há um equívoco, quando são
usadas expressões que graduam em níveis as monografias, tais como dissertação, tese,
monografia, afinal, todas são trabalhos científicos, dissertativos, comunicam os resultados de
uma pesquisa e de uma reflexão.
São elaborados sob as mesmas diretrizes metodológicas do trabalho científico, têm que conter
originalidade e podem apresentar uma ou mais teses. O que, na verdade, tem nível diferenciado
de profundidade e abrangência é a pesquisa que precede a monografia

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Resumo
O resumo é um dos trabalhos acadêmicos freqüentemente solicitado pelos professores. Às vezes,
é confundido com o esquema. É preciso ter clareza a respeito disso. É intenção explicitar
aspectos concernentes a esse tema.
Entende-se por resumo a condensação de um texto, apresentando suas idéias de maneira
abreviada. Uma das finalidades é de fornecer elementos, para que o leitor decida, ou não,
consultar o texto original.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1990), há três modalidades de resumo:
indicativo, informativo, crítico ou recensão.
O resumo indicativo indica as principais idéias em torno das quais o texto foi elaborado
(adequado à literatura de prospectos, como catálogos de editoras, de bibliotecas). O resumo
informativo apresenta todas as informações, de forma sintética, dais quais o autor lançou mão
para criar o texto. Indispensavelmente deve conter: o assunto, o problema e/ou o objetivo, a
metodologia, as idéias principais em forma sintética, as conclusões, ressaltando o surgimento de
fatos novos, de contradições, da teoria, das relações e dos efeitos novos verificados, bem como
precisando valores numéricos brutos ou derivados, se for o caso.
Há autores que utilizam a combinação das duas modalidades anteriores, isto é, o resumo
indicativo e o resumo informativo.
O resumo crítico é redigido por especialistas, com análise interpretativa de um documento. É
uma das atividades que pode ser solicitada como exercício no meio acadêmico.
O resumo de textos é uma das modalidades que não está normatizada pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (1990), mas que, na prática do dia-a-dia, é tarefa muito solicitada pelos
professores nos cursos de graduação, podendo ser indicativo, informativo ou crítico.
Na extensão de um resumo recomenda-se:
a) para notas e comunicações breves, os resumos devem ter até cem palavras;
b) para artigos, trabalhos de conclusão de curso, monografias de graduação e de especialização e
mestrado, até duzentos e cinqüenta palavras;
c) para dissertação de mestrado, relatórios técnico-científicos e teses de doutoramento, até
quinhentas palavras;
d) para resumos de textos, a extensão fica condicionada à capacidade de síntese do aluno e/ou
solicitação dos professores. As palavras-chave, quando empregadas no resumo, devem ter

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destaque especial. Devem-se evitar: a construção de mais de um parágrafo; a utilização de frases
negativas; o uso de símbolos e contrações que não sejam do uso corrente; a exposição de
fórmulas, equações, diagramas que não sejam absolutamente necessárias. Geralmente, estes
resumos antecedem textos acadêmicos (monografias, trabalhos de conclusão de curso, relatórios,
artigos científicos, dissertações de mestrado, teses de doutoramento), redigidos num só bloco,
sem entrada de parágrafo.
O estilo das orações deve ser preferencialmente na terceira pessoa do singular e com o verbo na
voz ativa.
Os resumos de textos, solicitados nos cursos de graduação, devem contemplar todas as
informações sucintamente, mas não há necessidade de reduzi-los a um só parágrafo. O que
importa é que as idéias de um determinado texto estejam contempladas de forma sintética.
A localização do resumo deve preceder artigos científicos, monografias, relatórios, trabalhos de
conclusão de curso, dissertações de mestrado, teses.
Enfim, os resumos devem apresentar critérios de concisão, clareza, fidelidade ao texto original,
flexibilidade, expressão própria, seqüência lógica, utilização de citações entre aspas, com
indicação da página, facilitando, dessa forma, a evocação do texto original.
A seguir serão apresentados exemplos de resumo, elaborados na forma de resumo indicativo e de
resumo informativo. Estes podem ser apresentados em fichas ou papel A4.
Exemplo de resumo indicativo:
LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______. Fazer
universidade: uma proposta metodológica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p. 136-143.
Estudar significa o ato de enfrentar a realidade. O enfrentamento da realidade pode ocorrer pelo
contato direto ou indireto do sujeito que conhece com o objeto que é conhecido. As duas formas
de estudar (direta ou indireta), podem ser classificadas como críticas ou a-críticas. O leitor
poderá ser sujeito ou objeto, dependendo da postura que assume frente ao texto. O leitor poderá
ser sujeito ou objeto da leitura, dependendo da postura que assume frente ao texto.
Exemplo de resumo informativo:
LUCKESI, Cipriano Carlos et al. O leitor no ato de estudar a palavra escrita. In:______. Fazer
universidade: uma proposta metodológica. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1985. cap. 3, p. 136-143.
Estudar significa enfrentar a realidade para compreendê-la e elucidá-la. Este enfrentamento pode
ocorrer, de um lado, pelo contato direto do sujeito com o objeto. Isso se dá quando o sujeito

