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DRY NEEDLING E TÉCNICAS

AVANÇADAS DE AGULHAMENTO NO
TRATAMENTO DA DOR

Prof. PhD. Mosiah Araújo Silva


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO
• Bases científicas do mecanismo de ação das técnicas de
agulhamento
• Conceitualização teórica das técnicas de agulhamento:
– Dry Needling (agulhamento à seco)
– YNSA (craniopuntura de Yamamoto)
– Auriculoterapia científica moderna
– Neuro Needling (Agulhamento aplicado à neurologia e
radiculopatias)
– Movement Needling (Algulhamento associado ao
movimento)
– Homeostatic Needling (agulhamento homeostático)
– Contra-indicações/precauções e prática segura de
agulhamento (biossegurança)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO
• Utilização da eletroestimulação associada ao
agulhamento
• Introdução à termografia infravermelha
• Metodologia para aquisição de imagens
termográficas
• Características termográficas de pontos
gatilhos miofasciais
• Neurociência da dor e dor miofascial
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PRÁTICO
• Evidências e aplicação das técnicas de agulhamento
as patologias musculoesqueléticas:
– Pontos-gatilho miofasciais em mais de 50 músculos
– Tendinopatias (epicondilites, tendão patelar,
Aquiles, bíceps braquial) e disfunções ligamentares
– Disfunções articulares
– Disfunções cicatriciais
– Lesões e performance no esporte (dor tardia ao
exercício, estiramentos e contraturas)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PRÁTICO
• Evidências e aplicação das técnicas de agulhamento
as patologias neurológicas:
– Hipertonia e espasticidade em sequelas de AVC
– Dores em condições neurológicas (AVC, Esclerose
Múltipla e Doença de Parkinson)
– Paralisia Facial
– Neuralgia do Trigêmeo
– Lombociatalgias
– Cervicobraquialgias
– Síndrome do Túnel do carpo
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PRÁTICO

• Evidências e aplicação das técnicas de


agulhamento aplicada a condições
patológicas variadas
– Rinites e Sinusites
– Dismenorreia
– Zumbido
– Enxaqueca, Cefaléia Tensional e
Cervicogênica
– Fibromialgia
NEUROCIÊNCIA DA DOR
DEFINIÇÃO DE DOR

“Experiência SENSITIVA e “A dor é uma experiência


EMOCIONAL desagradável, angustiante associada a dano
associada a uma lesão tecidual REAL ou POTENCIAL
tecidual REAL ou com componentes
POTÊNCIAL, ou DESCRITA SENSORIAIS, EMOCIONAIS,
EM TERMOS DE TAIS COGNITIVOS e SOCIAIS.”
LESÕES.”(IASP, 1979) (2016)
NOVA DEFINIÇÃO DE DOR

“Uma experiência sensitiva e emocional desagradável


associada, ou semelhante àquela associada, a uma
lesão tecidual real ou potencial” (IASP, 2020)
NOTAS SOBRE A NOVA DEFINIÇÃO DE DOR

1.A dor é sempre uma experiência


pessoal que é influenciada, em
graus variáveis, por fatores
biológicos, psicológicos e sociais.
NOTAS SOBRE A NOVA DEFINIÇÃO DE DOR

2. Dor e nocicepção são fenômenos


diferentes. A dor não pode ser
determinada exclusivamente pela
atividade dos neurônios sensitivos.
NOTAS SOBRE A NOVA DEFINIÇÃO DE DOR

3. Através de suas experiências de


vida, as pessoas aprendem o
conceito de dor.
NOTAS SOBRE A NOVA DEFINIÇÃO DE DOR

4. O relato de uma pessoa


sobre uma experiência de
dor deve ser respeitado.
NOTAS SOBRE A NOVA DEFINIÇÃO DE DOR

5. Embora a dor geralmente


cumpra um papel adaptativo,
ela pode ter efeitos adversos
na função e no bem-estar social
e psicológico.
NOTAS SOBRE A NOVA DEFINIÇÃO DE DOR

6. A descrição verbal é apenas um


dos vários comportamentos para
expressar dor; a incapacidade de
se comunicar não invalida a
possibilidade de um humano ou
animal sentir dor.
CLASSIFICAÇÃO
DA DOR POR
MECÂNISMO

