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Disfunções

Temporomandibulares

Profa. Me. Daniela Nunes Reis


Fisiologia do processamento
neural da Dor
DOR
✓Universal

✓Algesiologia

✓ “Experiência sensorial individual e emocional desagradável associada ou


semelhante associada à
Um dano tecidual real ou potencial ou descrita em termos da referida lesão.”
IASP, 2020

✓ “Dor é o que o paciente diz ter e existe quando o paciente diz existir.”
SBED, 1983
Niveis do processo doloroso

◼ Dor: sensação ◼ Sofrimento: como o


desagradável ser humano reage
percebida pelo à percepção da
córtex como dor. Experiências
resultado de passadas,
acúmulo de expectativas,
impulsos ameaças, pode não
ser proporcional
Niveis do processo doloroso
◼ Comportamento
doloroso:
◼ Ações visíveis e
audíveis para
comunicar o
sofrimento
◼ Clínico
◼ particular
Investigação da dor
❑ Localização:Localizada ou difusa
❑ Aparecimento: provocada ou espontânea
❑ Frequência: contínua ou cíclica
❑ Intensidade: leve, moderada ou intensa
❑ Tempo duração: longa ou curta
NOMENCLATURA
☺AGUDA: surge subitamente, alerta de lesão, pára com a cura;
☺Crônica: dura mais de 3 meses, surge de problemas orgânicos/mentais,
neuroplansticidade, paciente disfuncional;

☺Visceral: profunda, vísceras;


☺Somática: origem em músculos e pele;

☺Psicogênica: surge de alteração emocional e não orgânico;


☺Nociceptiva: causada por estímulos contínuos de nociceptores;

☺Referida: exibida num loca que não é o de origem;


☺Irradiada: distribuída no território de uma raíz nervosa;

☺Refletida/contralateral: oposta a região de origem;


☺Ipsilateral: mesmo lado de origem;

☺Espontânea: surge sem estímulo aparente;


DOR

• PRIMÁRIA • SECUNDÁRIA

LOCAL = FONTE LOCAL # FONTE


Dor Crônica

 Persiste além da solução do processo etiológico
 Disfunção do sistema somatossensorial
 Dor crônica é a doença
 Três meses de sintomatologia
 1\3 dos pacientes relatam eventos ou lesões iniciais
 Neuroplasticidade(capacidade do cérebro de aprender e se
reprogramar)
 Dor nociplástica (é resultado de uma ampliação da
sensibilidade do SNC após uma lesão, ou seja, essa dor
permanece sendo sentida, mesmo após a cicatrização/cura da
lesão sofrida. Sendo uma dor de aspectos desproporcionais o
que torna sua explicação mais complexa).
Indiferença congênita à Dor

 Generalizada ou Localizada
 Anormalidades emocionais graves
 Consequências de lesões em SNC ou SNP
Indiferença congênita à Dor

 Apectos clínicos:
 Critérios:
 Ausência de qualquer lesão demonstrável em
encéfalo ou vias sensitivas
 Preservação da capacidade de distinção das formas
de estimulação dolorosa em limiar normal
 Pais consanguíneos
 automutilações
Dores Orofaciais
Diferentes entidades patológicas apresentam-se com
padrões de dor semelhantes na cabeça, face e
pescoço.

O Cirurgião-Dentista deve considerar doenças


não relacionadas ao sistema mastigatório no
diagnóstico diferencial.
ATM

Classificação:

✓Ginglimoartroidal;
✓Fibrocartlaginoso;
✓Tecido conjuntivo
denso;
✓Células
condróides
derivadas de
fibroblastos
DTM

“Termo coletivo que abrange vários


problemas clínicos que envolvem a
musculatura da mastigação, a ATM e
estruturas associadas ou ambas.”