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opera “com” e “sobre” a realidade. De outro lado, o enfrentamento pode ocorrer pelo contato
indireto. Neste caso, o sujeito recebe o conhecimento por intermédio de outra pessoa ou por
símbolos orais, mímicos, gráficos, etc. O ato de estudar indiretamente crítico equivale à
objetividade na elucidação. O ato de estudar indiretamente será crítico, à medida que descreve a
realidade como é, sem magnetização pela comunicação em si. A atitude a-crítica corresponde à
abdicação da capacidade de investigar, à alienação e à retenção mnemônica. O leitor que assume
uma postura de objeto frente ao texto de leitura é verbalista, ou seja, a aprendizagem não se dá
pela compreensão, mas pela reprodução intacta e mnemônica das informações. O leitor sujeito,
por outro lado, compreende e não memoriza, avalia o que lê e tem uma atitude constante de
questionamento.
Fonte: http://www.monografiasonline.com.br/resumo.asp 01/11/09

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Paper
O paper caracteriza-se principalmente pela originalidade, ou seja, as reflexões devem ser mesmo
do autor do paper. Segundo Medeiros (1997, p. 186), [...] “se o autor apenas compilou
informações sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto do seu trabalho será um
relatório e não um paper”.
Espera-se de quem o escreve uma avaliação e/ou interpretação dos fatos ou das informações que
foram recolhidas, ou seja, o desenvolvimento sintético de um ponto de vista acerca de um tema,
de uma realidade observada, de um texto, uma tomada de posição definida e a expressão dos
conhecimentos de forma original. Para elucidar melhor o conceito de paper, vale lembrar o que
ele não é:
O paper não é:
a) um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte);
b) idéias de outras pessoas, repetidas não criticamente;
c) uma série de citações, não importa se habilmente postas juntas;
d) opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada;
e) cópia do trabalho de outra pessoa sem reconhecê-la, quer o trabalho seja ou não publicado,
profissional ou amador: isto é plágio (ROTH apud MEDEIROS, 1997, p. 187).

Estrutura do paper:
a) capa;
b) folha de rosto;
c) sumário;
d) introdução (1° parágrafo): objectivo, delimitação;
e) desenvolvimento: posicionamento, avaliação, reflexão. do autor do paper em relação ao
texto/realidade/tema;
f) conclusão (último parágrafo): síntese concisa das principais idéias defendidas no
desenvolvimento do trabalho; g) referências.

1.1 - Paper – comunicação científica


A comunicação científica define-se como a informação que se apresenta em congressos,
simpósios, reuniões, academias, sociedades científicas. Em tais encontros, os trabalhos

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realizados são expostos em tempo reduzido. A finalidade do paper tipo comunicação científica é
fazer conhecida a descoberta e os resultados alcançados com a pesquisa, podendo fazer parte de
anais.
Em geral, as comunicações científicas não permitem a reprodução total da experiência realizada
e levam em consideração os seguintes elementos: finalidade, informações, estrutura, linguagem e
abordagem.
A estrutura da comunicação científica (paper), para apresentação oral, engloba: -introdução:
formulação do tema, justificativa, objetivos, metodologia, delimitação do problema, abordagem e
exposição exata da idéia central;
-desenvolvimento: inclui exposição detalhada do que se disse na introdução e fundamentação
lógica das idéias apresentadas; -conclusão: busca uma síntese dos resultados da pesquisa. A
estrutura da comunicação científica escrita, para Medeiros (1997, p. 180), com as adaptações que
se fazem necessárias, pode ser esta: a) capa; b) folha de rosto: que engloba o nome do congresso
(ou evento), local do evento, data, título do trabalho, nome do autor, credenciais do autor; c)
resumo: síntese do trabalho. Pode aparecer entre o título e o texto, ou ao final do trabalho; d)
conteúdo: introdução, desenvolvimento, conclusão (Conforme a apresentação oral); e)
referências.