NOCICEPTIVA

NEUROPÁTICA

NOCIPLÁSTICA/SENSIBILIZAÇÃO
CENTRAL
SENSIBILIZAÇÃO PERIFÉRICA
CRONIFICAÇÃO DA DOR

“A cronificação da dor descreve o processo de dor


transitória que progride para dor persistente; O
processamento da dor muda como resultado de um
desequilíbrio entre a amplificação da dor e a inibição da
dor; fatores genéticos, ambientais e biopsicossociais
determinam o risco, o grau e o tempo de cronificação.”
Neuroimagem da dor
Evidência Humana e Relevância Clínica do
Processamento e Modulação do Sistema
Nervoso Central

SENSÓRIO
DISCRIMINATIVO/MOTOR

AFETIVO/COGNITIVO

EMOCIONAL/COMPORTAMENTAL

MODULAÇÃO DESCENDENTE
Na cronificação da dor a
ativação/representação
cerebral migra do circuito
nociceptivo/sensorial para
os circuitos neuronais
Afetivo-emocional
NEUROINFLAMAÇÃO

Astrócitos

Microglia

Oligodentrócitos

Células Glia
Satélite (SGCS)
SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL
HIPERALGESIA E ALODINIA
DOR MIOFASCIAL
HISTÓRICO
• 1900 – Aldler – Reumatismo
Muscular;
• 1904 – Gowers – Fibrosite;
• 1938 - Kellgren – Injeção de
solução salina
• 1950 – Travell – Dor Miofascial e
ponto gatilho miofascial;
• 1983 –Travell e Simons – 1ª Edição
do Livro (Myofascial Pain and
Dysfuntion: The Trigger Point
Manual)
• 2018 – 3ª Edição do Livro
(Myofascial Pain and Dysfuntion:
The Trigger Point Manual)
DEFINIÇÃO
• A dor miofascial é uma desordem
muscular regional caracterizada pela
presença de pontos hipersensíveis
(trigger points), localizados em
bandas rígidas de músculos
esqueléticos, doloridos à palpação e
que podem produzir dor referida.
BANDA TENSA
EPIDEMIOLOGIA
• Não existem grandes achados epidemiológicos,
mas há evidências que a dor miofascial seja uma
condição bastante comum.
• Dor Orofacial;
• Dor de cabeça e pescoço;
• Dor lombar.
FISIOPATOLOGIA
• Teorias
• Neuropática
• Fuso muscular anormal
• Botões Sinápticos disfuncionais
• Crise energética
• Hipótese integrada
IDENTIFICOU AS SUBSTÂNCIA LOCALIZADAS
DENTRO DOS PONTOS GATILHOS.
“A dor referida, o sinal mais característico do PG, é um fenômeno
central iniciado e ativado pela sensibilização periférica, em que a
entrada nociceptiva periférica do músculo pode sensibilizar os
neurônios do corno dorsal que estavam anteriormente silenciosos. Os
PGs são uma fonte periférica de nocicepção e atuam como estímulos
nociceptivos contínuos, contribuindo para a propagação da dor e a dor
generalizada. Vários estudos apoiam a hipótese de que o PG pode
induzir sensibilização central, e o tratamento adequado do PG reduz a
sensibilização central. Por outro lado, evidências preliminares sugerem
que a sensibilização central também pode promover a atividade do
Pacientes com dor miofascial crônica apresentam atrofia de
massa cinzenta em regiões envolvidas na modulação
descendente de dor no processamento de afeto negativo. A
relação entre o córtex pré-frontal dorsolateral e os limiares de
dor sugere a presença de desinibição da dor.
ETIOLOGIA
• Microtraumatismos
• Movimentos repetitivos
• Posições de tensão
• Macrotraumatismos
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DOS PONTOS GATILHOS
ACHADOS COMUNS DOS PONTOS GATILHOS

• Banda tensa palpável com palpação em pinça ou


plana transversal a fibra muscular;
• Ponto hipersensível na banda tensa;
• Resposta contrátil local quando estimulada
adequadamente;
• Pode produzir fenômeno autonômico e motor;
• Pode restringir a ADM;
• Pode causar fraqueza inibitória no músculo.

SIMONS, PONTOS GATILHOS ATIVOS PONTOS GATILHOS LATENTES


SIMONS e • Refere ou reproduz a dor que é reconhecível • Dor local ou referida que não
TRAVEL, 1999. pelo paciente; é reconhecível pelo paciente;
• Dor espontânea local ou referida. • Dolorido somente quando
palpado ou agulhado.