Okeson, 2007.
Terminologia
• Síndrome de Costen;
• Distúrbios da ATM;
• Síndrome da disfunção da ATM;
• Mioartropatias da ATM;
• SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
• Desordens Craniomandibulares;
• Desordens Temporomandibulares.
Introdução
Etiologia

Multifatorial

FUNÇÃO NORMAL + EVENTO > TOLERÂNCIA FISIOLÓGICA

DTM’S

LOCAIS: interfêrencia oclusais, sobrecarga muscular, hábitos


parafuncionais, traumas, estímulos excitatório centrais de
EVENTOS dor profunda.
SISTÊMICOS: estresse externo/interno (SNA),
imunossupressão. OKESON. 2000
Tolerância Fisiológica
• Individual;
• Fatores locais:
• Estabilidade ortopédica
• Fatores Sistêmicos:
• Genética, personalidade, doenças agudas,
crônicas, sistema descendente inibidor
(modulação de dor)
• Estresse SNA – Simpático prolongado – tônus
muscular
Etiologia Multifatorial

ATM

Doenças
Psicológicos Sistemicas

DTM

Fisiopato- Neuromus-
lógicos culares
DTM - Etiologia

Fatores Oclusais

CAUSA EFEITO
Sintomas das
DTMs

Dores faciais, articulares, cervicais e de


cabeça

Restrição de movimentos mandibulares

Ruídos articulares: Estalido, crepitação


Perfil Fenotípico do paciente de dor crônica
Desarranjo do complexo côndilo-disco
Etiologia:
• Alongamento de ligamentos;
• Banda posterior delgada;
• Trauma:
macro, micro.
Osteoartrose
Caso 1

Rad. transcraniana TC corte sagital

Bont et al
Int. J Oral Maxillofac Surg. 1993:
22: 200-209
2004
2000
Caso Clínico
Ressonância Magnética:
• Principal modalidade de
imagem para avaliação de
paciente com suspeita de
desarranjo interno e outras
anormalidades de tecido
mole da ATM*

*Katzberg. R..W. et al, Selection of imaging modality for


patientes presenting with syntoms of internal
deragement.Crânio Clin Int.1992.1:127-132
Terapia Cognitivo comportamental
Diagnóstico

• Tratamento

• EIXO I EIXO II
• (clínicas odontológicas) (Biopsicossocial)
Acompanhamento emocional
“A resposta à dor nem sempre decorre da extensão da
lesão, mas do susto que a mesma causa ao doente.”
Wall, et al, 1996
Dentist a.w mv

“ Tratamos doentes e não simplesmente um dente ou


uma articulação.”
Waal, et al, 1996
Dentist a.w mv
SINAIS E SINTOMAS DA DTM
Sintomas da DTM

Evento
Tolerância fisiológica

Individual -- Forma anatômica; Antecedente de trauma;


Condições locais dos tecidos.

Elos da corrente

Locais de potencial colapso:

Músculos , ATMs, estruturas de suporte dentário,


dentes
Etiologia Multifatorial

• ESTRESSE;
• TRAUMAS;
• NEOPLASIAS;
• ALTERAÇÕES SISTÊMICAS E METABÓLICAS;
• HÁBITOS PARAFUNCIONAIS
• INCOMPATIBILIDADES ESTRUTURAIS.
Não trate a dor sem o diagnóstico definido!
Objetivos do profissional
Entender as
manifestações clínicas;
Entender as manifestações
Aplicar terapêuticas
clínicas;
Aplicar terapêuticas habilitadas;
habilitadas;
Orientar
Orientarconfiantemente
confiantemente o paciente.
o paciente.
Treinamento profissional em Dor

Anatomia
Fisiologia
Semiologia Diagnóstico
Patologia
Componentes afetivos e
comportamentais
1-Relato inconsistente dos sintomas
2-Mudança do local da dor
3-Alteração dos sintomas de acordo com acontecimentos
4-Abuso de medicação
5-Verbalização exagerada dos sintomas
6-Traços de ganho secundário
7-Diversos tratamentos fracassados

“Quanto mais se conhece os mecanismos da dor, menos


pacientes psicogênicos são encontrados”
Bell, W.

“Eu não suporto mais essa dor”


CURA
• AINDA NÃO HÁ CURA ESPECÍFICA
• APENAS TRATAMENTOS PALIATIVOS

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