1.2 - Position paper


A realidade e a educação moderna não podem aceitar mais aquele aluno que simplesmente
decora textos para tirar notas boas e que simplesmente reúne um amontoado de idéias de outros
autores.
Pelo contrário, hoje, exige-se que um aluno saiba ler e interpretar, mas que, sobretudo, também
questione e se posicione diante da realidade e do que é dito e apresente suas próprias idéias. Isso
é sinal de maturidade intelectual.
É nessa linha de raciocínio que se situa o position paper. Através dele, o educando desenvolve
sua capacidade de reflexão e criatividade diante do que está escrito (livro, artigo, revista, jornal,
etc.), diante do que é apresentado (palestra, congresso, seminário, curso, etc.) e também diante
do que pode ser observado numa realidade (empresa, projeto, entidade, viagem de estudos, etc.).

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É bom acentuar que não se trata de um relatório ou resumo. É uma reflexão original, em que o
educando deixa de ser um receptor passivo e passa a ser um sujeito crítico e ativo na construção
de novos conhecimentos.
Como a própria palavra pressupõe, o position paper é uma “posição”, do próprio autor, mas é
também o posicionamento de outros autores sobre o assunto. Por isso, este tipo de trabalho exige
uma revisão bibliográfica, ou seja, a pesquisa de estudos já efetuados por outros autores. A
estrutura do position paper pode ser assim disposta: (a) capa; (b) folha de rosto; (c) sumário; (d)
introdução: objetivo, delimitação, metodologia; (e) revisão bibliográfica: sobre o assunto (no
mínimo dois outros autores); f) reflexão e posicionamento: do autor sobre o assunto; (g)
conclusão; (h) referências.

1.3 - Short paper ou issue paper


A própria tradução destes termos já oferece uma base conceitual para este tipo de trabalho:
pequeno, conciso, problema crucial, questão, tema. Para entender melhor, basta pegar um
exemplo prático: diante de um texto ou realidade observada, sempre ou quase sempre aparecem
certas singularidades ou partes mais específicas, o que significa afirmar que se pode discorrer
apenas sobre uma destas partes.
A decisão sobre qual ponto específico abordar pode ser definida pelo professor, que pode,
também, deixá-la a critério do aluno.
Deve ficar evidente, no entanto, que o fato de o short paper ou issue paper ter uma abrangência
menor em termos de abordagem, não significa dizer que o conteúdo deva ser tratado com menor
profundidade. Pelo contrário: a delimitação do tema propicia o aprofundamento do conteúdo.
Estrutura do short paper ou issue paper:
(a) capa; (b) folha de rosto; (c) introdução (1° parágrafo): objetivo, delimitação (nesta é muito
importante situar o objeto específico de reflexão dentro do contexto geral em que esta foi
delimitada); (d) desenvolvimento: posicionamento, avaliação, questionamento do autor em
relação ao ponto específico que foi abordado; (e) conclusão (último parágrafo): síntese concisa
das principais idéias defendidas no desenvolvimento do trabalho; (f) referências.

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Artigo cientifico
Na vida acadêmica, são várias as atividades de pesquisa realizadas, tanto pelo corpo docente
como pelo discente. Essas atividades resultam de trabalhos didáticos e científicos elaborados
freqüentemente nas disciplinas, cursos ou em grupos de pesquisa. As atividades que se
caracterizam como trabalhos didáticos resultam da interação cultural, pois permitem que o
conhecimento seja reconstruído, na medida em que se tem acesso ao mundo culturalmente
instituído.
Os trabalhos científicos, por sua vez, resultam de um esforço de criação e elaboração de novos
saberes, possuem uma natureza mais complexa e permitem que o conhecimento se renove. Outra
diferença significativa entre os dois tipos de trabalho é o tratamento que se dá ao objeto de
estudo no processo de sua assimilação, compreensão e construção.
Os trabalhos didáticos e científicos, muitas vezes, pelo nível de excelência que apresentam, são
merecedores de publicação. As instituições de ensino, de maneira geral, e os cursos que a elas
pertencem, em particular, dispõem de revistas especializadas para a publicação desses trabalhos
produzidos por alunos e professores.Artigo científico pode ser entendido como um trabalho
completo em si mesmo, mas possui dimensão reduzida. Köche (1997, p. 149) afirma que “o
artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos resultados de investigações
ou estudos realizados a respeito de uma questão”. Salvador (1977, p. 24) apresenta cinco razões
para escrever artigos científicos. São elas:
(a) Expor aspectos novos por nós descobertos, mediante o estudo e a pesquisa, a respeito de uma
questão, ou de aspectos que julgamos terem sido tratados apenas superficialmente, ou soluções
novas para questões conhecidas; (b) expor de uma maneira nova uma questão já antiga; (c)
anunciar resultados de uma pesquisa, que será exposta futuramente em livro; (d) desenvolver
aspectos secundários de uma questão que não tiveram o devido tratamento em livro que foi
editado ou que será editado; (e) abordar assuntos controvertidos para os quais não houve tempo
de preparar um livro. O artigo é um meio de atualização de informações e por isso, enquanto
fonte de pesquisa, jamais pode ser ignorado por alunos e professores no processo de busca e
aquisição de conhecimentos. Para a publicação de um artigo científico é necessário que se
observem as recomendações fixadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994), a
qual estrutura, de maneira geral, os seguintes elementos:

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1 - Elementos pré-textuais
a) título: contém o termo ou expressão que indica o conteúdo do artigo;
b) autoria: nome do autor ou autores, acompanhado de um breve currículo (figura em nota de
rodapé);
c) resumo: apresenta objetivos, metodologia, e conclusões alcançadas. Deve ser elaborado de
acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1990);
d) palavras-chave: termos indicativos do conteúdo do artigo.

2- Elementos textuais
a) introdução: apresenta o tema-questão-problema, justifica-o, expõe a finalidade e descreve a
metodologia que foi adotada na realização da pesquisa;
b) desenvolvimento: apresenta os resultados do estudo;
c) conclusão: analisa criticamente os resultados do estudo e abre perspectivas para novas
investigações;
d) referências: apresenta as obras que foram citadas no corpo do artigo conforme a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (2000).

3 - Elementos pós-textuais
a) apêndice: texto escrito pelo autor, que complementa as idéias contidas no desenvolvimento;
b) anexo: documento (não necessariamente do autor do artigo) que fundamenta, comprova ou
ilustra aspectos contidos no desenvolvimento;
c) tradução do resumo: escrito em língua estrangeira, conforme determinação do conselho
editorial para quem será encaminhado o artigo. Na redação de artigos científicos, além dos
elementos apresentados, deverão ser utilizados elementos de apoio, quando necessários,
conforme sugere a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994). São eles:
a) tabelas, quadros, fórmulas e ilustrações, os quais deverão ser apresentados de acordo com a
Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994);
b) citações, as quais devem ser apresentadas de acordo com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (2001a), devendo-se evitar as notas de rodapé ou no final de texto. É
importante salientar que nem todas as revistas científicas seguem rigorosamente a ordem dos
elementos apresentadas neste texto. Alguns itens podem variar de acordo com as necessidades

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e/ou exigência de cada conselho editorial. Independentemente disso, é importante que
professores e alunos sintam-se motivados para publicar os resultados de suas atividades
científicas ou didáticas.

Ensaio
Ensaios, numa perspectiva ampla, caracterizam-se como exercícios básicos de composição.
Podemos divisar duas espécies de ensaio: o informal e o formal. No ensaio informal, é
admissível a criação e a emoção, que caracterizam a produção literária. No ensaio formal, há
preocupação com as características do texto acadêmico e científico (objectividade e logicidade,
por exemplo). O ensaio formal, escrito em primeira pessoa, deve ser breve e sereno,
problematizador e antidogmático, com espírito crítico e originalidade.
Do ponto de vista científico, o ensaio, segundo Rauen (1999, p. 137), é uma “exposição metódica
dos estudos realizados e das conclusões originais obtidas após o exame de um assunto”. Para um
cientista, o ensaio é um meio de transmitir informações e idéias.
Segundo Barrass (1986, p. 51), um ensaio é “uma breve explicação escrita de um assunto bem
delimitado, clara e decisiva, sistemática e compreensiva”. Vejam-se as principais características
desse tipo de produção acadêmica: a) exposição bem desenvolvida, objetiva, discursiva e
concludente; b) tese pessoal sem a comprovação última; c) apresentação de maturidade
intelectual, incluindo juízos de valor pessoal. Um ensaio, porém, não é apenas um exercício de
reflexão e redação, mas também um veículo através do qual os pensamentos de qualquer escritor
são reunidos e organizados (como num artigo ou resenha de uma revista) e levados ao leitor de
maneira clara, concisa e interessante.
Para escrever um ensaio, leve em conta os seguintes passos:
a) reflexão sobre um tema – considere título e termos de referência, defina o objetivo da
composição, observe o tempo disponível para a escritura distribuindo-o harmonicamente,
considere idéias e informações sobre o tema, decida o que o leitor precisa saber;
b) planejamento – construa um esquema de tópicos, sublinhe os pontos mais relevantes, elabore
o plano da redação, destacando a introdução, o desenvolvimento e a conclusão;
c) escritura – digite o ensaio conforme as normas técnicas;