OPINIÃO DE • Reproduz qualquer sintoma(s), não apenas a dor • Não reproduz sintomas
EXPERTS NO experimentada pelo paciente; experimentados pelo
ESTUDO • O paciente reconhece o sintoma como familiar; paciente;
• O(s) sintoma(s) pode estar ausente no momento • O paciente não reconhece os
DELPHI, 2018.
da avaliação, mas irá aparecer durante a sintomas por meio da
palpação; palpação em pinça ou plana
transversal a fibra muscular
FASCIA/TRIGGER POINTS
FASCIA/TRIGGER POINTS
No tecido muscular com trigger
points, os endomísios são sempre
mais estreitos do que nos
controles sem trigger points.
Imagem do microscópio
eletrônico, ampliada 300 vezes.

(A) Tecido muscular com trigger


points: endomísio encolhido.
(B) (B) Controle sem trigger points:
endomísio normal.
Feigl-Reitinger et al., 1998
TRATAMENTO
• Eletrofototermoterapia;
• Terapia Manual;
• Agulhamento “Molhado” (Injeções);
– Anestésico local;
– Salina
– Costisona;
– Botox;
*A natureza da substância injetada não faz diferença no
resultado e que o agulhamento molhado não é
terapêuticamente superior ao agulhamento seco.
(Cummins & White, 2001)
• Agulhamento Seco (Dry Needling);
• Alongamento e Fortalecimento;
e
MAIS UMA FERRAMENTA
TERAPÊUTICA
O QUE SIGNIFICA
ACUPUNTURA?

DRY NEEDLING É A MESMA


COISA QUE A ACUPUNTURA?

DRY NEEDLING É FERRAMENTA


TERAPÊUTICA SÓ DO
ACUPUNTURISTA?
Ao pé da letra

Do Latim acus - agulha e punctura - colocação


EXISTEM VÁRIOS ESTILOS DE ACUPUNTURA
EXISTEM VÁRIOS ESTILOS DE ACUPUNTURA
QUEM USA ESSAS FERRAMENTAS
DE TRABALHO?
QUEM ESTÁ MANIPULANDO?
E ESSAS FERRAMENTAS?
MERIDIANOLOGIA
MERIDIANOS
ENERGÉTICOS
PULMÃO
INTESTINO GROSSO
RIM
BEXIGA
BAÇO-PÂNCREAS
ESTÔMAGO
FÍGADO
VESÍCULA BILIAR
CORAÇÃO
INTESTINO DELGADO
CIRCULAÇÃO-SEXUALIDADE
PERICÁRDIO
PROTETOR DO CORAÇÃO
TRIPLO-AQUECEDOR
A CIÊNCIA DOS
MERIDIANOS E
ACUPONTOS
• A ESTIMULAÇÃO NOS ACUPUNTOS
TEM BASICAMENTE 3 AÇÕES OU
RESPOSTAS:
• REGIÃO
1. LOCAL
2. SEGMENTAR (MEDULAR)
3. SUPRASEGMENTAR (SNC)