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d) revisão – verifique se o ensaio é lido com facilidade, tem equilíbrio, se os pontos essenciais
foram destacados, se não há erros de coerência ou mesmo de ortografia e, principalmente, se o
ensaio corresponde às expectativas de seus leitores virtuais.

Dissertações
Características Gerais
Dissertações e teses constituem o produto de pesquisas desenvolvidas em cursos de nível de pós-
graduação (mestrado e doutorado). Abordam um tema único, exigindo investigações próprias à
área de especialização e métodos específicos. (...) A diferença entre tese e dissertação refere-se
ao grau de profundidade e originalidade exigido na tese, defendida na conclusão de curso de
doutoramento. (FRANÇA, 1996)

Grau de exigência sobre o conteúdo


Deve-se procurar garantir as diferenciações entre pessoas, áreas do conhecimento, temáticas e
Instituições de Ensino Superior.
Deve ser exigência mínima a: a) exposição clara do objeto de estudos e dos objetivos; b)
demonstração do domínio de técnicas de coleta e de análise da informação geológica; c) reflexão
teórica mínima sobre os resultados da análise com base no confronto com a revisão bibliográfica
e os objetivos apontados.
A tese/dissertação é um exercício de autoria para o doutorando/mestrando, que deve ser
praticado com o desenvolvimento da disciplina intelectual visando a sua independência de
reflexão.
É preciso delimitar a abrangência do estudo de acordo com as exigências acima colocadas,
buscando demonstrar o envolvimento efetivo do orientador.
Os itens acima colocados devem ser compreendidos como princípios e não como normas
fechadas para que se evite o excesso de regras que pode, se não se tomar cuidado, engessar a
criatividade dos autores e orientadores.

Sobre a forma de apresentação:


Quando o estudante apresenta a versão final de sua tese/dissertação, ele deve levar em
consideração o que segue:

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O trabalho deve conter, corretamente, no texto, de acordo com o estilo de exposição do autor:
- Capa
- Folha de rosto
- Folha de aprovação
- Sumário
- Resumo
- Texto, contendo: introdução, objetivos, revisão bibliográfica, métodos de trabalho, resultados e
discussões, conclusão. Ao longo do texto devem ser incluídas figuras e tabelas
- Referências bibliográficas
- Anexos ou apêndices
- Curriculum vitae em uma página
O texto deve se adequar aos padrões da ABNT e deve obedecer as normas gramaticais da língua
portuguesa, não conter erros de digitação e estar formatado de modo a facilitar a sua leitura por
parte da banca examinadora e dos leitores que futuramente possam se utilizar do trabalho para
consulta bibliográfica.
Em função dos custos, o número de figuras coloridas deve ser utilizado com critério.

INSTRUÇÕES GERAIS PARA CONFECÇÃO DOS EXEMPLARES DA TESE DE


DOUTORADO OU DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Tipo de encadernação: Brochura
Tamanho da folha: 29,7 X 21,0 cm (A4)
Espaço útil datilografado:16,0 X 25,0 cm
Fonte:Times New Roman 12
Espaçamento: 1 ½
Margens:2 cm
Capa:A Secretaria de Pós-Graduação do IGC fornecerá o arquivo com o modelo de capa a ser
seguido (o modelo encontra-se ao final deste documento).
Folha de rosto: Deve conter os seguintes dados necessários à identificação da tese/dissertação:
autor, título, nota de tese ou dissertação, área de concentração, orientador, notas tipográficas. No
verso da folha de rosto deve estar a ficha catalográfica, que deverá ser confeccionada por
profissional bibliotecário.