• TIPO DE RESPOSTA:
1. SENSORIAL (NERVOS)
2. MECÂNICA (FÁSCIA)
3. IMUNOENDÓCRINA (SANGUE e
OUTROS FLUÍDOS CORPORAIS)
No nível da medula espinhal ou supraespinhal, os neurônios sensoriais localizados no
corno dorsal recebem um extenso suprimento de informações sensoriais dos receptores
da pele e dos músculos através dos nervos aferentes periféricos.
A área da pele estimulada que influencia a atividade de um neurônio sensitivo da coluna
vertebral é conhecida como campo receptivo periférico (RF) desse neurônio.
Considerando que uma localização específica de um ponto de acupuntura envolve a
ativação de um ou vários RFs, pode-se supor que vários neurônios centrais sensoriais
sejam o local de convergência da entrada periférica gerada pela estimulação da
acupuntura
Resumo das relações entre os pontos de acupuntura
e os neurônios de campo multireceptivos (linhas em
azul). Os neurônios do corno dorsal na medula
espinhal recebem extensas informações sensoriais
da pele periférica e aferentes viscerais, que, por sua
vez, enviam ramos axonais aos núcleos
supraespinhal e central. O estômago e o cólon sob
condições inflamatórias aumentam a entrada
sensorial dos neurônios da medula espinhal, que por
sua vez envia projeções axonais para as áreas dos
pontos de acupuntura cutânea supraespinhal ou
periférica por mecanismos reflexos. Além disso, o
campo receptivo aprimorado de um ponto de
acupuntura resulta de alterações na sensibilização
visceral e da medula espinhal, e o ponto de
acupuntura muda do modelo de estado silencioso
para o modelo de estado sensibilizado. Os campos
receptivos dos pontos de acupuntura também estão
sob influências descendentes, que dependem das
condições individuais do organismo.
Os pontos de acupuntura agrupados em
cada dermátomo do tronco exibem
indicações semelhantes,
independentemente de suas propriedades
clínicas dos meridianos. Portanto, ao
contrário dos postulados da MTC, os
efeitos pontuais são derivados do substrato
neural e somático-visceral subjacente;
consequentemente, a neurobiologia surge
como fator determinante para os
mecanismos de ação da acupuntura.
Os resultados desta revisão confirmam nossa hipótese. Os estudos de acupuntura que
empregaram locais verum e falso em dermátomos sobrepostos ajudaram a criar uma
imagem medíocre e negativa da eficácia da acupuntura. A estrutura segmentar do corpo,
com seu sistema reflexo interconectado, oferece uma explicação neurofisiológica adicional
para a eficácia da acupuntura aplicada às estruturas segmentadas inervadas pelo sistema
nervoso espinhal e visceral. Novos estudos comparativos de acupuntura devem ser
baseados no conhecimento da anatomia segmentar. No teste da acupuntura verum versus
acupuntura simulada, os locais de agulhas de acupuntura simulada escolhidos devem estar
situados em dermátomos não sobrepostos.
LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR
LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR
LINHA LATERAL
LINHA ESPIRAL
LINHA DOS BRAÇOS
LINHA FUNCIONAL ANTERIOR E POSTERIOR
LINHA PROFUNDA ANTERIOR
TRILHOS ANATOMICOS
MIOFASCIAIS
E
MERIDIANOS DE
ACUPUNTURA
LINHA SUPERFICIAL POSTERIOR
E
MERIDIANO DA BEXIGA
LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR
E
MERIDIANO DA ESTOMAGO
LINHA LATERAL
E
MERIDIANO DA VESÍCULA BILIAR
LINHA SUPERFICIAL ANTERIOR DO BRAÇO
E
MERIDIANO DO PERICARDIO
LINHA PROFUNDA ANTERIOR DO BRAÇO
E
MERIDIANO DO PULMÃO
LINHA SUPERFICIAL POSTEIOR DO BRAÇO
E
MERIDIANO TRIPLO AQUECEDOR
LINHA PROFUNDA POSTERIOR DO BRAÇO
E
MERIDIANO INTESTINO DELGADO
LINHA PROFUNDA ANTERIOR
E
MERIDIANO DO FÍGADO
LINHA ESPIRAL
E
MERIDINAO DO ESTÔMAGO E BEXIGA
Das 238 regiões com PGs descritas no Manual de Ponto Gatilho
que correspondiam anatomicamente aos pontos de acupuntura
clássicos, 59 (25%) correspondiam aos pontos da bexiga, 33
(14%) aos pontos do estômago, 26 (11%) aos pontos da vesícula
biliar, 21 (9% ) aos pontos do Intestino Grosso, 19 (8%) aos
pontos do Baço, 17 (7%) aos pontos do Rim, 16 (7%) aos pontos
do Intestino Delgado, 14 (6%) aos pontos do Triplo Aquecedor,
12 (5%) a pontos do pulmão, 7 (3%) a pontos do fígado, 5 (2%)
a pontos do pericárdio e 4 (2%) a pontos do coração.
Os vasos cutâneos
perfurantes são estruturas
vasculares que penetram
na camada mais externa da
fáscia profunda, a fim de
fornecer fluxo vascular ao
tecido celular subcutâneo,
e que têm sido amplamente
estudadas no campo da
cirurgia estética e
reconstrutiva
A DESCOBERTA DE KIM BONG HAN

Publicação de 5 relatórios entre 1962 e 1965;

Carência de dados sobre a metodologia empregada nos


estudos;

Encerramento repentino do Instituto de Pesquisa


Nacional em Acupuntura,Pyungyang, Coréia do Norte.

Desaparecimento de Kim Bong Han.

SOH, et al. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2013.


ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO SISTEMA PRIMO VASCULAR

Soh et al, 2013.


Retirado de: Soh, 2013.
Retirado de: Soh, 2013.
Retirado de: Soh, 2013.
PRIMOVASOS INTRALINFÁTICOS

Yung et al 2016.
PRIMOVASOS EM PACOTES NEUROVASCULARES

Retirado de: Bae et al, 2015.


Retirado de: Bae et al, 2015.
PRIMOVASOS NO TECIDO ADIPOSO

Soh et al, 2014.


PRIMOVASOS NA SUPERFÍCIE DE ÓRGÃOS
INTERNOS

Soh et al, 2014.


PRIMOVASOS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Soh et al, 2014.