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Folha de aprovação: Deve conter data de aprovação, nome completo dos membros da Banca
Examinadora e local para assinatura dos mesmos.
Páginas preliminares:Podem ser incluídas as seguintes partes, devendo constar cada uma em
página separada: dedicatória, agradecimentos, epígrafe.
Sumário:Indicação de conteúdo do documento, refletindo suas divisões e/ou seções, na mesma
ordem e grafia em que aparecem no texto.
Listas: Relação de elementos ilustrativos ou explicativos.

Resumo e Abstract:
Este texto deve conter um máximo de 200 (ou 500) palavras em um único parágrafo, sem
citações bibliográficas. O texto do Abstract deve ser revisado por indivíduo com bom
conhecimento da língua inglesa.
O Resumo é uma síntese dos pontos relevantes do texto, em linguagem clara, concisa, e direta.
Comece o Resumo informando ao leitor sobre o que se trata o trabalho, claramente afirmando
que o mesmo versa sobre: dados ou experimentos inéditos, e/ou uma revisão em progresso, e/ou
uma nova técnica, e/ou uma síntese, e/ou aquilo que melhor o define. O texto deve ser escrito em
estilo quase telegráfico. Um resumo não é uma introdução ao trabalho, mas uma versão
congelada do mesmo, que objetiva condensar e concentrar as informações e resultados essenciais
do mesmo.
Palavras chave e keywords: Indicar até o máximo de 05 (cinco) palavras chave.

Texto:
A organização do texto das teses e dissertações comumente obedece a seguinte estrutura em
capítulos: introdução, revisão de literatura, material e métodos, resultados, discussão dos
resultados, conclusão.
A Introdução deve descrever o problema e a área de estudo. Deve definir o problema com
clareza, os objetivos do estudo e, possivelmente, dar indicação dos resultados, de forma a
preparar o leitor para o que está por vir. Não deve tornar-se uma revisão muito longa de trabalhos
anteriores, o que eventualmente poderia justificar um item ou capítulo a parte, embora
referências a trabalhos anteriores sobre o assunto devam ser incluídas.

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Referências bibliográficas:
Devem ser elaboradas segundo as normas vigentes na Revista Brasileira de Geociências (a
Biblioteca fornece impresso das normas). Em caso de dúvidas, consulte o professor orientador).

Anexos ou apêndices:
Documentos complementares e/ou comprobatórios do texto, com informações esclarecedoras,
tabelas ou dados adicionais colocados à parte.

Número de exemplares:
Após a defesa de tese ou dissertação, de acordo com o Regulamento do Programa, o estudante
deverá encaminhar, respectivamente, 09 (nove) ou 07 (sete) volumes à Secretaria do curso,
confeccionados de acordo com as normas acima descritas.

Formatação
1 - Papel
Deve ser utilizado papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), com digitação de fonte arial
ou times new roman tamanho 12, ficando o projeto gráfico sob responsabilidade do autor do
trabalho.
2 - Margens
Objectivando permitir uma boa visualização do texto, assim como reprodução e encadernação
corretas, as margens adotarão as medidas a seguir:
a) superior: 3 cm;
b) inferior: 2 cm;
c) esquerda: 3 cm;
d) direita: 2 cm;
e) parágrafo: 2 cm (recuo da primeira linha a partir da margem esquerda);
f) citação longa: 4 cm (recuo a partir da margem esquerda) com espaço interlinear simples e
fonte tamanho 11.
3 - Espaçamento
Os títulos das sessões primárias e secundárias deverão ser apresentados em destaque, ficando
separados, do texto que os precede ou que os sucede, por um espaço duplo.

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O texto deve ser digitado ou datilografado com 1,5 de entrelinhas, exceto as citações longas,
notas de rodapé, referências, resumos em vernáculo ou em língua estrangeira, que deverão ser
digitados em espaço simples.