PRIMOVASOS NO TECIDO SUBCUTÂNEO

Retirado de: Bae et al, 2015.


ASPECTOS FISIOLÓGICOS:
Função
circulatória
Presença de dutos nos
primovasos;

Parede composta por


células endoteliais;

Presença de fluxo
unidirecional de
líquido. V= 0,3 +- 0,1
mm/s.

Fluxo de líquido da
pele para região de
orgãos internos.
Soh et al, 2014.
FUNÇÃO IMUNOENDÓCRINA E HEMOTOPOIÉTICA

• Presença de células cromafins : Adrenalina e Noradrenalina;

• Presença de mastócitos, eosinófilos, basófilos e macrófagos;

• Presença de células sanguíneas prematuras.

SOH et al, 2014.


REPARO TECIDUAL E REGENERAÇÃO

-Primo-células

-Células tronco totipotentes

-Processos de fusão celular

-Transdiferenciação

Retirado de: Kang, 2014


MODELO DE DISTRIBUIÇÃO DE INFORMAÇÃO

Retirado de: Stefanov et al, 2013.


MECANISMOS e EFEITOS DO DRY NEEDLING
JAMES DUNNING

PONTOS HOMEOSTÁTICOS
VARIABILIADADE DA FREQUENCIA
CARDÍACA (VFC)
MINDFULNESS
H1/F3
H2/BP6
H3/E36
H4/VB34
H5/IG4
H6/CS6
H7/YINTANG
H8/VG20
BASES PARA A PRÁTICA
AGULHAS
AGULHAS
TIPOS DE AGULHAMENTO SECO
• Agulhamento Seco Superficial (Baldry, 2005);

• Agulhamento Seco Profundo (Gunn, 1996);

• Pistonagem “Twitch” (Hong, 1994);


AGULHAMENTO SUPERFICIAL
• Agulhar na profundidade de 5 – 10 mm;
• Tórax e outros músculos finos inserir
obliquamente;
• Deixar a agulha no lugar por 30 segundos;
• Repetir, conforme necessário, até 3 minutos;
• Repetir para cada Trigger Point
AGULHAMENTO PROFUNDO

• Inserir profundo na zona motora dos músculos;


• Sentir a resistência aumentada;
• Penetrar e sentir o apertar do músculo;
• Deixar por 20 minutos ou estimular até que a
liberação ocorra;
• Se não apertar, retirar parcialmente, mudar o
ângulo e reinserir;
• Se não houver o apertar, a técnica não é
apropriada
PISTONAGEM “TWITCH”
• Introduzir a agulha na banda tensa
• Repetidamente, mover a agulha para dentro e
para fora do músculo,constatemente tentando
encontrar pontos dentro da banda que reproduza
a dor do paciente e reposta de contração.
REPOSTA DO PACIENTE AO
AGULHAMENTO

Forte
Moderada
Fraca
James Dunning
FREQUENCIA DO TRATAMENTO

• Usualmente 1 a 2x por semana, porém, pode


ser feito mais vezes por semana.
• Ocasionalmente, requer apenas uma sessão,
geralmente várias sessões são necessárias.
• Geralmente, o alívio é rápido e pode durar
poucas horas até 2 dias. Em cada sessão, o
período de alívio da dor aumenta.
• Se não houver melhora após três sessões,
cessar o tratamento.
NÚMERO DE PONTOS

• Fazer o agulhamento em cada local de trigger


Point ativo;
• Falha na resposta, investigar se há mais trigger
points na região tratada;
• Pode ser tratado 15 – 20 TP de uma vez;
• Reavaliar ADM e resistência após todos os TP´s
desativados
• Portanto, a revisão atual propõe que a
aplicação do dry needling deve ser integrada
ao paradigma atual da neurociência da dor,
combinando sua aplicação com a educação
em neurociência da dor, exercícios graduados
e terapia manual. Além disso, as expectativas,
crenças, experiências anteriores e interação
terapeuta-paciente devem ser consideradas
ao integrar o dry needling em uma
abordagem de tratamento abrangente.
NEURO NEEDLING
• Conclusões: A inclusão de dry needling profundo
em uma sessão de tratamento seguindo o
conceito de Bobath foi eficaz na redução da
espasticidade e na melhoria do equilíbrio,
amplitude de movimento e precisão de
manutenção da estabilidade em pacientes que
sofreram um acidente vascular cerebral.
https://www.dnhs.es/en/
Hyung Suk Choi, PhD, OMD, LAc