4 - Paginação
As páginas devem ser numeradas seqüencialmente, em algarismos arábicos. A numeração é
colocada no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda, e a contagem será feita a partir da
folha de rosto. A numeração será registrada a partir da primeira folha da parte textual até o final
do trabalho. Os números devem ser colocados sem traço, ponto ou parênteses. A paginação das
referências, dos anexos e apêndices deve ser contínua. As páginas que não podem ser numeradas
(mapas, documentos, etc.) devem ser contadas.
5 - Numeração progressiva
A numeração progressiva deverá ser adotada para as seções do texto onde os títulos das seções
primárias, que se caracterizam como as principais divisões de um texto, devem iniciar-se em
folha distinta (8 cm a partir da borda superior), podendo ser utilizados, para destaque, os recursos
de negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal, e outros, conforme a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (1989). Deverá, ainda, o indicativo numérico de uma seção
preceder seu título, alinhado à esquerda por um espaço de caractere. Os títulos sem indicativo
numérico, como lista de abreviações, sumário, resumo, referências e outros, devem ser
centralizados (8 cm a partir da borda superior).
6 - Referências
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2000, p. 2) a referência é um “conjunto
padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação
individual”. Para a elaboração da referência, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2000)
deverá ser consultada. Alguns exemplos dos principais tipos de referências são encontrados no
apêndice D.
7 - Citação
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001a, p. 1), citação é uma “menção, no
texto, de uma informação extraída de outra fonte”. Ela pode ser direta, indireta e citação de
citação. A citação é considerada direta, quando houver transcrição ipsis litteris, isto é, com as
mesmas palavras do autor consultado. A citação é indireta, quando se reproduz livremente, na

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forma de paráfrase, a idéia do autor. A citação de citação pode ser considerada direta ou indireta
e indica que a idéia pertence a um determinado autor, mas que foi extraída da obra de outro
autor.
A identificação das citações inseridas no texto pode ser feita pelo sistema autordata ou pelo
sistema numérico. O sistema autor-data identifica a fonte pelo sobrenome do autor, data de
publicação da obra e página de onde foi extraída a informação. O sistema numérico identifica as
fontes em notas de rodapé ou em notas no final do texto (capítulo ou trabalho). Exemplos de
textos elaborados pelo sistema autor-data, com notas de rodapé ou no final do texto, podem ser
encontrados nos anexos K, L e M.
A citação direta pode ser curta ou longa. Observe como devem ser apresentadas no texto:
a) quando a transcrição for curta (até três linhas):
• fica inserida no texto;
• deve estar entre aspas duplas;
• deve ser usada a mesma fonte do texto;
Exemplo de citação com menos ou igual a 3 linhas:
Um dos resultados imediatos foi a introdução do modelo flexneriano nas escolas médicas como
afirma (FEUERWERKER, 1998, p. 52) “..mediante apoio à criação de novas escolas apoiadas
em sólida base científica e na prática da investigação..."
b) quando a transcrição for longa (mais de três linhas) deve:
• ser recuada (4 cm) da margem do texto;
• constar em fonte menor (tamanho 11);
• ser apresentada com o mesmo tipo de letra;
• ser digitada com espaço interlinear simples e sem aspas.
Exemplo de citação com mais de 3 linhas (citação longa):
Esses planos foram as bases para o nosso seguro médico, tudo oriundo da iniciativa privada.
Eram as sociedades de socorro mútuo, organizadas sem bases técnicas, mas que deram uma
grande contribuição até que a previdência social assumisse esses riscos:
<-------------- 4 cm --------------> (fonte 11 - para a citação abaixo)
[...] Destaca ainda que foi D. João VI quem aprovou um plano para os oficiais da marinha, que
vigorou por mais de um século, o qual assegurava o pagamento de uma pensão de meio soldo às

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viúvas e às filhas do oficial falecido. Era um plano custeado mediante o desconto de um dia de
vencimento [...]
8 - Ilustrações – figuras e tabelas
Constituem unidade autônoma que explicam ou complementam visualmente o texto. A
Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001b, p. 6) classifica como figuras os quadros,
lâminas, plantas, fotografias, gráficos, desenhos e outros. As tabelas e figuras devem apresentar
lista própria, com cada item acompanhada, do respectivo número da página. Veja modelo de
exemplo de lista de tabelas e figuras nos anexos H e I, respectivamente.

REFERÊNCIAS (verifique abaixo a formatação dos nomes dos autores e de suas obras)
AMBONI, N.; AMBONI, N. de F. Resenha crítica. Florianópolis: ESAG/UDESC, 1996. Não
publicado.
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1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: apresentação de artigos
em publicações periódicas. Rio de Janeiro, 1994.
______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 1989.
______. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 1990.
______. NBR 10520: informação e documentação, apresentação de citações em documentos. Rio
de Janeiro, 2001a.
______. NBR 14724: informação e documentação, trabalhos acadêmicos, apresentação. Rio de
Janeiro, 2001b.
ASTI VERA, A. Metodologia da pesquisa científica. 8. ed. São Paulo: Globo, 1989.
BARRASS, Robert. Os cientistas precisam escrever: guia de redação para cientistas, engenheiros
e estudantes. São Paulo: T. A. Queiroz, 1986.
BEBBER, G.; MARTINELLO, D. Metodologia científica: orientações para projetos, pesquisa
bibliográfica e de campo, relatórios e monografias. Caçador: Universidade do Contestado, 1996.
BENEDET, M. B. A produção textual escrita e a prática pedagógica. 2001. 159 f. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2001.
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CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica: para uso de estudantes universitários.
3. ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1983.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1998.
GALLIANO, A. G. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harper, 1986.
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. 11. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1983.
GIL, A. C. Metodologia do ensino superior. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
HERDT, M. L. Metodologia científica: um instrumento auxiliar para produzir, sistematizar e
publicar conhecimentos. Palhoça, 2000. Não publicado.
JAPIASSU, Hilton. Introdução ao pensamento epistemológico. 7. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1992.
KÖCHE, J.C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14.
ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes, 1997. ______. Fundamentos de metodologia científica. 12. ed.
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KNABBEN, Jane. O desafio da resolução de problemas na perspectiva Vygostskyana. 2002. 98
f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2002.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1996.
LUCKESI, Cipriano Carlos et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 1985.
MARCANTONIO, A. T.; SANTOS, M. M. dos; LEHFELD, N. A. de S. Elaboração e
divulgação do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1996.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico.
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MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo:
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OLIVA, A. Conhecimento e liberdade: individualismo x coletivismo. Porto Alegre: EDIPUCRS,
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22
RAUEN, F. J. Elementos de iniciação à pesquisa: inclui orientações para a referenciação de
documentos eletrônicos. Rio do Sul: Nova Era, 1999.
SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. 5. ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1977.
_____________. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho científico.
2. ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1991.
SALVADOR, A. D. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica: elaboração e relatórios de
estudos científicos. 6. ed. rev. e aum. Porto Alegre: Sulina, 1977.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 14. ed. São Paulo: Cortez, 1986.
SOARES, M.; CAMPOS, E. N. Técnica de redação: as articulações lingüísticas como técnica do
pensamento. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978.

Definindo o tema e título (o quê?)


O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática
enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de
outros trabalhos ou da própria teoria. Pode ter surgido pela entidade responsável, portanto,
“encomendado”, o que, no entanto não lhe tira o caráter científico.
Independente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente ampla, precisando bem o
assunto geral sobre o qual se deseja realizar a pesquisa.
Do tema é feita a delimitação que deve ser dotada de um sujeito e um objeto. Já o título,
acompanhado ou não por subtítulo, difere do tema. Enquanto este último sofre um processo de
delimitação e especificação, para torná-lo viável à realização da pesquisa, o título sintetiza o
conteúdo da mesma.

Objectivos (Para quê?)


Atenção! Os objectivos devem ser sempre expressos em verbos de acção
Geral: Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo
intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à
própria significação da tese proposta pelo projeto. Deve iniciar com um verbo de ação.
Específicos: Apresentam carácter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental,
permitindo de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.

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Exemplo de objectivo geral: Desenvolver um modelo científico de estúdio de produção em
rádio, para ser utilizado como referencial básico para novas implantações e a readequação dos
existentes em cursos de comunicação social, em instituições de ensino superior, visando a
melhoria e otimização da organização do trabalho e usabilidade do sistema à aprendizagem.

Exemplos de objectivos específicos:


a) formular, a partir de um estudo analítico, um referencial teórico-prático sobre as
características estruturais, funcionais, morfológicas, diacrônicas e sincrônicas dos estúdios,
principal e de gravações, utilizados por emissoras de radiodifusão profissionais;
b) desenvolver uma metodologia aplicada à implantação de estúdios de produção em rádio em
cursos de comunicação social;

Exemplos aplicáveis a objectivos:


a) quando a pesquisa tem o objetivo de conhecer:
Apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar;
b) quando a pesquisa tem o objetivo de compreender:
Compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, interpretar,
localizar, reafirmar;
c) quando a pesquisa tem o objetivo de aplicar:
Desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar, otimizar,
melhorar;
d) quando a pesquisa tem o objetivo de analisar:
Comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar, ensaiar, medir,
testar, monitorar, experimentar;
e) quando a pesquisa tem o objetivo de sintetizar:
Compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor, reunir,
sintetizar;
f) quando a pesquisa tem o objetivo de avaliar:
Argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar.

Fonte: http://www.monografiasonline.com.br/projeto1.asp 01/11/09

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