MOVEMENT NEEDLING
(ALGULHAMENTO ASSOCIADO
AO MOVIMENTO)
LOCALIZAÇÃO NÃO RELACIONADA AO
MOVIMENTO
A agulha é inserida no local não relacionado ao
movimento. A localização do ponto IG4 não está
relacionada a nenhum movimento do ombro. A
localização do ponto IG11 é segura com
movimento lombar. É tão simples quanto isso.
Movendo-se com agulhamento no local distante é
uma maneira comum de agulhamento com o
movimento.
AGULHAMENTO COM MOVIMENTO NA
ARTICULAÇÃO
• Agulhamento no sentido da cavidade articular +
movimento (Oscilação, tração)
• Circulação:
– Aumenta a circulação sanguínea local
– Mais células imunológicas e nutrientes para a estrutura
articular
– Lubrificação articular
• Movimento:
– Mobilizando tecidos moles aderidos: fascia, tendão,
ligamento etc...
INDICAÇÕES
• Ombro congelado e outras dores articulares no
ombro.
• Dor no Joelho
• Dor no quadril
• Dor na coluna
• Dor no punho ou Tornozelo
AGULHAMENTO COM MOVIMENTO NO
MÚSCULO
• Agulhamento no ponto doloroso sintomático
(trigger point ou tender point) + exercício
isométrico
– Fortalecimento
– Alongamento
• Melhorar o tônus de músculos fracos
• Treinar músculos paralisados
• Contração em posição neutra
• Agulhamento no ponto sintomático do músculo
• Contração do paciente do músculo agulhado (a)
• Resistência do terapeuta (b)
• Segurar 3-5 segundos, relaxar 5-10 segundos, repetir
3-5 vezes
INDICAÇÕES
• Pós-operatório com fraqueza ou inibição
muscular
• Dores ou condições crônicas ou persistentes
• Lesões centrais ou periféricas nervosa com
déficit motor.
BIOSSEGURANÇA PARA APLICAÇÃO
DAS AGULHAS
• Assumir que todo sangue e fluído corpóreo são
potencialmente contagiosos;
• Lavar e secar as mãos;
• Utilizar as barreiras de proteção. Ex. mandril;
• Descartar as agulhas como materiais
contagiosos;
• Preparação da pele;
• Utilizar agulhas descartáveis;
CONTRAINDICAÇÕES/PRECAUÇÕES
• Áreas proibidas:
– Escalpo infantil antes que as fontanelas se fechem;
– Mamilo, umbigo e genitália;
• Pontos perigosos ou vulneráveis:
– Tórax, Abdome e Pescoço;
– Veias varicosas, tecido infeccionado, áreas com inflamação aguda.
• Gravidez
• Pacientes com marcapasso
• Pacientes confusos ou pertubados/crianças
• Distúrbios hemorrágicos/anticoagulantes;
• Câncer em fase de metástase;
• Epilepsia instável
• Pacientes frágeis
COMPLICAÇÕES
• Ataque vasovagal (55/28.285) Chen et al (1990).
• Convulsões ( 2 casos reportados);
• Infecção;
• Sonolência pós-tratamento;
• Danificação visceral (Ex. Pneumotórax);
• Hemorragia;
• Dor;
• Problemas com agulhas: torta, quebrada,
enroscada.
RECURSOS PARA OTIMIZAÇÃO
DO AGULHAMENTO
UTILIZAÇÃO DA ELETROESTIMULAÇÃO
PARA POTENCIALIZAR O TRATAMENTO
ELETRODO EM PLACA X ELETRODO EM
GARRA COM AGULHAS
DESENVOLVIMENTO DA
ELETROACUPUNTURA
• Indução de analgesia
profunda em cirurgias
de pequeno porte por
Acupuntura manual –
grande esforço físico;

• Eletroacupuntura –
potencialização dos
efeitos de agulhamento
locais e sistêmicos;

• Elucidação dos
mecanismos de ação.
VANTAGENS CLÍNICAS DA
ELETROESTIMULAÇÃO PERCUTÂNEA

• Potencialização de efeitos analgésicos, anti-


inflamatórios e imunoendócrinos;

• Aumento da probabilidade de indução analgésica de


longa duração;

• Controle parcial de mecanismos analgésicos


envolvidos;

• Redução do tempo total de tratamento e aceleração do


retorno ao treinamento funcional.
EFEITOS SEGMENTARES

Curva Intesidade- Duração para fibras nervosas


EFEITOS SISTÊMICOS MEDIADOS PELO
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• Sistema Descendente Inibitório da Dor (Takeshigue 2001):

• Produção de peptídeos opióides;

• Modulação da função autonômica;

• Modulação da função neuroendócrina;

• Efeitos neuroimunológicos;

• Redução da atividade de células da micróglia no corno


dorsal.
LIBERAÇÃO DE OPIÓIDES EM
FUNÇÃO DA FREQUÊNCIA
PARÂMETROS RECOMENDADOS

Frequência Duração de Modulação de Intensidade de Tempo


pulso corrente corrente

2, 15 e 100Hz Maior ou igual a Denso – dispersa Limiar motor Mínimo de


150μs ou VIF 20 minutos
TERMOGRAFIA
TERMOGRAFIA
Técnica não invasiva, baseada na radiação
infravermelha, permite diagnosticar quadros
de dor crônica sem causa aparente, como as
que caracterizam os quadros da síndrome
fibromiálgica ou a distrofia simpática, as
neuropatias, as dores miofasciais e as lesões
do câncer de mama, entre outras disfunções
fisiológicas ou mutações genotípicas
REGULAÇÃO TÉRMICA (produção de calor)

• Taxa metabólica Basal (Hipotálamo)


• Atividade orgânica especifica (ex: Hormonal,
digestória etc..)
• Atividade muscular (Atividade Física)
DISSIPAÇÃO DE CALOR
• Condução (contato)
• Convecção (Sistema vascular)
• Evaporação (Suor)
• Radiação (Pele) = 60% ocorre por radiação
• A perda de calor é um mecanismo fisiológico
controlado e regulado pela atividade
vasomotora cutânea da rede vascular
INFLUÊNCIA NA AQUISIÇÃO DE IMAGEM
TERMOGRÁFICA
• Fatores Técnicos
• Fatores Humanos
• Fatores Ambientais
FATORES TÉCNICOS

• EQUIPAMENTOS:
FATORES HUMANOS
• Idade
• Distribuição da gordura corporal
• Massa muscular
• Taxa Metabólica
• Emocional
• História Médica no local avaliado
• Atividade física
• Ingestão de alimentos (ex:café e outros
termôgenicos)
FATORES AMBIENTAIS

• Temperatura do ambiente
• Umidade relativa
• Vento
• Outras fontes de radiação
• Pressão atmosférica
O QUE AVALIAR NA TERMOGRAFIA?
• Verificar as assimetrias térmicas e o padrão de
temperatura corporal do ser humano.
• Correlacionar com os achados da avaliação
clinica e da Anamnese.
EQUIPARAÇÃO PARA QUANTIFICAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO DA VARIAÇÃO TÉRMICA PELA CIF
Δt (Delta t) Δt% QUALIFICADOR CIF

0,3° 0% NENHUMA

0,4° 14,3% LEVE

0,5° 28,6% MODERADA

0,6° 42,9% MODERADA

0,7° 57,2% GRAVE

0,8° 71,4% GRAVE

0,9° 85,8% GRAVE

1,0° 100% COMPLETA

Δt%= (142,86 x Δt) - 42,857


CASO CLÍNICO
Imagem termográfica feita
com 2 meses de PO de
Fratura de Tíbia e Fíbula
direita. Paciente apresentava
dor no joelho e perna direita
AGULHAMENTO TERMOGUIADO
PRATICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

“Prática baseada em evidências é o uso


consciencioso, explícito e judicioso da melhor
evidência disponível ao tomar decisões sobre o
cuidado de um paciente”
QUE TIPO DE EVIDÊNCIAS DEVEMOS
PROCURAR?

A MELHOR EVIDÊNCIA DISPONÍVEL NA


ATUALIDADE
COMPLEXIDADE DOS SISTEMAS

UM DESFECHO
É O RESULTADO
DA INTERAÇÃO
DE MÚLTIPLOS
FATORES
Prática Baseada
PRATICA BASEADAemEM
Evidência (PBE)
EVIDÊNCIAS

DEPENDENDO DO TIPO DE
PERGUNTA CLÍNICA QUE SE
QUER RESPONDER, OS
NÍVIES DE EVIDÊNCIA
DESSA PIRAMIDE PODEM
SER TROCADOS, COM
EXCEÇÃO DAS REVISÕES
SISTEMÁTICAS QUE
SEMPRE SERÃO O MAIOR
NÍVEL DE EVIDÊNCIA.
Prática Baseada em Evidências
PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

“Prática baseada em evidências é o uso


consciencioso, explícito e judicioso da melhor
evidência ATUALMENTE disponível para ajudar
os PACIENTES a tomarem decisões sobre seus
cuidados, levando em consideração seus valores
e crenças pessoais”
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
• Em uma pesquisa no banco de dados da Pub Med
com a palavra Acupuncture (33.019 artigos), sendo
que (5.524 artigos) são ensaios clínicos e 1.460
revisões sistemáticas.
• Segundo a OMS cerca de 30 sintomas ou patologias
foram comprovadas a eficácia da acupuntura por
meio de ensaios clínicos controlados e mais cerca
de 50 onde os efeitos terapêuticos da Acupuntura
foram comprovados, porém precisam de mais
estudos.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

Já uma pesquisa com a palavra dry needling foram


achados (577 artigos), sendo (124 artigos) ensaios
clínicos controlados e 58 revisões sistemáticas.
AGULHAMENTO PARA OSTEOARTROSE NO
JOELHO

CONCLUSÃO: Acupuntura Manual ou Eletro Acupuntura


combinados com os cuidados usuais são mais eficazes do que
os cuidados usuais apenas para o tratamento de Artrose de
Joelho; a intervenção da corrente elétrica no processo de
acupuntura pode melhorar mais domínios do AQoL-SF36
(qualidade de vida) em pacientes com Artrose de Joelho.
CONCLUSÃO
Este estudo mostrou que a dor diminuiu, a
ADM do quadril aumentou e a função
física melhorou após três sessões de
tratamento de DN nos pontos-gatilho
ativos dos músculos do quadril em
pacientes com OA do quadril.
DRY NEEDING PARA OUTRAS DISFUNÇÕES
VAMOS À PRÁTICA
EXTENSOR CURTO DOS DEDOS
ABDUTOR DO HÁLUX
TIBIAL ANTERIOR
FÍBULAR LONGO/CURTO
GASTROCNÊMIOS
SÓLEO
ISQUIOTIBIAIS
GLÚTEO MÁXIMO
GLÚTEO MÉDIO
GLÚTEO MÍNIMO
TENSOR DA FASCIA LATA
PIRIFORME
MÚSCULOS ADUTORES DO
QUADRIL
ILIOPSOAS
VASTO MEDIAL
VASTO LATERAL
RETO FEMORAL
MOVEMENT NEEDLING
TÉCNICAS ARTICULARES
PONTOS ARTROSE E OUTRAS CONDIÇÕES
DOLOROSAS NO JOELHO
AGULHAMENTO JOELHO
PONTOS MUSCULARES
PONTOS MUSCULOTENDÍNEOS
PONTOS HOMEOSTÁTICOS
LIGAMENTO COLATERAL LATERAL
MOVEMENT NEEDLING
ENTORSE DE TORNOZELO
BURSITE TROCANTÉRICA
TÉCNICAS
LIGAMENTARES/TENDÍNEAS
TENDÃO DE AQUILES
FASCEÍTE PLANTAR
MULTÍFIDO LOMBAR
PARAVERTEBRAL SUPERFICIAL
QUADRADO LOMBAR
INFRA-ESPINHAL
SUPRA-ESPINHAL
REDONDO MAIOR
TRAPÉZIO
LEVANTADOR DA ESCAPULA
ROMBÓIDE
LATÍSSIMO DO DORSO
SERRÁTIL ANTERIOR
SUBESCAPULAR
SUBOCCIPITAL
ESPLÊNIO
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO
ESCALENO
ESCALENO
TEMPORAL
MASSETER
PTERIGÓIDEO LATERAL
TRATAMENTO DO TINIDO

• Combinação de pontos do ouvido Yin e Yang e


mais 2 pontos nominados T ( de Tinido);
• A inserção se inicia pelo ponto Ouvido da face
Yang e segue em direção anterior;
• As vezes torna-se necessário o acréscimo de
ponto Y, escolhidos de acordo com a palpação
cervical ou abdominal;
• Espera-se uma porcentagem de sucesso em
média de 70% no tratamento com a respectiva
combinação.
AGULHAMENTO
PARA
PARALISIA
FACIAL
SINUSITE E RINITE
BRAQUIORADIAL
EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO
EXTENSOR COMUM - ORIGEM
BÍCEPS
TRÍCEPS
BRAQUIAL
PEITORAL MAIOR
TÉCNICAS ARTICULARES
AGULHAMENTO OMBRO
MOVEMENT NEEDLING
TÉCNICAS
LIGAMENTARES/TENDÍNEAS
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
“Four-pole carpal dry needling”
SÍNDROME DE QUERVAIN
EPICONDILITE LATERAL
EPICONDILITE MEDIAL
Dismenorreia
OBRIGADO!!!

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